EDUCADORA MARIA SILVANETE FAZ DEFESA DO BIOMA CAATINGA E CERRADO

Defensores da agroecologia,  povos indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, participaram da audiência pública sobre o Projeto de Emenda Constitucional número 504 de 2010, a PEC 504, que transforma Caatinga e Cerrado em patrimônios nacionais protegidos pela Constituição Federal.

A atividade foi realizada no âmbito da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados, e recebeu o título oficial de “Cerrado e Caatinga entre os bens do patrimônio nacional”, trazendo como tema a importância da aprovação da PEC e seus impactos positivos para o país.

A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL/MG), autora do requerimento para a realização do encontro, iniciou a audiência com uma saudação coletiva junto a mulheres do povo Xakriabá presentes na atividade. Em sua fala de abertura, a deputada destacou a falta de políticas públicas para a proteção do Cerrado e da Caatinga, e a ameaça, pelo desmatamento, da existência da sociobiodiversidade nestas duas regiões ecológicas. “Cansamos de resistir, queremos pensar o Cerrado em pé, queremos pensar a cura da humanidade”. 

Para a deputada, a força da cura está nos saberes dos povos tradicionais, na sua relação com a terra e, principalmente, na diversidade que caracteriza os biomas. Para quem acredita que não há interdependência entre Caatinga, Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica e outros biomas, Célia Xakriabá se posicionou de maneira enfática. “Para nós, povos tradicionais, toda monocultura mata. E o Brasil só é tão vivo por causa da nossa diversidade. A fronteira não está entre um bioma e outro, a fronteira está no racismo ambiental.”

Lourdes Laureano, da Articulação Pacari, membro da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e uma das componentes da mesa, relembrou que o Brasil assumiu metas ousadas em relação ao combate ao desmatamento e à emergência climática, mas não protege seus patrimônios naturais em sua totalidade. “Queremos nos tornar patrimônio nacional para garantir maior proteção aos biomas. É um reconhecimento de que o Cerrado e a Caatinga tenham a mesma importância que a Amazônia e o Pantanal, por exemplo.”

Sobre os habitantes dessas duas regiões ecológicas, Lourdes fez questão de dizer que os povos do Cerrado e da Caatinga sabem conviver com a diversidade e a adversidade, e que na transição entre os biomas vive a resistência de um povo que respeita a sociobiodiversidade. “Os monocultivos dividem e separam a integração desses ecossistemas”, afirmou, ressaltando a necessidade de integração de todos os biomas e de seus povos.

Maria Silvanete Benedito de Sousa Lermen, mulher negra, mãe de quatro filhos, educadora popular, agricultora experimentadora da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), orientadora em saúde comunitária, benzedeira de mãos postas e habitante da Serra dos Paus Dóias, no Sertão do Araripe, em Pernambuco, também defendeu em sua fala, como membro da mesa da audiência, a união entre os povos dos diferentes biomas e a necessidade de se combater a ideia de separação entre as regiões.

“A Caatinga nos ensina a importância da coletividade e da irmandade do povo para que a gente continue existindo. Trago esta fala para dizer que nós não somos povos separados. Não somos e nem nunca quisemos ser. O poder, as grandes empresas, os grandes laboratórios, as grandes mídias que não trabalham a nosso favor, as universidades que não estão ao lado do nosso povo dizem que somos povos isolados. Por isso fiquei muito feliz de ser convidada para fazer esta fala. Nesse momento convocamos todos os territórios para dizer que somos um povo só, com nossas diferenças e particularidades”, defendeu Maria Silvanete.

Lourdes Laureano e Maria Silvanete dão voz e rosto à petição pública pela aprovação da PEC 504 aberta na plataforma Change.org, e que já conta com mais de meio milhão de assinaturas. A petição é a principal ferramenta de mobilização da campanha “Cerrado e Caatinga, patrimônios do Brasil: riqueza presente, herança futura”, lançada dia 11 de setembro pela Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e pela ASA.

O objetivo da petição é chegar a um milhão de assinaturas, a serem entregues em mãos aos e às parlamentares responsáveis pela votação da PEC 504.

“A PEC já está pronta para ser votada, não se pode mais adiar. Se as violências [dos desmatamentos] não adiam, nós não podemos também adiar a solução”, disse a deputada Célia Xakriabá ao final da audiência, sinalizando o compromisso de articulação interna para levar a pauta às demais lideranças parlamentares. “Para que seja aprovada a PEC 504, vamos nos debruçar com todos os líderes de bancada, estaremos engajados nas próximas semanas nessas conversas articuladas juntamente com o presidente da Casa [Artur Lira]. Esse projeto não pode mais ser esperado, e precisamos pautar e aprovar nesse plenário. Incluir o Cerrado e a Caatinga como patrimônios nacionais é uma reparação histórica.”

A mesa da audiência pública ainda foi composta por Paulo Pedro de Carvalho, da ASA; Ro’otsitsina Juruna, do povo Xavante; Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente; Maria de Lourdes Nascimento, presidente da Rede Cerrado; e Silvio Porto, Diretor-Executivo de Política Agrícola e Informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Marcaram presença na audiência as deputadas federais Dandara Tonantzin (PT/MG) e Erika Kokay (PT/DF), e os deputados federais Fernando Mineiro (PT/RN) e Túlio Gadêlha (REDE/PE).

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ÍCONE DAS ARTES DE JUAZEIRO E VALE DO SÃO FRANCISCO LANÇA LIVRO SOBRE DANÇA E EDUCAÇÃO

Na região do Vale do São Francisco, o dia 08 de outubro jogará uma importante luz sobre o segmento da dança: o lançamento do livro “Dança e Campo Educacional: uma história construída no semiárido baiano”, assinada pelo multiartista Geraldo Pontes, com 45 anos dedicados às artes do ensino-aprendizado da dança clássica e da contemporânea, bem como ao concurso “ Victor ou Victória” e, ainda, à educação através de projetos sociais com crianças em situação de vulnerabilidade, na região. Aberto ao público, o lançamento será na Biblioteca da UNEB, às 18 h, em Juazeiro, Bahia.

No livro, Geraldo Pontes sintetiza seu itinerário: um artista juazeirense que encontrou na dança a forma de expressar criatividade e corporeidade, por caminhos pioneiros no Sertão do São Francisco, na década de 70.  Tempo no qual um corpo masculino se interessar pelo ballet significava preconceito, paradigma quebrado por Geraldo.

Resumo do livro-Além das vivências, dos conceitos, dos depoimentos de alunos e professores do autor do livro e de diversos artistas da Região do São Francisco, “Dança No Campo Educacional: uma história construída no semiárido baiano” traz um acervo fotográfico da Escola de Ballet Geraldo Pontes, nos últimos 45 anos, no território. Reúne também imagens do concurso “Victor ou Victória”, outro projeto do autor, que promove a identidade e autoestima da comunidade lgbtqiap+.

Geraldo Pontes é licenciado em dança pela UFBA e licenciado em pedagogia com especialização em Psicopedagogia e em Dança Educacional e Artes Cênicas. Atualmente, é Mestre em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos no PPGESA da UNEB. “Dança e Campo Educacional: uma história construída no semiárido baiano” é resultado da dissertação do autor, apresentada ao Programa de Pós-graduação Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos PPGESA. 

O projeto teve a orientação do Professor Doutor Josenilton Vieira.


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POETA E CANTADOR PETROLINENSE ALDY CARVALHO LANÇA O ROMANCE O CAVALEIRO DAS LÉGUAS

O poeta, cantador, violonista e cordelista petrolinense Aldy Carvalho realizou no sábado(23) o lançamento nacional de sua mais nova obra literária - o romance catingueiro e poético 'O cavaleiro das Léguas", pela editora Nova Alexandria, com momento poético-musical. 

O lançamento ocorrereu no espaço cultural da Vila Monumento, em São Paulo, com poket-show que terá a participação  do poeta João Gomes de Sá, Marisa Serrano  e o violoncelista Jorge Lucas. Até  o final do ano o poeta deverá autografar  o livro em sua terra natal e região. Em novembro, a obra será lançada na Flip- Feira Literária de Paraty(RJ)

Com "O Cavaleiro das Léguas", Aldy estabelece um rigor literário-magistral em sua multifacetada obra que passeia por diversas linguagens para além da música e literatura. Nesta obra,  o autor  atravessa os horizontes  do cordel, do conto maravilhoso, da fábula, da crônica e do romance na condição da criatividade aberta ao endossar sua criatividade conectada com a intertextualidade.

Como observa o educador e ensaísta Ely Verissimo na apresentação da obra, a narrativa de Aldy  é uma misto "alegoria ética , metafórica tanto da unidade e do equilíbrio  do individuo , reconectado  com sua energia psíquica feminina, quanto do equilíbrio do mundo, reconectando à Justiça" .

"O cavaleiro das Léguas", ainda segundo  Ely,  combate  as formas arcaicas de vida, do modo que "as virtudes cavalheirescas já não  se contam mais em batalhas  e torneios  contra outro oponente , mas, no combate  de vida  ou morte contra o reducionismo que a vida  cotidiana engendra, rebaixando o ser  em face aos seus descréditos  tanto no amor  quando nos valores  mais elevados da espécie humana".

Ao longo de 35 páginas, a narrativa – que dá cena a um cavaleiro e uma donzela que travam  um duelo verbal – a obra ganha o auxílio luxuoso das ilustrações do artista visual paraense radicado em Fortaleza(CE), Rafael Limaverde. Cada traço, traduz com perfeição a força dos versos que se constrói nas entrelinhas do romance. 

O Cavaleiro das Léguas transita por um diálogo plural, fazendo a ponte entre o imaginário medieval a desembocar como um rio caudaloso nas entranhas do Nordeste, lugar recorrente  de fala do cantador Aldy Carvalho. Em alguma passagem dos diálogos, o leitor vai perceber instantes de filosofia nos diálogos de seus personagens: "A vida é feita em pedaços/Aos poucos vamos colando/ A recolagem nos dói/ E dá trabalho ir montando/ Em busca  da completude/ É que seguimos tentado. Na última página o leitor ainda pode apreciar a partitura  musical de O Cavaleiro das Léguas. (Fonte texto jornalista Cinara Marques)

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LULA AFIRMA QUE MUDANÇA CLIMÁTICA E DESIGUALDADE SÃO PRINCIPAIS DESAFIOS GLOBAIS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (19), que o combate às mudanças climáticas e à desigualdade são os principais desafios a serem vencidos pelos líderes mundiais. Ao abrir o debate de chefes de Estado da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, ele lembrou da primeira vez que participou do evento, em 2003.

“Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perda e sofrimento aos nossos irmãos, sobretudo aos mais pobres”, disse Lula. 

Ele expressou condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia e o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.

Segundo o presidente, para vencer as desigualdades, é preciso vencer a resignação e a falta vontade política daqueles que governam o mundo. 

“A fome, tema central da minha fala neste Parlamento mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã. O mundo está cada vez mais desigual. Os dez maiores bilionários têm mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade”, acrescentou.

Este ano, o tema do debate geral é “Reconstruir a confiança e reacender a solidariedade global: acelerando ações para a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável rumo à paz, prosperidade, ao progresso e à sustentabilidade para todos”. No debate geral, os chefes dos Estados-membros da ONU são convidados a discursar em uma oportunidade para apontar suas visões e preocupações diante do sistema multilateral. 

Cabe ao governo brasileiro fazer o primeiro discurso da Assembleia Geral das Nações Unidas, seguido do presidente dos Estados Unidos. Essa tradição vem desde os princípios da organização, no fim dos anos 1940. 

Esta é a oitava vez que o presidente Lula abre o debate dos chefes de Estado. Ao longo de seus dois mandatos anteriores, ele participou do evento todos os anos entre 2003 e 2009. Em 2010, foi representado pelo então ministro das Relações Exteriores e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim. 

O presidente desembarcou em Nova York na noite do último sábado (16), onde participou de reuniões com empresários e autoridades estrangeiras. Amanhã (20), ele se encontrará com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. Lula será recebido ainda pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem lançará uma iniciativa global para promoção do trabalho decente. 
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RÁDIO NACIONAL DO RIO DE JANEIRO COMPLETA 87 ANOS

A Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a emissora mais antiga da Rede Nacional de Rádio, completa 87 anos de atividade nesta terça-feira (12). Ao longo do dia, haverá comemoração especial de aniversário, das 8h às 18h30, marcada por ajustes nas faixas da programação e inauguração do novo estúdio.

Entre as atrações, está a participação do compositor Michael Sullivan no programa É Tudo Brasil, às 16h. Já o Especial 87 anos receberá as cantoras Nina Wirtt e Mona Vilardo, que farão um tributo a grandes cantoras de rádio, como Marlene – conhecida como a rainha do rádio. Além disso, serão anunciados os novos horários e vinhetas dos programas No Mundo da Bola e Repórter Nacional.

Para o gerente-executivo de Rádios, Thiago Regotto, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro representa um modelo que a Nacional construiu na época de ouro do rádio e que mexeu com o modo como os brasileiros consomem o conteúdo radiofônico. “Ela influenciou, inclusive, a forma de se fazer televisão no país. Este aniversário representa 87 anos de uma rádio que o Brasil gosta de fazer e de ouvir”.

Época de ouro do rádio-Reconhecida como referência na programação plural e popular, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro entrou no ar em 12 de setembro de 1936. No dia da inauguração, a transmissão teve início às 21 horas, com a voz marcante de Celso Guimarães, que anunciou: “Alô, Alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!”. Em seguida, entraram os acordes do “Luar do Sertão”. Esse era o sinal quando a Rádio Nacional saía do ar diariamente às 2 horas da madrugada e retornava com a programação matinal às seis horas.

Nos áureos tempos do rádio, a Nacional foi a maior emissora da América Latina. Foi líder nos programas de auditório com César de Alencar, que abrilhantava as tardes de sábado, e com a briga entre os fã-clubes das cantoras Marlene e Emilinha Borba. Eles disputavam aos gritos a entrada em cena das duas rivais nas apresentações no auditório. Os grupos ficavam separados e o fã que descumprisse as regras era colocado para fora do auditório pelos seguranças, atentos a toda a movimentação da plateia. A rivalidade era apenas entre os admiradores de cada cantora. Nos bastidores, Marlene e Emilinha se davam muito bem.

A Rádio Nacional tinha quatro orquestras operando e as rádio novelas que marcaram época, como “O Direito de Nascer” e “Em busca da felicidade”, que paravam o país inteiro. O mesmo acontecia nas edições do Repórter Esso, quando o locutor Heron Domingues anunciava na abertura: “Aqui fala o Repórter Esso, testemunha ocular da história”. Programas como “Jerônimo, o Herói do Sertão” e “As Aventuras do Anjo” também marcaram época.

Outro programa histórico com todo o corpo de rádio teatro foi a “Vida de Cristo, levada ao ar na Sexta-Feira da Paixão. Escrita por Giuseppe Ghiaroni foi ao pela primeira vez em 27 de março de 1959. O programa tinha mais de três horas de duração e contava o martírio até a morte de Jesus Cristo. Tudo isso era feito ao vivo, com a sonoplastia que marcava as passagens de cada momento de Jesus Cristo e seus apóstolos, até a traição de Judas Iscariotes, que levaram ao julgamento por um tribunal de exceção, até a pregação na cruz e à morte de Jesus Cristo.

Os programas de auditório também receberam artistas como LUIZ GONZAGA Cauby Peixoto, Ângela Maria, Ary Barroso, Silvio Caldas, Nora Ney, Adelaide Chiozzo, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, Lamartine Babo e Francisco Alves, o Rei da Voz, entre tantos outros talentos que fizeram sucesso nas ondas da Rádio Nacional, antiga PRE-8, em 980khz.

Mais tarde, a frequência da Rádio Nacional passou para 1.130khz Isso porque a Rádio Nacional de Brasília passou a operar na frequência de 980khz, com uma programação voltada para a Amazônia Legal. Uma antena de 600 quilowatts passou a operar voltada para a Amazônia para apresentar a programação que saía de Brasília. Isso foi possível, a partir de 1976, quando foi criada a Radiobrás, uma empresa do Ministério das Comunicações que englobou todas as emissoras federais do país.

Desde 2008, a emissora passou a ser integrante da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), onde mantém sua programação popular, cidadã, musical, noticiosa e plural.

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GRITO DOS EXCLUÍDOS DIZ QUE MOVIMENTOS DE BASE NÃO ESTÃO ADORMECIDOS

Integrantes do 29º Grito dos Excluídos e das Excluídas fizeram nesta quinta-feira (7), em São Paulo, uma caminhada por reivindicações. A ação durou cerca de uma hora e meia e reuniu grande número de pessoas, inclusive crianças, ocorrendo sem problemas ou interrupções. Eles pediram que o governo federal pare de ceder espaço em ministérios ao centrão (conjunto de partidos políticos que não se identificam necessariamente com o governo ou com a oposição) .

Eles se reuniram por volta do meio-dia no Monumento às Bandeiras, nas proximidades da Assembleia Legislativa e do Parque Ibirapuera para encerrar o ato. Várias faixas foram estendidas com frases como: "Independência sem direitos não é independência, é morte". Antes de começar a caminhada, uma liderança do movimento afirmou que os movimentos de base não estão adormecidos.

O ato contou com a presença de políticos, entre eles o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT). O parlamentar leu uma uma carta, que disse ter enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitando a viagem dele à Índia para participar da Cúpula do G20. Em seguida, os grupos que participaram da manifestação também divulgaram o teor da carta que reúne suas reivindicações. 

Em discurso durante a marcha, outra liderança fez críticas ao governo estadual, de Tarcísio de Freitas. Uma das reclamações dizia respeito ao próprio percurso dos manifestantes, que, este ano, não puderam transitar pela Avenida Paulista, o que daria mais visibilidade ao protesto. Após ordem do governo paulista, houve mudança no itinerário e, por isso, desviaram pelas ruas Dr. Rafael de Barros, Tutoia, Brigadeiro Luís Antônio e Marechal Estênio A. Lima, até chegar ao local de destino.

Em alguns momentos, os manifestantes foram alvo de provocações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moradores de prédios agitaram bandeiras do Brasil, ao que os participantes do ato responderam com palavras de ordem, como "Arreia, arreia, arreia, arreia, arreia. O povo está na rua e Bolsonaro na cadeia".

Quadra após quadra, policiais militares mantiveram a vigilância sobre os manifestantes. Os agentes formaram um cordão nas calçadas, empunhando escudos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública esclareceu que o policiamento foi reforçado na Avenida Paulista e na Praça Oswaldo Cruz, por meio das equipes da Força Tática, do Comando de Choque e dos batalhões de Ações Especiais. Os policiais fizeram o patrulhamento tanto a pé quanto em motocicletas e viaturas para garantir a segurança. As equipes do Comando de Policiamento de Trânsito também atuaram, em apoio à Companhia de Engenharia de Tráfego, para assegurar o fluxo viário. Além disso, a Base Comunitária Móvel foi posicionada na Praça Oswaldo Cruz para adequar melhor o espaço a fim de proteger os manifestantes.

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GOVERNO FEDERAL QUER JUSTIÇA CLIMÁTICA NO DEBATE AMBIENTAL

 Governo quer justiça climática no centro do Quatro ministras participaram, nesta segunda-feira (4), da oficina Justiça Climática: Um Novo Caminho para a Adaptação no Brasil: a ministra do meio ambiente, Marina Silva; a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. O tema da oficina, Justiça Climática, resume boa parte das medidas relacionadas ao meio ambiente que vêm sendo defendidas pelo Brasil.

Para a ministra do Meio Ambiente, o encontro representa o marco inicial das discussões para a elaboração da Estratégia Nacional de Adaptação à Mudança do Clima. “Ou seja, o marco inicial das discussões para a estratégia do nosso plano nacional para enfrentamento da mudança do clima”, disse a ministra Marina Silva ao abrir o encontro na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília.

“A ideia de Justiça climática e, principalmente, de racismo ambiental ainda não é reconhecida internacionalmente, mas o Brasil está adotando essa linguagem, esse princípio, nas políticas internas, mesmo não sendo ainda uma convenção internacional.”

A ideia de Justiça climática parte do princípio de que os impactos das mudanças climáticas atingem de forma e intensidade diferentes grupos sociais distintos. (Agencia Brasil)

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