Espedito Seleiro: a arte de confeccionar couro

Tudo começou por causa de uma tradição, um costume, como se diz no sertão. Seu bisavô, seu avô e seu pai eram todos seleiros, além de vaqueiros. Quando terminava o dia no campo atrás do gado, seu avô acendia uma lamparina e naquela luz leve fazia uma sela para ele próprio ou para alguém que encomendava. Espedito Seleiro lembra que isso era motivo de orgulho. “Ele gostava muito quando saía numa sela nova para pegar o gado”, afirma.

Esse costume foi passando e chegou ao jovem Espedito. Mas aconteceu um contratempo. No início da jornada de seleiro achou que era melhor ser  comerciante. Montou uma bodega que faliu em um ano. Resultado: voltou para a profissão de seus ancestrais.
Como seleiro manteve sua vida, sustentou a família e ajudou a criar os irmãos todos mais novos. O pai faleceu em 1971.

Espedito atualmente produz em Nova Olinda, cariri do Ceará, mais sandálias e bolsas, que tem maior apelo comercial e valoriza  a  tradição ainda  forte. Faz muitas selas e roupas para vaqueiros, mantendo a mesma qualidade do corte e no trabalho.

Ele tem na professora Violeta Arraes, já falecida, ex-reitora da Universidade Regional do Cariri (Urca) uma grande amiga. “Foi ela que me deixou muito conhecido, pois ela trouxe muita gente importante, muitos artistas aqui, comprava e ainda brigava comigo dizendo que eu tinha que me organizar mais”.

Por causa dessa divulgação, Espedito Seleiro se tornou conhecido. Esteve na São Paulo Fashion Week e participa hoje de feiras em outros estados.

Para produzir um segredo: o silêncio que seu avô tinha com a lamparina acessa, ele acha melhor para trabalhar. “Quando eu trabalho aqui de noite num tem ninguém me aperreando, pedindo água, ninguém para me entrevistar, ninguém perturbando”, diz sorrindo.

No silêncio da noite produz mais. “E muito bom porque a gente trabalha sossegado, produzimos várias peças e entregamos tudo como combinado, pois aqui temos muito trabalho”.
Seu Espedito tem sua oficina e ao lado uma lojinha arrumada dentro do possível. Com vários produtos, como bolsas, sandálias, selas, baús, cadeiras e outras peças em couro.

A loja é movimentada e acolhe todos os dias pessoas de várias cidades do Cariri e de outros estados. Como Nova Olinda é uma cidade sempre com muito movimento, seu Espedito é endereço certo para quem quer comprar uma boa sandália, uma bolsa de couro, para si próprio ou para presentear.

O menino que aprendeu cedo a arte de fazer sela, encanta agora o Cariri, o Ceará e o mundo com uma arte que poucos sabem fazer.


Fonte: Jornal o Povo/Secretária de Cultural Ceará
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Cabrobó: Dilma faz visita a obras da Transposição do Rio São Francisco

Em visita a Cabrobó a presidente Dilma destacou que o projeto da Transposição do Rio São Francisco vai garantir a segurança hídrica para 12 milhões de pessoas. “Não é um obra qualquer, tem uma envergadura fundamental”, afirmou. “Como a seca é recorrente essas obras são cruciais para garantir o convívio com a seca, não o combate”, reforçou

A presidente também avaliou que as obras de integração do Rio São Francisco foram mal calculadas, porque é complexa e exige um tempo de maturação. A presidenta admitiu  que não é possível negar que houve atraso. Ao longo do dia, ela visitou obras do São Francisco na Paraíba, no Ceará e em Pernambuco.
Em Cabrobó a visita técnica foi "considerada relâmpago"  durou menos de 20 minutos.

"Eu acho que houve uma subestimação da obra. Vocês vejam que tem cinco anos. Eu não acredito que uma obra dessa em outro lugar do mundo leve dois anos para ser feita. Nem tampouco um ano, nem tampouco três. Ela é uma obra bastante sofisticada. Ela implica tempo de maturação”, disse.

Dilma admitiu atraso na obra. “Eu não estou negando que houve atrasos. Houve atrasos, porque, também, eu acho que se superestimou muito a velocidade que ela poderia ter, minimizando a sua complexidade. Tem esse lado também”, disse em entrevista a jornalistas.

Antes da coletiva, a presidenta participou de uma reunião com empresários responsáveis pelo projeto de integração, e disse que os prazos acordados serão cumpridos. “Eu estive conversando com empresários, os prazos serão cumpridos”, registrou.
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Higino Canuto Neto destaca a História da Música Brasileira de João Mossoró, Hermelinda e Oseás Lopes

“João Batista Almeida Lopes, conhecido artisticamente por João Mossoró, começou a carreira musical em 1956, quando participou com seus irmãos Oséas Lopes e Hermelinda, do lendário Trio Mossoró, uma homenagem à cidade natal, no Estado do Rio Grande do Norte.
Com a formação do Trio Mossoró, com Oséas na sanfona, Hermelinda no triângulo e João Mossoró no zabumba, o grupo seguiu a mesma estética introduzida por Luiz Gonzaga, caracterizada pela forte representação nordestina, nas vestimentas com o gibão e o chapéu de couro e nas músicas a cadência rítmica alegre e festeira do xote, do xaxado e do baião.
Apadrinhado por personalidades como José Messias, que atualmente é jurado do programa do Raul Gil e o poeta cantador Luiz Vieira, o Trio teve o privilégio de contar com a parceria de grandes compositores como Antonio Barros, Cecéu, Anastácia, Dominguinhos e o maranhense João do Vale.
Em 1965, conquistaram o troféu Elterpe, o prêmio de maior importância da Música Popular Brasileira, na época. A cerimônia de premiação aconteceu no Palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo como sucesso premiado a música “Carcará”, composta por João do Vale e José Cândido. No mesmo ano, Maria Bethânia também gravou a canção que se tornou sucesso nacional e símbolo da resistência do povo nordestino ante as agruras da seca e o sistema repressor ditatorial que governava o Brasil na época.
Durante o tempo em que tocava nos programas na Rádio Mairink Veiga, João Mossoró conheceu e trabalhou com Luiz Gonzaga, tocando zabumba. Pelo Rei do Baião foi apelidado de Cibito, numa referência às suas pernas, cuja alcunha providenciou gravar em seu instrumento a frase “Cibito – O rei do zabumba”.
O Trio Mossoró se desfez em 1972 com 12 LP´s gravados, verdadeiras referências do cancioneiro nordestino em todo o Brasil. Em carreira solo, João Mossoró se manteve fiel às suas raízes, divulgando a sua arte como um menestrel dos cantares e saberes do povo nordestino.
Em 2004 o artista concretiza o seu desejo de prestar uma homenagem ao seu ídolo maior – Luiz Gonzaga, gravando o CD ‘O Mito e a Arte de Luiz Gonzaga’, com reconhecimento pelo critico e historiador musical Ricardo Cravo Albin, que dedicou todo um programa transmitido pela Rádio MEC à divulgação do trabalho. O Sucesso do disco rendeu um novo álbum: ‘O Mito e a Arte de Luiz Gonzaga’ – volume 2, complementando o ciclo de homenagens, prefaciado pelo Cravo Albin que escreveu: ‘bela voz, lindo repertório, tudo isso faz deste disco uma alegria em ligar o aparelho de som, no mais das vezes, emudecido por lançamentos bisonhos, quase insuportáveis’.
Em seu mais recente CD ‘Conexão Nordeste – O Arauto das Raízes Nordestinas’, João Mossoró interpreta canções de outros artistas também consagrados (Belchior, Chico Salles, Gonzaguinha, Nando Cordel, Dominguinhos, dentre outros), como num reconhecimento pela cumplicidade em produzir música de qualidade inspirado pela essência que brota do interior profundo do nordeste brasileiro.
Juntamente com seus irmãos Oséas e Hermelinda, João Mossoró insere o estado do Rio Grande do Norte na geografia musical brasileira, com a mesma grandiosidade com que Jackson do Pandeiro introduziu a Paraíba, com a mesma intensidade com que João do Vale revelou o Maranhão e o mesmo ideal e devoção com que Luiz Gonzaga apresentava ao Brasil o seu estado Pernambuco, carregando todo o sentimento nordestino em sua genialidade musical.
João Mossoró é um arauto, um menestrel, um dos últimos ícones do forró em plena atividade, contemporâneo de outros forrozeiros históricos que o Brasil precisa reconhecer e aplaudir em sua grandiosidade.”
Fonte: Texto e Foto de  Higino Canuto Neto-Juazeiro da Bahia- www.forrovinil.com.br
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Enem: inscrições começam nesta segunda-feira 12

Começam nesta segunda-feira (12) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os interessados podem se inscrever pelo site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As inscrições vão até o dia 23.

As provas serão nos dias 8 e 9 de novembro. A inscrição custa R$ 35 e deve ser paga até 28 de maio. Estudantes da rede pública e pessoas com renda familiar de até 1,5 salário mínimo estão isentos do pagamento.

O Enem é destinado a estudantes que tenham terminado ou estejam concluindo o ensino médio, pessoas com mais de 18 anos que busquem o comprovante de conclusão do ensino médio e aquelas que queiram testar conhecimentos.

A nota do exame pode ser usada para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas no ensino superior público; o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas; e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec), que destina vagas gratuitas em cursos técnicos a estudantes.

O Enem é também pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e obter bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras.

No site do Inep, é possível tirar dúvidas sobre o exame. Neste ano, a página oferece o edital em formato de leitura compatível com o Dosvox, sistema que pemite a utilização do computador por pessoas com deficiência visual, e um vídeo na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para quem tem deficiência auditiva. Os candidatos também podem obter informações pelo telefone 0800-616161.

A previsão é que 8,2 milhões de pessoas se inscrevam no teste deste ano, crescimento de 13,8% em relação aos 7,2 milhões do ano passado. O número de cidades que aplicarão o Enem aumentou de 1,1 mil, no ano passado, para 1,6 mil.

Fonte: Agência Brasil
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Garanhuns: homenagens a Dominguinhos e Professora Luzinete Laporte marcam Bienal do Livro



Garanhuns, agreste de Pernambuco se prepara nesta sexta-feira 9, para a  solenidade de abertura da II Bienal Internacional do Livro do Agreste. Toda a estrutura do maior evento de literatura do interior de Pernambuco já está pronta para receber pessoas de diversos lugares do Brasil. O espaço vai reunir mais de 100 editoras de diversos segmentos literários com uma programação que inclui palestras, debates, recitais, conversas literárias, intercâmbio literário-cultural, Feira do Livro, praça de alimentação, café literário, tenda de autógrafo e espaços voltados para o público infanto-juvenil. O evento também homenageia o mestre Dominguinhos e a escritora garanhuense, Luzinette Laporte.



O Governo Municipal preparou uma programação especial para os visitantes da Bienal. Estandes foram montados para receber as ações da Secretaria de Educação, da Indústria do Conhecimento (IDC) do Serviço Social da Indústria (Sesi) - em parceria com a Secretaria -, e o espaço com a Sala de Leitura. A programação para esses ambientes incluem contações de história e de contos populares, apresentações culturais, oficinas de música, entre outras atividades.



A II Bienal Internacional do Livro do Agreste é uma realização da Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros), com o patrocínio do Governo Municipal, por meio das Secretarias de Educação e Cultura, Empetur e Sesi, o apoio da Editora Cepe, Editora Construir e Agência Tante e a produção de Pitanga Promo.

Confira em nosso site oficial a programação completa: www.garanhuns.pe.gov.br.



Fonte: Secom Garanhns- Texto Samara Pontes
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Elba Ramalho, Lucy Alves e Zé Ramalho confirmados no São João de Campina Grande, Paraíba

O vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Filho, confirmou  algumas das atrações oficiais do maior São João do Mundo deste ano, que começa em 6 de junho e termina no dia 6 de julho.

Conforme o gestor, Aviões do Forró, Garota Safada, Lucy Alves, Biliu De Campina, Amazan, Os Nonatos, Padre Fábio de Melo, Elba Ramalho e Zé Ramalho vão se apresentar no evento que acontece há 30 anos no Parque do Povo.

O prefeito Romero Rodrigues reuniu os auxiliares da administração municipal e integrantes da comissão organizadora do ‘Maior São João do Mundo’, para discutir e ajustar detalhes da programação do evento.

O chefe do executivo orientou uma adequação na programação do São João, com alguns ajustes, porém, sem qualquer perda na qualidade do evento. Romero destacou a importância da festa, que representa uma forte manifestação cultural e tem atraído pessoas de todo o mundo. Ele lembrou ainda, que este ano é atípico, em razão das comemorações do Sesquicentenário da cidade.

Apesar de algumas atrações confirmadas, a comissão organizadora ainda está finalizando a programação, que mais uma vez será descentralizada, com atrações também nos distritos de Campina Grande.

 O coordenador geral da festa, o vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima Filho.

Fonte: Ascom Campina Grande PB
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Secretário de Cultura, Chico Cesar diz que paraibanos participarão da Virada Cultural

“Nunca houve um Estado convidado na Virada Cultural”, garantiu o secretário de Estado da Cultura Chico César sobre o convite da Secretaria Municipal de São Paulo, que trará artistas paraibanos para a 10ª edição do evento, que acontecerá entre os dias 17 e 18 deste mês na capital paulista.

Na coletiva de imprensa o secretário divulgou os nomes que atuam nas áreas de música, circo, artes visuais e cultura popular que se apresentarão na Virada Cultural.

A música paraibana será representada por Seu Pereira e Coletivo 401, Ubella Preta, Escurinho, Sandra Belê, Cátia de França e Val Donato (que farão o show Barruada) e os DJs Naza e Cassicobra.

A apresentação circense paraibana contará com o ator global Luiz Carlos Vasconcelos, que encarnará o seu tradicional Palhaço Xuxu.

Já na área de artes visuais, o evento contará com o artista Thiago Trapo. “Passei um ano na Paraíba fazendo um projeto com usuários de drogas. Em São Paulo quero desenvolver algo assim, com intervenções urbanas que refletem esse problema no país”, explicou.

Representando a cultura popular foram selecionados pela curadoria interna da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) Oliveira de Panelas, Geraldo Mousinho, Banda Cabaçal (de São José de Piranhas, no Alto Sertão paraibano) e a Ciranda de Tupinambás (de Mandacaru), onde será a primeira apresentação sem o Mestre Carboreto, morto no mês passado, aos 68 anos.

“Vou com o repentista Jonas Bezerra”, avisou Oliveira de Panelas, que participou da Virada Cultural no ano passado. “Vamos fazer várias modalidades de improvisação, mais corridas e mais alegres”.

De acordo com Chico César, será mobilizado um grupo de cerca de 45 pessoas para o evento. “Dentro daquele caldeirão que é a Virada vamos poder chamar a atenção e colocar a bandeira da nossa cultura”.

Mesmo se apresentando na ‘Terra da Garoa’ várias vezes, Escurinho não está preocupado com a escolha de repertório. “Lá não tem essa preocupação se o disco é velho pra gente aqui.

São Paulo é sempre novo”, brinca o músico que lançará brevemente o CD Ciranda de Maluco.

Para Chico César, convites como esse servem para fortalecer a cultura local.

Fonte: Jornal da Paraíba-Audaci Junior/Rizemberg Felipe

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