IVAN FERRAZ E A JUVENTUDE NO FORRÓ

Figura de resistência do forró pé de serra em Pernambuco, Ivan Ferraz comandará uma festa neste sábado (17), às 15h, no Espaço Cultural Dominguinhos, localizado nas dependências da Associação dos Servidores da Sudene, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife. O show do músico vai contar com a participação de Jota Michiles e os sanfoneiros e forrozeiros Diego Reis, Forró Xinela Rasgado e Ari de Arimatéia. O evento será uma celebração tripla: os 72 anos de idade do músico, os seis anos de existência do Espaço e o lançamento do clipe Juventude no forró, disponível no YouTube.

"Criei o Espaço ao lado de Dominguinhos. Nos reunimos lá todo sábado, é uma ajuda para artistas talentosos que estão começando. Coincidentemente, o evento de aniversário do local será no mesmo dia que o meu (risos)", explica Ferraz. Apesar da idade avançada, o músico revela que ainda tem "muita coisa para fazer". "Nós sempre temos que lutar por objetivos todos os dias. Continuarei defendendo a música", conta o artista, que também se apresentará no mesmo palco que Lene Rodrigues, Edinho Queiroz, Deivinho Sanfoneiro e Raphael Queiroz.

O show de Ivan para o evento leva o mesmo nome da composição do pernambucano Brito Lucena: Juventude no forró. O artista lançou um clipe homônimo nesta segunda-feira (12), com produção de alunos de Rádio e TV da Faculdade Senac. "Acho o tema da juventude muito forte, é a gente convocando a juventude para defender nosso forró pé de serra", diz.

"A a gente não tiver a juventude do nosso lado, fica muito difícil. A juventude é importante em qualquer movimento, são pessoas com ideias novas", continua. Ele relembra o disco O canto jovem de Luiz Gonzaga, em que o Mestre Luz regravou músicas de jovens daquela época.

Fonte: Diário de Pernambuco


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PROGRAMAÇÃO FESTIVAL VIVA DOMINGUINHOS 2018

O Festival Viva Dominguinhos teve a quinta edição lançada no palácio Celso Galvão, sede do Governo Municipal de Garanhuns. O evento vai acontecer entre os dias 19 a 21 de abril, com a presença de grandes nomes da música nacional que se apresentarão em dois palcos com shows diurnos e noturnos. 

Além disso, serão realizados projetos especiais que envolvem a comunidade escolar, pintura de mural, Caminhada do Forró e Workshop para Sanfoneiros. Toda a programação é gratuita.

O evento será transmitido pela Rede Globo Nordeste. Confiram a Programação:


PRAÇA MESTRE DOMINGUINHOS 
19/04 - QUINTA-FEIRA: MOURINHA DO FORRÓ, QUINTETO VIOLADO, SANTANA, JORGE DE ALTINHO

20/04 - SEXTA-FEIRA: FORRÓ CULÉ DE XÁ, ANDRÉA AMORIM E ORQUESTRA GOLDEN HITS , MARIANA AYDAR E MESTRINHO, DORGIVAL DANTAS, WALDONYS

21/03 - SÁBADO  KIARA RIBEIRO, MARINA ELALI,FAGNER, ALCYMAR MONTEIRO


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FAUSTO LUIZ MACIEL, HISTÓRIAS DO ZABUMBEIRO PILOTO, SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA, NETO DE JANUÁRIO

Ninguém conhece melhor o artista do que os músicos que o acompanham. São eles que vivem o dia a dia, enfrentam os bons e maus humores do artista.

Imaginem então, o músico sendo um sobrinho. Fausto Luiz Maciel, conhecido por Piloto é filho de Muniz, irmã de Luiz Gonzaga. É um desses músicos privilegiados que conviveram dia a dia os mistérios do Rei do Baião.

Piloto começou a acompanhar o tio Luiz Gonzaga no ano de 1975. Bom ritmista, tocou zabumba e sua primeira gravação com o tio foi no disco Capim Novo, em 1976. Participou de inúmeros trabalhos e viagens lado a lado com Luiz Gonzaga como zabumbeiro, motorista e secretário. 

A partir de 1980 seguiu acompanhando Luiz Gonzaga em todos os seus trabalhos, até o ano de seu falecimento, em 1989. Piloto atualmente mora em Petrolina Pernambuco.

O zabumbeiro é irmão de Joquinha Gonzaga, cantor e sanfoneiro, que também acompanhou o tio nas andanças por este Brasil afora.

Piloto conta que conheceu todos os grandes cantores da época, citando Jackson do Pandeiro, Ari Lobo, Abdias, Sivuca, Dominguinhos, Lindu e Marines.  Teve momentos de muitos aprendizados e viu muitos fatos e acontecimentos na carreira do tio, Luiz Gonzaga.  “A gente brigava muito. Eu era perguntador e ele respondão. Com tio Gonzaga não tinha por favor. Era mandão mesmo".

Quando ia gravar um dos últimos discos, eu quis viajar logo para o Rio de Janeiro  com ele, que me pediu que ficasse em Exu, quando precisasse, mandava a passagem e eu iria. Avisei que fizesse isto com antecedência, porque não ia às pressas. E foi o que aconteceu. João Silva me ligou dizendo para eu pegar o ônibus que a gravação ia começar tal dia. Estava muito em cima, respondi que eu não iria. E não fui”. 

Revela hoje que os arroubos faziam parte da idade e uma certa imaturidade e dificuldade de compreender o humor do tio, que "pela manhã estava feliz, no meio dia calado e á noite ninguém perguntasse duas vezes". "Mas houve momentos de muitos abraços e declarações de amor. Bons momentos de felicidades".

Piloto conta que Mais do que somente historias das andanças do Rei do Baião, o que se revela e até hoje é um mistério: Luiz Gonzaga era complexo, de mudança bruscas de temperamento, centralizador, sempre, autoritário quase sempre,  mas que em certos momentos podia ser inesperadamente humilde e gentil. "Gilberto Gil disse que os gênios são assim, e isto revela o ser humano que era meu tio Luiz Gonzaga. Um gênio".

O jornalista José Teles, escreveu, que de todos os que trabalharam com Luiz Gonzaga, Piloto foi o único que não agüentava em silêncio os arroubos de mau humor do tio.

Motorista e zabumbeiro, Piloto foi também empresário de Luiz Gonzaga. Ele afirma que durante os anos que conviveu com Gonzagão testemunhou “coisas incríveis”; “Ele foi mal assessorado quase a carreira toda. Os amigos se aproveitavam. Ele não tinha visão de dinheiro. Às vezes fazia show em clube lotado, e o empresário dizia que deu prejuízo. Quando Gonzaguinha assumiu a carreira dele, tio Gonzaga teve sua fase de profissional. 

Passou a receber cachê adiantado. Mas até aí ele não podia, por exemplo, ver um circo. Parava e fazia o show dividindo a renda com o dono, as vezes dava toda renda a ele, quando o circo estava com muita dificuldade. Uma vez cismou de comprar uma Kombi a álcool, ninguém conseguiu convencer ele sobre as desvantagens, da instabilidade, nada. Quando ele queria, tinha que ser. E assim foi”.

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FEITO LENDAS QUE FICAM: TITANE CANTA A OBRA DE ELOMAR EM DISCO ENCANTADO

Um álbum da cantora mineira Titane interpretando o baiano Elomar Figueira de Mello é daquelas coisas que a gente gosta antes mesmo de ouvir. Neste caso, ouvir “TITANE CANTA ELOMAR – Na Estrada Das Areias De Ouro” é uma experiência que extrapola o imponderável e cai às margens do divino. É difícil nominar e descrever a beleza e a paixão que explodem das dez faixas do disco.

O álbum foi lançado ontem dia 10 de março. O mundo, tão carente de tamanha beleza, precisa ouvir isto o quanto antes.Titane conta que já vem namorando a música de Elomar não é de hoje. Há sete anos fez a faixa encomendada da canção ‘Segundo Pidido’, de Elomar, ao lado do violonista Hudson Lacerda.

A partir disso a ideia de fazer um disco só com as canções do mestre de Vitória da Conquista, Bahia, foi amadurecendo. Titane pode ser vista em vídeos no YouTube, ao lado do próprio Hudson interpretando lindamente algumas prévias do que viria a ser o disco.

Para a gravação, contou com a co-produção musical de Kristoff Silva, que divide a direção musical com colaboração de Hudson Lacerda. Os dois fizeram parte da equipe que elaborou o primoroso álbum de partituras de Elomar. Junto deles vieram também Toninho Ferragutti (acordeon), André Siqueira (bouzouki) e Aloízio Horta (contrabaixo). Como convidado em uma das canções, está o violeiro Pereira da Viola.

As canções, bem as canções são algumas daquelas maravilhas que os que conhecem de perto a música de Elomar se habituaram. E qualquer um que se arvore a interpretar obra tamanha tem que pensar várias vezes no que pode vir a acrescentar.

Uma obra, como ela mesma lembra, repleta de visitas de vozes masculinas como o lendário Dércio Marques, Saulo Laranjeira, Rubinho do Vale, Paulinho Pedra Azul entre tantos outros e também outras femininas, particularmente Doroty Marques, a quem Titane dedica o disco.

Titane, no entanto, não só soube muito bem como fazer como teve a audácia, talento e coragem de reinventar tudo. A sua voz parece conhecer cada verso, cada sílaba e nota e, sobretudo, o que veio a gerar cada uma delas. Nos conduz por um fio melódico e poético sem cautela. Ao mesmo tempo, com delicadeza própria, afinação, firmeza, emoção, timbre, enfim, com uma qualidade irretocável, faz transpirar e deslocar ainda mais à frente a quintessência da obra.

O único provável senão é que o álbum só tem dez canções:Corban, Acalanto, Na Estrada das Areias de Ouro, O Violeiro, Chula no Terreiro, Segundo Pidido, Clariô, Cavaleiro do São Joaquim, Cantiga do Estradar, Na quadrada das águas perdidas.

Há fôlego na obra, tanto da intérprete quanto do compositor, para muito mais. “TITANE CANTA ELOMAR – Na Estrada Das Areias De Ouro” é um daqueles discos que daqui a muito longe haverá alguém por aqui falando dele.

Feito essas lendas que ficam.

Fonte: Forum- Julinho Bittencourt
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JOQUINHA GONZAGA, SANFONEIRO NETO DE JANUÁRIO E SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA

João Januário Maciel é hoje um dos poucos descendentes vivo da família.  Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "viajaram para o sertão da eternidade". Joquinha é o sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário. Joquinha Gonzaga, nasceu no dia 01 de abril de 1952, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. Mora em Exu, Pernambuco.  "Sempre estou contando histórias, músicas de meu tio, músicas minhas, dos meus colegas. Não fujo da minha tradição, das minhas características, que é o forró, o xote, o baião. Eu procuro sempre dar uma satisfação ao público que tem uma admiração à minha família, Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Severino, Chiquinha, Daniel Gonzaga, Gonzaguinha. Meu estilo musical não pode ser diferente. É gonzagueano", diz Joquinha.

Joquinha é o nome artístico dado pelo Rei do Baião. Joquinha é filho de Muniz, segundo Luiz Gonzaga irmã que herdou o dom de rezar muito.

Joquinha aos 12 anos ganhou uma sanfona de oito baixos, o famoso pé de bode. Foram mais de 30 anos viajando ao lado do Tio.

O sanfoneiro conta que quando completou 23 anos, começou a viajar com Luiz Gonzaga e foi aprendendo, conhecendo o Brasil inteiro. "Ele não só me incentivou, como também me educou como homem. Era uma pessoa muito exigente, gostava muito de cobrar da gente pelo bom comportamento. Sempre procurando ensinar o caminho certo. Tudo que ele aprendeu foi com o mundo e assim eu fui aprendendo", revela Joquinha.

Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga. O primeiro LP-disco Joquinha Gonzaga gravou foi -Forró Cheiro e Chamego. Gravou com Luiz Gonzaga "Dá licença prá mais um".

Em 1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem "Tributo a Luiz Gonzaga", em Nova York, no Lincoln Center Festival.
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FESTIVAL DOMINGUINHOS SERÁ REALIZADO EM GARANHUNS DE 19 A 21 DE ABRIL

A Prefeitura de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, realizará a 5ª edição do Festival Viva Dominguinhos. O evento acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de abril, nos polos Praça Cultural Mestre Dominguinhos e Espaço Colunata (palco Canta Dominguinhos).

O Festival valoriza a obra do sanfoneiro falecido em julho de 2013 e é um dos pontos de encontro dos amantes do forró e da música brasileira e fãs do eterno Dominguinhos. O objetivo do festival é perpetuar a obra deixada pelo homenageado, um dos mais talentosos sanfoneiros do Brasil. Além das apresentações musicais, o festival contará com uma série de aulas-espetáculos em escolas públicas e privadas sobre a vida e obra do homenageado, além de introdução à sanfona, com noções de como o instrumento é tocado, sua sonoridade e notas musicais.

José Domingos de Morais, o Dominguinhos, foi um grande instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Sua formação musical tinha influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz. Dominguinhos, nasceu em Garanhuns,  dia 12 de fevereiro, no  agreste de Pernambuco continuará sendo um dos mais importantes e completos músicos, instrumentistas, tocador de sanfona. É imortal em discos, DVD e milhares de entrevistas por este Brasil afora.
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TARGINO GONDIM SACODE SÃO PAULO JUNTO COM ZECA BALEIRO

O sanfoneiro Targino Gondim foi destaque no Jornal Folha de São Paulo, um dos mais lidos da América Latina. Aos 45 anos, pernambucano de Salgueiro e criado em Juazeiro, na Bahia, o cantor e sanfoneiro Targino Gondim se apresenta em São Paulo neste domingo (11), no Bar Brahma, na esquina mais famosa do Brasil e traz Zeca Baleiro como convidado. 

O jornalista Thales de Menezes destaca a ousadia e empreendedorismo de Targino Gondim. Com 28 discos gravados, seu melhor cartão de visitas talvez seja a autoria do maior hit de Gilberto Gil nos últimos tempos, "Esperando na Janela". Mas é além de sua música que Targino impressiona. Como empreendedor, é um "poderoso chefão" da sanfona.

Ele é responsável por quatro festivais na Bahia em 2018. Criou, com o parceiro Celso Carvalho, o Festival Internacional da Sanfona. Com a quinta edição programada para novembro, reúne em Juazeiro sanfoneiros do Brasil e de outros países durante uma semana.

"Tem nordestinos, gaúchos e sempre gente de fora. Este ano quero trazer sanfoneiros da Colômbia e da Alemanha, jogar um clima de Oktoberfest na Bahia", diz Targino à Folha. Esse relacionamento com estrangeiros motiva o músico a mais um projeto, ainda embrionário, de um documentário sobre a sanfona no mundo.

Na Semana Santa, no fim deste mês, ele produz o Festival de Forró de Itacaré, cidade vizinha a Ilhéus. "A curadoria é toda minha. Depois, em abril, em Andaraí, é a vez do Conecta Chapada. Será num palco à beira do rio Paraguaçu. Ali vou levar rock, reggae, forró."

Em outubro, ele volta para a Chapada Diamantina para a segunda edição do Festival de Forró da Chapada, que criou no ano passado na cidade de Mucugê, Bahia. 

Targino está no meio do processo de gravação daquele que admite ser seu álbum mais ousado, "Sem Limites". Deve mostrar músicas desse trabalho em São Paulo.

O disco mistura forró com outros elementos. Ele acaba de lançar na rede o clipe de "Refugiados". "É um disco para mostrar meu gosto musical, exercer minha liberdade de transitar por outros gêneros. Convidei o Zeca Baleiro para que cantasse uma parceria nossa no álbum. E estou chamando outros músicos para gravar, por etapas."

Gil, Fagner e Mariene de Castro já gravaram. O disco terá também Leonardo, Bell Marques, Carlinhos Brown e Moraes Moreira. "Estou esperando também o pessoal do BaianaSystem. Vai ser minha sanfona contra a barulheira deles. E aguardo Ivete Sangalo, que deve gravar em maio."

Ele já se prepara para o São João, período de festas juninas no Nordeste que é o Carnaval para os forrozeiros. Nessa época ele faz às vezes quatro shows em locais diferentes no mesmo dia.

Targino toca pela primeira vez no Bar Brahma. Sua ideia é fazer quatro shows ali, todo segundo domingo de cada mês, até julho, sempre com um convidado. Acostumado a tocar no Canto da Ema ou no Remelexo, casas paulistanas de forrozeiros, quis agora um local que não tivesse essa ligação com o gênero."

Targino revela que recentemente durante encontro para gravações de um especial para Programa de Televisão com a participação de Antonio Barros e Ceceu, Jorge de Altinho e Alcymar Monteiro, veio a ideia do sanfoneiro paraibano Flavio José, que pensou em um CD de forró festivo, arrasta-pé. Targino comprou a proposta e reuniu mais de 20 cantores de São João. O disco deve sair em abril.

Fonte: Folha S.Paulo-Thales de Menezes


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