BARRAGEM DE SOBRADINHO TERÁ VAZÃO DE 4 MIL METROS CÚBICOS POR SEGUNDO

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf) atualizou os patamares de vazão das usinas hidrelétricas de Sobradinho (BA) e Xingó (AL). Conforme nota divulgada anteriormente, o aumento gradual da saída de água dos reservatórios ocorre devido à situação de cheia na Bacia do Rio do São Francisco. A operação segue as regras e diretrizes vigentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Na terça-feira (10), foi confirmado o aumento do volume de água de 3.500 metros cúbicos por segundo (m³/s) no sábado e domingo (14 e 15 de janeiro), passando para 4.000 m³/s na segunda-feira, dia 16.

A Eletrobras Chesf destaca que os patamares informados são médias diárias. Reforça, ainda, que a Bacia do Rio São Francisco se encontra no período úmido, reafirmando, assim, a importância da não ocupação do leito do rio, considerando que a vazão de máxima (de restrição) do vale do São Francisco a partir da Usina Hidrelétrica de Sobradinho é de 8.000 m³/s.

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NOVAS MINISTRAS ANIELLE FRANCO E SÔNIA GUAJAJARA TEM PERFIS DE LUTA E HISTÓRIA NOS MOVIMENTOS SOCIAIS

As simbologias que aquecem memórias e prenunciam um Brasil que se deseja construir pelo novo governo federal permearam, na noite de ontem, no Palácio do Planalto, a solenidade de posse de Sônia Guajajara (PSol-SP) e Anielle Franco aos ministério dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial, respectivamente. 

O ato, prestigiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por quase todas as ministras mulheres também contou com a presença de diversas lideranças do movimento negro e de povos indígenas, muitas vestidas em trajes tradicionais.

A cerimônia foi marcada pela sonoridade da cultura de matriz africana e dos cantos indígenas. O Hino Nacional foi entoado na língua tikuna e, depois, em português. Foram, também, uma demonstração da coesão do governo após os atos terroristas do último domingo. Apesar da presença do presidente, apenas as duas ministras discursaram. A palavra era só delas.

"A cerimônia de hoje guarda um simbolismo muito especial. Depois dos atentados sofridos por esta Casa e pelo povo brasileiro, no último domingo, pisamos aqui em sinal de resistência a toda e qualquer tentativa de atacar as instituições e a nossa democracia. O fascismo, assim como o racismo, é um mal a ser combatido em nossa sociedade", disse Anielle Franco, sob muitos aplausos.

Sônia Guajajara discursou antes, reforçando a luta pelos direitos dos povos que ela representa e dos negros — marcados na alma pela escravidão e extermínio —, hoje unidos sob a mesma bandeira de um Estado democrático. "É o mais legítimo símbolo dessa resistência secular preta e indígena do nosso Brasil. Estamos aqui, hoje, nesse ato de coragem, para mostrar que destruir essa estrutura do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional não vai destruir a nossa democracia", disse a ministra.


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LUIZ GONZAGA 110 ANOS DE MEMÓRIA: SEMINÁRIO SERÁ REALIZADO ENTRE OS DIAS 23 A 26 DE MARÇO

"A contribuição de Luiz Gonzaga na construção da Identidade Cultural do Povo do Sertão do Araripe". Este é o tema do Seminário Luiz Gonzaga 110 anos de Memória que será realizado em Exu, Pernambuco, entre os dias 23 a 26 de março. O evento vai acontecer no Parque Aza Branca e no Colégio Barbara de Alencar.

A programação consta de Palestras, mesas redondas, grupo de pesquisas, oficinas e cortejo cultural.

O objetivo do Seminário é manter vivas a memória e valorização da poesia e sonoridade da obra musical de Luiz Gonzaga, o eterno Rei do Baião. 

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FESTIVAL VIVA DOMINGUINHOS ANO 2023 SERÁ REALIZADO ENTRE OS DIAS 20 A 23 DE ABRIL

A Prefeitura de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, confirmou a realização do Festival Viva Dominguinhos para o ano de 2023. O evento será realizado entre os dias 20 a 23 de abril. Entre os artistas confirmados estão Santana, Jorge de Altinho, Geraldinho Lins, Aduílio Mendes e Elba Ramalho.

O evento homenageia José Domingos de Morais, Dominguinhos, com a festa que reúne grandes nomes da música nacional e regional. Intitulado “Viva Dominguinhos”, o evento não aconteceu nos últimos anos devido a pandemia Covid-19. A festa é realizada na Praça Mestre Dominguinhos.

Além dos shows, que ocorrem nos períodos diurnos e noturnos, o “Viva Dominguinhos” também traz projetos especiais que visam perpetuar a herança cultural através da arte de Dominguinhos. 

O último Festival Viva Dominguinhos, sexta edição ocorreu em 2019

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III FESTIVAL DE SEMENTES CRIOULAS DA BAHIA ACONTECE ENTRE OS DIAS 12 A 15 EM JACOBINA

Nos dias 12, 13 e 14 deste mês, no município de Jacobina, acontece a terceira edição do Festival de Sementes Crioulas e Feira da Agrobiodiversidade organizados pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

O tema deste ano, "Cultivando Sementes: Por soberania alimentar no enfrentamento a fome", reafirma a preocupação do MPA com as questões urgentes que se aprofundaram com os anos de governo de Jair Bolsonaro: a fome e o desmonte das políticas públicas que garantem a alimentação soberana, o alimento limpo e a qualidade de vida dos pequenos agricultores no campo.

De acordo com a organização, o evento cumpre um papel importante de compartilhamento de saberes e troca de experiências entre camponesas e camponeses sobre as sementes crioulas. Também demarca o lugar de importância das sementes no processo produção de alimentos agroecológicos, na garantia da vida e no enfrentamento à fome.

As sementes crioulas, de maneira bem simples, pode-se dizer que são as sementes originais, produzidas pela terra e guardadas e reproduzidas desde a ancestralidade. Mas, também de uma forma mais ampla as sementes crioulas podem ser entendidas como toda forma de reprodução de vida que possibilite a vida, inclusive dos polinizadores, dos animais e dos microorganismos que também são importantes na garantia da alimentação saudável.  

Para essa terceira edição do festival, já estão confirmadas as presenças de Islândia Bezerra, presidenta da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), que fará o debate sobre o contexto da fome no Brasil e o papel da agroecologia; e Marciano Toledo, militante do MPA que compõe o GT Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

Além deles, a programação contará com feira de troca de sementes, oficinas de produção de biofertilizantes, seleção e armazenamento de sementes crioulas, recaatingamento e vermicompostagem, além da troca de experiências e da programação cultural.

As inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (74) 97400-6951 ou pelo link de inscrição.

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FENAJ E SINDICATO JORNALISTAS REPUDIAM ATAQUES GOLPISTAS EM BRASILIA

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em nome dos sindicatos profissionais associados, repudiaram os ataques à democracia cometidos por bolsonaristas radicais na tarde deste domingo (8), em Brasília. Vândalos invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto e depredaram as sedes dos Três Poderes. 

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou, em nota, que condena da forma mais veemente os crimes contra a democracia que se desenrolam em Brasília.

"A liberdade de imprensa é inerente ao Estado democrático de direito, que não pode tolerar ou conviver com a baderna e o vandalismo", diz o texto. 

Na declaração, a ANJ condenou ainda os ataques a jornalistas que fazem a cobertura das invasões em Brasília e exigiu uma posição firme das forças de segurança contra as agressões e os atentados à liberdade de imprensa e à democracia.

Em carta aberta em suas redes sociais, a Fenaj chamou de lamentáveis os ataques à democracia brasileira, promovidos por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições. "O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos, depredados e saqueados por terroristas a serviço de uma força política fascista, que tem como principal líder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)", escreveu a entidade. 

A federação e os 31 sindicatos de jornalistas condenou golpistas que insistem em "desafiar a Constituição, mantendo acampamentos em frente a quartéis do Exército, promovendo ações terroristas em Brasília e pedindo intervenção militar". 

"É inadmissível a omissão do governo do Distrito Federal, bem como a leniência de parte das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal diante da escalada anticonstitucional do bolsonarismo. Em qualquer país moderno e democrático, atitudes como as que temos visto no Brasil seriam severamente reprimidas e punidas, em defesa do bem maior e coletivo.

A entidade também reforçou os recorrentes ataques a jornalistas brasileiros, no exercício de seu trabalho, "vítimas de intimidações e agressões por membros e apoiadores desse grupo político violento e antidemocrático. São centenas os casos registrados nos últimos anos, quase uma dezena apenas na primeira semana desse ano", diz a nota. 

"Exigimos apuração e rigorosa punição dos responsáveis por este grave atentado à democracia brasileira, incluindo financiadores e realizadores. Alertamos, ainda, para a necessidade de as forças de segurança combaterem o cerceamento ao trabalho dos jornalistas, vítimas recorrentes da onda de violência das hordas bolsonaristas", conclui a Fenaj. 

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UERJ INSTITUI 2023 COMO ANO COMEMORATIVO ANA DAS CARRANCAS NO CENTENÁRIO DA ARTISTA PERNAMBUCANA

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) definiu 2023 como o Ano Comemorativo Ana das Carrancas, em celebração ao centenário da artesã pernambucana. A escolha foi oficializada pela Reitoria por meio da publicação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 001/2023.

O reitor Mario Carneiro explica que a Uerj este ano homenageia uma personalidade que representa a cultura popular brasileira e o desenvolvimento do país. Mulher negra, pobre e nordestina, Ana das Carrancas escapou da seca e da miséria pela potência de seu trabalho artístico e tornou-se uma figura relevante para a cultura nacional. “Os aspectos simbólico e biográfico de suas obras são fortíssimos, servindo também como um retrato da força do brasileiro e do poder transformador da arte”, afirma.

A escultora, ceramista e louceira Ana Leopoldina dos Santos, mais conhecida como Ana das Carrancas, foi uma das mais importantes artistas populares do sertão de Pernambuco. Nascida em 1923 no povoado de Santa Filomena, na época pertencente ao distrito de Ouricuri, Ana aprendeu a moldar o barro ainda na infância, auxiliando a mãe na fabricação de louças para complementar a renda familiar.

Em meados da década de 1950, diante de longos períodos de seca e dificuldades de encontrar trabalho, ela se mudou com o marido e as filhas para Petrolina, às margens do rio São Francisco, onde consolidaria sua carreira. As carrancas, esculturas presentes nas embarcações que navegavam pelas águas do Velho Chico, foram a fonte de inspiração para as suas primeiras obras, feitas a partir do barro do próprio rio, o que rendeu a ela o título de “A Dama do Barro”. 

As peças expostas em feiras de artesanato na cidade chamaram a atenção de pesquisadores da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, que sugeriram que elas fossem distribuídas na inauguração da Biblioteca Municipal de Petrolina, em 1963.

Ao longo dos anos 1970, Ana das Carrancas passou a ganhar projeção no Brasil e no exterior, com trabalhos expostos em diversas feiras de artes, galerias e museus. Em 2005, recebeu a Ordem do Mérito Cultural do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Cultura, Gilberto Gil. 

Hoje, a memória da artesã, falecida em 2008 aos 85 anos, é preservada graças ao Centro de Arte e Cultura Ana das Carrancas, um dos principais pontos turísticos de Petrolina. A sua famosa frase, “O barro é a minha vida, eu me sinto realizada com o meu barro”, foi considerada uma das mais impactantes do século XX, de acordo com a revista “Rolling Stone”.

Mario Carneiro aponta que a obra e a trajetória pessoal da homenageada encarnam perfeitamente os valores representados pela Uerj. “Nossa Universidade promove a emancipação através da cultura e da educação, sendo pioneira na política de cotas raciais para o ingresso na educação superior, oferecendo ensino noturno e uma ampla política de permanência estudantil”, destaca o reitor. “Esperamos que a Uerj possa servir como um caminho para mudar a vida de pessoas como a Ana das Carrancas, que elas possam se inspirar pela sua história, que tanto nos cativou”, acrescenta.

Durante o ano, a Uerj promoverá diversas atividades em memória aos cem anos de Ana das Carrancas. A primeira delas será o lançamento de um calendário contendo as datas mais marcantes da trajetória da artesã, além de links em QR Code de conteúdos multimídia. O material está sendo produzido pela Diretoria de Comunicação Social (Comuns) e terá uma versão digital disponibilizada para download, gratuitamente, em breve.

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