TRABALHADORES RURAIS SE REÚNEM EM BRASÍLIA PARA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO POPULAR


Cerca de mil pessoas de todos os estados brasileiros estão reunidos no Centro Comunitário da Universidade de Brasília (UnB) para participarem da sexta edição do Encontro Nacional de Formação (6º Enafor), promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

A atividade, que tem como lema “Liberdade para Lutar. Educação para Transformar”, começou na segunda-feira (23) e vai até a próxima sexta (27). De acordo com a Confederação, o encontro marca a retomada das ações da entidade em formato presencial e reafirma a importância do trabalho de base e dos processos de formação política para o movimento sindical.

Durante o evento, os participantes vão debater o contexto político conjuntural do país, com foco nos ataques à democracia, as eleições, violência estrutural educação popular, feminismos, novas masculinidades. Além disso, vão discutir temas como sustentabilidade política e organização de base, agricultura familiar, reforma agrária e agroecologia, com o objetivo de construir estratégias de resistências às investidas ultraconservadoras e de fortalecer as lutas dos sujeitos do campo, da floresta e das águas, articuladas há um projeto popular de sociedade.

Para o secretário de Formação e Organização Sindical da Contag, Carlos Augusto, o Encontro Nacional acontece em um contexto marcado pelo avanço do conservadorismo, pelo desmonte de direitos, pelo aumento da fome e de todas as formas de violências e pelo aumento da criminalização dos movimentos sociais, sindicais e populares.

“Contexto esse que se tornou ainda mais tenebroso com o tratamento dado à crise sanitária da Covid-19, pelos golpistas de plantão que ocupam atualmente o Palácio do Planalto e as casas legislativas do Congresso Nacional”, destaca.

A Contag ressalta que o Enafor acontece a cada três anos e se consolida como efetivo espaço de debates sobre formação política, “na perspectiva da educação popular emancipadora, comprometida com os interesses da classe trabalhadora engajada nas lutas pela construção de uma sociedade soberana e inclusiva”.

Na programação está previsto o lançamento do 4º Festival Nacional da Juventude Rural e da Marcha das Margaridas 2023.

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CIENTISTAS INICIAM CONTAGEM REGRESSIVA PARA SOLTURA DAS ARARINHAS AZUIS NO SERTÃO DE CURAÇÁ

Pela primeira vez na história,  um animal extinto da natureza será reintroduzido ao seu ambiente de origem. Os olhos do mundo estarão voltados para as ararinhas-azuis no dia 11 de junho deste ano:  a espécie Cyanopsitta spixii, que foi vista pela última vez nos anos 2000 na cidade de Curaçá, no Norte da Bahia, foi vítima da caça ilegal, e desde então desapareceu da natureza.

Decididos em fazer o pássaro retornar ao meio ambiente, cientistas do mundo inteiro uniram esforços por meio de uma Cooperação Técnica entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e a ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP). Juntos, uma gama de pesquisadores e grupos de ambientalistas trabalham desde 2009 para a reintrodução que acontecerá nos próximos dias.

Apesar da ansiedade em ver as ararinhas sobrevoando os céus da Caatinga do Nordeste brasileiro, o biólogo Cromwell Purchase, diretor do Centro de Reintrodução da Ararinha-azul, em Curaçá, alerta sobre o momento exigir cuidados especiais e precisar de medidas de proteção. "O momento exigirá silêncio e manuseio técnico das araras, caso contrário,  elas podem ficar assustadas e não sair de onde estão. Por isso, uma equipe de filmagem especializada irá registrar todos os detalhes e irá disponibilizar as imagens para o mundo", destaca.

MONITORAMENTO: Para monitorar como as aves irão se sair voando livremente na natureza, elas  receberam anilhas e microchips, com transmissores, que possibilitarão a fiscalização do comportamento delas e a possibilidade de perigo. Serão oito ararinhas-azuis soltas neste primeiro momento.

Duas unidades de conservação foram criadas em 2018 no município de Curaçá (BA). Em março de 2020, 52 ararinhas chegaram da Alemanha e Bélgica para o Centro de Reintrodução da Ararinha-azul. Desde então, elas passaram por um processo de adaptação ao clima e à alimentação. Elas foram treinadas junto com araras maracanãs - espécie nativa do Sertão- , que consegue 'ensinar' as aves como se comportar no ambiente silvestre.

Também haverá um espaço propício com alimentação suplementar, técnica denominada "soft release", para o caso das ararinhas retornarem. A ideia é que haja mais solturas nos próximos anos até que exista uma população estável da espécie.

IMPRENSA: Por conta dos cuidados para garantir que a ação seja segura e eficiente, o momento da soltura não terá público. Contudo, uma coletiva de imprensa acontecerá logo após o momento da reintrodução. No evento, os jornalistas terão acesso ao vídeo do momento da soltura, por meio deste endereço eletrônico: https://www.lifepr.de/newsroom/actp-ev-english, para que possam reproduzir em seus veículos, além de terem acesso aos organizadores, para que possam fazer suas perguntas.

Os comunicadores devem realizar um pré-credenciamento neste endereço eletrônico: https://forms.gle/StF5ANSMyXSLG7Ai7, com nome completo, nome do veículo, e-mail e telefone.

A coletiva será às 15h, no Teatro Raul Coelho, centro de Curaçá.

Mais detalhes: Ascom Ararinha-azul - (87) 98803-5550

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NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO TODOS OS DOMINGOS NA RÁDIO CIDADE

A audiência de rádio no Brasil vem crescendo desde o início da crise sanitária, segundo dados do Kantar IBOPE Media. 

A integração entre o rádio e as plataformas digitais é uma realidade que vem ganhando corpo nos últimos anos no Brasil. Se no início da ascensão digital se falava em ouvir rádio pelo site das emissoras, hoje muitas delas já contam com aplicativos e uma série de conteúdos e promoções exclusivas para os meios digitais. 

Para se ter uma ideia, segundo estudo recente do Kantar Ibope Media, 89% das pessoas escutam Rádio via mobile, pelo computador, enquanto 56% seguem nos receptores convencionais, em casa ou no carro.

A audiência ainda está ligada ao aparelho receptor comum, mas o ouvite também está no computador e, principalmente, no celular.

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e líder. 

Na rádio Cidade AM 870 e Cidade FM 95.7, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Amigos.  O programa é transmitido todos os domingos,  a partir das 8hs da manhã, www.radiocidadeam870.com.br, também no instagram, YouTube.

A direção da emissora apostou na reinvenção, no projeto especial e aposta no conteúdo cultural e os resultados aparecem. 

O Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA e SEUS AMIGOS segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É o roteiro usado para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus amigos e seguidores", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate". 

O programa é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com a arte e cultural, a não ser na lembrança. Ao contrário, o programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora dos que fazem arte no Brasil. 

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio cultural brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia Ney Vital que recebeu o titulo Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru, e Troféu Luiz Gonzaga 2014 Exu,  recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca, foi um dos agraciados com o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas filiadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco, além de dezenas de reportagens pautadas no meio ambiente do semiárido e ecologia.

Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas. 

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento.O programa Flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

"O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio", finalizou Ney Vital.

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FESTA DE SANTO ANTÔNIO DE BARBALHA-CEARÁ ACONTECE ENTRE OS DIAS 28 DE MAIO A 13 DE JUNHO

A Festa de Santo Antônio de Barbalha acontece neste ano de 2022. A festividade não acontecia desde 2019, em decorrência da pandemia. Neste ano, sua abertura, representada pelo cortejo do Pau da Bandeira de Santo Antônio, está marcada para o último domingo de maio, dia 29.

Já a programação das festas do Parque da Cidade, que consiste em uma semana de festejos após a realização do dia do Pau da Bandeira, não ocorrerá este ano. Os recursos que seriam utilizados nesta organização, foram destinados à recuperação dos utensílios domésticos perdidos pelas famílias atingidas pela enchente, que alcançou o município no mês de abril. Mas, os eventos como “Noite das Solteironas”, “Cortejo do Pau da Bandeira”, “Procissão de Santo Antônio” e quermesses serão mantidos.

A Festa de Santo Antônio é uma das maiores manifestações culturais brasileiras. Em 2015, foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Imaterial Brasileiro. 

A PROGRAMAÇÃO se distribui entre eventos como a Noite das Solteironas, que acontecerá no dia 28. A tradicional Noite das Solteironas contará com shows de Fábio Carneirinho e Luiz Fidelis.

Já o dia do cortejo, inicia as atrações logo pela manhã, com a celebração da habitual missa de abertura da festa, na igreja da Matriz. No centro da cidade, estarão instalados três palcos, o do Largo do Rosário contará com apresentação de Alcymar Monteiro, Flávio Leandro, Chambinho e Ítalo Queiroz. Na Praça da Estação se apresentarão Dorgival Dantas, Maninho, Leonardo de Luna e Chico Pessoa. O Marco Zero, receberá Santanna, Waldonys, Tapera e Forró Pé de Serra.

Em comemoração ao encerramento da festa, que acontece após 13 dias do cortejo, atrações como Padre Monteiro e Padre Airton irão se apresentar no espaço da Estátua de Santo Antônio, no Alto da Alegria, em celebração ao santo.

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FEIRA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA MOVIMENTA EVENTO BULE CULTURAL EM JUAZEIRO BAHIA


Música, poesia, apresentações artísticas e culturais estarão presentes nos corredores da Feira de Economia Solidária 100 edições, que vai acontecer nos dias 03 e 04 de junho, a partir das 16h, na Orla II de Juazeiro, dentro da programação do evento Bule Cultural, projeto realizado em homenagem ao músico Antônio Ribeiro da Conceição, o Bule Bule.   

A feira contará com cerca de 70 expositores e expositoras, atendidos pelo Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco (CESOL-SSF), projeto vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (SETRE). Doces, geleias, licores, queijos, artesanatos e confecções estarão entre os produtos que serão comercializados durante a feira.

O evento acontece dentro da programação do Bule Cultural, que seguirá durante os duas 02, 03, 04 e 05 de junho em Juazeiro, com recitais, shows gratuitos, e apresentações culturais, regionais e atividades de conscientização ambiental, com a distribuição de mudas nativas da caatinga.

"Durante o evento teremos atrações pela manhã, tarde e noite em lugares como o Centro de Cultura João Gilberto, Galpão do Armazém da Caatinga e na Orla de Juazeiro, onde será realizada a Feira de Economia Solidária e os pequenos empreendedores e empreendedoras vão estar participando tanto da feira, fortalecendo seus negócios, como de todo o movimento artístico do Bule Cultural", afirmou Maviael Melo.

A Feira de Economia Solidária 100 edições integra o edital 009/2019 do Governo do Estado da Bahia, por meio da SETRE, através do termo de colaboração com o Instituto de Integração e Formação Casa da Cidadania, com o CESOL-SSF, e conta com o apoio da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), da Prefeitura Municipal de Juazeiro e do Centro de Cultura João Gilberto. 

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O RIO SÃO FRANCISCO CONTA COM 168 AFLUENTES, SENDO 99 PERENES E 69 SÃO RIOS INTERMITENTES

Entrando na sua quinta edição, a Expedição Científica da Baixo São Francisco foi apresentada em uma palestra durante o Primeiro Salão de Turismo do Vale do São Francisco realizado na cidade de Petrolina, sertão de Pernambuco.

A Expedição do Baixo São Francisco criada com o objetivo de fazer um diagnóstico dos problemas da região, acontecerá pelo quinto ano consecutivo nos dias 03 a 12 de novembro. A ação, promovida pela Universidade Federal de Alagoas com apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, além de ampliar suas atividades, vai contar, este ano, com a participação da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o professor Emerson Soares, coordenador e idealizador da Expedição, a situação da bacia e de seus afluentes é crítica. “Nossa ideia não é só mostrar o problema, é também trazer soluções. Se não for assim, nossa contribuição fica só na informação e essa informação tem que ser aplicada. De todos os afluentes, os quinze maiores são os que mais contribuem e além, da contaminação, como é o caso do Rio das Velhas em Minas Gerais, eles têm enfrentado grandes períodos de escassez hídrica, ou seja, se eles secarem, o Rio São Francisco seca”, explicou o professor.

O Rio São Francisco conta com 168 rios afluentes, dos quais 99 são perenes e os demais 69 são rios intermitentes. Ele é responsável por atender os múltiplos usos que envolvem atividades de pesca, aquicultura, agricultura, irrigação, abastecimento, energia elétrica, função ecossistêmica, turismo, mineração e navegação.

 Com 35 linhas de pesquisa, a Expedição no baixo São Francisco vai contar, neste ano, com três barcos, um catamarã, e mais cinco lanchas de apoio, além de um barco-saúde que servirá para a realização de exames ginecológicos, dermatológicos, exames bioquímicos, saúde bucal e testagem de Covid. Além disso, entre outras ações, estão previstos o mapeamento de sítios arqueológicos submersos, reflorestamento de áreas marginais, novo programa de biomonitoramento do São Francisco (2022-2026) e também doação de notebooks, datashow, material escolar, jogos educativos, caixas de som, um microtrator, instalação de fossas agroecológicas e PEVs em escolas rurais.

Como resultados das últimas quatro Expedições, já acontece o monitoramento em tempo real do rio e ambiente marginal, mobilização em todas as cidades do baixo São Francisco, contribuição nas políticas públicas da região, conhecimento da vegetação, espécies da fauna nativa e políticas de defeso, entre outros.

Outro resultado obtido é a realização da Expedição Científica no Submédio São Francisco que acontecerá nos dias 14 a 20 de agosto, promovida pelas universidades da Bahia e de Pernambuco em parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, através da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco. Seguindo o formato da Expedição do Baixo, na região do Submédio que concentra características diferentes e particulares, como por exemplo, não ter trechos longos de navegação, a ação acontecerá tanto por água quanto por terra.

O percurso foi dividido em quatro trechos que compreendem de Paulo Afonso até a jusante da usina hidrelétrica Luiz Gonzaga, em Petrolândia. O segundo trecho será realizado entre Petrolândia e Barra do Tarrachil e os últimos dois trechos atenderão de Lagoa Grande a Petrolina-Juazeiro e Sobradinho. Serão atendidas oito cidades: em Pernambuco, as cidades de Jatobá, Itacuruba, Petrolina e Lagoa Grande, e na Bahia, Paulo Afonso, Glória, Rodelas e Juazeiro.

De acordo com a pesquisadora Thais Guimarães, integrante da equipe de coordenação da Expedição do Submédio São Francisco, o primeiro ano de evento será um desafio considerando o tamanho da região e sua dinâmica. “A região é maior, com pontos complexos, são muitos municípios, além de consideramos a geomorfologia fluvial do rio, sua dinâmica, que nesse trecho é diferente, tem os barramentos. Então, a gente vai trabalhar em trechos navegáveis e também por terra, onde não é possível o acesso por embarcações. São muitos profissionais envolvidos trabalhando em algo que a gente sabe que é necessário, é preciso a realização de uma expedição científica e estamos com uma expectativa muito grande”, afirmou. (Fonte: CHBSF)

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PALESTRA COM LUCIANA BALBINO DESTACA TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA DA COMUNIDADE DE CHÃ DE JARDIM, AREIA, PARAIBA


Após quatro dias de diversas atrações culturais, experiências gastronômicas e apresentações das riquezas da região, chegou ao fim, neste domingo (22), o 1° Salão de Turismo do Vale do São Francisco.

 Com uma grande aceitação, o evento, que este ano foi realizado em Petrolina, será sediado em Juazeiro no ano que vem. O anúncio foi feito pelo secretário de Cultura, Turismo e Esportes do município, Sérgio Fernandes.

A historiadora Luciana Balbino, nascida em Areia, Paraíba, consultora de turismo de base comunitária encerrou o ciclo de palestras aplaudida ao contar a trajetório de seu trabalho como educadora de adultos e jovens do campo vem mudando a realidade de comunidades de seu estado, a Paraíba. 

Um dos projetos foi a criação do Restaurante Rural Vó Maria, em Areia, que serve pratos de produtos cultivados na própria comunidade e que impacta cerca de 200 famílias. Na linha do turismo criativo também foram criados roteiros, trilhas e atrações, como piqueniques na mata e sessões de relaxamento.

O nome de Luciana é destaque entre as mulheres que têm ocupado espaços importantes na sociedade. No Dia Internacional da Mulher Rural, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1995 com o intuito de elevar a consciência mundial sobre a importância dessa figura feminina como protagonista nas mudanças econômicas, sociais, ambientais e políticas, a Forbes divulgou a sua primeira lista “100 Mulheres Poderosas do Agro”, com nomes que estão transformando diferentes segmentos do setor.

Na lista, a Forbes procurou selecionar representantes do movimento de mudança no campo. Por meio delas, o objetivo é homenagear as demais mulheres que atuam no agronegócio – mesmo que o trabalho seja realizado a partir das cidades.

Para chegar aos 100 nomes, a Forbes pesquisou, perguntou, buscou orientação de lideranças e também resgatou informações de reportagens especiais. 

São mulheres que se destacam em diferentes setores do agronegócio: elas estão presentes na produção de alimentos de origem vegetal e animal, na academia, na pesquisa, nas empresas, em foodtechs, em consultorias, em instituições financeiras, na política, nas entidades e nos grupos de classe e, mais do que nunca, nas redes sociais.

HISTÓRIA: O êxodo rural é um processo intensificado na região do Nordeste, sobretudo, devido à estrutura latifundiária, do sistema de crédito agrícola, comercialização insuficiente, deficiente sistema educacional e da ineficiência das políticas públicas existente nesta localidade. Visando uma melhora social, econômica e ambiental na comunidade rural Chã de Jardim, no município de Areia/PB, a historiadora Luciana Balbino, juntamente, com a ADESCO (Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade da Chã de Jardim) no qual a preside, cria o Restaurante Rural Vó Maria, mesmo sem terem as devidas condições financeiras na época, a fim de evitar os processos migratórios dos moradoresda comunidade em questão. 

O empreendimento foi inaugurado em 25 maio de 2013. Inicialmente existiam cerca de 80 lugares, passando para 200 vagas, mais anexo com 70 lugares. Sendo fonte de renda direta para 62 pessoas e indiretamente para 200.

Além de receber inúmeras premiações como Melhores Turismos da Paraíba, BRAZTOA de sustentabilidade, Selo Referência & Qualidade Empresarial da Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação (ANCEC) prêmio referência nacional de gastronomia. Contudo, o Restaurante Vó Maria aquece de forma considerável a economia local, gerando emprego e renda para dezenas de habitantes da região. Colocando o município de Areia na roda gastronômica nacional, levando em conta as inúmeras premiações que o empreendimento conquistou ao logo de 6 anos de funcionamento.

Tudo começou quando um grupo de jovens decidiu reabrir a fábrica de polpas de frutas produzidas sem agrotóxicos, que estava fechada há 10 anos, e hoje, é sucesso de vendas. As frutas são fornecidas pelos agricultores locais que ganharam uma nova fonte de renda.

Vendo o quão bom era para a comunidade essa nova fonte de renda, surgiu à ideia de associar a fábrica de polpa de frutas, o artesanato local feito com a palha da bananeira, oficinas de artesanato, as trilhas ecológicas realizadas no Parque Estadual Mata do Pau Ferro, o piquenique na mata e o Restaurante Rural Vó Maria.

O Restaurante recebe este nome em homenagem a comida caseira da vó e em especial a vó da idealizadora, Luciana Balbino, que tem o nome Maria. 

Luciana, que também comanda o restaurante Vó Maria, conta que tudo começou com sua vontade de transformar a realidade de Chã de Jardim e continuar morando na comunidade. “Chegou o momento em que os jovens da comunidade tinham que decidir se iriam para São Paulo ou Rio de Janeiro ou se continuavam vivendo em Chã do Jardim. Foi aí que percebi que poderia contribuir com uma mudança positiva e que poderíamos utilizar o turismo como ferramenta de desenvolvimento”, declara a líder comunitária.

A empresária e historiadora ressaltou que tudo começou com a união dos membros da comunidade. “Fizemos tudo com coragem e determinação. Fomos aproveitando todas as possibilidades e talentos da região para criar um trabalho voltado para fomentar o turismo”, comenta.

A comunidade criou uma associação e decidiu investir na cultura, história, culinária e beleza de Chã do Jardim para gerar renda para a região. “Nosso objetivo era desenvolver a comunidade e fazer com quem nos visitasse deixasse dinheiro. Vimos a oportunidade de mostrar como somos capazes de transformar nossa realidade e fizemos isso através do turismo. Unimos forças e talentos com artesãos, cozinheiros e todos os jovens para que cada um desenvolvesse em conjunto suas atividades”, declarou Luciana.

A primeira ideia que Luciana e a comunidade tiveram foi criar um roteiro de trilhas nos cenários serranos e brejeiro de Chã de Jardim. A partir dessas trilhas, novas ideias surgiram e daí foi elaborado o piquenique no meio da mata, sessões de relaxamentos, oficinas de artesanato e vendas de bolos, beijus e frutas típicas da região paraibana.

Na comunidade diversos jovens trabalham ainda em uma fábrica de polpa de frutas. Algumas artesãs usam a folha de bananeira para fazer bolsas e carteiras.

Atualmente a empreendedora conta sua história em cursos e eventos e inspira muitas pessoas a empreenderem e seguir seus objetivos com garra e planejamento.

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