UNIVASF: SEMINÁRIO DE POLÍTICA, CULTURA E AMBIENTE ACONTECE EM SÃO RAIMUNDO NONATO

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), por meio do Programa de Pós-Graduação em Política, Cultura e Ambiente (PoCAm), realizará o 3º Seminário de Política, Cultura e Ambiente, de 28 a 30 de abril, no Campus Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI). 

O evento reunirá professores, pesquisadores e estudantes para refletir sobre os rumos do mestrado, com foco na consolidação e nos desdobramentos das três linhas de pesquisa do programa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 28 de abril.

Os interessados devem se inscrever pelo site do evento. Esta edição irá debater como as linhas Modos de Produção e Formas Expressivas, Economia Política e Técnicas de Governo e Regimes de Conhecimento e Agenciamentos Socioambientais têm se materializado em atividades concretas, projetos de pesquisa e expectativas acadêmicas e sociais. Essas temáticas orientarão mesas redondas, conversas e atividades culturais ao longo dos três dias de programação.

A abertura do evento será no dia 28 de abril, às 19h, com a conferência “Da universidade popular à universidade dos povos: desafios da academia na relação com as comunidades e movimentos sociais”, ministrada pelo professor Spensy Kmitta Pimentel, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Em seguida, às 20h30, será realizada a apresentação didática “Um alaúde de cerrados e caatingas: imaginações musicais de um alaúde de Istambul nos sertões do Piauí”, com o professor Rainer Miranda Brito, do Colegiado de Antropologia e do PoCAm. A programação completa está disponível no site do 3º Seminário de Política, Cultura e Ambiente.

Mostra de Filmes - Um dos destaques desta edição é a Mostra de Filmes, que será realizada na Praça do Relógio, no Centro de São Raimundo Nonato, no dia 30 de abril, a partir das 19h30. Serão exibidos os filmes “Sobrado das Margens” (2019), dirigido por Danilo de Souza Santos; “Tirar Reis: memórias e melodias nos reisados de São Lourenço do Piauí” (2023), com direção de Manoela Vilanova Negreiros, ambos discentes do PoCAm; e “02 de julho - A Retomada” (2024), dirigido por Spensy Kmitta Pimentel, Joelson Ferreira e Joana Moncau.

Também haverá o Fórum de Auto-avaliação do PoCAm, com a participação de docentes e discentes do curso. A realização do evento conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi). Mais informações sobre o evento podem ser acessadas no site do 3º Seminário de Política, Cultura e Ambiente.

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CONGRESSO BRASILEIRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DEBATE BIOMA CAATINGA E CRIMES AMBIENTAIS

O 23ª edição do Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente, realizado em Fortaleza, Ceará, contou com uma vasta programação de painéis para debater temas como mudanças climáticas, transição energética, gerenciamento de zona costeira, resíduos sólidos e saneamento, o bioma Caatinga, além de crimes ambientais. 

O bioma Caatinga foi um dos destaques no evento. Proteção, conservação e recuperação foi a temática debatida no sexto painel pela professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Francisca Soares de Araújo; pelo presidente da Associação Caatinga, Daniel Fernandes Costa; pelo promotor de Justiça, Thiago Marques; e pela promotora de Justiça do MPSE, Aldeleine Melhor Barbosa. 

O promotor de Justiça Thiago Marques destacou as peculiaridades da Apa Regular e da heterogeneidade do bioma caatinga no território da Chapada do Araripe.

“Temos estratégias para uniformizar nossa atuação institucional e de fiscalização nesse território, aumentando a efetividade da preservação, sobretudo dentro das unidades de conservação. Precisamos ter um sentimento de pertencimento para essa ação fiscalizadora. Um dos nossos desafios são os fatores econômicos e as mudanças climáticas”. 

Aldeleine Melhor questionou por quanto tempo a caatinga ainda vai resistir. Segundo ela, é preciso atuar rápido, de forma coordenada e conjunta com os MPs brasileiros para combater o desmatamento. “A ideia é nos unir para evitar que esse bioma se acabe. A Caatinga é a maior fonte de água e vida para o sertanejo”, completou. 

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DOENÇAS EM LAVOURAS DEVEM SE INTENSIFICAR COM MUDANÇAS CLIMÁTICAS, ALERTA EMBRAPA

A crise climática terá sérios efeitos no campo: doenças de plantas mais severas, resistentes e difíceis de controlar. Um estudo conduzido por pesquisadores da Embrapa indica que cerca de 46% das doenças agrícolas que ocorrem no Brasil devem se tornar mais severas até o ano de 2100, com impacto direto sobre culturas estratégicas como arroz, milho, soja, café, cana-de-açúcar, hortaliças e frutas.

 O aumento da temperatura e as alterações no regime de chuvas devem favorecer fungos, vírus e vetores, exigindo do País uma reestruturação nos sistemas de monitoramento e controle fitossanitário.   

A projeção vem de uma ampla revisão científica que avaliou 304 patossistemas (conjunto formado por patógeno e planta hospedeira) relacionados a 32 das principais culturas agrícolas brasileiras. O levantamento mostra que os fungos são os patógenos mais recorrentes, presentes em quase 80% dos casos avaliados.

As mudanças climáticas devem tornar o ambiente ainda mais propício à disseminação de patógenos. O estudo destaca que o aumento médio da temperatura pode ultrapassar os 4,5°C em algumas regiões brasileiras até o fim do século, se o mundo não tomar medidas para frear as mudanças climáticas. Para doenças causadas por fungos, como antracnose e oídio (foto à direita, na abóbora), esse cenário cria condições ideais para a proliferação. Alterações nas chuvas, com períodos mais secos ou intensamente úmidos, também interferem na dinâmica das doenças.

“A previsão de doenças em um cenário de mudança climática é um desafio complexo que exige a continuidade das pesquisas e implementação de novas estratégias de adaptação”, afirma a pesquisadora Francislene Angelotti, da Embrapa Semiárido (PE). Ela ainda enfatiza a importância de investimentos para fortalecer os sistemas e estruturas fitossanitários nacionais e promover a inovação científica para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Pesquisas apontam que as mudanças climáticas podem afetar a eficácia dos defensivos agrícolas, exigindo ajustes nas estratégias de controle fitossanitário. Toda a dinâmica dos fungicidas nas plantas (a maneira como eles são absorvidos, transportados e degradados) pode se alterar com o novo cenário climático o qual também provocará alterações morfológicas e fisiológicas nas plantas.

Com isso, o uso de produtos químicos pode se tornar menos eficiente ou exigir mais aplicações, o que aumenta custos e riscos ambientais. Esse cenário já impulsiona a busca por alternativas, especialmente os chamados agentes biológicos de controle, como os biopesticidas.

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POLÍTICA NACIONAL ALDIR BLANC COMEÇA A RECEBER ADESÕES DE ESTADOS E MUNICIPIOS

A Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) começa a receber, nesta terça-feira (15), as adesões de estados e municípios interessados em receber os repasses federais nos próximos quatro anos. A portaria, com as regras para os próximos ciclos da PNAB, foi publicada nesta segunda-feira (14).

Para receber os recursos federais, estados, municípios e o Distrito Federal (DF) devem apresentar seu plano de ação até o dia 26 de maio.

A PNAB foi criada em 2022 com orçamento de R$ 15 bilhões, para serem usados em projetos culturais até 2028. No primeiro ciclo do programa, em 2023, todos os estados, o DF e 98% dos municípios aderiram à política e receberam R$ 3 bilhões para investir em iniciativas culturais locais.

No ano passado, não houve repasses e o programa foi reformulado por meio de uma medida provisória. Por isso, ainda há R$ 12 bilhões disponíveis para a PNAB. Os recursos deste ano foram garantidos no Orçamento da União, sancionado na última sexta-feira (11).

"As regras de adesão e aplicação dos recursos para o próximo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc foram definidas com ampla mobilização do MInistério da Cultura (MinC) e com a participação das entidades representativas. Queremos que essa nova etapa seja um sucesso, assim como foi no primeiro ciclo. A Aldir Blanc é uma política estruturante para a nossa cultura e a publicação da nova portaria inicia o período em que trabalharemos intensamente para que nenhum ente fique de fora da execução dos recursos", afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

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O DIA EM QUE ADILSON MEDEIROS FEZ PERGUNTA A ANTONIO BARROS

 Um olho dágua brotou na face feliz do compositor. Eu vi. Eu provoquei.

Foram poucos encontros com o mestre. Só nesse (das fotos), ganhei registro. 

Foi em novembro de 2017, durante o Encontro Nacional de Forrozeiros no Espaço Cultural de "Ariana dos Anjos" (meu batismo para a capital da Paraíba). Não sou obrigado a aceitar um nome que os..., melhor deixar para outro momento.

Antônio Barros ( Antonio Barros e Cecéu ), foi mestre VERDADEIRO na arte da composição popular e gigante na produção. Não vou enumerar seus sucessos, todo mundo conhece a maioria deles, sem se dar conta de que saíram todos daquela mente brilhante. 

Costumo dizer, desde que me entendo por músico, que se fosse possível DELETAR a obra de Antônio Barros da cena da MPB, ficaria um rombo maior do que o da camada de ozônio, que, diz a imprensa, parece estar encolhendo. Amém! 

Antônio Barros é esse monstro da arte, da beleza, da diversão, do forró, da dança, da alegria, mas, principalmente, do domínio da composição popular de grande alcance.

E a lágrima? 

O meu primeiro momento com ele foi numa palestra - lhe fiz uma pergunta, que segundo ele, ninguém nunca lhe fizera:

- Antônio Barros, desculpa Cecéu, mas você não vai entrar nessa história.... Brinquei para chamar atenção da plateia para a minha pergunta. Vocês dois tem uma obra com grandes sucessos, mas eu queria saber do senhor, do Toinho, do Tony, do Antônio Barros...

Luiz Gonzaga soube se cercar dos melhores compositores para construir a sua obra, e você foi um deles, mas... um compositor conhece a alma de outro compositor, principalmente se for um seguidor do mestre... posso lhe perguntar, dizendo que Zé Dantas foi seu ídolo? Ele lacrimejou lindamente, com um sorriso de imensa felicidade, e respondeu: - Sim, Zé Dantas foi a minha referência principal. Meu filho, como você chegou a essa opinião, ou pergunta? Ninguém, jamais, pensou em fazê-la. Como é mesmo o seu nome? Cecéu, pega o telefone dele. Ela me ligou no dia seguinte... E aí, quem chorou de alegria fui eu. 

A paz é mais, Mestre, viajai com ela!

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AREIA, PARAÍBA SEDIA ENCONTRO SOBRE A CAFEICULTURA NO BREJO

Nos dias 9 e 10 de abril, a cidade de Areia, no Brejo paraibano, será palco do Primeiro Encontro de Cafeicultura do Brejo Paraibano, evento que reunirá pequenos produtores, especialistas e entusiastas do café na região. 

A iniciativa é realizada pela Associação de Turismo Rural e Cultural de Areia (Atura), Sebrae-PB, Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) e Embrapa, com apoio da UFPB, do deputado Eduardo Carneiro, Faepa/Senar-PB e Sebrae-PB.

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) será a sede do evento, reforçando seu papel na difusão de conhecimento e inovação na cafeicultura regional. A Atura, uma das organizadoras, desempenhou um papel essencial na viabilização do encontro, garantindo recursos por meio de uma Emenda Parlamentar do deputado estadual Eduardo Carneiro para incentivar a produção de café gourmet no Brejo paraibano.

O evento reforça a crescente importância da produção de café nesta região, que se destaca como uma atividade econômica e cultural com grande potencial. A cafeicultura local tem sido vista não apenas como uma oportunidade para geração de renda, mas também como um atrativo para o turismo rural e gastronômico. A Atura foi pioneira ao propor e implementar, em 2022, a Rota do Café, um projeto que integra produtores e empreendimentos turísticos, fortalecendo a identidade do café regional.

Com o objetivo de capacitar os pequenos produtores da região, o encontro oferecerá palestras e discussões sobre boas práticas para a produção de café de qualidade, abordando desde o cultivo até a comercialização do produto. Entre os especialistas confirmados, destaca-se o professor Guilherme Podestá, do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, e o professor Leonaldo Alves de Andrade, presidente da Atura e autor do projeto de incentivo à produção de café gourmet e da criação da Rota do Café.

O evento também contará com palestrantes de vários estados do país, especialistas na produção de café gourmet, que trarão experiências e conhecimentos sobre técnicas avançadas de cultivo, beneficiamento e comercialização do produto, ampliando o intercâmbio de informações entre os produtores locais e profissionais de referência no setor.

Para Leonaldo Andrade, presidente da Atura, sediar o Primeiro Encontro de Cafeicultura do Brejo da Paraíba, em Areia, representa um marco significativo nesse processo de revitalização, consolidando o município como um polo de produção e turismo cafeeiro, além de incentivar a economia local e preservar a rica história cultural da região.

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FÓRUM NACIONAL DE SECRETARIOS DE CULTURA VAI ACONTECER NA PARAÍBA

João Pessoa, Paraíba vai sediar entre os dias 23 e 25 de abril deste ano o 2º Encontro Nacional de Gestores de Cultura, com a presença de secretários municipais e estaduais de Cultura de todo o Brasil para discutir políticas públicas para o setor. O evento vai acontecer no Centro de Convenções de João Pessoa e vai ser realizado pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.

Durante três dias, a capital paraibana vai receber os 27 gestores estaduais de cultura do Brasil e mais de mil secretários municipais de cultura vindos de todo o país. E ainda representantes de outras instituições. 

Por exemplo, a ministra da Cultura do Governo Federal, Margareth Menezes, e a presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, Denise Pessôa, já confirmaram presença em João Pessoa. Entidades internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização dos Estados Iberamericanos também vão enviar representantes para a capital paraibana.

Para além dos debates, uma programação cultural e musical está sendo montada para apresentações no Centro de Convenções de João Pessoa. E nomes como Chico César, Elba Ramalho, Sandra Belê e Escurinho já confirmaram presença e farão shows para os presentes. Também vai ter espaço para cultura popular e tradicional, com apresentações de cocos, cirandas, reisados, cavalos marinhos, acordeonistas, entre outros.

Para Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura da Paraíba, trata-se da principal mobilização do país para tratar das políticas públicas para a cultura brasileira. E tudo isso vai acontecer em território paraibano.

 “Vamos ser protagonistas de um encontro sem precedentes, em que mais de mil pessoas que atuam diretamente com o setor cultural, com o fomento das diferentes expressões artísticas, e com o desenvolvimento das artes a partir de políticas públicas no Brasil, vão se reunir, sentar e dialogar conjuntamente. Pensar projetos, soluções, financiamentos, modelos de negócios, investimentos para a cultura. É algo absolutamente potente o que será vivido por aqui”, comemorou Pedro.

Entre os debates que serão travados, pode-se destacar aqueles que vão discutir o papel dos entes federativos para as políticas culturais, o poder dos dados na formulação de políticas culturais, perspectivas de planejamento estratégico para o setor, economia criativa para a cultura, gestão de editais, estratégias de longo prazo para a cultura, marco regulatório de fomento à cultura, entre outros temas.

Pedro destaca a retomada do Ministério da Cultura, durante a atual gestão do Governo Federal, e o montante de investimentos no setor cultural proporcionados por iniciativas como a Lei Paulo Gustavo e a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. 

Algo que, para ele, torna ainda mais urgente e imperativo esse tipo de encontro. “Temos que estar ainda mais preparados para tudo o que ainda está por vir tanto em termos de recursos, como em termos de oportunidades para o setor cultural”, finalizou.

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