NÃO VIOLÊNCIA: MÚSICA QUE EDUCA E TORNA UMA PESSOA DO BEM

A Orquestra de Câmara da Escola de Música da Rocinha, Comunidade do Rio de Janeiro, iniciou suas atividades em agosto de 2012 quando a escola começou a oferecer cursos de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, clarinete, trompete, trompa e trombone, para jovens, inicialmente abrindo poucas vagas, mas já realizando ensaios visando às apresentações públicas.

Catorze desses jovens talentos de diferentes comunidades do Rio de Janeiro vão realizar um sonho: se apresentar em espaços consagrados para a música clássica, na Europa. O repórter Danilo Vieira, da Rede Globo acompanhou o último ensaio antes da viagem.

O conjunto de favelas do Alemão é um dos maiores complexos da cidade, e também um dos mais violentos. “O projeto se chama ‘Ação Social pela Música do Brasil'. Já existe há 22 anos. Nós iniciamos esse projeto para educar centenas de crianças e adolescentes através da música clássica”, explica Fiorella Solares.

São ao todo 900 alunos de diferentes favelas do Rio. O projeto oferece aulas de teoria e prática musical. Os mais avançados vão para a Camerata. São jovens virtuoses aprendendo e ensinando os valores da virtude. “Tem como você vencer através da música. Tem como você ser uma pessoa do bem através da música”, afirma Renan.

A Camerata embarca pra uma série de apresentações na Europa durante esta semana.“Por exemplo, na Holanda. o grupo foi convidado pra tocar na sala dos espelhos do Concertgebouw, em Amsterdam. Essa sala é conhecida como a melhor sala de concertos do mundo”, explica Fiorella Solares .

Nenhum comentário

NETO TINTAS FOI SORRIR E COLORIR CÉUS E ESTRELAS DO SERTÃO DA ETERNIDADE

Desafinados cantávamos. Cantar para viver a arte de ser Feliz. Cantar para afirmar que Luiz Gonzaga vive! E na curva da estrada eu escutava sempre o homem/criança dizer assim: Poeta Amigo Jornalista Vitalino estamos chegando em Exu. Aumenta o som:
"Meu Araripe Meu relicário. Eu vim aqui rever meu pé de serra Beijar a minha terra Festejar seu centenário/. Sejam bem vindos os filhos de Januário/Pro Araripe festejar...Meu Araripe. Meu relicário...

E hoje na madrugada, "Eu vi a Morte, a moça Caetana, com o Manto negro, rubro e amarelo.Vi o inocente olhar, puro e perverso, e os dentes de Coral da desumana...vi asas deslumbrantes que, rufiando nas pedras do Sertão, pairavam sobre Urtigas causticantes, caules de prata, espinhos estrelados e os cachos do meu sangue iluminado". 

Eu vi, juro que vi a Moça Caetana levando Anésio Lino de Souza Neto Tintas...e ele foi com o sorriso e braços abertos. E partiu assim...Nas asas do Pensamento uma lágrima. Petrolina, Garanhuns, Barbalha-Ceará, Juazeiro do Padim Ciço, Serrita-Missa do Vaqueiro, Feira de Caruaru, Paraíba-Campina Grande, rua Indio Cariris são cidades sonhos que choram tua saudade. E o Riacho do Navio onde nós e Italo/Abilio/Icaro pareciamos meninos a brincar de atravessar pontes e cantar...e o nosso relicário-Fazenda Araripe centenário festeja. E a hora mágica quando na Igreja do Araripe às 18horas rezavamos Ave Maria.

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum...Perdoe-me Pai Criador. Morrer tem seu sentido...as escrituras sagradas afirmam que sim: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. 

É assim que Penso: Anésio Lino de Souza-Neto Tintas fez a grande viagem. Foi colorir os céus do Sertão da Eternidade e em algum lugar vai garantir mais Felicidades e sorrisos na vida dos amigos...tornar mais belo a razão de viver...e de haver estrelas...
Nenhum comentário

PROJETO SOLDADINHO DO ARARIPE LANÇA CAMPANHA PARA EVITAR EXTINÇÃO

Com o objetivo de ajudar o soldadinho-do-araripe a sair do risco de extinção, aumentando assim sua qualidade de vida, a campanha “Deixa que eu cuido”, realiza um evento de lançamento na próxima sexta-feira (13), às 20h, durante a Feira Cariri Criativo, na RFFSA, em Crato.

Símbolo do Cariri, o soldadinho-do-araripe é uma ave que se destaca pela sua beleza e canto singular, porém, essa não é a sua única particularidade. A ave compõe a lista de animais mais ameaçados do mundo. A campanha “Deixa que eu cuido”, tem o apoio do Projeto Soldadinho-do-Araripe da Aquasis, tem como principal objetivo alertar a comunidade caririense sobre o risco de extinção que o Soldadinho-do-Araripe se encontra. 

A campanha consiste em unificar empresas para preservação do meio ambiente da região. Através de parceria com as companhias de luz (ENEL) e água (SAAEC) ,as pessoas poderão realizar doações para o Projeto Soldadinho-do-Araripe a partir de uma pequena quantia adicionada à fatura das contas de água e luz.

O​ ​Soldadinho-do-Araripe Descoberto em 15 de setembro de 1996, pelos pesquisadores Galileu Coelho e Weber Girão, na fonte do Farias em Arajara, em Barbalha (CE), região Nordeste do Brasil, o soldadinho-do-araripe é a única ave que é exclusiva da região do Cariri. A ave está na Lista Internacional e Nacional de Espécies Ameaçadas na categoria “Criticamente em Perigo”. 

Para preservar a ave, foi fundado o Projeto Soldadinho-do-Araripe em 2003, liderado por Weber, com o intuito de impedir a extinção da espécie. A equipe do Projeto é responsável pelo monitoramento quantitativo e ações de intervenção no ecossistema para melhorar o habitat do soldadinho-do-araripe e conscientização da população para preservação da espécie.

Nenhum comentário

ONDE HÁ LUTA CONTRA TODA FORMA DE INJUSTIÇA, CHE GUEVARA VIVE!

Podemos pensar no mundo a partir das condições de vida que são apresentadas para nos fazermos potentes em nossos ideais e em nossos sonhos. O período histórico profundamente grave em que vivemos, em que se recolocam e aprofundam toda forma de injustiça, requer que os defensores desse estado de coisas se especializem em coagir qualquer pessoa que se rebele contra os senhores do mundo e seus interesses.

É necessário nos sacudirmos e nos livrarmos a todo momento das teias da indiferença, da resignação, da intolerância, do ódio. Somos instados a nos curvar diante da potência infame daqueles que exploram nosso povo de forma brutal e querem acreditar e nos fazer acreditar que humilham nossas lutadoras e lutadores.

Nossos inimigos, aqueles que contam seu enriquecimento diário aos milhares, aos milhões, fingem se inconformar com os problemas do mundo: “quanta incompetência e ineficiência!” - não cansam de repetir os magnatas do mundo empresarial e financeiro. Ao mesmo instante em que isso é afirmado, já abocanham mais alguns milhões na sociedade transformada em cassino. 

No jogo do mercado, aparentemente asséptico e quase neutro para alguns, os ganhos se dão em cima de mais miséria e sofrimento humano. E um dos principais desafios das classes dominantes é o de convencer sobre a aceitabilidade e o caráter privado do sofrimento socialmente determinado. “Se preocupe com você mesmo e cuide do seu sofrimento!”

Nestes dias, celebramos a morte de alguém que é símbolo de um tipo de existência que “diz” com a própria vida, e com a própria morte, que viver em conivência às injustiças e bajulando os reis da tirania, os heróis do capitalismo, é viver indignamente. 

O exemplo de Che foi acima de tudo o de mostrar que o conforto, a adequação à ordem das agradáveis sensações bem compradas, com prazeres bem postos por consumo e por status, distorcem o real sentido da existência humana. “Essa vida” nos mostrou que é possível ampararmo-nos na indignação e que podemos sempre, cotidiana e extraordinariamente, fazermos de nossa indignação potência. Assim, e só assim, a vida se confunde com o trabalho e o sentimento de transformar e estar no mundo.

Che sabia que herdamos um mundo com muita riqueza. A humanidade aprendeu a usar de várias formas de energia, a manipular e mesmo criar diferentes materiais e conhecemos muito dos ciclos naturais. Mas todas essas conquistas, frutos de toda a evolução desde os que primeiro foram tendo a possibilidade de organizar seu papel no mundo (que nem esses humanos que conhecemos por sinal eram), estão sendo malditas por um sistema que se especializa em utilizar irracionalmente a energia e tudo o que a natureza dispõe, tendo instaurado o desperdício como necessidade e a degradação do mundo como regra. Che também percebeu que a utilização e descarte das vidas humanas, em exploração, indiferença, sofrimento e morte, também foi sempre uma necessidade crescente do capitalismo.

Nesse momento, personagens políticos prepotentes, cínicos e ignorantes ganham espaço para apresentarem saídas que radicalizam a forma dominante de tratar os problemas do mundo. Os que também concordam com o status quo, mas acham que o aprofundamento do capitalismo tem de vir com estabilidade política estão desmoralizados, e não poderia ser diferente.

Diante de um impasse histórico da envergadura do que vivemos há anseio por saídas que se propõem a ir à raiz dos problemas, legitimando ou questionando com tenacidade os problemas sociais. Com o agravamento dos conflitos de classe, estão colocadas formas de violência distintas: de um lado, aqueles que querem resolver os problemas violentando ainda mais os pobres e a natureza, criando um mundo de intolerância, medo e resignação à miséria e a toda sorte de sofrimento social; de outro, estão aqueles que se dispõem a frutificar seus anseios de justiça em toda forma de luta por direito e dignidade. Estes últimos têm aprendido que desmascarar os vigaristas bilionários e todo o seu séquito é e será a atitude mais reprovável, a violência mais inadmissível existente para as classes dominantes. 

Che levou ao paroxismo a luta contra as injustiças. Compreendeu o absurdo das relações humanas de seu tempo, de nosso tempo, sugerindo e ensinando que a organização popular contra a exploração tem consequência prática e revolucionária.

Abreviar cronologicamente a vida significou para o nosso companheiro latino-americano, e símbolo de rebeldia dos povos oprimidos do mundo, preencher de vida a história. Por isso, onde há luta contra toda forma de injustiça, Che vive!

Fonte: Potiguara Lima é educador.

Nenhum comentário

CARIRI CANGAÇO TERÁ INÍCIO EM FLORESTA NESTA QUINTA-FEIRA 12

O professor sociólogo Stuart Hall, pesquisador da área de estudos sociais apontou  que a questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em essência os argumentos são os mais diversos e complexos. Novas identidades vem fragmentando o indivíduo moderno.

Discute-se assim a chamada  "crise de identidade". Crise vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.

Stuart Hall dialoga também que a identidade cultural surge a partir da noção de pertecimento, associada a memória, etnias, raciais, linguísticas, religiosas e acima de tudo nacionais. Já Habermas diz que "saber do que se fala sempre ajuda; de resto, se se trata do problema de legitimidade, é preciso sabê-lo de modo particularmente exato".

A lembrança dessas frases e dos estudiosos da comunicação e da cultura, frases sábias me veio a cabeça quando da participação do evento Cariri Cangaço 2017, realizado em Exu e Serrita, Pernambuco, entre os dias 20 a 23 de julho. Conferências, visitas técnicas, debates, o diálago com referência a vida e obra de Lampião e Luiz Gonzaga marcaram a essencia do encontro.

Dessa vez o encontro está marcado para acontece no município de Floresta, Pernambuco, entre os dias 12 e 15.

Parabenizo Manoel Severo, curador do evento. Severo um defensor da cultura com capacidade de liderar uma equipe de valentes e valiosos cangaceiros da cultura. Cangaceiros culturais do bom combate. Na condição de convidado (serei sempre muito grato) impressionou-me a tarefa dos membros do Cariri Cangaço a missão de serem ousados. Ousadia de enfrentar a crise cultural e mostrar a riqueza de valores da cultura brasileira/universal.

Escutar e olhar a Cecília do Acordeon e Pedro Lucas Feitosa é saber do significado da esperança de um mundo melhor. Cecilia e Pedro Lucas são crianças que tem a identidade de sanfona.  Possuem o sentimento da terra, região. Corações tão puros e um futuro que deve ter como base os estudos e a educação para quando chegarem a maturidade e tempo adulto estarem prontos e preparados para enfrentar novos desafios em defesa da cultura. 

Manoel Severo, Conselheiros e membros do Cariri Cangaço clamam o mais alto possível pela valorização da cultura e exigem respeito ao legado histórico cultural. 

No Cariri Cangaço existe a ousadia da resistência aos valores mais nobres da cultura: o talento, o abraço e o sorriso.

Portanto, ao participar do Cariri Cangaço ninguém sai impune. Conviver com os cangaceiros da cultura é ganhar mais inteligência, engenho e arte. Eles tem a magia da valorização da memória e da cultura na alma.

Nenhum comentário

DISCOS DE VINIL, REVISTAS DE 1952 E RARIDADES CULTURAIS

Discos de Vinil, Rádios, Feira das cidades do interior. Três paixões que tenho. Coloquei aqui dois discos selos originais, raros, estes fazem parte da minha coleção de Música, vida e obra de Luiz Gonzaga. Detalhe: percebam escrita Rosil, data 10-07-1967, ele perterceu a Rosil Cavalcanti, parceiro, compositor de Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro. O que impressiona? No dia 10 de julho de 1968 Rosil Cavalcanti morreu. Percebam o valor das datas...a assinatura é exatamente um ano antes dele falecer!

Rosil Cavalcanti é o autor de centenas de clássicos da música brasileira. Sebastiana, Aquarela Nordestina, Saudade de Campina Grande, Amigo Velho, Faz Força Zé...Rosil de Assis Cavalcanti nasceu em Macaparana, Pernambuco.  Eu tive a honra de conhecer na década de 90, a viúva de Rosil, Maria das Neves-Dona Nevinha...

A capa desse disco vinil consta no livro biografia do músico pernambucano Rosil Cavalcanti. O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti”, de  Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, tem prefácio de Agnello Amorim.
Radialista, humorista, percussionista e compositor, Rosil Cavalcanti era radicado na Paraíba, foi autor de obras clássicas da música  brasileira, na voz de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga, dentre outros intérpretes nacionais.

A biografia de Rosil Cavalcanti foi lançada em 2015 uma homenagem ao seu centenário de nascimento, 47 anos depois de sua morte, em 1968, aos 53 anos de idade, em Campina Grande, onde viveu a maior parte de sua vida e se projetou no Brasil.

O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba”, 444 páginas, editado pela gráfica Marcone, é enriquecido com vasta iconografia do biografado, suas fotos desde a infância, juventude, a vida de casado, em programa de rádio no papel do famoso personagem Capitão Zé Lagoa, além de imagens de Rosil com colegas de trabalho, artistas, músicos, suas caçadas e pescarias, capas e selos de discos.

Nenhum comentário

SERRA TALHADA PROMOVERÁ ENCONTRO NORDESTINO DE XAXADO

A Fundação Cultural Cabras de Lampião (Ponto de Cultura) promoverá o 13º Encontro Nordestino de Xaxado, que acontecerá entre os dias 01 a 05 de novembro, na Estação do Forró.

O evento, realizado desde 2002, é um dos mais importantes do interior do estado e reúne grupos para apresentações, além de Oficinas de danças, palestra sobre Patrimônio, feira de artesanatos da região, mostra de comedoria sertaneja, apresentações musicais, passeio turístico ecológico ao Sítio Passagem das Pedras (onde nasceu Lampião) e a Fazenda Pedreira (do primeiro inimigo de Lampião, Zé Saturnino) e o Baile Perfumado, no Clube da Fazenda São Miguel, com Assisão.

Esse ano o Encontro Nordestino de Xaxado, terá como tema, o bicentenário da Revolução Pernambucana e 120 anos de nascimento de Lampião. A Estação do Forró, principal polo de apresentações, está instalado o Museu do Cangaço, o Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano e a Academia Serra-talhadense de Letras. 
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial