O sol ainda não tinha raiado nesta quinta-feira (21) quando a Philarmônica 21 de Setembro saiu pelas ruas da cidade anunciando os 122 anos de Petrolina. Seguindo a tradição, a alvorada realizada pela orquestra partiu às 5h30, da Praça 21 de Setembro rumo às principais ruas do centro histórico de Petrolina.

Durante cortejo pela Petrolina Antiga, alguns moradores abriram suas janelas dando as boas vindas e reverenciando a banda que trazia a representatividade da data festiva. O coro que ecoava pelas ruas da cidade também foi acompanhado por dezenas de petrolinenses que acordaram cedo e não perderam tempo para iniciar as comemorações do aniversário de Petrolina.

O secretário executivo, Cássio Lucena, a secretária de Cultura, Turismo e Esportes, Maria Elena de Alencar, acompanharam todo o trajeto. "A cultura e a história se constroem juntas e este é um momento ímpar, a música, a alegria e o amor das pessoas pela nossa cidade estão sendo contados aqui através dos clarins e dos tambores. Assistimos aqui a tradição em um momento em que os petrolinenses rezam pela prosperidade da nossa Petrolina", disse Maria Elena.  

A alvorada também fez uma parada na residência do maestro, Fernando Rego, que recebeu os músicos com emoção.

Além do aniversário da cidade, a Orquestra Philarmônica 21 de Setembro tem um motivo a mais para festejar: este ano, a banda tradicional de Petrolina completa 107 anos de existência. Em nova fase, uma das mais antigas expressões musicais de Petrolina, ganha evidência com seu corpo musical - que antes era composto por 14 músicos - e recentemente ampliou para 60 o número integrantes entre técnicos e músicos.

A data traz orgulho aos integrantes da Philarmônica, como destaca o maestro, Hélio Lima. "Sem dúvida é uma data muito especial tanto para a cidade quanto para nós que fazemos parte da banda. É uma grande emoção participar desta festa e alegrar as pessoas numa data tão especial porque a Philarmônica tem uma grande significação para a história de Petrolina, então é uma honra estar à frente de uma orquestra desta com músicos que também trazem a alegria de fazer parte desta história", revelou o maestro.

Fundada em 1910 por Juvêncio Rodrigues Coelho, a Philarmônica 21 de Setembro desde 1988 é Patrimônio Municipal da Cultura.
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Poeta Zé Marcolino 30 anos de uma saudade imprudente e de um forró numa sala de reboco

Pela sua importância na história da música brasileira, o Poeta Zé Marcolino, merecia mais de atenção das entidades culturais. Detalhe: os responsáveis pelo setor cultural de Juazeiro e Petrolina esqueceram nos últimos 30 anos desde que Zé Marcolino morreu de lembrar os frutos produzidos pelo compositor. Zé Marcolino morou nos anos 70 em Juazeiro, onde foi comerciante. Juazeiro e Petrolina tem uma dívida com a memória de José Marcolino.

No dia 20 de setembro de 1987 a voz de José Marcolino Alves  silenciava por ocasião da morte causada de acidente de carro próximo a São José do Egito, Pernambuco. Em Sumé, na Paraíba, Zé Marcolino nasceu no dia 28 de junho de 1930. Venceu os obstáculos da vida simples e quando teve oportunidade deixou o Rei do Baião...digamos "bestim com tamanha genialidade". 

Pra encurtar a conversa metade do repertório do LP Ô Véio Macho, de 1962, tem Luiz Gonzaga interpretando as composições que José Marcolino lhe mostrou em Sumé: Sertão de aço, Serrote agudo, Pássaro carão, Matuto aperriado, A Dança do Nicodemos e No Piancó. Estes seriam os  forrós de Zé Marcolino gravados  pelo Rei do Baião. Ele interpretaria várias outras, entre as quais as antológicas Numa Sala de reboco e Quero chá.

Zé Marcolino participou da turnê de divulgação do LP Veio Macho, viajando de Sul a Norte do País com Luiz Gonzaga, no entanto, a saudade da família e suas raízes sertanejas foram mais fortes. Depois de um show no Crato, Ceará,  ele tomou um ônibus até Campina Grande e de lá foi para Sumé, de onde fretou um táxi para a Prata, onde morava.

Com o sucesso de suas canções cantadas por vários artistas (Quinteto Violado, Assisão, Genival Lacerda, Ivan Ferraz, Dominguinhos, Fagner, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Mastruz com Leite e tantos outros nomes da música brasileira), é atualmente Zé Marcolino um dos mais talentosos compositores da música brasileira de todos os tempos.

Somente em 1983, produzido pelos integrantes do Quinteto Violado, Zé Marcolino lançou seu primeiro e único, hoje fora de catálogo, LP Sala de Reboco (pela Chantecler). Um disco que está merecendo uma reedição em CD, assim como também seu único livro, necessita uma reedição. No citado disco Véio Macho, com seis músicas de Marcolino, ele toca gongue. No LP A Triste Partida, Luiz Gonzaga gravou Cacimba Nova, Maribondo, Numa Sala de Reboco e Cantiga de Vem-vem.

Zé Marcolino morou em Juazeiro da Bahia e ficou até 1976, quando foi para Serra Talhada, Pernambuco. Inteligente, bem-humorado, observador,  Zé Marcolino tinha os versos nas veias como a caatinga do Sertão. Zé Marcolino casou com Maria do Carmo Alves no dia 30 de janeiro de 1951 com quem teve os filhos Maria de Fátima, José Anastácio, Maria Lúcia, José Ubirajara, José Walter, José Paulo e José Itagiba. Zé Paulo reside atualmente em Petrolina.

Redação blog/Ney Vital
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Agricultura Familiar e hortas comunitárias ajudam pacientes com câncer

Em tempos de visualizar tablets, smartphones, inversão de valores morais, alimentos industrializados como enlatados e embutidos e as frutas, verduras e legumes contaminados por agrotóxicos, uma cena chama a atenção: em meio aos prédios o agricultor Reginaldo Andrade Coelho cuida do cultivo da terra na Horta Comunitária Sol Nascente, localizada no terreno da Escola Otacilio Nunes, em Petrlina, bairro Areia Branca.

Detalhe: todos os produtos são orgânicos. Segundo Regivaldo em entrevista ao blog Geraldo José, o projeto existe há mais de 30 anos a partir da percepção de que na região a agricultura tradicional foi perdendo destaque quando os empreendimentos imobiliários e hoteleiros começaram a expansão. Há 20 anos Reginaldo trabalha na horta que é assistida por cerca de 8 famílias. "Nossa maior alegria é que as frutas e legumes produzidos aqui ajudam muitos pacientes com câncer que precisam de adquirir um equilíbrio nutricional ainda mais vulnerável", afirma Reginaldo.
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Chacrinha: Eu vim pra confundir e não para explicar

No mês em que José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, completaria cem anos, estão programadas diversas homenagens a um dos maiores comunicadores que o Brasil já teve. Chacrinha começou sua vida artística como locutor da Rádio Tupi, em 1940, no Rio de Janeiro. Sua estreia na televisão ocorreu em 1956, na TV Tupi, como xerife do programa Rancho Alegre, uma paródia dos filmes de faroeste. 

Entre as décadas de 1960 e 1970, Chacrinha levou sua Discoteca para diversas emissoras de televisão - TV Excelsior, TV Rio, TV Tupi e TV Bandeirantes, alcançando altos índices de audiência. Em 1982, o "Velho Guerreiro" retornou à TV Globo, onde permaneceria com o seu maior sucesso – o Cassino do Chacrinha - alegrando as tardes de sábado, de 1982 a 1988.

José Abelardo Barbosa Medeiros era extravagante e excêntrico. Vestia-se com muitas purpurinas e alegorias exageradas. Usava acessórios chamativos e dizia bordões que ficaram conhecidos, perpetuando-se no tempo. Entre os mais famosos, estão "Alô, Terezinha!", "Quem não se comunica, se trumbica", "Na TV nada se cria, tudo se copia", "Eu vim pra confundir e não pra explicar".

Os programas de auditório televisivos de Chacrinha eram um misto de concurso de calouros, apresentação de artistas da música e até distribuição de alimentos à plateia, como bacalhaus, pepinos, abacaxis e farinhas. Sempre rodeados de belas dançarinas – as Chacretes -, e de seu fiel escudeiro, o assistente de palco Russo, o humorista recebeu grandes nomes da música brasileira como Roberto Carlos, Perla, Raul Seixas, entre outros.

Sua irreverência e humor apurados foram, por vezes, confundidos com anarquismo, na época da ditadura militar.

Foi casado por 41 anos com Florinda Barbosa, com quem teve três filhos. Em junho de 1988, o Velho Guerreiro faleceu vítima de câncer de pulmão, após complicações cardiorrespiratórias. 
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Luiz Rosa e a sanfona que toca a alma da gente

‘’Sanfona Brasileira toca a alma da gente’’. A frase de Dominguinhos, um sanfoneiro que deixou saudades nos meios musicais, principalmente do caboclo do sertão, permanecerá viva na mente de todos por muito tempo. É o que promete o aposentado Luiz Rosa, sanfoneiro e proprietário da Casa dos Artistas em Petrolina.

Luiz Rosa nasceu em Floresta, Pernabuco. Apaixonado pela origem de agricultor e pela região sempre ouviou a voz e os baiões de Luiz Gonzaga. Despertou que tinha vocação para ser tocador de sanfona. "Fiquei aposentado e resolvi aos 60 anos aprender tocar sanfona. Hoje já faço forró é so chamar", diz Luiz Rosa.

o detalhe é Luiz Rosa se tornou professor de aula de sanfona. Na casa dos artista o aprendiz não paga."O objetivo é manter principalmente para os mais jovens a tradição de tocar sanfona e valorizar Luiz Gonzaga", ressalta Luiz Rosa.

Na casa dos artista já existe mais de 70 sanfonas. "Temos até uma sanfona de 8 baixos, a origem de todo forró brasileiro, a famosa sanfona pé de bode", conclui Luiz Rosa. Nas gravações realizadas em Exu, durante os festejos dos 70 anos da música Asa Branca, Luiz Rosa foi um dos sanfoneiros em destaque do documentário.

Os interessados podem se inscrever e agendar as aulas na Casa dos Artistas, das 7h30 às 14h e das 14h às 16h30, que fica na Rua Engenheiro Valmir Bezerra, 825  no Centro de Petrolina. Para participar é preciso ter ou alugar o instrumento. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (87)996085740
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15 Setembro: em Juazeiro do Padim Ciço é Dia da Padroeira Nossa Senhora das Dores

A jornalista Camila Holanda escreveu que nas entranhas do Cariri do Ceará foi emergido uma versatilidade de ícones que, entrelaçados povoam o imaginário cultural que habita a região.

Nesta sexta-feira 15 setembro, em Juazeiro do Padim Ciço, é dia da Padroeira Nossa Senhora das Dores. A cidade de Juazeiro do Norte Ceará celebra A romaria de Nossa Senhora das Dores.

Nas terras do Ceará ouvi uma das mais belas histórias. Resumo: o teatrólogo, pesquisador cultural Oswaldo Barroso, ressalta um dos mais valiosos símbolos, a vigorosa força mítica e religiosa. Oswaldo, cidadão honorário de Juazeiro do Norte, diz que a primeira vez que esteve no Cariri foi nos anos 70 e a experiência fez com que suas crenças e certezas de ateu fossem desconstruídas e reconstruidas com bases nos sentimentos das novas experiências e epifanias vividas.

"Desde o início, não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Horto do Juazeiro do Norte, foi que eu compreendi o que era Deus. Isso mudou minha vida completamente", revelou Oswaldo.

Um outra narrativa importante encontrei na mitologia dos Indios Kariris. Nela a região é tratada como sagrada, centro do mundo, onde no final dos tempos, vai abrir um portal que ligará o Cariri  para a dimensão do divino.

A estátua do Padre Cícero encontra-se no topo da Colina. Muitos romeiros percorrem a Trilha do Santo Sepulcro. A pé eles percorrem às 14 estações trajeto marcado por frases e conselhos ambientais do Padre Cícero, que já alertava naquela época para os muitos desequilibrios ambientais e impactos da agressão humana na natureza.

Rezemos com Fé! . Os sorrisos são a alegria da alma.

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Funcionaríos da Chesf participam de audiência pública em Petrolina contra privatização

O deputado estadual Lucas Ramos (PSB),da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com a presença do deputado do vizinho estado da Bahia, Zó, vereadores de Sobradinho,  chesfianos e sindicalistas ligados a Sinergia, CUT, Movimentos dos Atingidos pelas Barragens, movimentos sociais, além dos deputados pernambucanos Rodrigo Novaes, Isaltino Nascimento, participram da audiência pública que aconteceu na manhã desta quarta-feira (14) na Câmara de Vereadores de Petrolina.

A audiência foi uma solicitação dos vereadores Cristina Costa e Paulo Valgueiro com o objetivo de discutir os efeitos, caso seja aprovada a privatização da Companhia Hidrolétrica do São Francisco proposta pelo Governo Federal.

O aposentado João Paulo, hoje aposentado, prestou serviço a Chesf por 52 anos, fez uma mostra da "triste idéia de vender as águas do ri São Francisco. "Vender a Chesf é querer vender o rio São Francisco. É querer fazer dinheiro. A hidroeletrica e o rio são irmãos não se separam", disse João Paulo.

O deputado estadual Zó e funcionários da CHESF, revelam que a resistência deve aumentar contra a privatização do setor elétrico. "Isto prejudica os trabalhadores e usuários. A iniciativa privada ao tomar posse da Chesf, colocará regras e obstáculos para o uso das águas do São Francisco, principalmente em período de seca. A preservação do nosso Rio São Francisco será facilmente descartado pela iniciativa privada", alertou o Deputado Zó.

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