Festival de cinema discute meio ambiente

Começa na quinta-feira (20) a terceira edição da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. Durante os sete dias de festival serão exibidos mais de 60 filmes - longa, média e curta-metragens de 30 países. As películas estão agrupadas em cinco eixos temáticos: cidades, campo, economia, energia e povos e lugares. A mostra está dividida em sete pontos de exibição na capital paulista.

O evento é uma iniciativa da organização não governamental (ONG) Ecofalante, um coletivo formado em 2003 por educadores, comunicadores e cineastas. Neste ano, serão premiados dois filmes latino-americanos, um escolhido pelo público e outro pelo juri. Estão programados debates com diretores e com o homenageado da edição, o jornalista Washington Novaes.

Além de um festival de cinema, a proposta da Ecofalante é ser uma oportunidade para o debate de temas ligados ao meio ambiente. “Ela nasceu com a ideia de ser uma plataforma de informação e conhecimento que, por meio do audiovisual, pudesse discutir temas absolutamente relevantes para a nossa vida. Temas ligados a sustentabilidade, meio ambiente, cidadania, conservação e políticas públicas”, ressalta o diretor da mostra, Chico Guariba.

O festival apresenta obras que dificilmente seriam exibidas nas salas comerciais. “A gente achava importante que aqui, em São Paulo, um dos centros de decisão econômica do país, tivesse uma mostra que trouxesse esses filmes que não chegavam no Brasil”, destacou Guariba.

O longa-metragem japonês Terra da Esperança, por exemplo, fala sobre uma família que vive em uma região atingida por um acidente nuclear. Como apenas a metade das terras desses camponeses está dentro do raio de evacuação obrigatória, eles têm que decidir entre acompanhar os vizinhos, ir para um abrigo ou permanecer em casa.

A energia nuclear também é tema de alguns documentários que fazem parte da mostra. Três deles tratam direta ou indiretamente do acidente ocorrido na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão. “São filmes importantes que atualizam as informações sobre um desastre que não tem proporções, que a gente conhece muito pouco do que está acontecendo”, pontua Guariba.

Fonte: Agencia Brasil
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Policiais federais, rodoviárias e civis cobram aprovação de Projeto Aposentadoria


Mulheres policiais cobram a aprovação do projeto que permite que as integrantes das polícias Federal, Rodoviária e Civil se aposentem depois de 25 anos de contribuição à Previdência Social, desde que estejam há pelo menos 15 anos na carreira (PLP 275/01). Elas participaram de manifestação na Câmara dos Deputados.
De acordo com a legislação atual (Lei Complementar51/85), os policiais vinculados ao governo federal só podem se aposentar depois de 30 anos de serviço, desde que tenham ao menos 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial. A regra vale para homens e mulheres.
Por outro lado, na maior parte dos estados, as mulheres policiais civis já podem se aposentar depois de 25 anos de serviço.
‘Não é favor’Durante o ato em defesa da aprovação da proposta, a agente da Polícia Rodoviária Federal Odília Amorim ressaltou que a aposentadoria especial para a categoria não é um favor.
A Policial Rodoviária Federal, Lucimar Freitas, que trabalha em Petrolina, é a representante do Estado de Pernambuco nas reuniões realizadas em Brasília.
"Nós não queremos favor, nem privilégio. Queremos apenas justiça, porque não é justo que há 25 anos a Constituição disse que nós teríamos que trabalhar cinco anos a menos – isso para todas as mulheres, tanto da iniciativa privada, quanto pública – e somente as policiais tenham que trabalhar 30 anos”, criticou a policial. “Ou seja, somos a única carreira que não tem uma regulamentação de acordo com a Constituição Federal de 1988."

O ato na Câmara fez parte da programação do Mês da Mulher no Congresso Nacional e foi organizado pela bancada das deputadas federais. As parlamentares trabalham para convencer os líderes partidários a colocar o projeto que permite a aposentadoria especial da categoria na pauta do Plenário assim que ela estiver destrancada.

A coordenadora-adjunta da bancada feminina, deputada Erika Kokay (PT-DF), declarou que aprovar o projeto é fazer justiça: "Nós temos aposentadoria diferenciada para professores, que têm aposentadoria especial. Nós temos aposentadoria diferenciada para as mulheres que exercem uma série de profissões que gozam de aposentadoria especial. Não tem sentido que isso não atinja as policiais. É como se o Estado dissesse, ao não implementar a Constituição, que as mulheres policiais são invisíveis e que elas não existem neste País."

No fim de fevereiro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, recebeu um grupo de mulheres policiais que pediu a inclusão do projeto da aposentadoria especial na pauta do Plenário. Na ocasião, o presidente apoiou a reivindicação.
Ele disse que, tão logo a pauta estivesse destrancada, incluiria o projeto na relação das primeiras matérias que seriam deliberadas pela Câmara. O projeto, que veio do Senado, já foi aprovado naquela Casa.

Fonte: Rádio Nacional Programa A Voz do Brasil
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Sábado 15: Programa Nas Asas da Asa Branca, Rádio Cidade Am 870

Sábado 15, ás 7hs na sintonia www.radiocidadeam870.com.br
Elba Ramalho canta Caldeirão de Mitos, de Braulio Tavares.
 Entrevista com o poeta cantador Flávio Leandro. 
E Luiz Gonzaga canta Nos Cafundó de Bodocó, de Janduhy da Feira
Foto Arquivo Ney Vital-ano 1999.
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Cezzinha diz que nunca agrediu Elba Ramalho


Acusado de agredir a advogada Fabiana Fernandes, 33 anos, com quem manteve um breve relacionamento, o músico Cezzinha convocou uma coletiva de imprensa para esclarecer alguns pontos relativos ao episódio. No entanto, não foram exatamente as declarações de Fabiana o mote do encontro com a imprensa, mas sim um vídeo de Elba Ramalho, gravado durante um evento religioso e postado em 2012, no qual ela fala que o forrozeiro bebia muito e era violento.

O tempo todo sorridente, Cezzinha chegou acompanhado de seu advogado e leu todo seu pronunciamento. "A ansiedade e a emoção que sinto no momento me impedem de falar abertamente e de me submeter a um debate", falou, justificando a leitura do comunicado. 


"Gostaria de deixar muito claro que estou sendo vítima da violenta e leviana atitude de uma pessoa que, sem qualquer exposição da verdade, não está dispensando esforços para me atingir, forjando testemunhos, mudando a realidade dos fatos, e me submetendo a um constrangimento que somente as pessoas que passam por isso sabem", pontuou.
Sobre a declaração de Elba, ele afirma que foi um "comentário infeliz", mas que não acredita que a ex-companheira, com quem se relacionou por três anos, tenha feito para o prejudicar. "Se fosse verdade que a agredi, Elba teria sido a primeira a me denunciar e eu já estaria preso", afirmou. Ele enfatizou ainda que ele e a cantora são muito amigos e que ela teria ligado nesta quarta (12) para manifestar seu apoio a ele. 

Jornalistas questionaram o cantor, dizendo que Elba não desmentiu as declarações de violência, mas Cezzinha manteve o discurso da amizade com a paraibana, afirmando que mantém relacionamento profissional e de amizade com ela.
A cantora Elba Ramalho enviou nota, por meio da sua assessoria de Imprensa, falando sobre o vídeo em que confessa ter sofrido agressão física de ex. O depoimento, durante um testemunho religioso, deu pano para especulações de que se trataria de seu ex-namorado Cezzinha. Leia a nota na íntegra:

“O testemunho de vida dado por mim a uma comunidade religiosa, e divulgado na internet, merece respeito. E não pode ser utilizado com qualquer propósito que não seja o bem.  Muito menos como uma arma contra qualquer pessoa ou situação. Ao contrário, é um testemunho professado pela fé, que busca a redenção e a reconciliação com Deus.
Deve servir para converter e motivar as pessoas a uma busca de autoconhecimento, da saúde espiritual e da paz interior.
Não tenho nada contra Cezzinha, uma história de amor no passado e, hoje, um amigo querido. Um músico admirável. Peço mais amor, mais compaixão e mais compreensão.
Paz e bem!“

Fonte: Jornal do Commercio/ Folha de PE
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Filme Dominguinhos será exibido no Festival É Tudo Verdade


O filme Dominguinhos, de Joaquim Castro, Eduardo Nazarian e Mariana Aydar, será exibido no festival É Tudo Verdade, o mais famoso do país dedicado ao gênero documentário. A homenagem audiovisual ao sanfoneiro, falecido em julho de 2013, tem estreia prevista para maio e já rendeu a websérie Dominguinhos+, com participações de Lenine, Gilberto Gil, Hermeto Pascoal e Djavan, entre outros.

O festival, que será realizado de 3 a 13 de abril, em São Paulo, e depois segue para o Rio de Janeiro, Campinas, Brasília e Belo Horizonte. Serão 77 produções de 26 países.

A diretora brasileira Helena Solberg e os cineastas brasileiros Eduardo Coutinho (1933-2014) e Leon Hirszman (1937-1987) serão homenageados, além do diretor japonês (1926-2006) Shohei Imamura.
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Em testemunho Elba Ramalho diz ter sido agredida pelo sanfoneiro e cantor Cezzinha


A cantora Elba Ramalho, 62 anos, já relatou ter vivido situações de agressões físicas mútuas, impulsionadas por excesso de bebida alcoólica, com o ex-companheiro César Carvalho. O sanfoneiro Cezzinha, 30, como é mais conhecido, é agora investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia da Mulher, por suspeita de agressão a uma ex-namorada, a advogada Fabiana Fernandes, 33. O inquérito corre em segredo de justiça e está perto de ser concluído, segundo a delegada Gerlune Maria Monteiro.

Devota de Nossa Senhora e hoje militante do Movimento Pró-Vida, Elba Ramalho chegou a dar um longo testemunho sobre sua vida pessoal durante cerimônia religiosa. Falou desde o aborto que realizou na juventude, numa clínica do Recife, até o fim de dois casamentos. O último deles com Cezzinha, em 2010. “Ele bebia, ficava agressivo. A gente se batia. Eu, que não mato nem um mosquito, já estava no ponto de, ele dava uma e eu dava cinco. Ou seja, eu tinha caído. Eu estava na boca da fornalha”, desabafa, no vídeo postado no YouTube.


As declarações de Elba podem ser ouvidas em gravação que circula no site de compartilhamento. O vídeo foi postado em novembro de 2012 e tem quase 50 minutos de duração. Dos 28 minutos e 54 segundos em diante, a cantora fala sobre a relação com o sanfoneiro. “Estou na minha decadência com esse relacionamento. Confesso a vocês. Não posso dizer que ele era um psicopata. Seria um pecado meu estar julgando uma pessoa. Eu estava muito apaixonada. Era carne pura. Não existia nada de alma. Existia somente a paixão. Olha, conheci várias mulheres passando por essa situação. Você fica aprisionado. Você sabe que está lidando com o mal”, discorre.

Em seguida, a artista conta como foi o fim do relacionamento. “Minha produção dizia: tira ele da banda. E eu dizia: não, eu vou sair com ele do meu lado. A última turnê, de 30 shows que fizemos juntos, eu tinha uma viagem marcada para Nova Iorque (...) No último dia de show, eu estava tão fortalecida, gente. Terminou o show, eu apresentei ele do mesmo jeito, fulano, cantei com ele, dancei. Quando terminou o show, olhei para minha produtora e falei: me leva para casa. Ela: e César? Eu falei: Esqueça, acabou. Fui para minha casa, não precisei explicar nada. Ele percebeu.”

Ao JC, a assessoria da cantora confirmou a veracidade do testemunho. Mas não quis dar detalhes de quando e onde foi gravado. Já o advogado do sanfoneiro, Arnaldo Escorel, disse que desconhecia o vídeo e preferiu não comentá-lo, alegando que o testemunho de Elba Ramalho não possui vínculo com a denúncia formalizada pela advogada e também ex-companheira de seu cliente.


“César Carvalho informa a todos os cidadãos e ao público, principalmente aos seus fãs, que jamais agrediu a senhora Fabiana, nem qualquer outra mulher em sua vida”, diz um trecho da nota divulgada após a formalização da denúncia de Fabiana Fernandes.


Fonte: Jornal do Commercio

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Pesquisadora reedita livro Na Batida do Baião, no balanço do forró: Zé Dantas e Luiz Gonzaga



A caixa de fósforo sempre foi a grande aliada do pernambucano José de Souza Dantas Filho (1921-1962), também chamado de Zé Dantas ou Zedantas, como preferia assinar. Nascido em Carnaíba de Flores, no Sertão do Pajeú, ele não sabia tocar instrumentos, mas desde menino se revelava compositor. Batucando na caixinha de palitos, criava com facilidade xotes, baiões e toadas, entre eles os sucessos Cintura fina, A volta da asa branca e Riacho do navio. Veio para o Recife estudar medicina conforme desejavam os pais, mas nunca abandonou a vocação artística.

Aquele que viria a ser um dos principais parceiros musicais do Mestre Lua é  tema do livro Na batida do baião, no balanço do forró: Zedantas e Luiz Gonzaga (Editora Massangana, 230 páginas, R$ 35 reais), da antropóloga Mundicarmo Ferretti. A publicação lançada  é fruto da dissertação de mestrado da pesquisadora, que na década de 1970 fez o primeiro estudo acadêmico sobre a parceria entre os dois pernambucanos.

“Conheci o trabalho de Zedantas e de Luiz Gonzaga ainda na infância, no Piauí, e, posteriormente, vi que a música dos dois permanecia muito viva. Além disso, passou a atrair a atenção de um público classe média e universitário, da mesma maneira que em outros tempos interessou a imigrantes nordestinos”, conta. Em Pernambuco, Ferretti entrevistou amigos e familiares do compositor; e no Rio de Janeiro colheu depoimentos de pessoas ligadas a gravadoras, lojas de discos, casas de forró.

Segundo a pesquisadora, Zedantas conheceu o Rei do Baião em 1947, antes mesmo de terminar o curso de medicina na UFPE, em 1949, e de partir para o Rio de Janeiro no ano seguinte. Embora fosse “doutor”, era notado sobretudo pelo humor e talento com os quais contava histórias e criava versos. De 1950 a 1958, Luiz Gonzaga gravou 50 composições do conterrâneo, que as escrevia com a intenção de divulgar os costumes e as artes populares tipicamente nordestinas.

Com olhar voltado para as próprias raízes, Zedantas compunha canções sobre festividades sertanejas, práticas medicinais e agrícolas, poesia, artesanato. Chegou a ser diretor do programa O Rei do Baião, da Rádio Nacional, e do Departamento Folclórico da Rádio Mayrink Veiga. Quando morreu, aos 41 anos, um busto foi levantado na cidade natal, em sua memória.

Mas foi do cantor vindo de Exú que recebeu o maior tributo, a música Homenagem a Zedantas, que empunhava versos como: “Chora meu olho d' água,/ chora meu pé de algodão./ As folhas já estão se orvalhando,/ saudade do nosso irmão,/ Zedantas”. Além de Luiz Gonzaga, as composições do pernambucano foram gravadas por artistas como Carmélia Alves (O calango), Quinteto Violado (Chegada de inverno), Ivon Curi, (Dei no pai e trouxe a filha), e Jackson do Pandeiro (Forró em Caruaru).

Fonte: Diário de Pernambuco
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