ALUNO DO CETEP-SERTÃO DO SÃO FRANCISCO ESCREVE LIVRO: UMA ODISSEIA NA MINHA MENTE

Em meio a tantas tecnologias e informações, ter o hábito de ler se tornou algo raro e pouco valorizado por parte da nova geração. O que precisamos entender é que geralmente são os livros que alimentam a imaginação dos criadores dessas inovações.

A leitura não se encerra nas páginas dos livros, ela continua nos gestos e afetos, se comunicando por olhares e sorrisos. A frase de Karyne Santiago, é um exemplo seguido pelo aluno do Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco-CETEP, atualmente cursando o terceiro ano de informática. O aluno escritor é Webster Wagner da Conceição Santos, 20 anos.

Webster Wagner mora no Distrito de Maniçoba/Juazeiro-Bahia. Detalhe: Webster Wagner escreveu o seu primeiro livro "Uma Odisseia na Minha Mente". De acordo com o jovem escritor o livro é uma porta de entrada de seu próprio multiverso de histórias. 

"Digamos que Estrela da Noite", cujo protagonista da história, ganha super-poderes no final do livro, e ele consegue a dádiva de poder se teletransportar de universo em universo diferente. Como se ele se tornasse onipresente", diz Wagner.

"A inspiração nessa vida sem nenhuma dúvida foi Deus. Deus é minha maior inspiração. Ele é o principal causador disto tudo. O desejo de ser escritor começou em 2019, quando eu estudava no Colégio Estadual Olavo Ferreira Neto", revela.

Webster Wagner revela que antes da decisão de se tornar escritor "passou anos e anos estudando vários assuntos, e pesquisando diversas áreas". Ele conta que sempre foi apaixonado por ciência e queria ser astrônomo. "Agora pretendo cursar letras", diz.

O livro "Uma Odisseia na Minha Mente", conta a história de Estrela da Noite e E.X-33.1.3, o seu amigo robô. Estrela da Noite passa séculos dormindo enquanto navegava pelo espaço, E.X-33.1.3 cuidou dele durante todos esses Séculos. Após acordar, Estrela da Noite percebe que perdeu suas memórias, então a dupla entra em um buraco de minhoca e os leva para outra dimensão.

"Este livro é para quem ama ciência, astronomia, mas também tem a cereja do bolo. Querem que eu conte?... Ah eu vou contar sim! Tem diversas referências bíblicas. Querem saber qual? Bom o nome de "E.X-33.1.3" foi inspirado no livro de Êxodo, capítulo 33, versículo 1-3. E qual é meu intuito de fazer isso? Bom, eu sou cristão e queria juntar ciência e religião. Eu sei que isso não faz sentido, mas eu queria realmente me arriscar, e eu senti muito medo de ser criticado na época enquanto escrevia. Porém o livro foi escrito", diz o autor.

O objetivo com este livro, de acordo com Webster Wagner é preparar novos leitores para futuras obras. A proposta é que a partir do primeiro escrito, agora cada livro estará conectado, Uma Odisseia na Minha Mente é um livro, uma nave espacial que irá levar para um multiverso cheio de histórias e outros contos. 

"Levei 5 meses para escrever e revisar Uma Odisseia na Minha Mente, tendo "Jhonatha Vieira", meu amigo e capista como auxiliar, eu escrevi este livro com o intuito de começar uma jornada longa que irá durar até o fim da minha vida! Por isso o nome do livro "Uma Odisseia na Minha Mente", porque será uma jornada longa até o fim dos meus dias", finalizou Webster Wagner.

"Mesmo no mundo tecnológico que vivemos, os LIVROS ainda são a melhor tática para estimular a imaginação e a criatividade. Webster nos deu um grande presente: compartilhar conosco seu livro "Uma Odisseia na Minha Mente", parabéns pela conquista. Que outros jovens estudantes do CETEP SSF sigam seu exemplo e compartilhem dessa viagem no mundo da leitura", finalizou, Leila Cristina Pacheco, diretora do CETEP SSF.

O aluno escritor também agradece a coordenadora pedagógica do CETEP, Neila Cristina pelo incentivo. O livro pode ser adquirido através da amazon.com.br, formato ebook. Contato do autor: thenightstarww@gmail.com



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EXPOSIÇÃO DE FOTOS E XILOGRAVURAS (CORDEL) SERÁ APRESENTADA GRATUITAMENTE EM CASA NOVA-BA

Muita gente já leu ou ouviu falar da literatura de cordel, mas poucas de fato chegaram a participar efetivamente da construção dos versos ou das xilogravuras, que são aquelas figuras que nos remetem a um  "carimbo", na cor preta, e que geralmente ilustram os livretos de cordel, gênero literário presente na cultura popular nordestina.

Em Casa Nova-BA, no semiárido brasileiro, jovens e adultos tiveram a oportunidade de adentrar nesse universo a partir do projeto "Grafias da Caatinga – da Xilogravura à Fotografia", que ofereceu gratuitamente duas oficinas - de fotografia e xilogravura -, realizadas na Comunidade da Melancia, na zona rural do município. 

"Os objetos fotografados no nosso dia-a-dia na caatinga ou trazidos na memória dos alunos foram transformados em xilogravura, reforçando a nossa cultura e identidade como caatingueiros. Foi surpreendente o resultado," destaca Thiago Rocha, que coordena o projeto junto com o cineasta Wllyssys Wolfgang. 

O resultado do projeto poderá ser apreciado pelo público em geral nesta sexta-feira (18) e no sábado (19), no Colégio Estadual de Casa Nova, localizado na Rua A, no centro da cidade. A iniciativa é inédita na comunidade e causou grande repercussão, contando com mais de 20 alunos em cada oficina, todos oriundos de comunidades de fundo de pasto (comunidades tradicionais rurais no Semiárido). 

"A primeira exposição foi feita exclusivamente na comunidade da Melancia para que os próprios alunos pudessem apreciar, participar e trazer os familiares e amigos. Agora está sendo na zona urbana para que haja um reconhecimento e integração entre a comunidade e os moradores da sede", afirma Wllyssys Wolfgang. 

Mais de 80% dos alunos são pretos ou pardos; 70% mulheres e 100% oriundos de escolas públicas. Nenhum dos alunos havia feito um curso de xilogravura, embora 100% conhecessem a literatura de cordel, de acordo com levantamento feito entre os próprios estudantes. 

O projeto é realizado em parceria com a produtora WW Filmes e apoio logístico da Caroá Produções, empresas que atuam no Vale do São Francisco, além dos profissionais Wyvys Reis(produção e logística), Jota Souza(Jota Filmes) e Paloma Biondo(auxiliar pedagógica). O projeto conta com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. (Fonte: Bia Braga-jornalista)

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CANTOR ALEXANDRE PÉ DE SERRA É DESTAQUE COM HOMENAGEM A ZÉ MARCOLINO: UM TERÇO DE SAUDADE

O cantor Paraibano,compositor, Poeta e Enfermeiro  paraibano "Alexandre Pé de Serra" nasceu na capital João Pessoa e com raízes em Serraria no brejo paraibano. Ele traz no seu cantar o Nordeste traduzido em forró, xote, xaxado, arrasta-pé, baião e outros gêneros da música popular nordestina.

Enveredando  pelas estradas da vida musical com um estilo único no seu cantar, no declamar e alegrando por onde passa com sua música e o seu show. 

Com 22 anos de carreira musical e forrozeira  dedicados ao legítimo forró. Já vem no seu matulão discográfico com: 10( Dez )CDs e 02 (Dois) DVDs, sendo o primeiro nos seus 15 anos de carreira gravado  em João Pessoa sua terra natal  e o outro um documentário gravado em Monteiro dentro das festividades do Festival Zabé da Loca ,no cariri paraibano, cidade onde se respira versos e melodias.

Como compositor ,dezenas de artistas do gênero já gravaram algumas das suas composições. 

Alexandre Participou de alguns festivais por seu  estado, a Paraíba,  como também em outros por esse nordeste. Sempre enaltecendo nosso forró,a nossa cultura popular nordestina. 

Alexandre Pé de Serra se solidifica como um legítimo seguidor dos mestres: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, dentre outros. Com um jeito simples e singular de interpretar e compor. Ele vem com um show Alegre, Cultural e fiel as suas origens forrozeiras. Como ele sempre diz: "Um Abraço Forrozado". 

Um dos destaques este ano 2022 é uma Canção em parceria com os  poetas ,Antônio Carneiro e Cicinho Gomes In Memoriam. 

Uma Bela Homenagem ao poeta ZÉ MARCOLINO . Zé Marcolino poeta,compositor e cantor que o Rei do Baião, como também centenas de artistas gravaram suas canções. 

Música: Um Terço de Saudade. 

De: Alexandre Pé de Serra, Antônio Carneiro e Cicinho Gomes.

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PRIMEIRA AULA PRESENCIAL DO PROJETO DE EXTENSÃO DANÇA NO VELHO CHICO ACONTECE NESTE SÁBADO (19)

O projeto de extensão Dança no Velho Chico, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que oferece aulas de dança de salão para a comunidade, entra numa nova fase e passa a atuar no formato presencial a partir deste mês. 

A primeira aula acontecerá neste sábado (19), às 15h, em frente à biblioteca do Campus Sede, em Petrolina (PE), e será ministrada pelos professores do projeto Geison de Souza Duarte e Tracy Nathalia Silva Torre, integrantes do grupo de dança Sertão Pé Quente. Esta aula, que está com as vagas esgotadas, irá reunir cerca de 40 casais para aprender os princípios do forró.

A atividade também marca o início das ações desse ano do projeto, uma iniciativa da Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (Dacc), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão (Proex). Esta fase do projeto será dividida em temporadas, cada uma sobre um tipo diferente de dança de salão, a exemplo de salsa, samba e bolero. As aulas estão previstas para acontecer quinzenalmente e as inscrições para as próximas sessões serão divulgadas posteriormente. Será exigido dos participantes o comprovante de imunização contra a Covid-19 e o uso de máscara durante as atividades.

O projeto Dança no Velho Chico é coordenado pelo professor René Cordeiro e conta com a participação do servidor Thiê Gomes, técnico-administrativo em educação (TAE) da Dacc. A ação tem como objetivo criar um novo espaço de aprendizagem da dança de salão no Vale do São Francisco.

Em virtude da pandemia de Covid-19, as aulas do projeto, lançado em 2021, eram ministradas pelo canal da Dacc no YouTube, onde estão disponíveis as seis aulas já realizadas. Mais informações sobre esse projeto e outras ações da Dacc podem ser acessadas no Instagram.

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AS SEVERINAS LANÇAM CLIPE "NÃO TENHO MAIS NA SEXTA-FEIRA (18)

O clipe, com música autoral e inédita, vai estar disponível no canal da banda no YouTube. A letra aborda a história de quem desistiu de lutar contra o seu próprio sentimento, e a música, um forró leve e que convida à dança, são de Monique D'Angelo 

Celebrando o amor, o tempo das coisas e o fluxo da vida, As Severinas lançam, na próxima sexta-feira (18), o clipe "Não Tento Mais", no canal da banda no YouTube. A canção também estará disponível em todas as plataformas digitais de música na mesma data. 

As Severinas, após terem a sua trajetória artística premiada e reconhecida no festival Janeiro de Grandes Espetáculos, vão apresentar essa novidade e muitas outras ao longo de todo o ano de 2022.  O single "Não Tento Mais" é autoral e inédito, e o embalo desse forró vai convidar todo mundo a dançar juntinho.

Monique D'Angelo, que faz voz, declamações e sanfona em As Severinas, é o nome por trás da letra e da música que os fãs conhecerão na próxima sexta-feira (18). 

 "A construção dessa música foi no começo de 2018. Eu não parei para fazer a melodia e depois a letra, ou vice-versa, ela já veio construída. Eu só peguei o acordeon para pegar o tom que era adequado à minha voz. Foi quase de improviso, foi inteira", contou ela. "É um amor que acabou. A personagem está desistindo de tentar esquecer, saindo do processo de lutar contra algo que de fato ainda existe. Ela resolve continuar sentindo, sem lutar contra. Assim como Clarice Lispector traz no livro 'Água Viva', 'é só não lutar contra, é só deixar fluir'. Desejo que as pessoas sintam a canção como sendo delas", acrescentou Monique. 

Além de Monique D'Angelo e das integrantes de As Severinas Marília Correia (zabumba) e Isabelly Moreira (triângulo e declamações), a gravação do clipe contou ainda com a participação de Silvio Ferraz (sanfona) e Kleber Gomes (bateria). A direção, o roteiro e a produção ficaram por conta de Karl Marx. Kleber Gomes foi o responsável pela direção de fotografia, edição e finalização. 

As imagens de apoio e making-of são de Max Rodrigues; os figurinos, de Cida Souza; Roadie set, Diego Adones. A gravação do vídeo foi feita num cenário verde, na Casa Grande das Almas, em Triunfo, Pernambuco. As Severinas é grupo exclusivo da Agência Cultural de Produção e Criação.

HISTÓRIA - Mesclando música e poesia, e lembrando das raízes culturais do Sertão do Pajeú, o trio As Severinas surgiu com o intuito de difundir, com musicalidade, a força e a delicadeza feminina, mantendo a tradição do forró pé-de-serra, dando nova roupagem a cantigas, xotes e arrasta-pés. Formado por três jovens mulheres, o grupo traz Isabelly Moreira, no vocal, triângulo e declamações, Monique D'Ângelo, no vocal, sanfona e declamações, e Marília Correia, na zabumba. As Severinas se apresentam desde maio de 2011.

Em 2012 lançaram o primeiro CD, que leva o nome do grupo, com composições autorais e versões de músicas de Chico César e Vander Lee que conquistaram o público. Em 2016, o grupo lançou o seu segundo trabalho, intitulado "Tribos", com faixas autorais, parcerias e releituras de canções de artistas que influenciaram a formação musical do grupo, como Vital Farias, Zeto e Zé Marcolino. 

Em 2021, quando As Severinas completam 10 anos de estrada, foi lançado um documentário registrando a obra e a história do grupo, junto com um EP, denominado "Xamego de Fulô". O trabalho foi cem por cento composto por músicas inéditas, entre canções autorais e parcerias que registram a maturidade artística do grupo. Houve participações especiais que evidenciaram a relevância artística e cultural adquirida pela banda: Anastácia, Assisão, Quinteto Violado e Thais Nogueira, além da participação da percussionista Negadeza, foram alguns dos nomes presentes no trabalho.

Neste ano, As Severinas se apresentaram no Teatro do Parque, em Recife, e foram premiadas como "Destaque Trajetória em Música", pelo show "Xamego de Fulô" com o Prêmio JGE Copergás de Teatro, Dança, Circo e Música de Pernambuco 2022, realizado pelo 28º Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas e Música de Pernambuco, edição 2022.


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CULTURA GONZAGUEANA EM SALA DE AULA. MOÇÃO DE APLAUSOS É APROVADA

Foi aprovado por unanimidade nesta terça-feira (15), pela Câmara de Vereadores de Petrolina, Pernambuco, o requerimento da Moção de Aplausos para o professor Maiadson Vieira e diretoras Edmilza Marcelino e Lucélia Lima, da Escola Estadual São Vicente de Paula @esvpeexu, localizada na cidade de Exu, Pernambuco.

O professor Maiadson Vieira, diretoria e alunos ganharam repercussão nacional com a informação que na escola foi inserida na grade curricular a disciplina eletiva Cultura Gonzagueana.

O autor da proposta, o vereador Cesár Durando fez o requerimento à Mesa Diretora, que após cumprida as formalidades regimentais e Ouvido o plenário,seja consignou através da Casa Legislativa a MOÇÃO DE APLAUSOS ao Professor Maiadson Vieira e as diretoras, Edmilza Marcelino e Lucélia Lima, da Escola Estadual São Vicente de Paula (@esvpexu) na Cidade de Exú-PE. 

A justificativa da Moção de Aplausos é para a iniciativa de inserir uma nova disciplina eletiva para os alunos do 1º ano do novo ensino médio, falando da "CULTURA GONZAGUEANA", mostrando uma grande iniciativa cultural e sensibilidade com a preservação dos nossos verdadeiros valores Sertanejos e Nordestinos. Da decisão dessa Casa Legislativa, dê ciência ao professor e as diretoras.

A Moção de Aplauso é um instrumento de reconhecimento e estímulo a pessoas ou instituições que contribuem, seja de forma profissional ou voluntária, como forma de reconhecer e homenagear este trabalho, valorizando suas ações e a diferença que elas fazem no desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade.

REVEJA REPORTAGEM: Luiz Gonzaga, o mestre da sanfona, um dia deixou o seu pé de serra e embrenhou-se pelos emaranhados da busca de seu sonho. O que foi o começo de uma grande empreitada, tornou-se uma desafiadora lição de vida e das vivências artísticas. Luiz Gonzaga, o maior ícone da cultura popular nordestina, também sonhava com os atos libertários da educação. O professor Maiadson Vieira é um exemplo desses caminhantes da cultura que buscam na educação o desenvolvimento humano e a promoção de um futuro melhor para os seus educandos.

Na Escola Estadual São Vicente de Paula (@esvpexu), o professor leciona a nova disciplina eletiva "Cultura Gonzagueana" para os alunos do 1° ano do Novo Ensino Médio, um fato histórico para a cidade do Gonzagão. 

A disciplina almeja proporcionar aos educandos o conhecimento acerca da cultura e da história local, fundamentando-se na história do maior ícone Exuense, Luiz Gonzaga do Nascimento. 

"Iniciativas como esta eletiva proporcionam a manutenção da cultura e da história local, valorizando as temáticas abordadas na obra do pernambucano do século, gerando assim, o sentimento de pertencimento dos alunos para com a cultura e a história local, promovendo ainda a democratização cultural e uma educação cultural efetiva para os educandos", revela o professor Maiadson. 

Nascido em Exu, Maiadson Vieira é um apaixonado conterrâneo de Luiz Gonzaga. Além disso, é professor há quase 10 anos, produtor cultural e ainda poeta. Graduado em Letras, ministra as disciplinas de Língua Inglesa e Portuguesa, e ainda lhe sobra tempo para falar de cultura e poesia com seus alunos.

Colecionando inúmeros eventos culturais em seu currículo, orgulha-se em dizer que "aprendeu sobre cultura convivendo com mestres e mestras da cultura, e fazedores desta". 

De acordo com Maiadson, "apesar dos tempos difíceis para a cultura, com essa inserção da disciplina eletiva, se realiza um sonho gigante dos artistas, em ter o Luiz Gonzaga sendo ensinado na escola pública como uma disciplina! Apesar de ser uma disciplina eletiva, a mesma quebra os muros da escola e introduz em sala de aula o autêntico poder da cultura popular! Seu Lua não é mais um tema transversal, é o conteúdo principal da minha disciplina". 

O projeto em andamento prevê visitas ao Parque Aza Branca/Museu Gonzagão, museus orgánicos do Cariri Cearense e produções culturais e vivências com os próprios alunos.

"Neste espaço sentimos a energia de Luiz Gonzaga! Os meus alunos recitaram uma produção minha pra começar com o pé direito nesse mundo da cultura e da poesia popular! Apesar dos pesares, seguimos bravamente resistindo! O projeto é um laboratório de edição de vídeo e roteirização, onde juntos, editamos com nossas próprias mãos o orgulho de sermos da terra de Luiz Gonzaga", finaliza  Maiadson Vieira.

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REDE DE DE ENSINO ESTADUAL DA BAHIA RECEBE SEIS MIL EXEMPLARES DO LIVRO TORTO ARADO

Com o poema "Mulata, já não aceito", a poetisa e quilombola Iris Neves abriu a cerimônia de lançamento, na rede estadual de ensino, da obra "Torto Arado", do escritor baiano Itamar Vieira Júnior, que participou do evento, ao lado do secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, e da secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, no auditório da Secretaria da Educação, em Salvador. O lançamento marcou a aquisição de seis mil exemplares do livro, que serão distribuídos para 1.137 unidades educacionais, em toda a Bahia.  

Torto Arado foi publicado pela editora Todavia, em 2019, e aborda temáticas como racismo e a escravidão no Brasil, vencendo, até aqui, três prêmios de literatura: Oceanos, Jabuti e Leya, este último, internacional, foi conquistado em Portugal. A proposta pedagógica, fundamentada na obra, possibilita aos estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio o conhecimento da própria história e cultura afro-brasileira, assim como o da luta e resistência dos seus ancestrais.  

O secretário Jerônimo Rodrigues destacou a importância da aquisição de obras literárias pela SEC e sobre o quanto os debates acerca dos temas, que atravessam as realidades de estudantes, são fundamentais para a formação de cidadãos. "Buscamos, cada vez mais, uma escola plural, em que todos os temas sejam respeitados e debatidos. O material será disponibilizado e orientaremos o seu uso para contextualizar com os movimentos quilombolas, indígenas e Movimento dos Sem Terra (MST), por exemplo", explicou o secretário da pasta.

O autor Itamar Vieira Júnior, que tem formação em Geografia, e doutorado em estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), explicou o motivo de os temas expostos nos livros serem tão importantes para os estudantes e educadores. "Penso que o professor e o aluno podem usufruir dessa história e, a partir daí, pensar, quem sabe, uma história nova", pontuou o escritor, que também é autor do livro de contos 'Dias', além de 'A Oração do Carrasco' e 'Doramar ou a Odisseia'.

A obra dará suporte para que educadores e estudantes acessem saberes sobre o passado colonial e escravagista brasileiro; a realidade dos trabalhadores no sertão baiano; bem como a formação das comunidades quilombolas na Bahia. Torto Arado também trata sobre as relações de trabalho semi-escravagista; a discriminação racial; e a questão da terra, além de fortalecer as identidades e cultura dos povos e comunidades.

A poetisa Iris Neves, que é da comunidade quilombola de Lages dos Negros, e oriunda do Colégio Estadual Luis José dos Santos, depois de descer do palco, onde compartilhou um de seus poemas, refletiu sobre a iniciativa da SEC em tornar a obra Torto Arado parte da didática do ensino público. "Sinto na pele todos os dias o incômodo e a dor da escravidão nos dias atuais, e esta obra entrega o domínio e o nosso poder de viver hoje, com a postura e a força que os nossos ancestrais nos deixaram. Saber que os estudantes de hoje vão poder trabalhar na sala de aula os temas deste livro e passar isso adiante é uma sorte e um prazer muito grande". (Fonte: Fotos: Mateus Pereira/GOVBA)

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