AGRICULTURA FAMILIAR É DESTAQUE NO CORTEJO KARIRI DA CULTURA

A Federação das Entidades Comunitárias do Cariri realizou no sábado, 19, em Crato o Cortejo Kariri da Cultura 2023. No Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti aconteceu solenidade de abertura que contou com a presença do prefeito do Crato, José Ailton Brasil (PT).

De acordo com José Domingos, presidente da FEC a ideia é unir os movimentos comunitário e cultural e divulgar esses movimentos, refletir sobre temas de interesse das comunidades e debater os direitos do povo.

O cortejo saiu da Praça São Vicente, cortou ruas do centro do Crato e terminou no parque de Exposição.

Uma feira de artesanato e comidas típicas, além da Casa da Farinha movimentou o evento.


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TEMPERATURAS MÁXIMAS AUMENTARAM ATÉ 3 GRAUS EM ALGUMAS REGIÕES DO BRASIL

Um mapa com as tendências das temperaturas máximas diárias observadas nos últimos 60 anos no Brasil aponta que já houve aumento de até 3 graus em algumas regiões. A análise considerou dados registrados entre os anos de 1961 e 2020. O mapa foi elaborado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

“O resultado é uma evidência das alterações nos padrões de temperatura”, avalia o cientista climático, Lincoln Alves.

O pesquisador do Inpe salienta que diversos trabalhos científicos têm apontado a mudança do clima como um dos principais responsáveis por essas alterações. Contudo, fatores como urbanização e mudanças no uso e na cobertura da terra também contribuem para o aumento das temperaturas. “A mudança climática já está afetando todas as regiões do Brasil de muitas maneiras”, complementa.

De acordo com o mapa, na maior parte do território nacional foram observadas alterações de até 1,5oC, que estão sinalizadas nas cores amarelo claro e escuro. Bolsões em vermelho mais escuro, que indicam aumento das temperaturas máximas entre 2,5oC e 3oC, preponderam no interior do Nordeste e no noroeste da região Norte. No Centro-Oeste e no Sudeste também aparecem regiões com aumento acima de 1,5oC.

O pesquisador ressalta que os resultados apresentados são importantes para compreender as alterações no Brasil e corroboram com as conclusões dos relatórios mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). “Em nível regional, o aquecimento é por vezes muito maior que a média global. E não só no Brasil, mas em várias outras partes do mundo, o que potencialmente amplifica os efeitos da mudança do clima”, explica.  

As análises envolvendo mudanças climáticas consideram longas séries de dados para obter maior robustez. Outro aspecto envolve as incertezas associadas, inerentes a qualquer análise, que, neste caso, estão relacionadas às regiões que historicamente possuem poucas informações, mas que de uma maneira geral não modifica o padrão espacial dos resultados.

Mundo mais quente-O mês de julho deste ano registrou recordes de temperatura média global, conforme divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) e pelo observatório europeu Copernicus. O fenômeno El Niño, um aquecimento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial, de intensidade moderada, contribui para os recordes de temperatura no verão do Hemisfério Norte.

“As mudanças que estamos observando aumentarão com aquecimento adicional, principalmente tornando os eventos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, mais frequentes e severas”, conclui Alves.

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LÍDER DO MST DIZ QUE USO DE VENENO NA FRUTICULTURA IRRIGADA DO VALE DO SÃO FRANCISCO VAI PREJUDICAR EXPORTAÇÕES


Em depoimento à CPI do MST, um dos líderes nacional do movimento, João Pedro Stédile, avaliou na terça-feira (15) que foi um "erro" a invasão a terras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Pernambuco.

Stédile afirmou, no entanto, que cada acampamento do MST tem autonomia para decidir como agir.

De acordo com a chefe-geral da Embrapa, Maria Auxiliadora Coelho de Lima, a área ainda segue produtiva e serve à realização de pesquisas sobre as espécies forrageiras e nativas da caatinga.

Joao Pedro Stedeli também fez uma avaliação pessimista para a fruticultura irrigada no Vale do São Francisco. Ao criticar o uso de veneno, agrotóxixo que, segundo ele, ainda é usado como defensivo agrícola nas produções.

Stedeli afirmou que a exportação de frutas da região do ficará comprometida e é preciso mudar a realidade.

De acordo com Stedeli as rutas exportadas estão repletas da substancia quimica GLISOFATO, herbicida utilizado no controle de plantas daninhas.

Até 2026 isto terá que mudar, disse o lider do MST.

Quanto ao MST, João Pedro Stedeli, destacou que um dos princípios que norteia a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é a coexistência entre a manutenção da biodiversidade existente no meio ambiente, a produção de alimentos saudáveis e as populações tradicionais, como indígenas, ribeirinhos e quilombolas, e suas práticas. 

Em outras palavras, isso significa uma interação entre o ser humano e o meio ambiente pelas vias sustentáveis de produção, além do respeito aos saberes tradicionais.  Stédile critica a permissividade com que se prolifera no Brasil o uso de agrotóxicos já proibidos em outras partes do mundo por sua agressividade ao ambiente e à saúde. 

Na CPI, eles destacou que pesquisas que associam o veneno agrícola ao crescimento da incidência de doenças como câncer de próstata, de mama, mal de Parkinson e a problemas de infertilidade. Alerta que, no cigarro, a má fama fica com a nicotina, “que só vicia – o que mata são os produtos químicos usados, sobretudo, no cultivo do fumo”. E que a produção em larga escala de cana-de-açúcar levando o veneno também para a aguardente: “Pode largar mão de tomar pinga. No Brasil se bebe cachaça há 400 anos, mas antigamente não tinha veneno, e agora tem”.

"O modelo do agronegócio é apenas um modelo de se ganhar dinheiro. Se o único objetivo é ter lucro, não importa se vão destruir a natureza, se vão usar venenos, se desempregam pessoas", disse Joao Pedro Stedeli.

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RIO SÃO FRANCISCO: O HOMEM CHEGA E JÁ DESFAZ A NATUREZA, TIRA GENTE E PÕE REPRESA

Sucesso na voz de Sá & Guarabyra, "Sobradinho" embala a abertura da novela "Mar do Sertão", numa versão inédita de Chico César. A novela mais uma vez coloca em destaque a Barragem de Sobradinho, Bahia.

"O homem chega, já desfaz a natureza tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar/ O sertão vai virar mar dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão/ O Rio São Francisco, lá pra cima da Bahia diz que dia menos dia vai subir bem devagar e passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o sertão ia alagar/ Vai ter barragem no salto do Sobradinho e o povo vai-se embora como medo de se afogar...Adeus Remanso, Sento Sé, Casa Nova, Sobradinho, Pilão Arcado"...

Histórias. Sentimentos mais humanos. Sem elas, não há uma boa canção. Todos os bons cantores e compositores deveriam contar os bastidores de suas canções.  A música “Sobradinho” provocou a questão ecológica na música brasileira. Sá e Guarabyra ergueram a voz contra a injustiça e olhos viram o que poucos enxergavam. 

Conta-se que no ano de 1977, quando Sá e Guarabyra faziam um percurso de carro pelo sertão do Vale do São Francisco, nas margens do Rio São Francisco em direção à cidade de Bom Jesus da Lapa, onde o pai, de Guarabyra vivia, caminhavam pelas ruas quando ouviram uma prosa estranha dita por mais de duas pessoas. Caminhões gigantes, como nunca vistos por ali, andavam levantando as terras de uma região vizinha.

Então seguiram para lá e viram o que jamais imaginavam. Não só os caminhões, mas também muitos homens trabalhavam para construir a represa gigante de Sobradinho, um lago 600 vezes maior do que a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, construído com águas represadas do Rio São Francisco para fazer funcionar a usina hidrelétrica de Sobradinho. Ninguém sabia disso naquela tarde em que Sá e Guarabyra tiveram a visão do sertão virando mar. Sob regime ditatorial, os jornais nada noticiavam e o projeto era tocado às escuras.

Seis cidades seriam inundadas, centenas de famílias seriam removidas e o impacto ambiental se anunciava.  

As cobranças previstas e as inimagináveis logo chegariam, como o aumento nos índices de degradação ambiental, e destruição, além do impacto na mente humana. Quantos amores deixaram de existir?

Sá & Guarabyra fizeram a primeira reportagem, poesia denunciando em música o que o mundo saberia em breve. “Adeus, Remanso, Casa Nova, Sento-Sé / Adeus, Pilão Arcado, vem o rio te engolir / Debaixo de água lá se vai a vida inteira / Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir / Vai ter barragem no salto do Sobradinho / e o povo vai-se embora com medo de se afogar / O sertão vai virar mar / dá no coração / o medo que algum dia o mar também vire sertão…” 

Foi a partir do sucesso da música que o Governo Militar então começou a fazer propagandas para reverter a imagem e dizer que a iniciativa faria bem ao País.

Sá e Guarabyra. No batismo Luiz Carlos Pereira de Sá é carioca. O baiano da dupla é Guttemberg Nery Guarabyra. Os dois tiveram suas músicas gravadas na voz de Biquini Cavadão, Elis Regina, Roupa Nova, Trio Nordestino, Gal Costa entre outros grandes artístas.

Assim ouvi e aqui reproduzo. Ney Vital - (Jornalista)

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CONTRIBUIÇÃO DE PAÍSES RICOS PARA MEIO AMBIENTE NÃO É FAVOR, DIZ LULA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (14) que a contribuição de países ricos para a preservação da floresta amazônica não é favor, mas o pagamento de uma dívida com o planeta. Em seu programa semanal Conversa com o presidente, Lula destacou que, após a conclusão da Cúpula da Amazônia na semana passada, os países da região têm condições de participar da COP28, nos Emirados Árabes, no fim do ano, cobrando essa contribuição.

“É muito simples compreender. Os países ricos tiveram a sua introdução na Revolução Industrial bem antes que o Brasil. Então, eles são responsáveis pela poluição do planeta muito antes de nós. Eles conseguiram derrubar suas florestas muito antes de nós. Agora, o que eles têm que fazer é contribuir financeiramente para que os outros países possam se desenvolver. Nós não queremos ajuda. Nós queremos um pagamento efetivo. É como se estivessem pagando uma coisa que eles devem à humanidade,” diz Lula.

“Temos condições de chegar ao mundo, lá nos Emirados Árabes, e dizer o seguinte: "olha, a situação é essa. Nós queremos essa contribuição de vocês. E isso não é favor. É pagamento de uma dívida que vocês têm com o planeta Terra porque vocês derrubaram a floresta de vocês 100 ou 150 anos antes de nós. Então, agora, vocês paguem pra que a gente possa preservar as nossas florestas gerando emprego, oportunidades de trabalho e condições de melhorar a vida das pessoas,” explicou o presidente.

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CANTOR ASSISÃO AGORA É PATRIMÔNIO VIVO DA CULTURA

Foram divulgados nesta quinta-feira (10) os nomes dos dez novos "Patrimônios Vivos" de Pernambuco, eleitos pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE). Com isso, o estado passa a ter 95 artistas e grupos contemplados desde 2002, quando a iniciativa foi criada pela Lei Estadual nº 12.196.

Segundo a norma, os artistas eleitos recebem uma pensão vitalícia. Atualmente, o valor é de R$ 2.041,53 para pessoas físicas e R$ 4.083,10 para pessoas jurídicas.

Em contrapartida, eles devem participar de programas de ensino e aprendizagem realizados pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult).

Foram escolhidos nomes que representam diferentes regiões do estado. De acordo com a Secult, o edital deste ano contou com 103 candidaturas inscritas e 101 habilitadas.

Confira os novos "Patrimônios Vivos" por município e região:

As Cantadeiras do Povo Indígena Pankararu, de Tacaratu (Sertão de Itaparica);

Afoxé Alafin Oyó, de Olinda;

Reisado da Comunidade Quilombola do Saruê, de Santa Maria da Boa Vista (Sertão do São Francisco);

Caboclinho Canindé de Goiana (Zona da Mata Norte);

Troça Carnavalesca Mista Pitombeira dos Quatro Cantos, de Olinda;

Assisão, de Serra Talhada (Sertão do Pajeú);

Coco de Roda Negros e Negras do Leitão da Carapuça, de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú);

Mestra Nilza Bezerra da Bonequinha da Sorte de Gravatá (Agreste Central);

Ilé Axé Oxalá Talabi, de Paulista (Grande Recife);

Mestra Vera Brito, de Vicência (Zona da Mata Norte).

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SERRA TALHADA: MUSEU DO CANGAÇO CORRE RISCO DE FECHAR AS PORTAS

O Museu do Cangaço, em Serra Talhada, Pernambuco, está enfrentando sérias dificuldades financeiras e corre o risco de fechar as portas. O museu é mantido pela Fundação Cultural Cabras de Lampião, uma ONG sem fins lucrativos, e não recebe nenhum apoio governamental.

A Fundação usou as redes sociais para divulgar uma nota alertando sobre o problema e solicitando a ajuda da sociedade civil para que o museu não venha a ser fechado. 

Leia abaixo a íntegra da nota:

Prezados amigos, hoje viemos trazer uma notícia preocupante: o Museu do Cangaço está enfrentando sérias dificuldades financeiras e, tristemente, fechará suas portas se não conseguir apoio.

O Museu do Cangaço, que nunca recebeu qualquer convênio governamental, sempre foi e é mantido unicamente pela Fundação Cultural Cabras de Lampião, uma ONG comprometida com a preservação da nossa cultura, que vem passando por dificuldades financeiras e agora encontra-se sem os recursos necessários para manter o Museu aberto por mais tempo.

O Museu do Cangaço é muito mais do que um destino turístico e centro de pesquisa para todo o Brasil. Ele é o símbolo do orgulho que sentimos ao dizer que somos cidadãos de Serra Talhada. É o reflexo de nossa força coletiva, de nossa resiliência e da capacidade de nosso povo de transformar as dificuldades em empoderamento.

O Museu representa a riqueza de nossa história, tradições e identidade. Serra Talhada, além de ser a terra de Lampião, possui uma rica história ligada ao cangaço, e esse museu desempenha um papel crucial em manter viva essa parte significativa de nosso passado.

Estamos abrindo um chamado a sociedade civil e organismos públicos para ajudar ao nosso resgate. Convidamos a todos a se unirem a nós nesta campanha para salvar o Museu do Cangaço.

Contribuindo financeiramente: qualquer quantia é bem-vinda e fará a diferença. Você pode mandar um PIX para cabrasdelampiao@gmail.com. 

Divulgando nossa campanha: compartilhe esta mensagem com seus amigos e familiares para que mais pessoas conheçam nossa causa. 

Unidos como uma comunidade, temos o poder de preservar a história e a identidade de Serra Talhada. Esperamos que, juntos, consigamos mudar esse cenário e garantir a preservação de nosso patrimônio histórico e turístico.

Junte-se a nós no resgate de nossa história! Seja um herói dessa causa e faça a diferença no futuro de Serra Talhada.

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