CONSELHOS DE BIOLOGIA DEBATEM COMPLEXO EÓLICO DE CANUDOS E CONSERVAÇÃO DA ARARA AZUL DE LEAR

A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma espécie exclusivamente encontrada na Caatinga. Os dois principais dormitórios das araras-azuis-de-lear ficam localizados nos municípios de Jeremoabo e Canudos. 

E é justamente nesse último que está prevista a instalação de um parque eólico que ameaça a conservação da espécie. Esse assunto será discutido pelo Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio-05) e Conselho Regional de Biologia da 8ª Região (CRBio-08), que promoverão uma live no dia 26/08 (quinta-feira), às 19h30, com transmissão ao vivo no canal do YouTube dos dois conselhos.

O debate terá como tema “O Complexo Eólico de Canudos e a conservação da arara-azul-de-lear: como conciliar?”, com moderação do CRBio-05 e CRBio-08 em parceria. Foram convidados para o encontro virtual representantes da Fundação Biodiversitas, do ICMBio/CEMAVE, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA, órgão que autorizou o empreendimento, representante do Ministério Público Estadual da Bahia, e da Voltalia Energia do Brasil LTDA.

“Vamos colocar em discussão as implicações decorrentes da implantação do Complexo Eólico de Canudos em área de ocorrência da arara-azul-de-lear. Os números comprovam visivelmente o processo de recuperação dessa espécie de ave brasileira ameaçada de extinção, sendo um exemplo para o país”, destaca a Vice-Presidente do CRBio-05, Bióloga Gardene Maria de Sousa.

“Isso tem acontecido graças às parcerias estabelecidas com a comunidade local, diversas instituições nacionais e internacionais, como a Fundação Biodiversitas, que tem uma reserva estabelecida em Canudos para proteger um dos principais locais de reprodução da espécie, órgãos ambientais, poderes públicos e proprietários de terra”, acrescenta o presidente do CRBio-08, Biólogo César Carqueija.

A espécie arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é classificada pelo Ministério do Meio Ambiente como ameaçada de extinção, na categoria “Em perigo”. Além do perigo do tráfico internacional de fauna silvestre, agora encontra-se sob nova ameaça – a instalação de um parque eólico no município de Canudos, o que poderá comprometer todos os esforços e resultados obtidos até o momento.

“O uso de alternativas energéticas sustentáveis é fundamental para a conservação do ambiente, mas desde que siga planejamentos voltados a minimizar os impactos de sua implantação. Ao custo da extinção de uma espécie, não”, acrescenta o presidente do CRBio-08, César Roberto.

As estimativas populacionais realizadas entre 1985 e 1999 indicaram números muito baixos, de 60 na primeira contagem, a 170 na última. A partir de 2001, o CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres, vinculado ao ICMBio, iniciou com um amplo leque de parcerias um programa de manejo da espécie, incluindo estimativas populacionais periódicas, que apontam hoje para uma população de cerca de 1.500 indivíduos na natureza.

SERVIÇO: "O Complexo Eólico de Canudos e a conservação da arara-azul-de-lear: como conciliar?”

Data: 26/08 (quinta-feira)

Horário: 19h30

Transmissão: canal do YouTube do CRBio-05 (https://bit.ly/2XCz018) e CRBio-08 (https://bit.ly/2W80ECL)

Moderação: CRBio-05 e CRBio-08

Participantes: Foram convidados representantes das instituições

- Fundação Biodiversitas;

- ICMBio/CEMAVE;

- Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA));

- Ministério Público Estadual da Bahia;

- Voltalia Energia do Brasil LTDA


Nenhum comentário

EXISTE MÚSICA PARA TODO ESTADO DE ESPÍRITO

Lidar com o isolamento causado pela pandemia ou com as dificuldades que surgem no dia a dia não é fácil para muitas pessoas. Há quem busque na música um caminho para tornar tudo mais leve, gostoso, prazeroso. 
Nessa fase de reclusão, houve quem se propôs o desafio de tentar descobrir em si um talento até então insuspeito, aprendendo a cantar, tocando um novo instrumento ou simplesmente escutando muito mais música.

Marco Antonio da Silva Ramos, professor titular sênior em Regência Coral no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP, cita que “existe música para todo estado de espírito”. 

Ele também conta que “houve um expressivo aumento de acessos às novas plataformas de música, vídeos musicais, que podem ampliar a visão de outras formas de fazer música, outras culturas, outros povos. Isso tudo amplia as fronteiras, o repertório, a capacidade de entender o outro. 

Segundo o professor, “produzir música permite que as pessoas travem um contato consigo mesmas, com seu próprio ser interior, ajudando a alicerçar a capacidade de sobreviver na solidão”. Não existe um gênero musical que seja mais indicado para quem quer se beneficiar do que a música pode oferecer, tudo depende do gosto pessoal de cada um.

Buscando amenizar e tornar agradável essa fase de desafios que a pandemia ocasionou, o professor Ramos conta que acolheu seus alunos em um ambiente de aprendizado profundo e extremo respeito pessoal. Ele destacou que as apresentações do Coro de Câmara Comunicantus estiveram ativas durante todo esse período, on-line, mesmo com todas as limitações e impossibilidades do momento.

“Nós fomos buscando soluções em colaboração com os estudantes, aprendendo com eles e nos desafiando tecnológica e metodologicamente. Esse ambiente de colaboração foi relatado como acolhedor pelos nossos alunos”, lembra o professor. 

(Fonte: Simone Lemos-Jornal Usp)

Nenhum comentário

PARQUE ZOOBOTÂNICO DA CAATINGA REABRE PARA VISITAÇÃO DO PÚBLICO EM PETROLINA

Após quase nove meses fechado, o Parque Zoobotânico da Caatinga, localizado em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, reabre para receber o público. O espaço que funciona no 72º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, precisou ser fechado por causa da pandemia da Covid19.

Inaugurado em 2007 e implantado em parceria com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), o parque é o único zoológico do submédio São Francisco, com grande responsabilidade em preservar a flora e a fauna regional, além de incentivar a observação e o estudo.

Com a reabertura do espaço, todas as medidas de prevenção a Covid-19 serão tomadas durante as visitas, onde será obrigatório o uso de máscara dentro do parque e as visitas ocorrem com limite máximo de 15 visitantes por vez.

O Parque Zoobotânico da Caatinga possui cerca de 135 animais, de 25 espécies diferentes, e em sua flora conta com mais de 50 espécies. O espaço funciona para visitação no horário das 9h às 11h e das 14h às 16h, de segunda a domingo.

Outras informações podem ser consultadas através do telefone: (87) 3983-3200.

Nenhum comentário

UNICEF: EFEITOS DE MUDANÇAS NO CLIMA PODEM AFETAR 1 BILHÃO DE CRIANÇAS

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou, nesta sexta-feira (20), que 1 bilhão de crianças e adolescentes estão expostos aos efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo.

Os maiores impactos citados foram ciclones, inundações, ondas de calor, escassez de água, poluição do ar e doenças transmitidas por vetores. Os casos afetam principalmente as populações da Nigéria, Chade, República Centro-Africana, Guiné e Guiné-Bissau.

De acordo com análise feita pelo Unicef, o número corresponde a cerca de metade dos 2,2 bilhões de jovens que vivem no mundo. Eles enfrentam exposição a múltiplos choques climáticos e ambientais que causam impactos nos serviços de água, saneamento, saúde e educação. O estudo concluiu que os impactos podem piorar com a aceleração das mudanças climáticas.

Diante dos problemas, o Unicef propôs a redução da emissão de gases de efeito estufa, com o corte de pelo menos 45% até 2030, com objetivo de manter o aquecimento global em 1,5 grau Celsius, a inclusão de jovens nas deliberações sobre o clima e a garantia de que a recuperação da pandemia de covid-19 ocorra com baixo de nível de emissões de carbono.

Nenhum comentário

ESTUDANTE DO CURSO DE JORNALISMO DA UNEB-JUAZEIRO BAHIA VENCE PRÊMIO DE COMUNICAÇÃO EXPOCOM NORDESTE 2021

Formado em Jornalismo em Multimeios pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus de Juazeiro (BA), Fernando Alves de Oliveira, conquistou o primeiro lugar na categoria de Rádio, Televisão e Internet, na modalidade de Website (avulso), do Prêmio Expocom 2021 - Exposição de Pesquisa e Produção Experimental em Comunicação – realizado na segunda edição do Enconto Intercom Inter-regiões. 

O trabalho premiado, orientado pela professora de Jornalismo em Multimeios, Tereza Leonel, é fruto do TCC (trabalho de conclusão de curso) de Fernando cujo título é: "Construção do site da Paróquia Sagrada Família do bairro José e Maria em Petrolina-PE". Nesta produção, o Jornalista apresenta a trajetória da Paróquia Sagrada Família e sua relevância social, missionária e religiosa para a comunidade do bairro José e Maria e para a cidade de Petrolina.  

No website o público pode conhecer melhor a história da paróquia através de reportagens com narrativas em longform, documentário, podcasts, galeria e demais informações sobre a igreja. Para Fernando houve algumas dificuldades neste processo: "Uma das maiores dificuldades que tivemos durante a realização do trabalho foi localizar freis, padres e demais membros que atuaram desde a construção da igreja, fizemos um grande levantamento para localizar esses personagens.

 O processo de construção do produto também foi desafiador, na etapa final foram quatro meses para coletar entrevistas, imagens, elaborar documentário, podcasts e organizar toda galeria presente no site", afirma.

O egresso concorreu com trabalhos de instituições como Centro Universitário Unifanor Wyden, Universidade Católica de Pernambuco, Universidade de Fortaleza, Universidade Federal de Pernambuco – campus Caruaru e Universidade Federal do Ceará, sendo o único representante premiado na área de Jornalismo dentre as universidade públicas baianas.

O prêmio Expocom é destinado aos melhores trabalhos experimentais produzidos por estudantes no campo da Comunicação e que beneficia os autores pela qualificação de seu currículo. Mas, para a professora e orientadora de Fernando, Tereza Leonel, o prêmio Expocom contribuição vai além: "Esse prêmio é muito importante para o aluno em termos profissionais e pessoal, pois estimula outros estudantes a percorrer o mesmo caminho na busca da formação profissional e é extremante relevante para universidade, para o curso de Jornalismo especificamente, porque mostra o quanto a academia está contribuindo para construção de saberes, dialogando com a sociedade e com a comunidade na qual estamos envolvidos", concluiu a docente. 

Com a premiação regional, o trabalho de Fernando Alves está automaticamente classificado para etapa nacional do Expocom que acontecerá durante o 44º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, de modo virtual entre os dias 04 e 09 de outubro e sob a organização da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). 

Interessados (as) em conhecer o website da Paróquia Sagrada Família podem acessar o conteúdo no link:  https://fernandoalvesradia.wixsite.com/sagradafamilia 

Nenhum comentário

LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA NESTA SEXTA (20), EM LIVE LANÇAMENTO DO CD BOEMIA CULT

O cantor e compositor, poeta Luiz do Humaytá realiza nesta sexta-feira (20), live lançamento do CD BOEMIA CULT, às 20hs.

O CD BOEMIA CULT é uma homenagem a cultura da música brega romântica. O CD foi lançado no início deste mês em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. No cd uma música autoral, Amor de Doer, integra a lista das músicas presentes no repertório.

No CD Luiz do Humaytá presta uma homenagem ao seu conterrâneo, Lupicínio Rodrigues e ao som da sanfona de Cicinho de Assis, interpreta, Nervos de Aço, poesia de um dos mais conceituados compositores da história da música popular brasileira.

Luiz do Humaytá já tem uma agenda de lançamento marcado para lançar o CD no Nordeste e está na expectativa das novas regras de flexibilização devido a pandemia. O poeta que mora em Curaçá, Bahia, na Fazenda Humaytá, decidiu lançar o CD Boemia Cult para declarar também o seu amor pela terra onde nasceu. Luiz Carlos Forbrig é o nome de batismo. O apelido Humaytá, ele herdou, da característica do nordestino que precisa de um adjetivo para os nomes, daí, Luiz do Humaytá. 

O cantador é natural de Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. Filho de Guilhermina e Anoly (já falecido). Com os pais desenvolveu a veia poética musical. A mãe puxadeira dos cantos religiosos da Igreja Católica. O pai tocador de gaita de boca. Luiz aprendeu a tocar violão nas terras gaúchas.

"Dona Guilhermina costuma visitar o sertão da Bahia, mas desta vez vai receber o nordestino sulino e vamos cantar ao som do violão e ouvir o CD BOEMIA CULT juntos com toda a família", disse Luiz ressaltando que fizeram um rotulo errado sobre a música romântica, algumas até perseguidas no tempo da ditadura militar e adjetivaram de brega.

 "Coisas da indústria cultural. Mas brega sempre foi cult e na verdade é música que Caetano Veloso canta, Reginaldo Rossi ainda hoje lembrado pelos grandes sucessos. Música Brega é romantismo puro cantado pela alma. É boemia cult", finaliza Luiz do Humaytá.

Discografia CDs: 

2012 - CD ACÚSTICO. 2014 – CD PÉ DE CHÃO

2015 – LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA MÚSICAS GAÚCHAS

2015 –FORRÓ AVULSO e LUIZ DO HUMAYTÁ - 5 ANOS DE ESTRADA

2017 – LUIZ DO HUMAYTÁ AVULSO

2019 – DECANTO O SERTÃO

2020 -CD GRAVADO AO VIVO NO TEATRO EM CURAÇÁ.

2021 - CD BOEMIA CULT



Nenhum comentário

SEMINÁRIO DEBATE SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DA AGENDA 2030

As perspectivas pós-pandemia sobre a Agenda 2030 em relação a temas como saúde, direitos humanos e clima foram abordadas pelo Seminários Avançados do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) nesta quarta-feira (18/8).

 O evento Agenda 2030: balanço global e perspectivas pós-pandemia apresentou um balanço atualizado dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a nível global, regional e nacional, apontando críticas e alternativas para a implementação da Agenda.

A mediação do evento foi feita por Paulo Buss, coordenador do Cris/Fiocruz, quem apresentou um histórico da construção da Agenda 2030 desde seus inícios, fruto do espírito otimista ao multilateralismo pós-guerra fria envolvendo uma série de cúpulas das Nações Unidas na década de 90; passando pela Cúpula do Milênio em 2000 que deu origem aos Objetivos do Milênio; e chegando até a ampliação destes objetivos em 2015 quando se transformaram nos 17 ODS, 169 metas e 241 indicadores com prazo de cumprimento até o ano 2030. Buss também explicou que a Agenda 2030 propõe uma aliança para o desenvolvimento, um conjunto de medidas para sua implementação e uma governança própria.

Santiago Alcazar, pesquisador do Cris/Fiocruz complementou: “a agenda 2030 é até hoje o principal mapa a seguir para nos levar ao mundo melhor que visualizamos na década de 90”. O diplomata destacou o seu principal problema. Para ele, se bem existe um consenso que o caminho para a restauração pós-pandemia e o futuro são a Agenda 2030, o acordo de Paris e os compromissos da biodiversidade, existe um problema significativo que impede o cumprimento da agenda: ela não ataca o cerne da questão, isto é, não critica o sistema.

“Não será que o próprio sistema gera o oposto do que queremos com os Objetivos? Será que não gera pobreza e concentração de renda? Será que não gera fome pela priorização da agroindústria frente a soberania alimentar? e doenças e pandemias? Não será que o sistema não gera violência e guerras?”, disse Alcazar, para quem o sistema também acaba abraçando algumas alternativas que existem, e se não olharmos e agirmos sobre isto de forma crítica, sempre estaremos vários passos atrás das urgências. 

O desafio estrutural foi reforçado por Armando Denegri, também pesquisador do Cris/Fiocruz, que apontou a necessidade de superar os desequilíbrios e nos perguntar quem se beneficia com a estrutura atual de poder.

 “Devemos assumir que existem beneficiários que fortalecem seu poder permanentemente e por tanto existe uma disparidade crescente que inclusive pode produzir miséria de forma planejada, o que significa um grande desafio para os ODS”, afirmou Denegri, para quem os recursos para cumprir o direito ao desenvolvimento existem, mas se situam na dinâmica do mercado financeiro internacional e não aterrissam na economia produtiva.

A questão ambiental e de mudanças climáticas, um dos temas mais relevantes da Agenda 2030, foi trazida ao debate por Luiz Augusto Galvão, pesquisador do Cris/Fiocruz. Galvão destacou que as mudanças climáticas influenciam tudo o que é vivo no planeta, assim como os regimes de água, ar, temperatura, afetando todos os objetivos da Agenda e requerendo ações urgentes. 

O pesquisador também apontou a proposta existente de facilitar a implementação dos Objetivos através de seis processos transformadores: 1) educação, gênero e desigualdade; 2) saúde, bem-estar e demografia; 3) descarbonização da energia e indústria sustentável; 4) alimentos, terra, água e oceanos sustentáveis; 5) cidades e comunidades sustentáveis; e 6) revolução digital para o desenvolvimento sustentável.

Os impactos da pandemia para a implementação da Agenda 2030 na América Latina foram expostos por Carlos Maldonado Valera, oficial de assuntos sociais da Comissão Econômica para América Latina (Cepal). 

“A pandemia tem cobrado mais de 1.370.000 mortes na América Latina, trazendo impactos sociais, econômicos e ambientais complicados que se somam a quatro décadas de baixo crescimento, concentração da riqueza e deterioração ambiental na maioria dos países. A pandemia profundiza as desigualdades de gênero, aumenta a insegurança alimentar e diminui os ingresso, o que significa que a pandemia está colocando em risco a integralidade dos Objetivos da agenda 2030”, apontou Maldonado, destacando que apenas um terço das metas da Agenda 2030 estão na trajetória adequada na região. 

O oficial de assuntos sociais da Cepal destacou oito motores para encender uma economia sustentável e caminhar na direção certa, eles são: transição energética, mobilidade sustentável, revolução digital, indústria da saúde, bioeconomia, economia do cuidado, economia circular e turismo sustentável.

Os dados do relatório Luz sobre a situação atual dos ODS no Brasil foram apresentados por Mônica Andreis, diretora executiva da ACT promoção da saúde e facilitadora do grupo de trabalho da sociedade civil para a agenda 2030. O relatório Luz indica que o Brasil não vai conseguir cumprir com os ODS se não adotar medidas urgentes para a erradicação da pobreza e para o desenvolvimento sustentável. Entre outros dados, aponta que, das 169 metas da Agenda,13 estão com progresso insuficiente, 27 estagnadas, 21 ameaçadas, 92 em retrocesso e nenhuma com progresso satisfatório.

“Isso se traduz em 27 milhões de pessoas a mais em extrema pobreza, 113 milhões em insegurança alimentar, 19 milhões com fome, 5 milhões de meninos e meninas fora das unidades educacionais, crescimento de 9% das pessoas sem teto e desmatamento em aumento particularmente na região amazônica”, disse Andreis, para quem o problema não é apenas a falta de recursos e sim a escolha de prioridades. (Javier Abi-Saab-Agência Fiocruz de Notícias)


Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial