PROJETO VIVA REIS - SEMENTEIRA DE REISADO REALIZA ENCONTRO DE MESTRES DA TRADIÇÃO

Neste sábado (10), o Movimento Viva Reis realiza o III Encontro de Mestres da Tradição do Reisado do Sertão do São Francisco. Com incentivo do Funcultura, o projeto "Viva Reis – Sementeira de Reisado", é uma proposta de transmissão de saberes tradicionais dos reisados do Sertão do São Francisco, para suas comunidades, possibilitando o surgimento de novos processos relacionados à manifestação cultural.

Para Raimundinha, Mestra do Reisado Herança Viva de Amarina, do Quilombo do Saruê, "É um sonho realizado poder ir na escola ensinar essa cultura que minha mãe cuidava com tanto carinho." O Encontro de mestres de reisados possibilita a troca de experiências e a construção de parcerias para o fortalecimento da tradição que resiste em Pernambuco, e promove a transmissão das memórias dos territórios, da ancestralidade, das identidades do povo que no fazer cultural dos reisados resiste, como afirma Alice Gericó, Movimento Viva Reis.

O encontro reunirá representantes de 13 grupos de reisados em Santa Maria da Boa Vista-PE. Nesta terceira edição, o "reencontro" pós período de isolamento, necessário ao combate da COVID-19, celebra a vida, a resistência e a memória dos mestres da cultura popular. A tradição que nos convida ir ao encontro, colocar-se em caminhada, a persistir e proteger sua memória, reúne seus mestres do Sertão de Pernambuco para oficializar o pedido de registro dos Reisados como Patrimônio Imaterial pernambucano.

Alfredo Neto, coordenador do Movimento Viva Reis, reitera a importância dos encontros e das políticas públicas de cultura para a transmissão e difusão do fazer cultural do povo pernambucano, dos reisados. "No dia 10, o encontro falará sobre esperançar, como nos convida o educador Paulo Freire, esperançar com a experiência da cultura popular, na construção de espaços de diálogos entre os mestres dos reisados, a partir de sua persistência e resistência".

Serviço: Encontro de Mestres de Reisados

Data: 10 de setembro de 2022

Horário: 8h

Local: EREM Padre Maurilio Sampaio, Centro, Santa Maria da Boa Vista-PE.

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EXU, TERRA DE LUIZ GONZAGA COMPLETA 115 ANOS NESTA QUINTA (08)

Nesta quinta-feira (8), o município de Exu, no Sertão de Pernambuco, comemora 115 anos de emancipação política. A comemoração do aniversário da cidade vai contar com três dias de shows e dois dias de vaquejada, que serão realizadas no novo Parque de Vaquejada e eventos Luiz Gonzaga.

No dia 08 de setembro, o município dá início a primeira noite de shows, com atrações como Limão com Mel e Felipe Amorim. Nos dias 09 e 10 de setembro, os shows serão realizados durante a 47ª edição da Grande Vaquejada de Exu. Confira a programação completa dos festejos.

Shows 08/09 (quinta-feira) Felipe Amorim, Limão com Mel, Michele Andrade, Memel Carvalho

09/09 (sexta-feira)Caninana, Ranieri, Pedrinho Pisadinha, Stanley

10/09 (sábado) Vicente Nery, Guilherme Dantas, Gpzin e Serginho Gomes

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BAIÃO VIRAMUNDO, LUIZ GONZAGA COMO FILÓSOFO DO SERTÃO NORDESTINO E DOUTROS SERTANESES É TEMA DE PALESTRA

Nos dias 8 e 9 de setembro será realizado o VI Sertão Filosófico no campus Petrolina da Universidade de Pernambuco (UPE). O encontro do grupo de pesquisa Sertão Filosófico (CNPq) tem como objetivo fomentar o intercâmbio e ampliar a troca de experiências entre professores e estudantes do IFSertãoPE e UPE, bem como entre outras instituições de ensino e a comunidade.

A programação envolve minicursos virtuais e comunicações virtuais e também presenciais. O Grupo de Pesquisa Sertão Filosófico é cadastrado no CNPQ. Este ano, completa seis anos de existência, período em que vem desenvolvendo pesquisas, realizando eventos científicos itinerantes, publicações e atividades de ensino.

Programação Dia 8 de setembro 14h Minicursos Virtuais:

Paulo Jorge Barreira Leandro: Cartografias Selvagens – ensinar e aprender a partir do encontro entre Filosofia da Diferença e a cosmologia Huni Kuin

16h Comunicações Presenciais

Mediação: Cristiano Dias da Silva

Francisco Veríssimo de Souza Melo – Por uma filosofia do sertão

Cristiano Dias da Silva – Aspectos comparativos da lava-jato com a inquisição: uma revisitação a obra O nome da rosa

Ivanildo Alves de Almeida – “Baião de Viramundo” – Luiz Gonzaga como filósofo popstar do Sertão nordestino e doutros sertaneses

Luiz Henrique Pereira de Castro – A Corporeidade da existência: o “Dasein” na pedagogia engajada

19h Mesa de Abertura: Educação Política

Prof. Dr. Rafael Lucas de Lima (UPE) – Política e educação: Uma relação necessária

Prof. Dr. André Ricardos Dias Santos (IFSertãoPE) – Identidades

Prof. Dr. Gabriel Kafure da Rocha (IFSertãoPE) – A filosofia política no ensino médio: experiências de ensino

*Dia 9 de setembro

14 h – Minicursos Virtuais Isabela Castro – Exu nas escolas: saberes ancestrais, identidades e memórias

15 h Comunicações Virtuais Sala 1:

Mediação: José Aldo Camurça de Araújo Neto

Victor Fabiam Gomes Xavier – Experiência e Ensino de Filosofia à luz de Gabriel Marcel

Nilton Guimarães da Silva – A experiência primeira como fonte de conhecimento em sala de aula

Breno Augusto da Costa – História da Filosofia Brasileira: experiência isebiana e realidade atual

Pedro Wilson Nogueira Porto – Historia e Filosofia da História (um debate entre a reflexão e a ação)

Sala 2: Mediação: André Ricardo Dias dos Santos

Francisco Santana de Lima – A dignidade da pessoa humana e o dever de cuidar em Foucault

Márcio Santos de Santana – A categoria Estado no Pensamento Político de João Arruda e Miguel Reale

Cristiano Bonneau – Scholem e Benjamin- alegoria de uma amizade

Sala 3: Mediação: Gabriel Kafure da Rocha

Vinícius Gomes Alves – A estética entre a tragédia grega e o Sertão brasileiro

Paulo Jorge Barreira Leandro – O problema da expressão em Henri Bergson

Valdomiro Alves Pereira – Sensibilização e Representatividade: A cultura pop na sala de aula

Bruno Gonçalves da Paixão – Ideologia, política e alienação numa peça musical de Elomar Figueira Mello

Silvio Takeshi Tamura – "Eu sou a mosca que pousou em sua sopa": Música, arte e filosofia social em Raul Seixas.

17h Mesa de Encerramento (Virtual): Democracia

José Aldo Camurça de Araújo Neto (IFSertãoPE) – A crise da democracia: o olhar crítico da filosofia política contemporânea

Thais Santos Moya (UPE) – Apontamentos sobre a ofensiva reacionária no Brasil recente

Debora Maria dos Santos (UFPE/UESPI) – Democracia na so

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POETA, CANTOR E COMPOSITOR FERNANDINHO COMPLETA 50 ANOS EM CURAÇÁ, BAHIA

Na próxima sexta-feira (16), o município de Curaçá, no norte baiano, vai reunir artistas de várias partes do Nordeste para comemorar meio século de vida do cantor, compositor, gestor de cultura, produtor cultural e permanente militante da inclusão de crianças e adolescentes através da arte, Fernando Antônio Ferreira, o Fernandinho.

A virada cultural de comemoração, com acesso gratuito, começa às 20h, no Teatro Raul Coelho, com um concerto das crianças da Galeota das Artes. Em seguida, o público vai conferir uma sequência de shows com nomes representativos da música baiana e pernambucana a exemplo de Roberto Possídio, Paulo Soares, Mariano Carvalho e Marcone Melo.

O grande encontro artístico cultural, que tem início no teatro e depois segue na parte externa, no Rancho Bar e Espetaria, também vai contar com representantes do Estado do Ceará, Demétrius Cândido e Cícero Tapera, além de Demis Santana, Lucas Santos, Wilson Sena, Josemar Pinzoh, Ailton Nery, Maurício Menezes, Maurício Vidal, Clênio Sandes, Otávio Santana, Zé Hildo, Dedé do Mundo Novo e grupo da melhor idade.

Fernandinho é natural de Barbalha - CE, de onde foi para o Recife, depois para Petrolina, atravessando para Juazeiro, daí para Curaçá, descendo até Abaré. Nessas idas e vindas ribeirinhas, fixou raízes em Curaçá, fez família, filhos, casa, amigos, compromissos e, em seus percursos fez uma de suas maiores riquezas: seus muitos amigos, amigas, artistas, professoras, padres, loucos, apoiadores, produtores, crianças, pais e mães de crianças, vizinhos e admiradores.

Os amigos do artista estão fazendo uma campanha de apoio visando cobrir as despesas com sonorização de dentro e de fora do Teatro, iluminação e ornamentação dos espaços do evento e demais custos correlatos. Aqueles e aquelas que desejam colaborar com este presente podem utilizar o pix: 719.026.784-00 - Fernando Antônio Ferreira. (Fonte: CLAS Comunicação & Marketing)

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PERTO DE COMPLETAR 127 ANOS, PETROLINA MANTÉM RAÍZES E TRADIÇÃO HISTÓRICA DE PRÉDIOS ANTIGOS

Petrolina Antiga, é assim como é chamado o bairro mais antigo da cidade. No espaço, podem ser observadas as ruas do início do desenvolvimento do município.  O local é um conjunto de casas construídas no início do século XX, elas são a prova viva da ascensão econômica da cidade neste período. Por ali funcionou a Usina de Descaroçamento de Algodão; como também o depósito de algodão e mamona que seguiam para as indústrias de fabricação de óleo.

Com o crescimento da cidade, e próximo de completar 127 anos de história, a capital do Sertão do São Francisco mantém suas raízes e a história desse lugar. Atualmente, os prédios com pinturas modernas dão sede para casa de artesanatos nordestinos; restaurantes tradicionais e regionais; e do grupo Matingueiros, conhecido não apenas pela sua criativa de produção musical, que sempre remete às raízes sertanejas e nordestinas, os músicos também produzem coreografias e figurinos que enchem os olhos dos espectadores durante as apresentações.  


 



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ARTISTA BRENA DE SOUZA AMORIM EXPÕE QUADROS NO BAZAR SERTÃO DAS ARTES EM PETROLINA

As cores vibrantes em traços firmes mostram um pouco da personalidade da jovem artista plástica, Brena de Souza Amorim, (13 anos), ou simplesmente Brena, como ela assina seus quadros. 

A pintura a óleo entrou na vida da adolescente há alguns meses, mas desde de criança Brena demonstrou intimidade com o desenho, ela diz que desenhar lhe acalma, "que me lembre sempre gostei de desenhar, mas a pintura começou durante a pandemia, fazia telas e pintava com tinta guache, era mais para passar o tempo", revelou.

Brena conta que no momento que a pandemia estabilizou e as coisas começaram a se normalizar ela começou o curso de pintura em tela, com o professor Marlus Daniel, com quem aprendeu as técnicas corretas para desenvolver seus quadros. "Já no primeiro dia, fiz meu primeiro quadro, fiquei feliz com o resultado e não parei mais de pintar", brinca. 

Ao ser questionada sobre quantos quadros já pintou, a jovem artista disse com orgulho, "acho que mais de 20, alguns fiz para dar de presente e outros para expor, a convite da Sertão das Artes", revelou. 

No dia 10 de setembro Brena vai expor novamente no segundo Bazar da Sertão das Artes, das 17 às 22 horas, na Petrolina Antiga, uma parte histórica da cidade. "Gostei muito do primeiro bazar e se depender de mim participarei de muitos outros". 

Brena é filha da jornalista Lidiane Souza e do artista e professor Ari, que estão muito orgulhosos da filha e do inicio dessa carreira que promete ser brilhante. "Quando percebi o talento dela, não medi esforços para lhe oferecer toda a estrutura que ela precisava. Ela vai participar do segundo Bazar e já tem outros convites para expor. Se depender de mim, sem dúvidas ela vai longe e com todo seu talento e meu apoio", declarou a mãe.

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GRITO DOS EXCLUÍDOS QUESTIONA: BRASIL 200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA PARA QUEM?

Nos 200 anos da Independência do Brasil, o Grito dos Excluídos volta às ruas de todo o país no próximo 7 de setembro para denunciar as desigualdades sociais. O movimento protestará também contra a tentativa do governo de plantão de se apropriar da data para impulsionar seu discurso golpista contra a democracia. Desse modo, na sua 28ª edição a tradicional manifestação que reúne movimentos populares de todo o país destacará o verdadeiro sentido de democracia, como o lema “Vida em primeiro lugar, 200 anos de independência: Para quem?”

O mote, escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos no Brasil (CNBB), faz referência à situação dos povos negros, LGBTQIA+, mulheres, das comunidades quilombolas e indígenas, e das populações rurais, periféricas e em situação de rua. Setores da população que, ao longo de toda a história, foram deixados de lado pela políticas públicas. 

“Estamos pensando na democracia, que está sendo ameaçada principalmente nesses tempos atuais”, diz dom José Valdeci Santos Mendes, bispo da diocese de Brejo, no Maranhão. “Tudo isso nos faz refletir, 200 anos de independência para quem?”, enfatiza o bispo, durante entrevista coletiva. O evento marcou o lançamento da nova edição do Grito dos Excluídos. Mas também a oposição do movimento nacional ao projeto bolsonarista que disputa a data histórica para atos antidemocráticos e de cunho eleitoral. 

Segundo a organização, as manifestações, que ocorrem desde 1995, estão confirmadas em todo o país para a próxima quarta-feira. A ideia, contudo, “é não provocar”, de acordo com dom José. Ainda no início de agosto, as lideranças que encabeçam a campanha Fora Bolsonaro concordaram em não medir forças com os atos bolsonaristas. E, diferentemente dos últimos dois anos, eles decidiram passar as manifestações contra o presidente da República para o dia 10 de setembro. 

A VOZ INDIGENA: “Os direitos básicos de cidadania precisam ter a urgência de implementação a partir de 2023. Ninguém sem casa, sem teto, sem terra, com fome e sem trabalho. E nenhuma criança ou jovem fora da escola e da universidade. Nenhuma mãe desesperada, chorando porque seus filhos vêm sendo abatidos pela violência racista das forças de segurança pública. E nenhum pai trabalhador desesperado porque não tem o levar de comida para a casa”, afirma Ângela sobre os desafios.

A proposta da 28ª edição do Grito dos Excluídos no 7 de setembro é também levar esperança e resistência a partir de exemplos da luta indígena. Há mais de 500 anos, jamais cederam à dominação dos colonizadores e a projetos que visam cercear os modos de vida dos povos tradicionais. A arte-educadora Márcia Mura, do povo Mura da região do Baixo Madeira, em Rondônia, explica o lema. “Vida em primeiro lugar congrega a interligação com o ambiente inteiro, como as comunidades originárias defendem há séculos.” 

“Esse grito de independência é um grito que ecoa em nossas lutas e existências. E esse ato (do Grito dos Excluídos e Excluídas) lembra e traz para a gente a aliança dos povos com as florestas, com a luta indígena, negra e popular. Essa aliança entre povos pela vida em abundância. Ela já existia, mas foi tirada por esses colonizadores que chegaram invadindo nosso território e nos impondo uma lógica que não faz parte da nossa percepção de mundo. E que aos poucos foram transformando nossos territórios em locais de exploração e mortes. É contra isso que lutamos e resistimos para manter as florestas, as águas e todos os biomas. Porque um depende da existência do outro”, alerta Márcia Mura.

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