O CORAÇÃO SELVAGEM DE BELCHIOR EM DOCUMENTÁRIO SERÁ EXIBIDO NESTA SEXTA

Ainda em Sobral (Ceará), ouvindo Ray Charles, Paul Anka, Luiz Gonzaga e João do Vale, um dos 23 filhos de Otávio e Dolores não desgrudava os ouvidos dos auto-falantes, que, no mix do teor pop dos Beatles e a admiração pela Tropicália, lhe fizeram a cabeça. 

Esses ramos de origem estão impressos no documentário Belchior — Apenas um coração selvagem, que traz a assinatura da dupla estreante no cinema, Natália Dias e Camilo Cavalcanti, integrando a programação do 27º Festival É tudo Verdade. 

Além de motivar debate às 15h (via YouTube), o filme terá exibição às 13h na plataforma É tudo Verdade Play (com limitação de espectadores).

O tópico polêmico de que "não estavam querendo debater", como avalia Belchior (o anfitrião para a própria cinebiografia no filme), ou assimilar as novidades da MPB, quando os "novos artistas estavam muito abertos à discussão", serve de propulsão para a história de vida comentada pelo cearense. Atemporal e retirante, como ressaltado na obra, o compositor reitera que veio da poesia para migrar até o mundo da música. Como lírico de referências, cita Baudelaire, Rimbaud e João Cabral de Melo Neto. Vinicius de Moraes facilitou a amizade, por Belchior conhecer justo a poesia dele.

"Belchior é, sem dúvida, um dos grandes nomes da nossa música. É um grande letrista, poeta e compositor. Possui uma obra que atravessa gerações e precisa ser reconhecido como tal. É um artista inquieto, provocador, contraditório, que vai das leituras de poesia e filosofia às conversas na mesa de bar. É um cidadão comum, de coração selvagem", decifra a diretora Natália Dias. 

A partida até São Paulo do jovem Belchior é descrita por ele, que confirma ter usado voo do Correio Aéreo Nacional, tendo por bilhete a obrigação de cortar os cabelos em Salvador, como determinado pelo comandante de voo. Presente em letras de músicas, a exemplo dos trechos "os pés cansados e feridos de andar légua tirana" e "sentado à beira do caminho", a percepção de contínuo movimento é reforçada na trajetória descrita pelo poeta.

"A utopia é, sem dúvida, um caminho de exploração dele. A condição mutante do jovem, a eterna possibilidade de delinquir, como Belchior mesmo diz. Isso é patente em sua obra e é também o que move o filme", explica o diretor Camilo Cavalcanti. Entre os caminhos demandados pelos ouvintes, no filme, Belchior sublinha não ter indicativo "de uma mensagem segura". Destinado a ser doutor, Belchior se apresenta como "cidadão comum, de bons modos... que caminha para a morte, pensando em vencer na vida".

Simpático, ele assume a condição mutante do jovem, dotado de comprometimento político e de bem com o sucesso saudável ("brilhante e bonito") de reconhecimento pela obra. Entusiasta de vinho, charuto e mulheres — "o que se aprende num bom colégio de padres", como ressalta —, Belchior é saudado, ao lado do talento do Circo Teatro Udi Grudi, como dos maiores talentos, em material de arquivo que conta com Elis Regina (que cantou de antiguidade e rejuvenescimento, nas potentes obras Velha roupa colorida e Como nossos pais). 

"Como o próprio Belchior diz no filme, a persona artística é mais importante que a pessoa do artista. Nosso filme olha para a obra, para a potência da mensagem, para o artesanato com que ele cuida das palavras. A vida íntima é um lugar reservado e menos importante para a nossa observação", explica a diretora Natália Dias. Daí, a perspectiva de não falar da morte dele, em Santa Cruz do Sul (RS), em 2017.

Criticando a "arte evasiva", crivada de metáforas, e percebidas em terceiros, Belchior, parte em defesa da fraternidade, investido do terceiro-mundista atento à "capacidade de rebeldia de espírito". Desvinculado da "arte ornamental", o compositor definitivamente não estava "coçando os cachos" (na expressão de Elis) e era obstinado em "desinsular a cultura". Divertido, quando conta anedotas sobre as mazelas que rechearam a chegada na grande cidade, o protagonista, perpetuamente, aposta na invenção de "novos sonhos" que nutram sua poesia seguinte.

No filme, o ator Silvero Pereira participa, enunciando trechos de Sujeito de sorte, entre outros. "Silvero é um grande artista que embarcou nessa viagem com a gente de forma muita generosa. Ele declama algumas letras e poesias de Belchior. A participação é pontual, mas magistral", observa Natália.

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FEIRA AGROECOLÓGICA DE MASSAROCA SERÁ REALIZADA NESTE SÁBADO (09)

Comercialização de alimentos sem veneno e troca de experiências entre expositores, visitantes e consumidores são alguns dos objetivos da 1ª Feira Agroecológica de Massaroca e Região realizada neste sábado (09), a partir das 6h30, na Praça Principal do Distrito de Massaroca em Juazeiro. 

A feira é um espaço destinado ao escoamento do excedente da produção da agricultura familiar para consumidores/as que também são da zona rural, mas que, às vezes, não produzem aquele produto específico. Além disso, esse espaço fortalece os laços entre as comunidades envolvidas e reforça a importância do consumo de alimentos saudáveis.  

Para comercializar na feira, o/a agricultor/a deve fazer parte dos grupos, associações ou cooperativa, produzindo alimentos de origem agroecológica. 

"Um alimento limpo, que não utiliza agrotóxicos, que não prejudica a saúde, que valoriza a qualidade de vida das pessoas e o trabalho das pessoas. Então, nessa feira agroecológica será encontrado produtos de qualidade, produtos da agricultura familiar, e você faz um contato direto com os/as agricultores/as que produzem. É uma aproximação importante, que garante a segurança alimentar", ressalta o colaborador do Irpaa, Clérison Belém.

Clérison também reforça o diferencial da feira agroecológica. "As pessoas sabem de onde está vindo, a qualidade daqueles alimentos. Isso garante um êxito na feira, porque o consumidor, quando vai no supermercado, mercadinho, não sabe a origem daquele produto que está ali na prateleira, na gôndola. E na feira agroecológica tem esse diferencial, porque existe o critério da produção agroecológica, em que um agricultor também é o fiscal do outro, então eles mesmo sabem qual produto e qual produtor pode comercializar nesta feira".

A presidente do Comitê das Associações de Massaroca e cooperada na Cooperativa Agropecuária Familiar de Massaroca e Região (Coofama), Jousivane Santos, fala sobre a preparação para realização da feira "Nós estamos muito empolgadas, estamos nos reunindo, fazendo a preparação do ambiente, da exposição, do encontro com as pessoas. Vamos conversar, comercializar e trocar (alimentos). Às vezes, a gente não chega a comercializar no momento, mas  divulga o produto".

A comercialização de alimentos orgânicos, produzidos com base na agroecologia, possibilita que as pessoas consumam alimentos de qualidade, sem veneno, que são tão prejudiciais à saúde, e defendidos pelo Governo Federal, como relembra Jousivane "O agrotóxico tomando conta do mundo, o governo dando aval para que isso cresça, sem nenhum pingo de preocupação com a nossa saúde, com a vida das pessoas, com a vida do ambiente".

Em contrapartida à posição do Governo Federal e ao Projeto de Lei (PL) nº 6299/2002, aprovado em fevereiro deste ano pela Câmara dos Deputados, que facilita a abertura do mercado para novos agrotóxicos, ou seja, mais veneno na comida do povo brasileiro, a agricultora Ana Lucia Santos, da comunidade Lagoa do Meio, em Massaroca, destaca a importância de produzir alimentos sem veneno. "Porque a gente está respeitando a vida, a saúde, pensando tanto na nossa saúde, como nas pessoas que vão consumir esses produtos. Como também, o cuidado, a forma como a gente produz, o cuidado com a terra, o solo, com a nossa água, com o meio ambiente em si".

Ana Lucia que produz alimentos com base na agroecologia vai comercializar na feira: galinha de capoeira, maracujá do mato, limão e doce de leite caseiro em calda. Além da comercialização dos produtos contribuírem para a renda da família, a agricultora frisa que "A gente precisa expandir a nossa produção orgânica/agroecológica. Também para fazer esses produtos chegarem ao maior número de consumidores. Levá-los para dentro do distrito vai ser importante para as pessoas se conscientizarem e conhecerem também a diferença entre o produto na produção orgânica/agroecológica e convencional".

Além da feira, pensada para acontecer uma vez por semana, está sendo construído um quiosque no distrito de Massaroca à beira da BR 407, voltado à comercialização dos produtos da Coofama e dos/das agricultores/as da região durante a semana, servindo também como ponto de entrega de encomendas da agricultura familiar. Nesse sentido, o colaborador do Irpaa, Clérison Belém, fala sobre a importância da diversificação de espaços de comercialização para os/as agricultores/as "Então, a gente pensa num trabalho de rede, no trabalho integrado, em que o objetivo final é as famílias comercializarem os produtos de maneira solidária, que possa comercializar nos mercados de ciclos curtos, nas feiras, no porta a porta, nas encomendas e também nos mercados que podem ser um dos consumidores".

A 1ª Feira Agroecológica de Massaroca e Região é resultante de um processo de assessoria técnica realizada pelo Irpaa, através do projeto Pró-Semiárido executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), mediante acordo de empréstimo entre o Governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). Fonte: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa

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FESTIVAL DE SANFONEIROS E DE VIOLEIROS VAI ACONTECER ESTE ANO EM PETROLINA, GARANTE PREFEITO SIMÃO DURANDO

O prefeito Simão Durando declarou que este ano vai acontecer em Petrolina a realização do Festival de Sanfoneiros e também o Festival de Violas. Devido a pandemia os eventos não foram promovidos nos últimos dois anos. A programação será divulgada em breve. A informação foi prestada durante a entrevista na manhã desta quinta-feira, 7, na Rádio Jornal.

O evento reúne os  maiores repentistas e cantadores de viola do Brasil. O Festival de Violeiros de Petrolina integra o calendário junino do município é gratuito e aberto ao público.

O Festival de Violeiros de Petrolina nasceu em 1981 como parte das comemorações do aniversário da Rádio Emissora Rural a Voz do São Francisco. Na época, o jornalista Juarez Farias elaborou a programação juntamente com o poeta Zé Moura, o radialista Vinícius de Santana, o padre Gonçalo e o empresário Joaquim Florêncio. Em 1990, com a morte de Juarez Farias, o festival deixou de ser realizado por 4 anos. Foi retomado em 1995 pelos radialistas Zé Cachoeira (já falecido) e Teones Batista. Com a criação da Associação dos Cantadores e Poetas do Vale do São Francisco, em 2006, o festival passou então a ser coordenado por Natanael Cordeiro.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu ano passaddo, por unanimidade, o repente como patrimônio cultural do Brasil. Referência para a identidade da região Nordeste, o repente é conhecido também como cantoria e tem como fundamentos verso, rima e oração.

Os repentistas ou cantadores se espalham pelas capitais e interior dos estados do Nordeste brasileiro e também nas regiões para onde ocorreram migrações de nordestinos. A votação foi feita pelos 22 membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Iphan.

O dossiê de registro elaborado documenta mais de 50 modalidades de repente, nas quais estão incluídos os versos heptassílabos, cuja acentuação tônica obrigatória está na sétima sílaba; e versos decassílabos, em que o acento obrigatório está na terceira, sexta e décima sílabas de cada verso.

Com o reconhecimento pelo conselho consultivo, o repente foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão, onde também estão catalogados bens como a roda de capoeira, o maracatu nação (PE), o carimbó (PA) e a literatura de cordel. A partir de então, o repente passa a ser alvo de políticas públicas para a salvaguarda da manifestação, que devem incidir ainda sobre um universo de bens associados que inclui a embolada, o aboio, a glosa e a poesia de bancada e declamação.

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NASCIMENTO OFICIAL DO RÁDIO É 6 DE ABRIL 1919. RÁDIO CLUBE PERNAMBUCO FOI A PIONEIRA

 

É lei. Em Pernambuco hoje é comemorado o Dia Estadual do Rádio. A data comemorativa relembra a primeira transmissão por radiodifusão registrada no Brasil, que ocorreu no Recife no ano de 1919.

A transmissão que inaugura a chegada da radiodifusão ao país foi realizada pela Rádio Clube, fundada naquele mesmo dia por jovens que estudavam eletricidade e telegrafia. O acontecimento foi registrado, na época, pelo Jornal do Recife.

Depois do advento da internet comercial, o rádio sofreu uma metamorfose. Ampliaram as possibilidades de produção e escuta. As audiências segmentadas fragmentaram-se em nichos antes não atingidos. Nos sites das emissoras de rádio, os estúdios começaram a ser vistos ao vivo, as reportagens passaram a ser transcritas, ganharam fotos e até imagem em movimento. Na web, qualquer emissora do mundo pode ser ouvida em plataformas dedicadas a isso.

O rádio na rede pode ser sincrônico (em tempo real) e assincrônico, em reportagens gravadas, como acontece nos milhares de podcasts. Concomitantemente, o rádio continua sendo o veículo eletrônico mais instantâneo, íntimo do ouvinte, que trata por “você”, próximo dos acontecimentos e de menor custo.Essas propriedades são tema recorrentes do interesse dos pesquisadores de rádio no Brasil que, além do presente e do futuro do veículo, continuam investigando o passado. 

O nascimento oficial do rádio no Brasil é 6 de abril de 1919. No dia seguinte àquela data, o extinto Jornal de Recife deu a seguinte nota:

“Consoante convocação anterior realizou-se ontem, na Escola Superior de Eletricidade, a fundação do Rádio Clube, sob os auspícios de uma plêiade [reunião] de moços que se dedicam ao estudo da eletricidade e da telegrafia sem fio (TSF).”

A notícia foi localizada em uma microfilmagem do Jornal de Recife, durante pesquisa do professor Pedro Serico Vaz Filho, da Universidade Anhembi Morumbi (UAM), que desde o fim dos anos 1990 investiga a história do rádio. A nova data de aniversário foi corroborada por mais notícias localizadas pelo pesquisador em jornais e revistas, publicados dentro e fora de Pernambuco, inclusive sobre o estatuto da nova emissora.

“Claro que não foi uma rádio com a estrutura que nós temos. Eram jovens estudantes curiosos, que estudavam a radiotelegrafia e resolveram montar uma estação de rádio, [de caráter] bem amador, bem experimental, Mas já deram o título de Rádio Clube de Pernambuco”, disse Vaz Filho em entrevista à Agência Brasil.

Além da investigação em periódicos impressos, o pesquisador reviu a bibliografia a respeito e fez entrevistas com diferentes fontes que testemunharam o funcionamento da Radio Clube ainda na primeira metade do século 20.

“Os preparativos para a fundação da emissora, segundo apuração com o ex-presidente da Rádio, também pesquisador Antonio Camelo, aconteceram na rua das Mangueiras, atualmente rua Leão Coroado, no bairro da Boa Vista”, descreveu à reportagem Vaz Filho. Segundo ele, “a Imprensa Oficial do Estado publicou no dia 7 de abril de 1919, um despacho da prefeitura recifense, doando um pavilhão do Jardim 13 de maio, atualmente Parque 13 de maio para funcionar como sede da Rádio Clube.”

As descobertas de Pedro Vaz Filho sobre a primazia da Rádio Clube confirmam o que o professor, jornalista e radialista, Luiz Maranhão Filho, hoje com 87 anos, sempre defendeu. O pai de Maranhão Filho trabalhou na emissora pioneira. Os dois professores participarão da live organizada pela Alcar.

Durante um encontro de história da mídia realizado em 2019 na capital do Rio Grande do Norte, os pesquisadores especialistas no assunto assinaram a Carta de Natal, onde “avalizam essa decisão os dados apresentados há mais de três décadas pelo pesquisador Luiz Maranhão Filho (UFPE) e validados, mais recentemente, pelo pesquisador Pedro Serico Vaz (Anhembi Morumbi).”

O novo entendimento sobre o nascimento do rádio no Brasil muda o conteúdo das aulas dos cursos de jornalismo, audiovisual e publicidade nas faculdades de comunicação. Até recentemente, a bibliografia especializada reconhecia que a transmissão radiofônica pregressa havia ocorrido de fato naquela data no Recife, mas que a primeira emissora regular seria a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a partir de 17 de outubro de 1923.

A Rádio Sociedade foi fundada por acadêmicos como o médico e antropólogo Edgar Roquette-Pinto que via o rádio como um meio estratégico para levar educação à população, então majoritariamente analfabeta. “O TSF [ sistema de telegrafia sem fio] espalha a cultura, as informações, o ensino prático elementar, o civismo, abre campo ao progresso, preparando os tabaréus [pessoa sem instrução] despertando em cada qual o desejo de aprender”, escreveu Roquette-Pinto em artigo publicado em 1927.

De acordo com Vaz Filho, o líder da fundação da Rádio Clube de Pernambuco foi o radiotelegrafista e contabilista Augusto Joaquim Ferreira, também de perfil intelectual, mas não acadêmico. “Ele e outros jovens pensaram naquela possibilidade como meio de comunicação, não exatamente para levar educação às pessoas, o objetivo era outro: levar informações”, como ainda se dá hoje no rádio escutado no dial dos aparelhos à pilha ou na podosfera acessada pelos serviços de streaming.

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JORGE DE ALTINHO DIZ QUE NÃO HÁ CLIMA PARA CANTAR NO SÃO JOÃO DE CARUARU ESTE ANO APÓS POLÊMICA

O cantor e compositor Jorge de Altinho usou as redes sociais na noite da terça-feira (5) para falar pela primeira vez sobre não ter sido convidado para se apresentar no São João 2022 de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. 

"Preciso passar por aqui para falar da definição sobre o São João de Caruaru. Confesso a vocês, e espero que vocês entendam, que eu não tenho mais clima para cantar no São João esse ano. Depois dessa polêmica, eu não me sinto mais à vontade pra gente fazer aquele show que sempre fizemos", disse o artista.

Jorge Assis de Assunção, o Jorge de Altinho, já afirmou em 2018 que se sente em casa na Capital do Agreste. Como forma de gratidão ao município, ele compôs a música "Capital do Forró".

"Fiz essa música retratando um pouco do muito que é Caruaru. Graças a Deus tomou outras dimensões, saiu de Caruaru, saiu do Nordeste, foi para o Brasil, e eu tive a felicidade, junto com Onildo Almeida com a Feira de Caruaru, de projetar a cidade com a Capital do Forró. Isso pra mim foi gratificante demais", disse.

Segundo o escritório artístico do artista, foi uma surpresa para ele não fazer parte da programação do São João de Caruaru deste ano. A esposa de Jorge de Altinho, que é a responsável pela agenda, disse que não houve contato nem convite por parte da prefeitura.

Após a polêmica, a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), destacou, por meio de uma rede social, que a programação do São João 2022 não está completamente fechada.

FORRÓ PATRIMÔNIO: Salvaguardar as matrizes do forró significa oferecer condições de materializar o potencial da cultura, da diversidade, geração de renda, emprego e da identidade de nossa gente. 

Essa compreensão foi um dos debates que tornou ano passado o Forró Patrimônio Nacional da Cultura. Nossa tarefa está em amplificar, dinamizar, trazer para a órbita de nossa cultura contemporânea os valores, procedimentos e conteúdos presentes nessa "instituição" cultural, o forró e as suas matrizes.

Apesar do título, Patrimônio da Cultura, o forró e suas matrizes estão sendo tratados como um produto secundário nas vozes e ações dos gestores públicos.

Em vídeo que já viraliza nas redes sociais, Juliana Souza Assunção, esposa e empresária do cantor Jorge de Altinho, afirma que prefeitos e prefeitas, secretários de cultura, gestores públicos, precisam urgentemente rever o conceito de cultura e ter o cuidado necessário com a valorização do forró, que teve recentemente o reconhecimento de Patrimônio Brasileiro da Cultura.

Semana passada o BLOG NEY VITAL , informou que Ao que tudo indica, diferentemente do que ocorreu no Carnaval, o São João será, de fato, festejado em 2022. 

Após dois anos de cancelamentos por causa da Covid-19, as prefeituras dos principais polos da festa, principalmente no Nordeste, começam a se organizar para o ciclo junino, tendo como fundamento a decisão tomada pelos Governos de liberar a realização de shows e eventos com a capacidade máxima.

Todavia, existe um descontentamento com as programações que estão sendo divulgadas. Segundo, a categoria de forrozeiros, que valoriza a cultura, a avaliação que "mais uma vez as autoridades públicas, através dos prefeitos e secretários de cultura, tem prestigiado através de contratos, artistas que não tem identidade com os festejos juninos".

Às vésperas do início do ciclo junino, forrozeiros de diversos estados denunciam a descaracterização do São João com a ausência de sanfoneiros nas grades de programação das festas organizadas pelas prefeituras no Nordeste. 

O cantor, compositor, Poeta e Enfermeiro  paraibano "Alexandre Pé de Serra", através das redes sociais, desabafou e denúncia o que ele denomina de injustiça com a cultura.

Confira:

"É com tristeza ,mas é  a realidade nua e crua.  Foram muitos anos de Resistência, de luta ,de Guerra ,de incontáveis batalhas a favor de uma coisa que não combina com esses adjetivos descritos na introdução esse texto.  É meus amantes da Cultura, estão acabando e se brincar ,acabaram com as reais tradições juninas, tradições populares .

Como um humilde colaborador da nossa cultura popular NORDESTINA, sugiro aos nossos " Políticos "Que entre com projetos para se fazer em todos os municípios, Estados do nosso país. Museus para guardar o que resta ou o que restou do nosso FORRÓ. 

Decepcionado, amargurado, magoado,feito de otário eu Estou, como sei também que inúmeros lutadores da nossa Música Popular Brasileira estão. 

Vocês podem até querer exterminar a nossa cultura ,mas jamais vão calar a nossa voz,o nosso grito a nossa livre inspiração de cantar a nossa Música de Raiz, a nossa Música Popular Brasileira. 

Assinado Alexandre Pé de Serra . Poeta ,Cantor, compositor,Produtor cultural , forrozeiro e Enfermeiro . #devolvameusaojoao  #somosforró #somosresistencia

O protesto de Alexandre lembrou o ano de 2017, quando um coro dos sanfoneiros lançaram a campanha "Devolvam o nosso São João", encabeçada pelos músicos Joquinha Gonzaga e Chambinho do Acordeon, que denunciavam uma descaracterização do São João nas programações dos festejos públicos.

Na época o cantor e compositor Alcymar Monteiro defendeu uma maior valorização do forró. O manifesto, que ocorre nas redes sociais, conta com a participação de dezenas de músicos de diversos estados do Nordeste. Portando cartazes de protesto, eles chamam a atenção para o espaço dedicado aos gêneros tradicionais em um dos principais festejos da cultura nordestina.

O sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário Joquinha Gonzaga, um dos herdeiros musicais do Rei do Baião, avaliou acreditar que veteranos do forró sofrem com os "novos" arranjos das grades de programações dos festejos juninos nas principais cidades no Nordeste.

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PROJETO DO NEMA VAI RECUPERAR VEGETAÇÃO DA CAATINGA ANTECEDENDO O RETORNO DAS ARARINHAS AZUIS À NATUREZA

Após mais de 20 anos sem ser vista na natureza, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) em breve terá condições de voltar a voar livremente na Caatinga. 

O projeto RE-Habitar Ararinha Azul, executado pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), vai recuperar áreas degradadas da Caatinga.

Concomitantemente, o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e a Associação para a Conservação dos Psitacídeos Ameaçados (ACTP) cuidam das aves que foram repatriadas e ainda estão no Centro de Reprodução em uma propriedade privada nas Unidades de Conservação da ararinha-azul em Curaçá (BA). As atividades do NEMA já iniciaram e a previsão é recuperar cerca de 100 hectares de mata ciliar e 100 hectares de savana estépica em menos de três anos.

Por meio do projeto RE-Habitar, executado em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (FADE-UFPE), o NEMA irá recuperar a vegetação em áreas prioritárias localizadas no interior e entorno do Refúgio de Vida Silvestre e da Área de Proteção Ambiental (APA), em Curaçá (BA), hábitat das aves. Serão executados métodos de recuperação como semeadura direta e plantio de mudas nos locais selecionados com objetivo de conduzir as áreas degradadas para uma situação mais adequada para a sobrevivência das ararinhas-azuis.

Para o ecólogo do NEMA, Fábio Socolowski, o envolvimento da população local será fundamental para a preservação da vegetação e da ararinha-azul, que é uma ave exclusiva da Caatinga. “O projeto tem duração de três anos, então nós vamos deixar uma semente. Porém, caberá a cada morador que receber a nossa visita e trocar conhecimentos conosco, a compreensão da importância não só da recuperação dos ambientes degradados, mas da preservação daquilo que ainda existe”, explica.

Além da recuperação, diversas ações serão realizadas para reconstituir e preservar o ambiente, como a implantação de tecnologias sociais para retenção do maior quantitativo possível de água que normalmente se perde por conta da baixa cobertura vegetal nas áreas degradadas. Serão construídas barragens subterrâneas, barragens sucessivas e cordões em contorno para aumentar a disponibilidade de água. Dessa maneira, além de contribuir para um ambiente mais favorável para as espécies vegetais, também viabiliza uma atividade agrícola sustentável para a comunidade local. 

RE-Habitar Ararinha Azul – Projeto executado pelo NEMA UNIVASF e a FADE-UFPE, aprovado na chamada do GEF-Terrestre, em seu componente para recuperação de áreas degradadas da Caatinga. A iniciativa é financiada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O NEMA trabalha com recuperação de áreas degradadas desde 2014 com ações diretamente relacionadas à vegetação, como também aos recursos hídricos, elaborando novos modelos e aprimorando várias técnicas.
FONTE: Karen Lima-Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (NEMA)
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CETEP-SERTÃO DO SÃO FRANCISCO PROMOVE AÇÕES ABRIL VERDE ALERTANDO PARA A SEGURANÇA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO

O mês de abril é marcado pelo Movimento Abril Verde, instituído para a conscientização sobre a segurança e saúde no trabalho.

No CETEP-SSF (Centro Territorial de Educação Profissional-Sertão do São Francisco, a professora mestre em Produção Vegetal e engenheira de Segurança do Trabalho, Geisa Lorena Maia, e o  professor Vinicius Conceição Bezerra, Engenheiro de Produção, Tecnólogo em Segurança do Trabalho e Especialista em Ergonomia, e outros professores turno, manhã e tarde coordenam várias ações para chamar atenção para a campanha, que tem como objetivo sensibilizar a população para que o movimento permaneça em debate por todo o ano.

No CETEP-SSF, alunos do Curso Técnico em Segurança do Trabalho distribuíram laços verdes e alertaram para a importância dos cuidados e prevenções de acidentes nas salas de aula.

"Aqui no CETEP Juazeiro estamos realizando ações voltadas para a prevenção de acidentes e promoção de qualidade de vida e trabalho", disse, professor Vinicius.

A professora Geisa Lorena ressalta que a campanha Abril Verde tem como objetivo conscientizar sobre a prevenção de acidentes de trabalho, com reflexões e elaborações de métodos para possibilitar um ambiente seguro para os colaboradores, sem acidentes ou doenças que se originam da execução do trabalho. 

O mês de abril é direcionado às campanhas educativas nacionais que abordem a prevenção de acidentes do trabalho. São desenvolvidas ações e trabalhos visando a conscientização sobre o comportamento prevencionista no que tange à Segurança e Saúde do trabalhador brasileiro.

O símbolo da Campanha Abril Verde é um laço verde. A cor representa a segurança no ambiente de trabalho e também está relacionada aos cursos da área da Saúde. 

O mês Abril foi escolhido baseando-se no Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. Nessa data, em 1969, houve uma explosão de uma mina da cidade de Farmington, no estado da Virgínia - Estados Unidos. Culminou na morte de 78 trabalhadores, caracterizando o episódio como um dos maiores e mais conhecidos acidentes trabalhistas da humanidade.

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