Flavio Leandro canta na 27º Missa do Poeta em homenagem a Ze Marcolino


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Brasil celebra 23 anos de saudades do poeta Zé Marcolino

O matuto era poeta, contador de causos e compositor. No matulão carregava uma penca de músicas, na cabeça um sonho: que seus xotes e baiões fossem um dia gravados por Luiz Gonzaga. Ele enviou dezenas de cartas a Gonzagão, sem nunca obter resposta. Um dia, o poeta Zé Marcolino encontrava-se em Sumé, Paraíba, para receber o dinheiro de um boi que havia vendido, quando soube que o cantor estava na cidade. Imediatamente, correu até o hotel onde o artista estava hospedado. Ficou esperando sua saída.

Poucos minutos depois, Luiz Gonzaga apareceu, com aquele seu jeitão carrancudo, que servia para desencorajar assédios de fãs. O poeta Zé Marcolino aproximou-se do seu ídolo e perguntou: – O Senhor é que é Seu Luiz Gonzaga?
– Sou sim, por que?
– O Senhor nunca recebeu cartas de José Marcolino Alves, não?

– Sei não, recebo muitas. O que era que diziam estas cartas?
– É porque eu tenho umas músicas de minha autoria que eu acho que dão certo pro senhor.

– É... o Sertão é composto de homens inteligentes. Mas.. mas quem sabe se essas músicas prestam?

Zé Marcolino ficou meio sem jeito, quase diz que suas músicas não prestavam. Luiz Gonzaga deu a conversa por encerrada com um vago: “Depois eu posso lhe atender” e seguiu em frente. Mais tarde, o Lua não apenas atendeu, como acabou gravando seis músicas daquele matuto no seu próximo LP, e mais, contratou ele como músico de seu conjunto.

José Marcolino, um dos grandes autores da música nordestina fez a ultima viagem no dia 20 de setembro de 1987. Morreu num acidente de carro.  Nascido em 28 de junho de 1930, no sítio Várzea, do Major Napoleão Bezerra Santa Cruz, mais tarde município de Sumé, na Paraíba. José Marcolino poderia ter sido mais um entre as dezenas de poetas sertanejos, que vivem e morrem no anonimato, não fosse a ousadia naquele encontro com Luiz Gonzaga, que realmente tomou gosto por aquele sertanejo.

Metade do repertório do LP Ô Véio Macho, de 1962, tem Gonzagão interpretando as composições que José Marcolino lhe mostrou em Sumé: Sertão de aço, Serrote agudo, Pássaro carão, Matuto aperriado, A Dança do Nicodemo e No Piancó. Esta seria a primeira leva de forrós de Marcolino gravada pelo Rei do Baião. Ele interpretaria várias outras, entre as quais as antológicas Sala de reboco e Quero chá.

A história conta que depolis daquele encontro Zé  Marcolino integrou-se ao grupo de Luiz Gonzaga e participou, como músico, das gravações de Ô Véio Macho, no estúdio da RCA, no Rio de janeiro. No seu livro Cantadores, Prosa Sertaneja e Outras Conversas (UFRPE, 1987) José Marcolino, impagável contador de causos revela o seu amor aos amigos que sempre chamava de poeta...

José Marcolino participou da turnê de divulgação do LP, viajou de Sul a Norte do País com Luiz Gonzaga, no entanto, a saudade da família e suas raízes sertanejas foram mais fortes. Depois de um show no Crato, Ceará,  ele tomou um ônibus até Campina Grande e de lá foi para Sumé, de onde fretou um táxi para a Prata, onde morava.

Com o sucesso de suas canções cantadas por vários artistas (Quinteto Violado, Assisão, Genival Lacerda, Ivan Ferraz, entre outros), José Marcolino montou um conjunto e passou a fazer shows pelo Sertão, contando suas muitas estórias e composições.

Somente em 1983, produzido pelos integrantes do Quinteto Violado, ele lançou seu primeiro e único, hoje fora de catálogo, LP Sala de Reboco (pela Chantecler). Um disco que está merecendo uma reedição em CD, assim como também seu único livro, necessita uma reedição mais bem cuidada.

José Marcolino faleceu em 20 de setembro de 1987, nas imediações de Afogados da Ingazeira, Sertão pernambucano, num acidente que o que tem de trágico tem de prosaico. Ele vinha, em companhia do filho Ubirajara, quando o automóvel que dirigia capotou, depois de uma manobra brusca para desviar de uma vaca que atravessava a pista. O filho sobreviveu, mas Marcolino sofreu uma grave fratura no crânio, que lhe foi fatal.

Fonte: Livro Vida e Obra de José Marcolino-UFRPE e Jornal do Commercio/Jose Teles


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Caruaru promoverá dia 15 de novembro Encontro dos Gonzagueanos


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EPTTC promove Semana do Transito



A prefeitura de Petrolina, através da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC), vai promover a Semana Nacional do Trânsito entre os dias 19 e 25 de setembro.  O tema será “Cidade para as Pessoas: Proteção e Prioridades ao Pedestre”.

O diretor presidente da Epttc, Paulo Valgueiro, revela que a finalidade da Semana é conscientizar a sociedade e despertar os valores que contribuam para a criação de um ambiente favorável ao atendimento de seu compromisso com a "valorização da vida, segurança, paz e boas ações no trânsito”.
“A Semana do Trânsito deve conscientizar a mudança de postura de toda a sociedade no esforço para a redução de acidentes”, diz Paulo Valgueiro.

A  Semana do Trânsito em Petrolina terá a seguinte programação:
Sexta-feira, 19, abertura às 9hs no Sest/Senat. Presença do Prefeito Julio Lossio, agentes de trânsito, estudantes, representantes Polícia Rodoviária Federal e demais  autoridades.
Entre os dias 20 a 21 Blitz e Panfletagens.
Dia 22, no Senai, Avenida Monsenhor Angelo Sampaio. Palestra: Pilotagem Defensiva e Métodos de Segurança com diretor presidente Epttc, Paulo Valgueiro, o Policial Rodoviário Federal, Deyvison Geronimo e Paulo da Honda.
Dia 23 e 24 Blitz Educativas
Encerramento dia 25 Palestra no IF Sertão.
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Carimbó agora é Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil

O carimbó acaba de se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O registro foi aprovado por unanimidade, em Brasília, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, formado por representantes da União e da sociedade civil. Criado no século XVII por negros africanos do nordeste do Pará e com influências indígena e ibérica, o carimbó é uma das mais tradicionais expressões culturais do estado do Pará e da região amazônica brasileira.

 "Quando se tem uma expressão cultural deste porte e não há a chancela do Estado, ela tende a desaparecer ao longo dos anos", afirmou a ministra da Cultura, Marta Suplicy. "Com o reconhecimento do Estado, o carimbó passa a ser perene, é patrimônio brasileiro", observou.

Marta Suplicy, que foi recebida no ato comemorativo por dançarinas e grupos de carimbó – adiantou que o Brasil pretende trabalhar para que o carimbó seja registrado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio imaterial mundial. "A chancela nacional é voltada à preservação, e a da Unesco, a uma maior visibilidade internacional, o que é muito importante para a atração de turistas", destacou a ministra.

Apesar de a manifestação cultural ter se originado entre os escravos, o nome carimbó tem origem indígena. Vem do tupi korimbó (pau que produz som), junção de curi (pau oco) e m'bó (furado, escavado). Os primeiros carimbós – ou curimbós – eram feitos de madeira oca e cobertos, em uma das extremidades, por couro de veado. Com o tempo, carimbó passou a referir-se não apenas aos tambores, mas também à dança associada ao ritmo produzido pela percussão.

Hoje, a expressão carimbó é utilizada majoritariamente como referência à expressão que envolve festa, música e coreografia características e tradicionalmente reproduzidas no nordeste paraense. Os temas das canções, em geral, são alusivos a elementos da fauna e da flora da região, ao dia a dia do trabalho e às práticas cotidianas.

Fonte: Ministério da Cultura/Iphan
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Humberto Cavalcanti Teixeira nasceu em Iguatu, Ceará no dia  5 de janeiro de 1915. Faleceu no  Rio de Janeiro, em 3 de outubro de 1979. É nacionalmente conhecido como parceiro de Luiz Gonzaga.

Foi advogado, político, instrumentista, poeta, compositor, fundador e Presidente da Academia Brasileira de Música Popular.

Da união com Margarida Teixeira, nasceu a atriz Denise Dumont, mãe de seu único neto, que ela teve com o ator Cláudio Marzo.

Era filho de João Euclides Teixeira e Lucíola Cavalcante Teixeira. Desde cedo apresentava aptidões para a música; aos 6 anos, aprendeu a tocar musete - versão francesa da gaita de foles. Aprendeu também flauta e bandolim. O seu tio Lafaiete Teixeira, foi o responsável pelos seus primeiros ensinamentos musicais, era maestro e tocava vários instrumentos.

Em 1943, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesta época já tinha composto sambas, marchas, xotes, sambas-canções e toadas. Em 1944, teve gravada a primeira música, em parceria com Lírio Panicalli, o samba apoteótico Sinfonia do Café, cantado por Deo. Compôs Kalu, para a cantora Dalva de Oliveira e Adeus, Maria Fulô, com Sivuca, para Carmélia Alves.

Seu encontro com Luiz Gonzaga se deu em agosto de 1945. Em conversa animada surgiu a intenção de valorizar o ritmo nordestino, onde o xote e o baião tinham prioridades. Surgiu o primeiro sucesso da dupla, denominado No Meu Pé de Serra.

No ano de 1954, Humberto Teixeira candidata-se a deputado federal, passando dois meses fazendo campanha no sertão cearense, ao lado de Luiz Gonzaga.

Humberto Teixeira elegeu-se deputado. Teve destaque na Câmara Federal, quando do seu empenho na defesa dos direitos autorais. Conseguiu aprovar a Lei Humberto Teixeira, que permitia maior divulgação da música brasileira no exterior, através de caravanas musicais financiadas pelo Governo Federal. Humberto Teixeira levou para o exterior Valdir Azevedo, Francisco Carlos, Dalton Vogeler, Leonel do Trombone, o guitarrista Poly, a cantora Marta Kelly, o acordeonista Orlando Silveira, o Conjunto Radamés Gnatalli, o maestro Quincas e seus Copacabanas, Vilma Valéria, Carmélia Alves, Jimmy Lester, Léo Peracchi, Sivuca e muitos outros.

As canções de Humberto Teixeira foram interpretadas principalmente por Luiz Gonzaga, mas outros cantores de expressão nacional também tiveram este privilégio; foram eles: Dalva de Oliveira, Carmélia Alves, Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Fagner, Caetano Veloso, Gal Costa, Elba Ramalho etc.

Eleito por três anos consecutivos o melhor compositor do Brasil, de Humberto Teixeira ganhou do povo o título de Doutor do Baião, quebrando rotinas e cânones, imprimiu novos rumos à seresta nacional. Com o baião, fincou-se um novo marco na evolução da música popular brasileira.

Representou o Brasil na Noruega, França e Itália, como delegado especial junto ao XVIII Congresso Internacional de Autores e Compositores.

Em sua homenagem e reconhecimento, foi batizada com seu nome a Rodovia CE-021 (que liga Iguatu a Fortaleza), a Agência do banco do Nordeste do Brasil de Iguatu e o Centro Cultural Iguatuense.
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