IFSERTÃO/PE LANÇA EDITAL PARA O FESTIVAL DE ARTE, CULTURA E TURISMO. LUIZ GONZAGA SERÁ HOMENAGEADO

O Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) anunciou, nesta quinta-feira (22), o lançamento do edital n.º 50/2023, destinado à seleção de atividades a serem desenvolvidas durante o Festival de Arte, Cultura e Turismo. Com o tema “Lazer, cultura e turismo: construções histórico-sociais no contexto do sertão pernambucano”, o evento é uma iniciativa Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proext) e será realizado nos dias 1 e 2 de dezembro de 2023, no município de Petrolina (PE). Nesta primeira edição do festival, será homenageado o músico pernambucano Luiz Gonzaga.

Para além da realização de um concurso artístico-cultural, organizado em sete categorias (música, artes visuais, artes cênicas, dança, cordel, gastronomia e criação de sorvetes), o edital pretende selecionar até 20 expositores para participação na feira de artesanato e produtos regionais, bem como propostas de cursos, oficinas e palestras, que integrarão a programação científica do festival. O evento contará, ainda, com uma mostra das Regiões Turísticas do Sertão de Pernambuco, que será organizada pelos coordenadores de Extensão do IFSertãoPE.

O festival é aberto à participação das comunidades interna – estudantes, servidores e profissionais contratados do IFSertãoPE – e externa, que poderão participar como ouvintes ou submeter suas propostas de atividades no período de 24 de junho a 24 de agosto de 2023. Para se inscrever, os interessados deverão preencher o formulário eletrônico e anexar a documentação necessária, conforme instruções do item 8.

Todas as informações sobre o Festival de Arte, Cultura e Turismo do IFSertãoPE, como atividades previstas e formas de participação no evento, estão disponíveis no edital n.º 50/2023, acessível nesta página.

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AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE PROPOSTA DA PREFEITURA JUAZEIRO REDUZIR TAMANHO DA ÁREA PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO SÃO FRANCISCO

Movimentos sociais estão anunciando no próximo dia 28 no auditório da Univasf – Universidade Federal do Vale do São Francisco a audiência pública que vai discutir o projeto de Lei (PL), que prevê a redução do tamanho da Área de Preservação Permanente (APP) do Rio São Francisco nas áreas urbanas de Juazeiro.

Segundo o Coletivo Enxame a proposta versa sobre regulamentação de medida de 100 ou até 15 metros de margem do rio no trecho que vai desde a comunidade Quilombola de Barrinha da Conceição até a região da antiga Fazenda Mariad.

O ponto central da discussão é que, ao tempo em que o PL fala de proteger as margens – que em muitos trechos já não possui 100 metros preservados - prevê também construções e empreendimentos nessa área, os quais podem ser licenciados pela gestão municipal.

A população tem avaliado que se trata de interesses econômicos a partir da especulação imobiliária. Ou seja, em vez de reparar o erro histórico de construir condomínios e privatizar as margens dos rios, Juazeiro quer regulamentar esse crime ambiental em lei.

“Você quer mais condomínios em Juazeiro no lugar da mata ciliar do Rio São Francisco? A prefeitura quer favorecer a especulação imobiliária e para isso planeja aprovar um Projeto de Lei para reduzir a APP de 500 para 100 metros. Convidamos a população de Juazeiro a debater este assunto em audiência popular dia 28. Compareça! Divulgue e ajude a chamar mais gente!” revela a convocação dos movimentos sociais.

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NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO NA RÁDIO CIDADE FM 95.7



A audiência de rádio no Brasil vem crescendo, segundo dados do Kantar IBOPE Media. A integração entre o rádio e as plataformas digitais é uma realidade que vem ganhando corpo nos últimos anos no Brasil. Se no início da ascensão digital se falava em ouvir rádio pelo site das emissoras, hoje muitas delas já contam com aplicativos e uma série de conteúdos e promoções exclusivas para os meios digitais.

Para se ter uma ideia, segundo estudo recente do Kantar Ibope Media, 89% das pessoas escutam Rádio via mobile, pelo computador, enquanto 56% segue nos receptores convencionais, em casa ou no carro.

A audiência ainda está ligada ao aparelho receptor comum, mas o ouvinte também está no computador e, principalmente, no celular. O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e líder.Na rádio Cidade AM 870 e Cidade FM 95.7, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Amigos.  O programa é transmitido todos os domingos,  a partir das 8hs da manhã, www.radiocidadeam870.com.br, também no instagram, YouTube.

A direção da emissora apostou na reinvenção, no projeto especial e aposta no conteúdo cultural e os resultados aparecem. O Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA e SEUS AMIGOS segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. “É o roteiro usado para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus amigos e seguidores”, explica Ney Vital.

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. “Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate”.

O programa é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com a arte e cultural, a não ser na lembrança. Ao contrário, o programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora dos que fazem arte no Brasil.

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio cultural brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe. “Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio”, avalia Ney Vital que recebeu o título Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru, e Troféu Luiz Gonzaga 2014 Exu,  recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca, foi um dos agraciados com o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas afiliadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco, além de dezenas de reportagens pautadas no meio ambiente do semiárido e ecologia.

Membro da Rede Brasileira de Jornalismo e Técnico em Agroecologia, Ney Vital é Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas.

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento. O programa flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

“O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximos das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio”, finalizou Ney Vital.

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MÚSICOS PRESERVAN A CULTURA DA SANFONA DE 8 BAIXOS, SIMBOLO DO FORRÓ

Por trás das músicas envolventes de festa junina está um instrumento tão importante que é considerado um dos "pais" do forró: a sanfona de 8 baixos.

Foi com esse instrumento que o lendário Luiz Gonzaga começou a tocar, anos antes de fazer história na música brasileira.

Mas, sem o interesse de novas gerações, esse instrumento está entrando em processo de "extinção", segundo os maiores músicos da modalidade.

O Globo Rural foi até Pernambuco e Paraíba para entender como diferentes gerações lutam para evitar que o legado nordestino desapareça.

O programa contou com a participação do cantor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga e do produtor cultural, Anselmo Alves.

Uma das pessoas que luta pela preservação do instrumento é Luizinho Calixto, um dos maiores músicos do Brasil e o principal instrumentista da sanfona em atividade se emocionou ao falar do futuro da sanfona de 8 Baixos.

Calixto criou o primeiro método de ensino da sanfona de 8 baixos, que ele aplica em suas aulas na Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande (PB). No Teatro Municipal da cidade, a reportagem acompanhou uma homenagem emocionante a Calixto.

Outro músico de expressão que aparece conserva a tradição do instrumento é Joquinha Gonzaga, sobrinho do sanfoneiro Luiz Gonzaga, o "Rei do Baião".

Os nordestinos também são pioneiros na cidade de Santa Cruz do Capibaribe (PE), onde existe a única orquestra do mundo formada exclusivamente por tocadores da sanfona de 8 baixos.

LUIZINHO CALIXTO: A Sanfona de 8 Baixos possui toda uma tradição musical, sendo fundamental para a música nordestina e brasileira. “No Nordeste do Brasil, ela adquiriu características de afinação próprias que a tornaram diferente, detentora de um sotaque próprio, representativo da nossa cultura. Representa, além de uma tradição musical, um saber único, um jeito de conviver e festejar muito nosso, bem nordestino, e por isso, bem brasileiro também.

"É o instrumento mais difícil de tocar entre os de fole porque quando fecha uma tecla faz um som e quando abre, a mesma tecla faz outro som. É difícil encontrar quem toque a sanfoninha, mas ela foi responsável por disseminar o forró no Nordeste", explica, o sanfoneiro Luizinho Calixto, membro de uma família com tradição na música brasileira e que já escreveu dois manuais ensinando a tocar o fole pé de bode.

"Quem sabe tocar sanfona de oito baixos hoje está ficando velho, morrendo. É preciso renovar, buscar novos talentos, para a tradição não morrer". Essa é preocupação do sanfoneiro paraibano Luizinho Calixto, que percorre o País, iniciando através de palestras e oficinas crianças, jovens e adultos no instrumento, famoso nas mãos de Januário, pai de Luiz Gonzaga. 

O músico desenvolveu uma didática para facilitar o ensino, que carece de professores em todo o Nordeste. Uma dessas oficinas aconteceu em Exu, Pernambuco. A foto é uma apresentação durante o Encontro Nacional dos Gonzagueanos realizado em 2017 em Caruaru, Pernambuco.

"A sanfona de oito baixos veio da Europa com uma afinação diatônica. Quando chegou aqui no Nordeste, alguém transportou, não se sabe o porquê nem baseado em quê, a afinação para o dó-ré, que é única no mundo todo", explicou Luizinho Calixto.

Esta falta de informação sobre a sanfona de oito baixos foi um desafio que o músico teve que vencer para poder elaborar a oficina de iniciação. "Diziam que só tocava quem tinha dom ou um parente na família para ensinar. Mas criei um sistema onde cada tecla é um número. Se a tecla está pintada de vermelho, é para fechar. De azul, para abrir. Assim, os meninos olham e pronto, já saem praticando sozinhos", disse. O método foi batizado de tablatura.

 

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SÃO JOÃO NORDESTINO VIVE "CAMAROTIZAÇÃO" E PASSA A CONTAR COM ÁREAS VIP E ESTRUTURA DE FESTIVAL

Cresceu nos últimos anos um novo modelo de festejo junino no Nordeste: a “camarotização” do São João. Caracterizada pela presença de áreas fechadas prometendo exclusividade, artistas com altos cachês, seguranças e valores exorbitantes na venda de ingresso, a tradicional festa nordestina agora assume uma nova essência.

Essa mudança de perfil foi mostrada em reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na última quinta-feira (22). Os festejos nas praças e áreas públicas ganharam maior protagonismo, movimento acompanhado de uma camarotização, com a criação de espaços vip e ares de festival.

Presente nas festas de cidades como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), que disputam o título simbólico de maior São João do mundo, o modelo ganhou notoriedade e passou a ser replicado em outros estados da região, em municípios de médio e pequeno porte, a exemplo de Petrolina (PE).

Em cidades como Caruaru, Arcoverde (PE) e Maceió (AL), a exploração privada de camarotes em áreas públicas chegou a ser questionada por órgãos como o Ministério Público e Tribunal de Contas.

A ‘camarotização’ resultou em críticas da população sobre a limitação de espaço disponibilizado para o público não pagante. Questionamentos sobre a contratação de empresas para a organização das festas, a localização dos camarotes e os altos valores destinados às bebidas são algumas das críticas feitas pelos frequentadores.

O modelo, por outro lado, é exaltado por prefeitos, que veem uma profissionalização das festas. A licitação dos espaços para camarotes e áreas vips é apontada como uma forma de arrecadar recursos para bancar parte dos gastos, explicou a reportagem.

Em Campina Grande, o espaços privados cresceram ao longo da última década no Parque do Povo, arena que recebe os principais shows do São João. Este ano, o local tem capacidade para 57 mil pessoas, sendo 1.200 nos camarotes e cerca de 6.800 na área vip em frente ao palco.

As entradas para as áreas de acesso gratuito têm registrado filas. Em 11 de junho, grades de proteção foram derrubadas e parte do público invadiu o parque burlando o controle no acesso. Nas redes sociais, moradores criticaram o tamanho das áreas destinadas aos não pagantes na festa.

Em nota, a prefeitura diz que a área dos camarotes é menor que em anos anteriores e que o espaço destinado ao frontstage "representa em média 20% do espaço público da área superior dos shows e é flexível, a depender do dia da atração".

Também houve uma polêmica com a redução em 20 minutos do show do cantor Flávio José, um dos mais respeitados nomes do forró. O prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) manifestou solidariedade, mas disse que a prefeitura não tem controle sobre a ordem e duração dos shows.

A gestão da festa segue desde 2017 um modelo de parceria público-privada, no qual a prefeitura licita a organização da festa para uma empresa. Em 2023 e 2024, a responsável é a Artes Produções, vencedora da última licitação.

O modelo foi reproduzido em outras cidades paraibanas como Patos, Monteiro e Bananeiras. Nesta última, o local da festa ganhou ares de cidade cenográfica e a frente do palco foi tomada por espaços vip, com áreas com consumo livre de bebidas e camarotes com serviços de spa e salão de beleza.

O avanço dos camarotes também aconteceu nos últimos anos em Caruaru. Em 2023, a festa teve um entrave na Justiça para a liberação de um dos camarotes no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga.

Em maio, o Ministério Público do Estado de Pernambuco pediu a suspensão da venda de ingressos do camarote Exclusive, com ingressos de até R$ 400. No início de junho, a Justiça liberou o camarote reajustando o valor pago por metro quadrado.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, Pedro Augusto Cavalcanti, minimizou a presença de camarotes na festa e disse que os espaços não são uma novidade.

A 116 km de Caruaru, a cidade de Vitória de Santo Antão terá um camarote privado com dois andares e uma área vip à frente do palco dos shows públicos. O perfil oficial do setor mostra que o lounge ocupará uma parte da frente do palco.

Os ingressos individuais chegam a até R$ 240 e os coletivos a R$ 8.000 (acomodam 12 pessoas). O camarote também tem banheiros e bares exclusivos, além de acesso privativo.

O vereador de oposição André Carvalho (PDT) entrou com uma petição no Tribunal de Contas do Estado indicando possíveis vínculos entre a empresa do camarote e dois servidores da prefeitura, mas ainda não há decisão sobre o tema. Procurada, a prefeitura não se manifestou.

Este formato de festa também ganhou espaço na Bahia desde 2022 em cidades como Santo Antônio de Jesus, Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Jequié e São Gonçalo dos Campos.

O novo formato coincide com o declínio das festas juninas privadas no estilo micareta, feitas em fazendas nos arredores das cidades e que ganharam popularidade a partir dos anos 2000. Este ano, três delas foram canceladas: o Forró do Bosque (Cruz das Almas), Forró do Piu-Piu (Amargosa) e Forró do Lago (Santo Antônio de Jesus).

Santo Antônio de Jesus, que abriga uma das festas mais tradicionais da Bahia, vai estrear o camarote no São João deste ano com ingressos entre R$ 90 e R$ 270.

A promessa é de vista privilegiada para o palco onde se apresentam nomes como Bell Marques e Lucy Alves.

O prefeito Genival Deolino (PSDB) defende o formato e diz que os recursos arrecadados com a licitação do camarote e com patrocinadores ajudam a reduzir os custos dos cofres municipais com a festa.

Em Cruz das Almas (155 km de Salvador), a festa deixou de ser feita em um bairro residencial desde o ano passado e migrou para uma área na entrada da cidade, com formato de arena, acesso controlado e camarotes nas laterais.

O prefeito Ednaldo Ribeiro (Republicanos) afirma que o novo formato reflete uma profissionalização da festa, que foi para um espaço cinco vezes maior que o anterior. O objetivo, diz, é atrair mais turistas e mantê-los na cidade durante o São João.

Na cidade de Santa Bárbara, que fez o São João antecipado no último fim de semana, a prefeitura foi alvo de críticas por instalar o camarote em uma área em frente ao cemitério. Nas redes sociais, a prefeitura celebrou o recorde de público da festa, que teve shows de Vitor Fernandes e Nadson, o Ferinha. (Folha Press-Folha de São Paulo)

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SÃO JOÃO DA PARAÍBA COMPLETA 40 ANOS

"Grande festa nordestina / forró a cada segundo / nós fazemos em Campina / O Maior São João do Mundo" foi através desta quadra que o Poeta, Ronaldo Cunha Lima definiu o São João de Campina Grande, Paraíba. Foi a alma sensível e o espírito humanista dele que permitiram esse legado eterno de valorização e preservação da cultura.

A cidade paraibana de Campina Grande está em festa neste fim de semana. O São João famoso está completando quatro décadas.

Dois milhões de pessoas vão passar por lá durante o mês de junho. Tanta gente assim contribui para movimentar a economia da região, em cerca de R$ 500 milhões, segundo a prefeitura. Foi na cidade, que tem apego à grandeza, que surgiu a festa que ficou conhecida como “O maior São João do mundo” - mas nem sempre foi assim.

Essa história começou há 40 anos e foi ideia de um funcionário público.

“Você está pedindo uma festa com duração de 30 dias? Você não pediu um São João diferente? Então, não existe no mundo uma festa com essa duração. Vai ser o Maior São João do Mundo”, conta Eraldo César, ex-diretor de recreação.

Nos primeiros anos, o palco era um caminhão. Em 1986 foi construída a Pirâmide, no Parque do Povo, abrigando forrozeiros e o palco. O músico Capilé participa da festa há 38 anos.

“A cidade vestiu a camisa do São João. Em 1986, com a criação da Pirâmide, você não tem noção. Eu para sair do Parque do Povo foi um corredor humano de polícia para gente sair. Foi ali que eu disse, agora eu sou um artista”, lembra o cantor.

A festa ganhou novos palcos, cidade cenográfica e espaço para os espetáculos promovidos pelas quadrilhas. Ainda tem as ilhas de forró. Quem visita Campina Grande tem várias opções. Dá para dançar o tradicional forró pé de serra nas ilhas. Mas a festa também acolhe outros ritmos e reúne multidões.

Há pelo menos 30 anos, no dia 23 de junho, o compromisso de Elba Ramalho é o mesmo: o palco principal do Parque do Povo.

“É uma festa de muita tradição. Ela vem da infância, eu nasci no sertão. Sou filha do sertão. Eu aprendi a dançar forró, a gostar, a acender a fogueira. É a festa da família. Todo mundo sai de onde está aí vai para aquele ponto encontrar e ficar todo mundo junto”, celebra a cantora Elba Ramalho.
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CANTORA COMPOSITORA ANASTÁCIA E DANIEL GONZAGA SE EMOCIONAL NA EXPOSIÇÃO DO LIVRO LUIZ GONZAGA 110 ANOS DO NASCIMENTO

A cantora e compositora Anastácia e Daniel Gonzaga prestigiaram com visita a exposição do livro “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”. Na noite de ontem (20), o autor do livro Paulo Vanderley, realizou a palestra e bate-papo especial “Causos de Seu Luiz”.

Anastácia é a principal parceira do saudoso Dominguinhos em centenas de composições. Daniel Gonzaga é cantor e compositor, junto com Anastácia é um dos principais nomes da música brasileira. Daniel é filho de Gonzaguinha. A noite foi marcada pela emoção. "Assim como o livro, a exposição traz momentos emocionantes de Luiz Gonzaga e o melhor de tudo: é ótima para passar nossa cultura de forma lúdica aos nossos filhos. Esse livro é material indispensável de pesquisa e é fonte de estudos e obrigatória", declarou Daniel Gonzaga.

O evento aconteceu na Praça de Eventos do mall, espaço onde está em cartaz a exposição de mesmo nome, até o dia 28 de junho. Vanderley conta ao público momentos da vida do Rei do Baião, com apresentação de fotos raras, falar sobre o processo criativo do livro e muito mais.  O acesso à palestra e exposição é gratuito. 

A obra “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento” é resultado de 31 anos dedicados à pesquisa da musicalidade e universo gonzagueano por Paulo Vanderley, com o objetivo de democratizar e compartilhar a história e a arte do Rei do Baião. Com quase 500 páginas, o livro é contado em primeira pessoa, pelo próprio Luiz Gonzaga, por meio da transcrição de trechos garimpados minuciosamente de mais de 100 entrevistas de rádio, TV, apresentações e, ainda, de bate-papos informais que foram gravados. Todos os áudios e imagens das transcrições estão disponibilizados para o leitor por meio de QR codes dispostos pelas páginas do livro. 
O livro, da editora ViuCine, faz parte de um box, que traz também um post colecionável, carteira e dentro dela, retrato 3x4 do artista, réplica de documento de carro e uma cédula de 110 gonzagas. Tem até a réplica do cartão ouro do Banco do Brasil, encartes, todas as capas de todos os LPs em tamanho original, capas dos compactos e contratos de shows. 

O box completo pode ser adquirido no local da exposição, no Shopping Tacaruna, ou através do site https://110anos.luizluagonzaga.com.br, no valor de R$ 330,00 ou a edição simples do livro que custa R$ 180,00.

A exposição com 350m² reúne uma parte da coleção pessoal de Paulo Vanderley e é inédita. Alguns itens do acervo do colecionador já estiveram na produção de cena e figurino de filmes e séries sobre a vida do Rei do Baião. Nesse momento, Paulo exibe em média 100 artigos originais e inéditos da carreira e vida pessoal do artista. Entre eles, fotos originais do acervo pessoal de Luiz Gonzaga; caixa do box “50 anos de Chão”, autografado pelo artista em fevereiro de 1988; entrevista manuscrita a uma revista de Luxemburgo, nos anos 1970; documento original do carro de Gonzaga (modelo Furglaine, da Ford); cartão de crédito original do Banco do Brasil; exemplares de revistas dos anos 1950, contendo matérias sobre o artista (Revista do Rádio, Radiolândia, O Cruzeiro, entre outras); 44 LPs de carreira, de 1958 a 1989, e 1 disco de 78 RPM, de 1947, contendo a faixa do clássico “Asa Branca”.

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