ALÉM DA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: AGRICULTURA FAMILIAR É PARTE DA CONSTRUÇÃO CULTURAL DO BRASIL

A agricultura familiar representa um dos maiores setores da economia no País. De acordo com o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, ela é responsável por 70% de todos os alimentos consumidos e produzidos no Brasil.  

Mas, para o professor Luís Fernando Soares Zuin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em Pirassununga, a agricultura familiar também traz enorme importância na construção cultural do Brasil. 

Para o professor, o modo de vida das famílias que vivem da agricultura é de extrema riqueza para a sociedade. “Essa construção cultural se dá no modo de viver, de se relacionar com o mundo e expressar seus sonhos, necessidades e expectativas da vida, nos seus mais variados momentos do dia, aliado à diversidade de territórios rurais existentes no Brasil, cada um com as suas tradições, com as suas culturas, que são passadas de geração em geração”, afirma. 

Ainda de acordo com o professor, o dia a dia dos agricultores familiares é uma forma de lutar pelo reconhecimento e lembra a relevância que tiveram durante a pandemia, garantindo a segurança alimentar e nutricional da população. 

Segundo especialistas do setor, a agricultura familiar ficou às margens das políticas públicas do País, voltadas ao agronegócio, até os anos 90, quando foi criado o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, que gera renda e melhora o uso da mão de obra familiar. 

O programa é o precursor de propostas voltadas para o setor; entretanto, para a professora do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, Cláudia Souza Passador, o País passa por um retrocesso no ramo das políticas públicas. “Houve uma redução na oferta de políticas em termos de incentivos, de manutenção, de compra de equipamentos, de uma série de políticas que haviam sido estruturadas nas últimas décadas.”

Mesmo com a desvalorização, a agricultura familiar ainda é um importante fator para a garantia da segurança alimentar e da oferta de trabalho e renda no campo. Cláudia afirma que esse modo de trabalho gera desenvolvimento em áreas que não interessam muito ao agronegócio de larga escala ou à industrialização. “Pensar agricultura familiar é pensar emprego e renda, é pensar a diminuição da pobreza e da desigualdade no Brasil”, diz a professora. (Fonte: Jornal da USP-Laura Oliveira)

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MÊS DE MAIO E JUNHO AUMENTA EXPECTATIVA PARA VENDAS DE BOLOS NA REGIÃO DE JUAZEIRO E PETROLINA


Com a chegada do mês de junho 2022, nada melhor que um bolo quentinho para reunir a família em torno da mesa! Ele é capaz de aquecer a casa, o paladar, os corações.  Em Juazeiro, Bahia, a CASA DO BOLO BOM JESUS é um exemplo da produção de bolos caseiros. O empresário Dvenilsom Matias Oliveira, tem expectativa de crescimento de mais de 20%.

Para atender a demanda, a unidade da Casa do Bolo Bom Jesus, localizada na Avenida Flaviano Guimarães, 87 A, possui o fone 7399159 5000 a disposição dos clientes.

 “Todos os meses e dias da semana combina com bolo, com café e ou sucos. Temos produtos saborosos que atendem bem essa necessidade e sempre com a melhor qualidade do sabor e atendimento", explica Matias.

Nascido na Paraíba, no município de Barra de Santa Rosa, Devenilsom Matias, traz a receita tradicional dos bolos caseiros e os clientes definem os sabores mais procurados como: chocolate, laranja, aipim/macaxeira, cenoura, uvas passas, laranja com chocolate, formigueiro, coco com chocolate, queijo com goiaba, milho verde, entre outros preferidos.


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CHICO PEDROSA RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO DE PERNAMBUCO

O poeta paraibano Francisco Pedrosa Galvão, popularmente conhecido como Chico Pedrosa, recebe, nesta terça-feira (10), às 18h, o título de Cidadão Pernambucano, em solenidade na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A proposição, do deputado estadual Waldemar Borges, foi aprovada em 2019, mas só acontece agora devido a pandemia da Covid-19 e da volta das atividades presenciais na Alepe.

Chico nasceu em Guarabira, na Paraíba, no dia 14 de março, Dia da Poesia e Dia de Castro Alves. Grande contador de histórias do imaginário e da realidade popular, ele é um dos grandes expoentes contemporâneos da poesia nordestina. Ao longo de seus 83 anos, o poeta já lançou sete livros e inúmeros cordéis. Seus poemas estão nas músicas de cantores e grupos como Maciel Melo, Cordel de Fogo Encantado, Vates e Violas, Em Canto e Poesia, Fim de Feira, Téo Azevedo, Moacir Laurentino, Sebastião da Silva e Geraldo do Norte.

Lançou nove CDs que registram a sua poesia oral. Em 2009, o DVD Causos e Contos foi gravado ao vivo no Teatro de Santa Isabel e teve a participação de Amazan, Zé Laurentino e Jessier Quirino. Chico é presença marcada nas bienais do livro de Pernambuco e São Paulo, levando sua arte através de recitais poéticos. Nos últimos anos, vem se apresentando nas grandes capitais do país declamando suas poesias.

Chico Pedrosa veio morar em Pernambuco, em Caruaru, no ano de 1957. Seguiu Brasil a fora e viajou se apresentando em todos os Estados da Federação, tornando-se conhecido e decantando a cultura popular. No ano de 1999 veio morar em Petrolina e, desde então, não saiu mais de Pernambuco. No Sertão, foi representante de vendas de peças carro, depois se aposentou e passou a viver exclusivamente da poesia.

Seu legado atravessou o Atlântico e encantou a plateia Lusitana, quando uma trupe portuguesa adaptou seu poema A Briga na Procissão, para peça de teatro, exibida em Setúbal e Lisboa. Hoje temos uma vasta geração de jovens poetas e artistas influenciados pela obra de Chico Pedrosa. “A sua cultura é do povo, é do campo, é das ruas e é de todos, por isso que reconhecemos e entregamos o Título de Cidadão Pernambuco ao mestre Chico Pedrosa”, declara Waldemar Borges.

Logo após a solenidade haverá uma homenagem a Chico Pedrosa na Bodega do Veio, no Recife Antigo. O cantor Bruno Lins (Fim de Feira) vai comandar as apresentações, que vai contar com palhinhas de Maciel Melo, Reinivaldo Pinheiro (Crentinho), Publius e Tonino de Arcoverde, além de outros que por ventura aparecerem, e também de nomes expressivos da poesia sertaneja como o próprio Chico Pedrosa, Bia Marinho, Jorge Filó, Dedé Monteiro, Zelito Nunes, Ivan Ferrz, Marcos Passos, entre outros.

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DÉCIMA ROMARIA EM DEFESA DA VIDA ACONTECERÁ NO PRÓXIMO DOMINGO (15) EM CAMPO ALEGRE DE LOURDES

Após dois anos em isolamento social por conta da pandemia da covid-19, romeiros e romeiras do município de Campo Alegre de Lourdes se reunirão no próximo domingo, dia 15 de maio, para a 10ª Edição da Romaria em Defesa da Vida. 

O evento, que este ano terá como lema "Educar para Acordar, Lutar para Transformar", marca um momento de celebração da fé, da vida e abre espaço para a  reflexão sobre as dificuldades enfrentadas pelas comunidades camponesas da região. 

A romaria, organizada pela Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e pelo Fórum de Entidades Populares de CAL,  começará às 8h na comunidade do Barreiro (próximo ao velame) com celebração e reflexões sobre o tema proposto e seguirá com uma caminhada em direção ao Morro do Tuiuiú. 

Romeiros e romeiras que participarem do evento podem levar imagens dos padroeiros e padroeiras que festejam, faixas, cartazes e também bonés ou chapéus para se proteger do sol. 

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VI ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA DA CHAPADA DO ARARIPE VAI ACONTECER ENTRE OS DIAS 11 A 17 DE JULHO

A valorização e a troca de saberes populares relacionados às práticas de cura ligadas à natureza, contribuindo para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional, serão os objetivos do VI Encontro de Saberes da Caatinga e Práticas de Cura da Chapada do Araripe realizado no município de Exu, no sertão de Pernambuco. 

O evento vai acontecer este ano no período de 11 a 17 de julho de 2022.

O encontro serve para incentivar e manter vivas práticas de cura (algumas milenares). Nesta segunda edição do evento. Na programação que ainda será divulgada consta vários serviços, oficinas de agrofloresta, extração de óleos vegetais, arteterapia, aromaterapia e bioenergética.

O evento contará com a presença de raizeiros, rezadores e parteiras da região da chapada do Araripe, dos estados de Pernambuco e Ceará, também médicos, profissionais de saúde, representantes de instituições públicas, organizações não governamentais e aprendizes de várias partes do Brasil.

Segundo a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Islândia Sousa, o encontro reforça a política de práticas integrativas e complementares instituída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. 

O site da Fiocruz destaca que as práticas do Encontro de Saberes da Caatinga são caracterizadas pela Organização Mundial de Saúde como Medicina Tradicional ou Medicina Complementar. Esse termo significa um conjunto diversificado de ações terapêuticas que difere da biomedicina ocidental, incluindo práticas manuais e espirituais, com ervas sem uso de medicamentos quimicamente purificados, além de atividades corporais.

As práticas trabalhadas e saberes compartilhados durante o encontro, no âmbito da conservação da sociobiodiversidade, relacionam-se diretamente com objetivos para incentivar as manifestações culturais e contribuir para a valorização da diversidade cultural e assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais, com ênfase na melhoria da qualidade de vida.

A biologa Ana Vartan, através de artigo escreveu que o "uso das plantas medicinais pelos seres humanos faz parte de seu modo de sobrevivência, tanto para suprir necessidades urgentes, como nos processos de adoecimento e no uso simbólico. A inserção das plantas medicinais nos sistemas de saúde tem sido incentivada em todo mundo pela OMS, seja como fitoterapia ou inatura. 

No Brasil, o uso das plantas medicinais pelos povos indígenas e pelas populações é muito antigo, embora muitos povos tradicionais e população em geral tem modificado esta prática. Assim, faz-se necessário estimular os jovens a reconhecer essa prática. 

O Encontro Saberes da Caatinga busca valorizar o saber tradicional, apoiando e

disseminando o conhecimento das práticas ancestrais de cura. Objetivo: Conhecer e estimular o reconhecimento do saber tradicional no uso das plantas medicinais na caatinga.


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PROJETO CULTURAL BULE CULTURAL COMEÇA NO DIA 18 DE MAIO

Um evento que vai reunir música, memória e literatura com a participação de autores e autoras da cultura regional e nacional, em oficinas literárias, saraus poéticos, lançamentos de livros, cantorias, glosas e shows gratuitos. O projeto Bule Cultural começa no dia 18 de maio e prossegue nos dias 2, 3, 4 e 5 de junho, em Juazeiro.

Na abertura do grande encontro, em homenagem ao poeta, cantador e repentista Bule Bule, patrimônio cultural do Brasil, o movimento tem início às 8h, na Escola Modelo com a realização de oficinas para 240 alunos. À noite, começando às 19h, a pauta inclui a apresentação da programação completa, seguida do show musical ‘Teclas, Acordes e Sons’ com Rennan Mendes e Maviael Melo, este último idealizador e realizador do projeto.

Na etapa junina, o Bule Cultural segue de forma presencial com nomes a exemplo de Roberto Mendes, Raimundo Sodré e Chico Pedrosa e no formato virtual, através de vídeos de Xangai, Maciel Melo e Flávio Leandro. 

“Teremos atrações pela manhã, de tarde e a noite em lugares como o Centro de Cultura João Gilberto, Galpão do Armazém da Caatinga e na Orla de Juazeiro, onde realizaremos também uma Feira de Economia Solidária e atividades de conscientização ambiental na orla do Rio São Francisco com distribuição de mudas e recitais ambientais”, conforme adiantou Maviael Melo.

O evento que também já confirmou uma mesa literária com Xico Sá, um show com Lazzo Matumbi, feira e desfile da economia solidária, cortejo poético e até uma mesa sobre poesia e glosa com Jorge Filó, Antônio Marinho e Isabely Moreira, também promete surpreender com as presenças de Mariana Guimarães, Adila Madança e Sertão Sol, mostrando ‘Literáridas’. E para o encerramento, no dia 5 ao meio dia, o Bule Cultural dá adeus a primeira edição com uma cantoria reunindo João Sereno, Maviael Melo e Alisson Menezes.

O projeto é realizado pela Entre Versos e Canções e conta com as parcerias/patrocínio da Bahiagás, Secretaria de Educação do Estado da Bahia – NTE Juazeiro, TVE Bahia, TV UNEB, Colégio Modelo, APLB, Editora IMEPH, IRPAA, Agrovale, Centro de Cultura João Gilberto e rádios da região.

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MST LANÇA DOCUMENTÁRIO SOBRE PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA DO CAFÉ NA BAHIA

Com ou sem açúcar, quente ou gelado, um dos personagens mais presentes no dia-a-dia do brasileiro. Grão que mudou a história da humanidade, o café atravessa gerações e possui muitas dimensões, como a cultura, produção, direitos humanos, política e saúde. E é ele que ocupa a centralidade na produção “Sabor da Terra: a experiência da produção de café na Bahia”, que estreou nas redes sociais do MST.

O café no Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ocupa lugar de destaque, já que envolve pautas de campo e da cidade de todo o país, desde a escravidão até a mesa dos brasileiros. As maiores cadeias produtivas dos cafés do MST se concentram em Rondônia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Bahia. No curta, conhecemos um pouco sobre a cadeia produtiva do café na Bahia, onde o grão ocupa um importante papel de unir história e prática.

“Na Bahia, a gente tem uma produção bastante significativa e um potencial muito grande de produção de café agroecológico. Temos uma unidade demonstrativa nacional de mais ou menos 35 hectares de produção agroecológicas, que é coordenado pelo grupo gestor da cadeia produtiva do café, o que tem uma abrangência pedagógica não só para a Bahia, mas para a cadeia produtiva como um todo, sobre o manejo e o processo de transição”, afirma Daniel Mancio, do Setor de Produção do MST.

O objetivo do curta é ampliar o conhecimento sobre o cultivo na área e quais são os desafios na produção e comercialização do café agroecológico no estado, trazendo um pouco da perspectiva de trabalhadores e trabalhadoras do campo a partir de entrevistas, personagens e enredos.

Este é o segundo filme que aborda esta perspectiva. Em 2019, o documentário “Café com sabor de Resistência!” mostrou um pouco da história e contexto do Café Guaií, produzido por 450 famílias do interior de Minas Gerais, em uma área conhecida como Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio. Há mais de 20 anos as famílias estão na área, e sofrem ainda hoje diversas ameaçadas de despejo, mas resistem e continuam produzindo a partir da lógica da agroecologia.

A campanha “No Meu Bule Não”, vem promovendo um boicote contra as marcas de café que utilizam grãos do grupo Terra Forte Exportação de Café, do latifundiário João Faria da Silva. O intuito é fortalecer a resistência contra a ordem judicial de despejo da fazenda Ariadnópolis (MG), em que 450 famílias do MST moram e produzem há mais de 20 anos. 

Assim como na Bahia, a terra em Minas Gerais estava lavada de agrotóxicos e com as nascentes em volta destruídas. Diante disto, as famílias recuperaram a área e além de produzir café, realizam o cultivo de alimentos para subsistência como milho, feijão, amendoim e abóbora. Toda a agricultura da área ocupada segue o modelo de produção agroecológica.

Escola Popular Egídio Brunetto: Em “Sabor da terra: a experiência da produção de café da Bahia”, também é possível acompanhar o trabalho realizado na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto (EPAAEB), espaço do MST que propõe caminhos e metodologias para a Agroecologia no estado da Bahia.

Localizada no município de Prado, regional extremo sul da Bahia, a EPAAEB iniciou recentemente a segunda colheita do café agroecológico, onde foi apresentado o processo de organização e construção da Rede do Café da região, incluindo o pré-lançamento do filme.
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