THEREZA OLDAM: SÃO JOÃO DO ARARIPE 150 ANOS

Em 2018, o povoado do Araripe vai completar 150 anos. A professora e escritora Thereza Oldam é conhecedora dos episódios e sentimentos que nortearam a criação, o desenvolvimento e a consolidação do território exuense. Desde a época da colonização, quando a região ainda era habitada pelos índios Ançus, do tronco da nação Cariri. Passando pela chegada de seu fundador Leonel de Alencar Rego, até os dias atuais.

A professora escreveu no ano de 1968, uma apresentação para o disco Luiz Gonzaga-São João do Araripe. Escreveu Thereza Oldam:

"O Povoado do Araripe, tantas vezes cantado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, é o desdobramento da Antiga Fazenda do Barão de Exu. Domina-o até os dias atuais, a Casa Grande. de estilo Colonial e a Capela de São João Batista. O Povoado do Araripe, está situado à margem esquerda do Rio Brígida, próximo da Fazenda Caiçara, berço de Barbara de Alencar.

Para os descendentes direto dos primeiros povoadores, o São João do Araripe é único. É o culto das suas melhores tradições. Anualmente, os festejos juninos são um pretexto para a confraternização, pois no calor da fogueira, comendo milho assado, discutem política, exaltam os seus herois, choram seus mortos e pedem aos céus a oportunidade de voltar sempre, sempre ao Araripe.

Ali, no Araripe aprenderam a venerar São João Batista, ouvindo vozez de Sinhazinha e Nora, ecoando o coro da Capela. Quem dos seus desconhece o Barão do Exu, Sinhô Aires, Neném de João Moreira, Santana de Januário, Dona de Seu Sete. Qual dos seus meninos não sentiu o irresistível desejo de puxar a corda do sino da igreja?

O Povoado do Araripe é um santuário de fraternidade do presente com o passado. Seu fundador deu-lhe a fidalguia e tradição e um seu filho deu-lhe a melodia do baião, este filho é Luiz Gonzaga.

Luiz Gonzaga nasceu no Araripe e ai sempre viveu! Ninguém melhor do que ele preservou as suas tradições e podemos afirmar que Luiz Gonzaga é a encarnação do Araripe, no amor que dedica á sua terra, na exaltação de sua gente. 

Ainda menino, Luiz Gonzaga, correu por aqueles patamares, gritando o bode ou tocando forró, crepitava em seu peito a ternura do Araripe, sem saber porque. Era a voz de um pássaro, os costumes do sertão, a beleza das coisas...e fugiu...fugiu porque seu coração não comportaria aquele grito da alma. Era a voz da terra. Era a arte. 

E a arte explodiu: surgiu o artista, o Rei do Baião, o filho de Januário e Santana, o cantor do Araripe. E hoje (1968), ocasião de seu Centenário, o Povoado do Araripe recebe comovido a homenagem de Luiz Gonzaga. É uma mensagem de arte e de amor: da arte que nasceu dele e não cabe nele, do amor que o torna maior fazendo os outros felizes.

O Araripe pede a Deus para seu filho a eternidade da arte que o persegue.

Fonte: Professora e escritora Thereza Oldam, Exu, Pernambuco, 20 de fevereiro de 1968

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COM LULA E CHICO BUARQUE, MST INAUGURA CAMPO DE FUTEBOL EM HOMENAGEM A SÓCRATES

A inauguração do campo Dr. Sócrates Brasileiro na escola Florestan Fernandes, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), neste sábado (23) em Guararema (SP), tornou-se um ato de desagravo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O petista e o compositor Chico Buarque jogaram futebol ao lado de políticos como o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), militantes e artistas. O rapper Mano Brown e o escritor Fernando Morais, entre outros, estavam na arquibancada.

Estava previsto um discurso de Lula no ato político que precedeu o jogo, mas o ex-presidente acabou por não falar. O jornalista Juca Kfouri foi o juiz da partida. Antes de iniciá-la, ele brincou que a partir daquele momento se chamaria Juca Moro e que um "tal de Lula" já havia sido avisado que começaria o jogo já advertido.

Em ambiente descontraído, Lula cobrou um pênalti, mas não marcou

A partida ocorre semanas antes do julgamento de Lula em segunda instância, nova etapa do périplo judicial que o petista terá de percorrer para se candidatar novamente à Presidência.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região marcou o julgamento do ex-presidente no caso do tríplex para o dia 24 de janeiro. Os militantes presentes foram convocados a comparecer às imediações da corte, em Porto Alegre, durante a sessão.
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JURANDY DA FEIRA: CANTOR E COMPOSITOR, SÍNTESE DE UM TALENTO RECONHECIDO PELO EXIGENTE LUIZ GONZAGA

Este ano as festividades dos 105 anos de Luiz Gonzaga, em Exu, Pernambuco, contou com a presença de Jurandy da Feira. A voz de Jurandy e seus versos provocaram um turbilhão de Felicidades aos gonzagueanos de toda parte do Brasil, que vão a Exu, neste período do ano, na esperança de colher os bons frutos da música e memória de privilegiados que conviveram com o Rei do Baião.

Jurandy na vida e obra de Luiz Gonzaga é presente e futuro. É sÍntese de talento.

Morador do Rio de Janeiro há mais de 40 anos, Jurandy mantém a sua essência e nunca deixa de estar bem perto do Nordeste, ao tomar em consideração suas escolhas estéticas e de repertório. Em Exu, o cantor reviveu as emoções ao falar de Luiz Gonzaga e da cultura brasileira. 

Jurandy é o compositor entre outros sucessos das músicas Frutos da Terra, Nos Cafundó de Bodocó, Canto do Povo, além de Terra Vida Esperança. Para Jurandy, a resistência é o que faz sentido para seguir no meio musical, pois somente o talento não basta. 

A história conta que Luiz Gonzaga costumava acolher em casa compositores, em quem descobrisse afinidades, e acreditasse, obviamente, no talento. Depois de avisar que seriam gravados por ele, vinha o convite para ir ao Rio de Janeiro.

Jurandy Ferreira Gomes, é conhecido como Jurandy da Feira, o “da Feira” foi praticamente imposto por Luiz Gonzaga. Quando começou a aparecer como artista em sua cidade natal, Tucano, no sertão da Bahia, ele era chamado de Jurandy da Viola, por causa do violão, seu instrumento desde a adolescência.

“Quando Luiz Gonzaga gravou a primeira música minha, quando fui olhar no selo do disco. Estava lá Jurandy da Feira. Fui conversar com ele. Disse que aquilo não ia pegar bem na minha cidade, porque iam pensar que eu queria ser de Feira de Santana. Ele disse que não era de Feira de Santana, mas da feira, a feira do povo, do cantador. Acabei concordando, mas até hoje eu tenho que me explicar ao povo de lá”, conta Jurandy, em visita a Petrolina. 

Luiz Gonzaga em vida, sorria e se divertia com esta história e explicava: "Eu botei assim, para lembrar o lado de cantador, de poeta de cordel em feiras livres do Interior. O talento de Jurandy é de uma riqueza muito grande, igual a dia de feira."

Para o ano de 2018, Jurandy da Feira, está repleto de poesia, música e um novo CD.

O compositor tinha 24 anos quando conheceu o Rei do Baião. Foi levado a ele por José Malta, um jornalista, e produtor dos shows de Gonzagão. “Fomos para Exu, para a casa de Luiz Gonzaga. Passei uma semana lá. Mas era aquela coisa. Ninguém chegava a Gonzaga. Ele é que chegava às pessoas. Era fechado, meio cismado. Foi ele que se chegou pra mim, e perguntou sobre o violão que eu havia levado comigo. Se eu tinha um violão, por que não tocava? Quis saber se eu fazia músicas. Pediu para cantar para ele. Depois me disse que queria uma música que falasse de Bodocó”. 

Passou algum tempo e eu fiz Nos cafundó de Bodocó. O cafundó, foi porque eu achei que a cidade ficava longe de tudo. Naquela época ainda estavam asfaltando as estradas, e fui da Bahia até lá de Karmann-Ghia (carro esportivo, de dois lugares, saído de linha em 1971), a maior poeira, foi um sofrimento a viagem até o sertão pernambucano”.

Luiz Gonzaga gostou de Nos cafundó de Bodocó. Veio o inevitável convite para ir ao Rio. A música foi aprovada pelos produtores de Gonzagão na época, coincidentemente dois pernambucanos, Rildo Hora e Luiz Bandeira. Nos cafundó de Bodocó entrou num dos melhores álbuns de Luiz Gonzaga nos anos 70, Capim novo (1976). Lula gravaria mais outras três composições de Jurandy, que sacramentariam uma amizade que durou até o final da vida de Lua. 

O baiano, portanto, testemunhou os bons e maus momentos de Luiz Gonzaga em suas duas últimas décadas de vida: “Ele passou uma época em baixa. Várias vezes assisti a apresentações suas numa churrascaria chamada Minuano, na estrada Rio/São Paulo. Era aquele barulho de churrascaria. Mas quando ele dava o boa noite., pra começar a cantar, menino ficava quieto. Os adultos se calavam. Ficava silêncio enquanto ele cantava”.

Foi Luiz Gonzaga que levou Jurandy para gravadora, e ajudou a suas músicas serem gravadas por nomes como Trio Nordestino, Terezinha de Jesus. Atualmente Jurandy da Feira é um dos artistas mais admirados no meio da cultura brasileira e gonzagueana.

“Ele, Luiz Gonzaga, chegou a me prestigiar num show num colégio de padres em Tucano, minha terra natal. Passou a me apelidar de “minha paz”, porque quando chegava sempre desejava a ele: “Uma paz, seu Luiz”, relembra emocionado Jurandy.

Jurandy traz a poesia do ritmo da cultura brasileira na alma. É fartura de dia de Feira.  Luiz Gonzaga sabia reconhecer um fiel discípulo...Tenho Dito...
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CANTAR O CIÚME Á BEIRA DO RIO SÃO FRANCISCO. QUE MOMENTO MÁGICO SERÁ ESSE

“Fui ver o show de Caetano Veloso em São Paulo. Magnífico. Extasiante. Sublime. O Mestre apresentou algumas de suas últimas primorosas obras, entremeadas por clássicos mais “antigos”.

Na letra de uma das canções que Caetano apresentou (“Funk Melódico”) há um verso contundente: “O ciúme é o estrume do amor”. Essa metáfora se relaciona com outra, também alusiva ao ciúme (de uma letra de Vinicius de Morais): “O ciúme é o perfume do amor”. As imagens, fortes, fortíssimas, são contraditórias, embora verdadeiras (ou não?).

Essas duas metáforas me trouxeram à mente uma canção inteira dedicada ao tema, também de Caetano Veloso. Trata-se de “O Ciúme”, de 1987. Pungentes, melodia, versos e interpretação nos fazem sentir na carne (como diz a própria letra) a força do ciúme como flecha bem no meio da garganta.

Não vou reproduzir aqui a letra inteira. Basta ao leitor entrar no site do próprio Caetano para encontrá-la (e, também, ouvir a inesquecível interpretação). Vou ater-me a algumas passagens do texto, que exigem do leitor/ouvinte alguns conhecimentos para a plena compreensão: “Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia/ Tudo esbarra embriagado de seu lume/ Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia/ Só vigia um ponto negro: o meu ciúme/ (…) Velho Chico, vens de Minas/ De onde o oculto do mistério se escondeu/ Sei que o levas todo em ti, não me ensinas/ E eu sou só, eu só, eu só, eu/ Juazeiro, nem te lembras dessa tarde/ Petrolina, nem chegaste a perceber/ (…) Sobre toda estrada, sobre toda sala/ Paira, monstruosa, a sombra do ciúme”.

O caro leitor talvez saiba, mas não custa lembrar que Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) são separadas pelo Chico, ou seja, pelo rio São Francisco. Unidas por uma ponte, são, como todas as cidades que vivem situação análoga, rivais (aliás, “rival” vem de “rivus”, do latim; significa “regato, ribeiro, corrente de água”). Que me diz agora o caro leitor da imagem da relação entre Petrolina e Juazeiro como pano de fundo para o ciúme?

Caetano se vale de outro detalhe “geográfico”: o rio São Francisco nasce em Minas Gerais (“Velho Chico, vens de Minas…”), e, como bem diz o grande poeta, “…vens de Minas, de onde o oculto do mistério se escondeu…”. Outra imagem antológica, que adensa ainda mais os caminhos tortuosos, ocultos, indecifráveis do ciúme. Existe algo mais misteriosamente oculto ou ocultamente misterioso do que Minas Gerais, suas montanhas e sua gente?

Os versos finais da letra são lapidares: “Sobre toda estrada, sobre toda sala/ Paira, monstruosa, a sombra do ciúme”. Profundo conhecedor dos meandros do idioma, Caetano não empregou a ordem direta no último verso, que certamente empobreceria e enfraqueceria a mensagem.

Para quem não entendeu, explico: na ordem direta, o verso final seria “A sombra do ciúme paira monstruosa”. Será que ainda preciso explicar os belíssimos efeitos da inversão da ordem “natural” dos termos?

Ler uma letra de música, um conto, um poema –uma obra literária, enfim– exige abertura d’alma, conhecimento, cultura, sensibilidade, noções de intertextualidade.

Cantar “O Ciúme” à beira do velho Chico. Que momento mágico será esse! Que inveja...

Fonte: Pasquale Cipro Neto-professor
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POBREZA CRESCE NA AMÉRICA LATINA E AFETA 30,7% DA POPULAÇÃO


Após uma década inteira de redução, a pobreza e a extrema pobreza cresceram por dois anos consecutivos na América Latina, mostra o documento Panorama Social de 2017, lançado nesta quarta-feira (20/12) pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Segundo o relatório, apresentado no México com transmissão ao vivo para vários países, em 2016, 30,7% da população (186 milhões de pessoas) viviam nessas condições na região.
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PERA, MAÇA E CAQUI SE ADAPTAM ÀS ALTAS TEMPERATURAS DO SERTÃO

Frutas como maçã, caqui e pera estão sendo produzidas no sertão de Pernambuco, ao lado da manga e da uva, que se tornaram tradicionais nas margens do Rio São Francisco. São fruteiras de clima frio que estão se adaptando às altas temperaturas. Depois de dez anos de pesquisa, os resultados agradam agricultores e cientistas.

Com temperatura que passa de 40ºC durante o dia, o vale do Rio São Francisco se tornou o principal polo exportador de uva e manga do Brasil. A região movimenta por ano em torno de R$ 1,1 bilhão com essas frutas.

Com o cultivo de manga e uva mais do que consolidado, a região vem inaugurando a produção de frutas ainda mais exigentes em baixas temperaturas. A sensação do momento é a pera.

Fora a pera, a pesquisa coordenada pelo doutor Paulo Lopes, agrônomo da Embrapa Semiárido, vem comprovando a viabilidade também de outras frutas, como o caqui: “O interessante do caqui é você ter a possibilidade de produzir no segundo semestre, quando não tem a fruta no mercado nacional”.

Das 23 variedades que entraram na pesquisa, a rama forte, a guiombo e a costata são as que vêm apresentando melhor desempenho. “Você consegue colocar as frutas produzidas aqui no Vale do São Francisco com preços até de dez vezes superiores em relação ao caqui comercializado nas regiões Sul e Sudeste no primeiro semestre”, afirma o agrônomo. 

Produção pelo Brasil:
A grande produção de caqui, maçã e pera no Brasil concentra-se nos estados do Sul e Sudeste. No que se refere ao caqui, São Paulo responde por 58% do total. Quanto à maça, Santa Catarina está na liderança com 51%. Na pera, o destaque fica por conta do Rio Grande do Sul, com 55% da colheita nacional. O que se quer nesse momento no Nordeste não é competir com a produção desses estados, mas aproveitar as janelas deixadas por eles durante o ano. E então, suprir o mercado nos meses de entressafra.

No caso da pera, a oportunidade de mercado é ainda maior, porque o Brasil não dá conta de produzir tudo o que consome e 95% dessa fruta vem de fora. “O intuito desse projeto é de diversificar a produção aqui no Vale do São Francisco e diversificar com culturas que sejam rentáveis, que sejam compatíveis com o rendimento com a uva, com a manga, com essas que já existem”, afirma Paulo Lopes.

A pesquisa teve início há dez anos e atendeu a um pedido da Companhia de Desenvolvimento do Vale do Rio São Francisco (Codevasf). O desafio foi grande para se conseguir uma produção assim. Mesmo assim, a adaptação foi um sucesso e surpreendeu.

Fonte: Globo Rural
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AGRICULTORES OTIMISTAS COM PREVISÃO DE CHUVAS PARA O SEMIÁRIDO EM 2018

O verão - que começa na próxima quinta-feira, 21 - promete ter um regime de chuva regular na maior parte do país, sem grandes extremos como secas ou enchentes. A previsão é do meteorologista Luiz Cavalcanti, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Brasília. 

"A perspectiva é de muitas chuvas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e particularmente na Região Sul. É um período que, essencialmente, é muito chuvoso. Estamos com chuvas bem marcantes e a tendência é que o verão permaneça como está terminando a primavera, com muita chuva nessas regiões”, disse.

Segundo o meteorologista, o fenômeno conhecido como La Niña, quando ocorre o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, este ano é predominante, mas com pouca intensidade, o que deve contribuir para garantir uma normalidade climática no Brasil. Inclusive, haverá chuva no semiárido do Nordeste, que sofre com seca há sete anos.

“O La Niña tem se manifestado, mas com intensidade fraca, e a tendência é que neste verão seja o fenômeno predominante. Em função do La Niña, a gente prevê chuvas no semiárido já a partir de dezembro. Já temos bastante chuvas no sul do Maranhão e do Piauí. Nas partes oeste e norte da Bahia e em algumas regiões do Ceará, Pernambuco e Paraíba já ocorreram chuvas. Isto é prenúncio de que teremos uma estação diferente do que foi nos últimos cinco anos, que foi de muito seca”, afirmou Cavalcanti.

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