PRIMEIRA EDIÇÃO DO ACORDEUM FESTIVAL ACONTECE NO CRATO TÊNIS CLUBE

A primeira edição do “Acordeum Festival”, realiza no Crato Tênis Clube será encerrado neste sábado (17). O evento, que nasceu com a proposta de fomentar a cultura nordestina e evidenciar a história da sanfona, terá apresentações musicais, concurso nacional de sanfoneiros – com premiação para os 3 primeiros colocados – e ainda workshops.

Dentre grandes artistas que se apresentarão no festival estão Fábio Carneirinho, Pedrinho do Acordeon, Raphael Belo Xote, Nonato Lima e Junu Freire, além da banda Os Muringa. “O Cariri é uma região riquíssima de tradições e diversidades culturais, que dialogam através de suas expressões artísticas. O nosso festival traz esse reconhecimento da música popular nordestina por meio da sanfona, um instrumento que está enraizado na nossa história”, explica a diretora geral do evento e idealizadora do projeto, Nanda Araújo.

Na competição de sanfona, os selecionados receberão premiações em dinheiro no valor de R$ 6.000,00 para o primeiro colocado, R$ 4.000,00 o segundo e R$ 2.000,00 para quem ficar em terceiro lugar. Para se inscrever no concurso, é necessário acessar o link, ler o regulamento, preencher o formulário e enviar o documento junto com um vídeo do artista tocando o instrumento para o e-mail acordeum@gmail.com.br

Os shows e o concurso de sanfona acontecerão nos dias 16 e 17, no Crato Tênis Clube, que fica na Rua Cel. Antônio Luiz, nº 1397-1259, bairro Pimenta. A oficina “A sanfona nordestina e seus sotaques”, que será ministrada pelo músico Nonato Lima, ocorrerá no dia 17, às 15h, na Vila da Música, na Avenida José Horácio Pequeno, 1335-1367, bairro Belmonte.

Já a oficina “Transformando vidas com a música”, facilitada pelo Pedrinho do Acordeon, acontece no dia 16, às 11h, na Escola de Educação Profissional Governador Virgílio Távora, que fica na Rua Pergentino Silva, S/N, bairro Seminário. Mais informações pelo instagram @acordeumfest.

Confira a programação

Sexta (16/09) 11h – Oficina “Transformando vidas com a música”, com o músico Pedrinho do Acordeon

18h – Concurso de sanfoneiros

19h30 – Show de Pedrinho do Acordeon

21h30 – Show de Junu Freire

23h – Show de Fábio Carneirinho

Sábado (17/09)

15h – Oficina “A sanfona nordestina e seus sotaques”, com o músico Nonato Lima

18h – Concurso de sanfoneiros (final)

19h30 – Show de Raphael Belo Xote

21h30 – Show da banda Os Muringa

23h – Resultado do concurso de sanfoneiros

23h30 – Show de Nonato Lima e banda

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MUSEU FONOGRÁFICO LUIZ GONZAGA DE CAMPINA GRANDE, PARAÍBA FECHA AS PORTAS. PESQUISADORES LAMENTAM FALTA DE APOIO

"Numa terra em que a verdadeira cultura é tratada como adereço, um pedaço importante da história que se vai pouco vai significar pois com ela já segue aceleradamente o outrora Maior Sao João do Mundo que exclui a essência da festa quando cede aos encantos da linha comercial, atropelando arte, cultura, artistas e história. Meu apreço e reconhecimento ao trabalho de José Nobre que merece todos os méritos por manter acesa a alma e a obra de Luiz Gonzaga" (Fred Ozanan).

"Após mais de 30 anos divulgando a Missão Gonzaguiana - o forró, xote, xaxado e baião - o MUSEU FONOGRÁFICO LUIZ GONZAGA e seu criador e mantenedor ZÉ NOBRE se cansaram da falta de apoio dos órgãos governamentais que deveriam apoiarem a Cultura de Campina Grande, do Nordeste e do Brasil" (Kydelmir Dantas).

Pelas redes sociais dezenas de mensagens lamentam que o Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande, Paraíba,  fechou as portas. A informação é que a falta de apoio governamental inviabilizou o projeto do professor e pesquisador Zé Nobre, que manteve até este ano de forma particular o andamento do Museu, referência para os estudiosos da cultura musical brasileira.

A riqueza da vida cultural de uma cidade, muitas vezes medida apenas pela intensidade de seu show business e pelo sucesso dos seus eventos artísticos, deve ou deveria incluir, também, a sua vida literária, onde, mais que o brilho fugaz, se busca construir a memória e a permanência. 

Destaco aqui o valor do professor e pesquisador José Nobre, nascido em Currais Novos, no Rio Grande do Norte. Zé Nobre tem a trajetória vivida em Campina Grande, Paraíba. Ele é o criador, fundador do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande. Um espaço que privilegia a arte mais bela: a musical. 

José Nobre reuniu ao longo dos últimos 35 anos uma produção constante, uma obra musical múltipla, de expressão e riqueza singulares. 

Zé Nobre conta que o Museu reúne mais de 6 mil discos. No Museu consta monografias, artigos, jornais e mais as centenas de livros lançados sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga. São teses de mestrados e doutorados. Os visitantes tem a visão na entrada do museu de 3 estátuas em granito pesando em média 700kg.

O Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande, Paraíba, representa a oportunidade de quem o visita de ampliar as possibilidades educacionais que o fator do conhecimento proporciona.

Campina Grande, diga-se, já foi considerada a cidade onde se realizava os maiores festejos juninos do país, o Maior São João do Mundo. Infelizmente hoje os festejos estão desqualificados, vendidos a industria cultural, no palco já não inclui a boa música na programação.

Mas toda reação tem reação. O tempo dirá aos gestores públicos de Campina Grande Paraíba qual o caminho da cultura e identidade que melhor trará progresso ao município...

Daí, cresce a importância do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande. Afinal, a história conta que Campina Grande sempre dedicou um carinho especial a Luiz Gonzaga, inclusive, o Rei do Baião recebeu o  Título de Cidadão Campinense em 1972, propositura do então vereador Manoel Joaquim Barbosa.

No Museu, Todos os objetos expostos foram adquiridos por José Nobre com recursos financeiros próprios. O espaço já foi considerado o maior museu fonográfico a abrigar a obra de Luiz Gonzaga– superando, inclusive, o Museu do Baião instalado em Exu, terra natal do do Rei do Baião.

O mais importante é a união e incentivo a todos os Museus, espaços de saudades, memória, presente e futuro; local de preservação e divulgação do talento dos músicos brasileiros.

A Zé Nobre nossa gratidão...

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GISELLY NOGUEIRA, A GIZEL, O MEIO AMBIENTE, ARTE ACRILICANATUR

O termo arte vem da palavra latina ars, que significa "talento", "saber fazer". Para o filósofo grego Aristóteles, a arte imita a natureza (mímesis), mas também, por vezes, a completa. Segundo Aristóteles, a arte está na origem da atividade artística a propensão natural do ser humano a imitar.

Em Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, mestre da Sanfona e de Barbara de Alencar, mulher revolucionária a definição de arte, tem um nome: Giselly Nogueira. No mundo da arte ela assina como GiNogueira. "Meu apelido é Luna Gizel e pretendo assinar minhas obras somente por Gizel", revela GiNogueira que tem 35 anos e trabalha com artes há mais de 23 anos.

De acordo com relatos de sua mãe, Gizel, começou a desenhar aos 3 anos de idade, extremamente curiosa e apaixonada pelos gibis da Turma da Mônica, a alegria das músicas interpretadas por  Luíz Gonzaga, evoluções da ciência e sempre novas descobertas.

"As maiores inspirações em minha vida de início sempre foi a minha mãe em sua mente versátil, Maurício de Souza, Leonardo Da'Vinci, Luíz Gonzaga. Mas no geral minhas inspirações são momentâneas, que vão desde um simples morador de ruas até a genialidade dos físicos e químicos", revela Gizel, ressaltando que como pesquisadora vive fazendo testes e mais testes para criar técnicas que corroborem com a sustentabilidade e valorização do meio ambiente e ecologia. 

Uma das técnicas aprovadas nas suas observações e testes deu o nome de Acrilicanatur: acrílica ( o acrílico que vem do lixo retirado do meio ambiente e materiais comerciáveis) e natur ( natureza na língua yorubá, a luta por liberdade dos afrodescendentes desde a colonização no Brasil até agora). 

"Criei esta técnica logo após ter iniciado os estudos com alquimia aos 16 anos de idade", conta Gizel.

Neste mês de setembro, quando o municipio de Exu, completou 115 anos de emancipação política, um dos trabalhos que merece destaque foi a releitura sobre a história da bandeira da cidade.

"Quanto a bandeira de Exu, esta foi uma de minhas melhores obras, foi uma encomenda feita pela escola São Vicente de Paula aqui de Exu atraves do professor Maiadson Vieira que também é um pesquisador. Meu irmão Davi Wesley que também é desenhista me ajudou a compor esta releitura", explica Gizel.

A técnica usada foi a aquarela feita com acrílica sob tecido oxford, a vestimenta foi modificada segundo relatos dos próprios índios parentes dos Exuences os índios Kariris. Segundo, conta a a história, o povos originários, devido ao pequeno número de aves na região do Araripe os índios usavam palhas em suas vestes e não penas, o modelo de cocar com penas coloridas é proveniente dos índios norte-americanos que em algumas regiões do Brasil as tribos usam penas, porém na região em que vivemos de agreste e sertões, cerrado as aves são em menor número. 

No desenho da bandeira o milho representa a colheita através do trabalho duro e conhecimento dos ancestrais quanto a epoca de plantio sob as dificuldades climáticas da região. A índia segurando a lança representa a força feminina que luta como igual junto ao homem. 

"O horizonte com o sol nascente remete a esperança de dias melhores, da evolução espiritual e moral de cada ser humano, o desbravar dos mistérios da vida que nasce todos os dias sob a serra, nos lembrando que é mais uma chance de lutar pelo que acreditamos", diz Gizel.

No próximo mês de dezembro é data das festividades dos 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga. De acordo com Gizel, o "sentimento é de saudades de quem só conheci a história e ainda estou a conhecer mais sobre estes heróis da história de Exu Pernambuco para o Brasil e o mundo. O coração gigante do Rei do Baião que tanto fez e ainda faz pelo sertão, a força e coragem de uma mulher que poderia ter sido eleita presidente do Brasil, a heroína Bárbara de Alencar, é uma honra pertencer a um lugar que ainda desperta tantas outras personalidades e suas histórias de exemplo".

Nascida em Exu, Giselly Nogueira, GiNogueira, Gizel é a razão de haver luz no universo da arte e defesa do meio ambiente, possui na arte um reflexo do ser humano e representa a sua condição social e essência de ser uma livre pensante.

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JORNALISTA SE EMOCIONA COM VÍDEO DE APOIADOR DO PL HUMILHANDO MULHER

O jornalista Reinaldo Azevedo se emocionou ao comentar o vídeo que viralizou nas redes neste final de semana em que aparece um bolsonarista humilhando uma mulher necessitada. Ao comentar o vídeo no programa O É da Coisa da Band News, Azevedo disse que a situação o entristece.

"Sabe o que mais me entristece vendo isso? A mulher sorrindo. O riso do constrangimento. Da falta de poder. O riso de quem não tem nada. Ela não foi agressiva. Ela não foi dura. Ela não foi nada. Era só um ritual de humilhação. Isso é escravidão", declarou o jornalista.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem questiona uma mulher se ela é "Bolsonaro ou Lula?". Quando a senhora responde que irá votar no candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele responde que é a última marmita que ela recebe e fala para ela ir pedir para o ex-presidente Lula. Incrédula, a mulher perguntou, entre risos constrangidos, se aquilo era verdade.

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A 35 MISSA DO POETA EM MEMÓRIA DE ZÉ MARCOLINO ACONTECE DIA 17 SETEMBRO

A Associação dos Poetas e Prosadores de Tabira (APPTA) divulgou a programação oficial da 35ª Missa do Poeta em memória do poeta e compositor “Zé Marcolino”. O evento promovido em parceria com o Governo de Pernambuco e a Prefeitura de Tabira ocorre de 15 a 17 de setembro.

O Sarau das Tradições abre a programação no dia 15. Haverá apresentação da Banda de Pífano Frei Damião e lançamento do livro “Memórias de um motorista de turnês” de Paulo André Pires. A banda Sertão Biocultural também se apresenta.

No dia 16, será realizada a 26ª Mesa de Glosas do Pajeú. Estarão presentes poetas e glosadores de Tabira, Itapetim, Afogados da Ingazeira, Tuparetama, Iguaracy, Ingazeira, Brejinho, Serra Talhada, Solidão, Triunfo, São José do Egito e Carnaíba. O tenor Igor Alves fará participação.

A programação encerra no dia 17, quando ocorre a Missa do Poeta. A celebração será presidida pelo padre Cicero e homenageará a poetisa Fátima Marcolino e o poeta Bira Marcolino. Após a missa, haverá shows com As Severinas, Petrúcio Amorim e Bira Marcolino.

Zé Marcolino faleceu no dia 20 de setembro de 1987, nas proximidades de Afogados da Ingazeira, em acidente de carro.

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VIRGILIO SIQUEIRA: PORQUE É SETEMBRO

Virgílio Siqueira é um humanista. Segue no viés romântico dos poetas e no abstrato de letras que retratam amores, paixões e realidades sertanejas. Virgilio Siqueira é um dos mais talentosos poetas e escritores brasileiros. Virgílio Siqueira também é compositor, e tem músicas gravadas por Fagner, Xangai, Vital Farias, Dominguinhos, Maciel Melo e Santana. De sua autoria, cantoria, aboio, xote, baião, forró, rock rural e blues com letras que remontam o cancioneiro nordestino. 

Virgílio Siqueira nascido em Santa Cruz da Venerada, Sertão do Araripe, onde passou a infância convivendo com as agruras da estiagem e as esperanças do sonhar. Carrega na alma as belezas do Sertão. Atualmente, Virgílio mora em Petrolina, onde busca inspiração frente à abundância das águas do rio São Francisco.

Virgilio é o autor do livro Cânticos de sol e de chuva. Auto de Natal da caatinga. Um de suas músicas mais conhecidas é em parceria com Maciel Melo, Retinas e Nos Tempos de Menino. 

Aqui Virgilio Siqueira presenteia os leitores com os versos

 PORQUE É SETEMBRO

Permitam-me que vos lembre

Que, novamente, é Setembro

Casulos podem, e devem, explodir em borboletas

Pétalas, polens ao frescor das horas

Do arrebol nascedouro

No suavizado lume do sol da manhã

Abelhas usinando a quintessência

Com a qual adoçaremos nossos beijos

E besuntaremos nossa alma

(Comunguemos com os zumbidos delas)

Num dia qualquer deste mês – numa tardinha

Passearemos ali, pela beira do rio

(Porque é Setembro)

Louvaremos então – silentes – ao espírito das águas

Sem, no entanto, exaltar datas ou crenças

(Só porque é Setembro)

E porque brotaram flores novas em nossos quintais

E porque, na cidade acinzentada

Canteiros receberam promessas de novos encantos

Pode ser que teimosas borboletas

Venham tingir, multiflorindo, pela teimosia

Os ares do abandono instalado ali

Pela indiferença às pétalas

(Não nos parece lógico

Mas há homens que cultuam o cinza das coisas

E não se atêm à cinza do tempo)

Mesmo assim, o canteiro rebrotará e redesenhará a praça

A cidade vicejará, de novo, intensa e acesa

(Porque é Setembro)

.*VIRGÍLIO SIQUEIRA-poeta e escritor

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MÚSICA NESSA ESTRADA DA VIDA, COMPOSIÇÃO DE VALDI GERALDO E APARECIDO JOSÉ, A CAMINHO DOS 40 ANOS

O caminho que liga Exu, Pernambuco, Terra de Luiz Gonzaga ao Crato, Ceará, lugar onde nasceu Padre Cícero é a via das escolhas, das encruzilhadas, da fé, território das forças dos ancestrais, trabalho e dons. As paisagens agem e ardem em eco. 

Quais mãos trabalharam na confecção desse origami? Nesta planície sem fim de cores e sons nasceu, Valdi Geraldo Teixeira, o Neguinho do Forró, morador de Exu, cidadão do mundo.

Sempre é bom lembrar: o grande balaio musical de Luiz Gonzaga tem um exuense. A cada viagem que fazia pela região Nordeste Luiz Gonzaga "descobria", encontrava um compositor. Em Caruaru: Onildo Almeida. Rio Grande do Norte o Janduhy Finizola. Paraíba, José Marcolino, Antonio Barros. Em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti. Arcoverde João Silva. No Rio de Janeiro encontrou o parceiro Humberto Teixeira, nascido em Iguatu, Ceará. José Clementino, em Varzea Alegre. Zé Dantas, em Pernambuco, para citar alguns destes poetas parceiros que deram Luz a obra e vida do Rei do Baião.

E pertinho dele, ali na curva da Chapada do Araripe, em Exu, na sua terra, Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró. Músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco (LP), Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribui com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi Geraldo é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. São 38 anos dessa gravação. Um dos sucessos gravados na voz de Luiz Gonzaga e que até hoje é referência o cancioneiro da música brasileira.

A história conta que ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira. Tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou.

Hoje "Nessa Estrada da Vida" é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis seguidores e discípulos do Rei do Baião.

Detalhe: o disco "Danado de bom" vendeu mais de um Milhão de cópias, contou com a participação de Elba Ramalho na faixa "Sanfoninha choradeira" (João Silva) e Luiz Gonzaga ganha o Disco de Ouro considerado no mundo musical um dos mais belos trabalhos de um artista brasileiro.

Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca, Museu Gonzagão. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música. É funcionário do Ministério da Saúde. Na época produzimos uma reportagem para a TV Grande Rio/Afiliada Globo destacando a obra e vida do Neguinho do Forró. As imagens foram do produtor Luciano Peixinho.

Em 2012, Neguinho do Forró, lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a larva criativa do poeta. Valdi Geraldo cultiva a simplicidade, ou seja, sabe tratar o povo, que tanto Luiz Gonzaga pedia para não esquecer, e valorizar o seu pedaço de terra se fazendo universal.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru, através do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

Nessa Estrada da Vida segue o poeta compositor Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró. Poeta dos bons que caminhada na Luz da Chapada do Araripe.

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