LUIZ GONZAGA: O SORRISO DAS FESTAS DE SANTO ANTONIO, SÃO PEDRO E SÃO JOÃO

Luiz Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz.

Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

O seu peito abrigava o canto dolente e retorno dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali buscando eternidade. 

Fonte: Aderaldo Luciano-professor. Doutor em Ciencia da Literarura
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FESTIVAL DE VIOLEIROS RECEBE REPENTISTAS DO NORDETE NESTA QUARTA 13 EM PETROLINA

A Concha Acústica de Petrolina irá receber nesta quarta-feira (13), a partir das 19h, o '34º Festival de Violeiros'. Ao lado de um dos principais pontos turísticos da cidade, a Catedral do Sagrado Coração de Jesus, 10 cantadores devem subir ao palco para disputar o título de melhor dupla de repente. 

Abrindo o festival, a dupla Antônio Severo, de Exu (PE), e Paulo Maia, de  São José do Belmonte (PE), farão um show de abertura para os violeiros e público presente.  Em seguida, será dado início à disputa, onde serão premiados com troféus às cinco duplas participantes. 

A apresentação, deste ano, ficará a cargo de Felizardo Moura, da cidade de Prata (PB), considerado como um dos melhores declamadores e apresentadores de festivais de repente do país. 

O 34º Festival de Violeiros é de realização da Associação dos Cantadores e Poetas do Vale do São Francisco, com o apoio da Prefeitura de Petrolina.  

Confira as duplas que irão se apresentar:  
Ivanildo Vilanova - Recife (PE) e Moacir Laurentino - Campina Grande (PB).
 Zé Viola - Picos (PI) e Raulino Silva - Caruaru (PE).
Francinaldo Oliveira - São José Belmonte (PE) e Maxinino Bezerra - Venturosa (PE)
Rinaldo Aleixo - Tupanatinga (PE) e Dimas Fernandes de Buíque (PE)
Damião Enésio - Serra Talhada (PE) e Dê Caboclo - Conceição (PB)
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RÁDIO EMISSORA RURAL PROMOVE O 20º CONCURSO DE SANFONEIROS

Nesta terça-feira (12), na Concha Acústica a partir das 19h, será realizado o 20° Concurso  de Sanfoneiros de Petrolina e região. 

Serão duas categorias: Mirim, para tocadores de até 15 anos e Adultos. Na Mirim a premiação será de R$ 1500 e R$ 500 para os primeiros dois lugares. Já na categoria Adultos será de R$ 2 mil e mil para o primeiro e segundo lugar. 

O 20° Concurso de Sanfoneiros é de realização da Fundação Emissora Rural  e da Associação dos Músicos Independentes do São Francisco; em parceria com a Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (SECULTE).

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ELEIÇÕES, COPA E FESTAS JUNINAS REDUZEM VOTAÇÕES NO CONGRESSO

A proximidade das eleições, o início da Copa do Mundo da Rússia e as festas juninas no país podem enfraquecer ainda mais o ritmo de votações no Congresso Nacional nas próximas semanas. Dessa forma, temas polêmicos e pautas do governo, como os compromissos assumidos com a greve dos caminhoneiros, podem ser afetados e ficar sem a definição de deputados e senadores.

Na Câmara, o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), já negou que decretará recesso no período dos jogos da Copa do Mundo, mas lembrou que as festas juninas podem impactar no quórum das votações.

“Só vamos ter problema na última semana [de junho], que junta com a semana de São João, no Nordeste. Então, temos três semanas para trabalhar, há projetos na pauta. A Copa do Mundo, para nossa felicidade, só tem um jogo durante a semana. A gente precisa continuar trabalhando e torcendo para que os jogos do Brasil na segunda fase sejam segunda, sexta e no fim de semana”, acrescentou.


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JACKSON DO PANDEIRO, O REI DO RITMO

Com sua interpretação gingada de um repertório composto de cocos, frevos, xotes, Jackson do Pandeiro foi um dos principais nomes da era de ouro da música brasileira. Jackson do Pandeiro nasceu José Gomes Filho em 1919, no município de Alagoa Grande (PB). O pai, José Gomes, era oleiro. A mãe, Flora Mourão, cantora de cocos em batizados e casamentos. Ainda garoto, já acompanhava a mãe, tocando zabumba.

O apelido veio do ator americano Jack Perrin, de quem era fã: de Zé Jack, evoluiu a Jackson do Pandeiro. Ele tocava todo tipo de instrumento para se acompanhar cantando em saraus, serestas, depois orquestras em cabarés e rádios.
Jackson se apresentava em dupla com Rosil Cavalcanti, sob o nome Café com Leite, quando cantou o coco "Sebastiana", do parceiro, em 1953. O sucesso foi imediato.

Contratado pela gravadora Copacabana, gravou série de discos que espalharam sua influência e se tornaram sucesso nacional, com músicas como "1x1", "Forró em Limoeiro" e "17 na Corrente", além de "Sebastiana".

Na época, formou dupla com Almira Castilho, com quem se casou e cantou junto por muito tempo.
Jackson continuou ativo -e influenciando novos artistas- até a morte, decorrente de um coma diabético, em 10 de julho de 1982.


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ZÉ GOMES, SOBRINHO DE JACKSON DO PANDEIRO, O REI DO RITMO, MÚSICO DA BANDA Z, DE ZÉ RAMALHO

Zé Ramalho está na estrada. Neste sábado (09), Zé Ramalho mostrará aos juazeirenses e petrolinenses e outras centenas de brasileiros, que participarão, no Via Show, da apresentação do espetáculo que comemora os 40 anos de vida artística do cantador, saído da Paraíba e ganhou o mundo, desde o lançamento do primeiro álbum solo que emplacou o sucesso “Avohai”.

No palco, acompanha o artista a Banda Z, formada por Chico Guedes (contrabaixo), Zé Gomes (percussão), Vladmir Oliveira (teclados), Edu Constant (bateria) e Toti Cavalcanti (sopros). Este Blog destaca com exclusividade, a informação, na percussão o show de Zé Ramalho possui um músico, cuja história é sinônimo mais representativo e autêntico da música brasileira. 

O músico José Gomes mora no Rio de Janeiro e, desde 1979, compõe a banda do cantor e compositor Zé Ramalho, como percursionista. Zabumbeiro Zé Gomes é sobrinho herdeiro de Jackson do Pandeiro, o Rei do Ritmo. Zé Gomes acompanhou o tio, em vários shows pelo Brasil.

Músico profissional desde 1977, Zé Gomes teve sua estreia com Dominguinhos. Hoje, concilia seus projetos com os shows de Zé Ramalho. 

Um dos projetos foi a valorização e divulgação da obra de Jackson do Pandeiro, diga-se, um dos nomes mais lembrados, exaltados e valorizados por Zé Ramalho nestas quatro décadas de vida artística, prova é que ele gravou um Cd, todo dedicado a Jackson do Pandeiro, que é ao lado de Luiz Gonzaga, o nome mais comentado, devido o talento e capacidade de influenciar musicalmente diversas gerações de músicos.

Zé Gomes, é filho de Cicero, que também era músico e tocou com Jackson do Pandeiro. Cicero foi um dos irmãos mais queridos de Jackson. Aquele que compartilhou os momentos de alegrias e solidão.

Numa conversa, Zé Gomes conta que carrega na memória as melhores lembranças de Jackson. “Antes mesmo de ser músico eu acompanhava a carreira do meu tio, presenciei várias gravações, entrevistas e também fiz alguns shows com ele”, diz. Zé lembra que seu pai, Cícero, tocava com Jackson e que ele na ausência de Cícero, foi o alicerce da família e dos conselhos e fazia as vezes do pai dia ou outro. “Meu tio era um ser humano muito sensível, coração bom. A obra dele é do mundo.”  

Paraibano, ritmista, cantor e compositor, Jackson do Pandeiro, cuja memória segue forte, viva e encantadora, é de batismo José Gomes Filho e nasceu em 1919 e morreu em 1982. Em sua obra deixou mais de 20 discos registrados.

Portanto, a Banda Z, com o percussionista Zé Gomes, já é riqueza "maior que grande" o show de Zé Ramalho, 40 anos.
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CORA CORALINA É INSPIRAÇÃO PARA ARTEÃS E DOCEIRAS DE GOIAS

“ Minha vida.../Quebrando pedras/ e plantando flores./Entre pedras que me esmagavam/ Levantei a pedra rude/ dos meus versos””.

Ao conhecer os versos de Cora Coralina, a artesã Ivana dos Passos Souza, de 50 anos, moradora da Cidade de Goiás, deu um resignificado à sua vida e fez da força da poetiza sua própria força.

“Quando a gente lê os livros e vê como foi a vida dela, o quanto foi uma mulher dinâmica, por tudo que ela passou, as dificuldades, e foi crescendo, acabamos vivendo um pouco do que ela viveu. Cora foi uma mulher muito forte e conseguia passar isso para o papel. Quando alguém está com algum problema, as mulheres conversam e vamos pegar a força de Cora, ela poderia ter desistido, mas continuou”, disse Ivana.

A artesã faz parte de um grupo de 50 mulheres da Associação Mulheres Coralinas que, em todo encontro, leem um poema de Cora Coralina e conversam sobre ele. Além de serem uma rede de apoio, por meio da associação, com a poesia de Cora, elas agregam valor ao artesanato que produzem. Ivana faz bolsas de tecido e consegue vender mais as que são bordadas com poemas da poetiza. “Se não tiver a frase, não vende.”

Diferente de Cora Coralina, que, além dos versos, encantava as pessoas com seus doces glaceados, Ivana não é “muito chegada a fazer doces”. Mas teve a oportunidade de aprender a fazer o  alfenim, doce tradicional da Cidade de Goiás, na oficina de gastronomia oferecida pelo 20º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), que ocorre até domingo (10) na cidade.

Hoje, apenas uma das antigas doceiras da cidade, dona Silvia Curado, sabe fazer o doce, que leva açúcar, limão e água, além do amido de milho ou polvilho, para dar liga. O culinarista regional Rafael Lino foi quem ensinou as cerca de 15 mulheres a produzir o alfenim.

Rafael aprendeu a receita quando morava em Goiânia. É um doce melindroso de se preparar, que se come mais pela beleza que pelo sabor, segundo Rafael. “Ele tem que ser trabalhado rápido e requer certa criatividade artística. O alfenim é diferente, não pelo gosto, mas pelas artes”, disse, revelando que sabe moldar copos de leite e pombinhas de alfenim. É um doce de origem árabe, trazido pelos portugueses ao Brasil e seu nome significa "brancura".

Para o culinarista, o resgate que a associação faz, é, antes de tudo, de identidade. “São mulheres que, por uma circunstância ou outra da vida, tiveram que deixar o cargo de dona de casa e ir para mercado de trabalho. E fazer isso, depois dos 40, é difícil. Então, a associação diz: volte às suas origens que você vai conseguir o seu sustento”.
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