FUTURO SUSTENTÁVEL PARTE DE UMA ECONOMIA A SERVIÇO DA BIODIVERSIDADE

O tema da bioeconomia foi discutido recentemente em um dos eventos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. O termo remete à economia sustentável, um meio para fornecer serviços à população de forma mais ecologicamente correta. 

No Brasil, por exemplo, vêm ganhando destaque discussões sobre como garantir formas sustentáveis para gerar empregos, renda e bem-estar em toda a cadeia de produções diversas na região da Amazônia.

“É colocar a economia a serviço da biodiversidade”, define o professor Jacques Marcovitch, da FEA, ex-reitor da USP, em relação à bioeconomia. “É a preservação da biodiversidade gerando emprego, renda e bem-estar para as comunidades locais, conectando essas comunidades aos mercados consumidores”, continua. Para esse processo, Marcovitch explica que é importante valorizar o conhecimento local, usualmente organizado na forma de associações e cooperativas.

A difusão da bioeconomia vem em momento propício para isso; a crise sanitária provocada pela pandemia e por sua gestão em determinados países, o aumento da desigualdade econômica e a crise de desemprego. Com isso, já é possível notar entre atores internacionais, como Estados Unidos, China e União Europeia, que a recuperação econômica vem sendo cada vez mais condicionada a uma agenda sustentável. “O modelo que está sendo construído é o que valoriza as instituições, isto é, conectar a oferta com a demanda e entender que a oferta é de nicho, que não é de grandes escalas de produção (como é a economia exportadora de commodities que predomina no Brasil).”

Como exemplo, o professor Marcovitch cita comunidades amazônicas cuja cadeia de oferta e de produção já respeita escalas apropriadas, “para que elas possam preservar suas culturas e se inserir dentro de uma economia sustentável e competitiva”. 

Estabelecido esse equilíbrio entre oferta e demanda, torna-se importante realizar o acompanhamento da implementação da bioeconomia. “Precisamos medir com microindicadores de métricas de resultados e impactos para saber como os projetos desenvolvidos na região impactam sobre o bem-estar, a geração de emprego e renda das comunidades locais. A maior parte do valor deve permanecer na região”, aponta Marcovitch.

A implementação da bioeconomia pode ter como impacto a redução de níveis de desmatamento e a valorização de comunidades locais. Alguns casos podem ser encontrados no grupo de bioeconomia da FEA, o qual estuda cadeias de valor no Estado do Amazonas. “A questão é como multiplicar esses casos, esses experimentos”, indica Marcovitch sobre o futuro da bioeconomia. (Fonte: Jornal da USP)

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS. AINDA HÁ TEMPO PARA O SER HUMANO EVITAR UMA CALAMIDADE

 As mudanças climáticas são reais, causadas pelo homem, estão se intensificando numa velocidade espantosa, sem precedentes nos últimos 2 mil anos (pelo menos) e com consequências potencialmente gravíssimas para os seres humanos e o planeta, incluindo a intensificação de tempestades, secas e ondas de calor extremo. 

Muitas dessas consequências — como o derretimento de geleiras e o aumento do nível do mar — são irreversíveis, até mesmo numa escala de milhares de anos; mas ainda há tempo de evitar uma calamidade climática global, desde que a espécie humana reduza imediatamente, e de forma bastante significativa, suas emissões de gases do efeito estufa para a atmosfera. 

Sem isso, é “extremamente provável” (95% a 100% de probabilidade) que o aquecimento global ultrapasse a perigosa marca de 2 graus Celsius até o final deste século; com grandes chances de chegar a 1,5 °C já nos próximos 20 anos, caso as emissões de carbono permanecerem no nível atual. Num cenário mais pessimista de aumento de emissões, o aquecimento poderia ultrapassar 4 °C antes de 2100.

Confira aqui as Mensagens principais, as 14 grandes conclusões listadas no Sumário para Tomadores de Decisão do sexto relatório do Grupo de Trabalho 1 do IPCC (cada uma delas é explicada de forma detalhada no documento):

1. É inequívoco que a influência humana aqueceu a atmosfera, o oceano e a terra. Ocorreram mudanças rápidas e generalizadas na atmosfera, no oceano, na criosfera e na biosfera.

2. A escala das mudanças recentes no sistema climático como um todo e o estado atual de muitos aspectos do sistema climático não têm precedentes num período de muitos séculos a muitos milhares de anos.

3. A mudança climática induzida pelo homem já está afetando muitos extremos climáticos e meteorológicos em todas as regiões do globo. Evidências de mudanças observadas em extremos, como ondas de calor, precipitação forte, secas e ciclones tropicais e, em particular, sua atribuição à influência humana, fortaleceram-se desde o Quinto Relatório de Análise (AR5).

4. O conhecimento melhorado dos processos climáticos, evidências paleoclimáticas e a resposta do sistema climático ao aumento da forçante radiativa fornecem uma melhor estimativa da sensibilidade climática de equilíbrio de 3 °C, com uma faixa mais estreita em comparação com a do AR5.

5. A temperatura global da superfície continuará a aumentar até pelo menos meados deste século em todos os cenários de emissões considerados. As taxas de aquecimento global de 1,5 °C e 2 °C serão excedidas durante o século 21, a não ser que reduções profundas nas emissões de CO2 e outros gases do efeito estufa ocorram nas próximas décadas.

6. Muitas mudanças no sistema climático tornam-se maiores numa relação direta com o aumento do aquecimento global. Elas incluem aumentos na frequência e na intensidade de extremos de calor, ondas de calor marinhas e fortes precipitações, secas agrícolas e ecológicas em algumas regiões, proporção de ciclones tropicais intensos, bem como reduções no gelo do mar Ártico, cobertura de neve e permafrost.

7. Projeta-se que a continuidade do aquecimento global irá intensificar ainda mais o ciclo global da água, incluindo sua variabilidade, precipitação global das monções e a gravidade dos eventos de chuva e seca.

8. Em cenários com emissões crescentes de CO2, projeta-se que os sumidouros de carbono oceânicos e terrestres se tornem menos eficazes na redução do acúmulo de CO2 na atmosfera.

9. Muitas mudanças devido a emissões passadas e futuras de gases de efeito estufa são irreversíveis por séculos a milênios, especialmente mudanças no oceano, nos mantos de gelo e no nível global do mar.

10. Os fatores naturais e a variabilidade interna irão modular as mudanças causadas pelo homem, especialmente em escalas regionais e no curto prazo, com pouco efeito no aquecimento global centenário. É importante considerar essas modulações no planejamento de toda a gama de mudanças possíveis.

11. Com o aumento do aquecimento global, projeta-se que cada região experimentará cada vez mais mudanças simultâneas e múltiplas nos fatores de impacto climático. Mudanças em vários fatores de impacto climático seriam mais difundidas a 2 °C, em comparação com o aquecimento global de 1,5 °C, e ainda mais difundidas e/ou pronunciadas para níveis de aquecimento mais elevados.

12. Consequências de baixa probabilidade, como colapso do manto de gelo, mudanças abruptas na circulação oceânica, alguns eventos extremos compostos e aquecimento substancialmente maior do que a faixa muito provável avaliada de aquecimento futuro não podem ser descartados e fazem parte da avaliação de risco.

13. Do ponto de vista das ciências físicas, limitar o aquecimento global induzido pelo homem a um nível específico requer a limitação das emissões cumulativas de CO2, atingindo pelo menos zero emissões líquidas de CO2, junto com fortes reduções de emissões de outros gases de efeito estufa. Reduções fortes, rápidas e sustentadas nas emissões de CH4 (metano) também limitariam o efeito de aquecimento resultante do declínio da poluição por aerossol e melhorariam a qualidade do ar.

14. Cenários que prevêem baixas ou muito baixas emissões de gases do efeito estufa (SSP1-1.9 e SSP1-2.6) levam a efeitos perceptíveis, num prazo de anos, nas concentrações de gases de efeito estufa e aerossóis e na qualidade do ar, em comparação com cenários de alta e muito alta emissão (SSP3-7.0 ou SSP5-8.5). Sob esses cenários contrastantes, diferenças discerníveis nas tendências da temperatura da superfície global começariam a emergir da variabilidade natural em cerca de 20 anos, e em períodos de tempo mais longos para muitos outros fatores de impacto climático. (Fonte: Herton Escobar-Jornal da Usp)

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AÇÃO HUMANA É RESPONSÁVEL POR MUDANÇAS NO CLIMA SEM PRECEDENTES, DIZ ONU

O relatório do do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado nesta segunda-feira (9/8), aponta que são inquestionáveis os impactos provocados pelo ser humano nas mudanças climáticas. Segundos os dados, a ação humana provocou um aumento de 1,07ºC na temperatura da terra.

"É inequívoco que a influência humana aqueceu a atmosfera, o oceano e a Terra. Ocorreram mudanças rápidas e generalizadas na atmosfera, no oceano, na criosfera e na biosfera", diz a análise. Esta é a primeira vez que o relatório quantifica o impacto da ação humana nas mudanças climáticas. 

O documento aponta que o planeta pode chegar ao aumento de 1,5°C já na próxima década, antes do previsto pelo relatório anterior, caso as emissões de dióxido de carbono não sejam freadas. Dessa forma, o planeta não conseguiria cumprir a meta estabelecida durante a COP21, no Acordo de Paris. A conclusão é que não é mais possível impedir o avanço do aquecimento global nos próximos 30 anos. 

Na mesma semana que a Grécia e a Califórnia sofrem com incêndios florestais sem precedentes, o relatório, intitulado Climate Change 2021: The Physical Science Basis, conclui que todas as regiões do mundo estão sendo afetadas por eventos extremos e que esses eventos vão se tornar ainda mais frequentes casos algo não seja feito. “Todas as regiões do globo já são afetadas por eventos extremos como ondas de calor, chuvas fortes, secas e ciclones tropicais provocadas pelo aquecimento global”, diz.

Além disso, é ressaltado que os impactos dessas mudanças já vinha sendo avisado há anos. "Já sabemos há décadas que o mundo está esquentando, mas o relatório nos diz que mudanças recentes no clima são disseminadas, rápidas e se intensificam, de maneira sem precedentes em milhares de ano", alerta Ko Barrett, vice-presidente do painel.

Pela primeira vez, o relatório também fala sobre a necessidade de cortar as emissões de metano para conter o efeito estufa. A maior parte da produção desse gás vem da agricultura e da pecuária. “A estabilização do clima exigirá reduções fortes, rápidas e sustentadas nas emissões de gases de efeito estufa e alcançar emissões líquidas zero de CO2. Limitar outros gases de efeito estufa e poluentes do ar, especialmente o metano, pode trazer benefícios tanto para a saúde quanto para o clima ”, disse o copresidente do painel Panmao Zhai

De acordo com o WWF Brasil, o relatório traz um alerta a mais para o Brasil: a necessidade ainda maior de preservação da Amazônia, já que ela é um dos grandes sumidouros naturais de carbono do planeta.

"Certamente não precisamos de um novo relatório para nos dizer que estamos em uma emergência climática: ela já afeta milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde já pagamos mais caro pela energia elétrica, por nossa comida e estamos em sério risco hídrico por causa do clima. No Brasil, onde boa parte de nossa energia já é limpa, o desafio é zerar todo o desmatamento, que é o que nos coloca como sexto maior emissor de gases de efeito estufa no mundo", diz Maurício Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil.

Para o Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, os dados são um "alerta vermelho" para a humanidade. "Esse relatório precisa soar como uma sentença de morte para carvão mineral e combustíveis fósseis antes que eles destruam o nosso planeta", afirmou. 

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SEM APOIO, 70% DOS ALIMENTOS NA MESA DO BRASILEIRO VÊM DA AGRICULTURA FAMILIAR

Cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira são produzidos pela agricultura familiar. No entanto, apesar da importância que tem para a sociedade, o segmento não vem recebendo apoio suficiente do governo, segundo o presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Santos. 

“Há um desmonte das políticas públicas, principalmente no campo, o que aumenta as dificuldades. Não é de hoje a forma como o Brasil tem tratado a agricultura familiar, mas ao longo de toda a sua história”, afirmou Santos, em entrevista ao CB.Agro, programa realizado em parceria pelo Correio Braziliense e TV Brasília.

Aristides Santos disse que o orçamento da União diminuiu os recursos alocados nas áreas indígenas e quilombolas e para assistência técnica a pequenos produtores. “Já chegamos a ter R$ 600 milhões no orçamento para assistência técnica. Hoje está em R$ 31 milhões”, apontou. A importância dessa área, disse ele, é que o crédito a um agricultor familiar é como o investimento ao microempresário. “Se o profissional fizer um projeto bem orientado tecnicamente, pensando em todas as condições, a chance de dar certo é muito maior", afirmou.

O presidente da Contag relatou que o segmento teve redução na produção durante a pandemia do novo coronavírus, em função do distanciamento social. “Caso o governo tivesse facilitado a comercialização de produtos ou prorrogado parcelamento de dívidas, o segmento teria mais apoio no trabalho. Mas não aconteceu”, argumentou Aristides Santos. Segundo ele, “metade das famílias de agricultores perdeu renda na pandemia”.

A pandemia trouxe também novos comportamentos em relação à saúde e ao meio ambiente. Um deles foi a procura por alimentos orgânicos, que, apenas entre março e outubro de 2020, aumentou 44,5%, segundo pesquisa da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis).

“Nós, do movimento sindical, trabalhamos muito na conscientização dos agricultores, incentivando o trabalho dentro da linha da agroecologia, saindo dos modelos que fazem o uso de venenos ou adubos químicos”, explicou Aristides. De acordo com o representante da Contag, quanto mais agricultura familiar atender à procura por alimentos saudáveis, melhor para o setor, que terá um diferencial de mercado. (Fonte: Correio Braziliense e TV Brasilia)

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NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO TODOS OS DOMINGOS NA RÁDIO CIDADE

 

A audiência de rádio no Brasil vem crescendo desde o início da crise sanitária, segundo dados do Kantar IBOPE Media. O número de pessoas que ouvem rádio e mantêm o hábito com o distanciamento social aumentou para 74%.

Mesmo com mudanças na rotina, o tempo médio de audiência segue estável, apontou o levantamento. Se comparado com o mesmo período do ano passado, há registro significativo de crescimento.

A integração entre o rádio e as plataformas digitais é uma realidade que vem ganhando corpo nos últimos anos no Brasil. Se no início da ascensão digital se falava em ouvir rádio pelo site das emissoras, hoje muitas delas já contam com aplicativos e uma série de conteúdos e promoções exclusivas para os meios digitais. Para se ter uma ideia, segundo estudo recente do Kantar Ibope Media, 89% das pessoas escutam Rádio via mobile, pelo computador, enquanto 56% seguem nos receptores convencionais, em casa ou no carro.

A audiência ainda está ligada ao aparelho receptor comum, mas o ouvite também está no computador e, principalmente, no celular.

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e líder. Na rádio Cidade AM 870, Petrolina/Juazeiro, Bahia, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Amigos. O programa é transmitido todos os domingos,  a partir das 8hs da manhã, www.radiocidadeam870.com.br, também no instagram, YouTube.

A direção da emissora apostou na reinvenção, no projeto especial e aposta no conteúdo cultural e os resultados aparecem. 

O Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA e SEUS AMIGOS segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É o roteiro usado para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus amigos e seguidores", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate". 

O programa é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com a arte e cultural, a não ser na lembrança. Ao contrário, o programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora dos que fazem arte no Brasil. 

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio cultural brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia Ney Vital que recebeu o titulo Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru, e Troféu Luiz Gonzaga 2014 Exu,  recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca, foi um dos agraciados com o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas filiadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco, além de dezenas de reportagens pautadas no meio ambiente do semiárido e ecologia.

Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas. 

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento.O programa Flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

"O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio", finalizou Ney Vital.

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COMUNIDADES TRADICIONAIS DENUNCIAM IMPACTOS AMBIENTAIS ENFRENTADOS COM AVANÇO DE EMPRESAS MINERADORAS E EÓLICAS

Apelando por socorro, as comunidades tradicionais da Bahia relatam e elencam a quantidade de problemas e prejuízos que vêm enfrentando com o avanço de empresas mineradoras e eólicas. Além das empresas responsáveis pela extração de minérios instaladas há anos no território, com o avanço das eólicas diversas comunidades enfrentam desafios de convivência e denunciam ações abusivas que, segundo eles, tem provocado a morte de nascentes e contaminação de rios, entre outros problemas.

Sem desconsiderar a importância da energia limpa gerada pelas eólicas e pelas usinas solares, ambas em franca expansão no país – no último 15 de junho, foi atingida a marca de 19 GW de capacidade instalada de energia eólica, através dos 726 parques eólicos com 8.585 aerogeradores. Na média mensal, esse valor é suficiente para abastecer 28,8 milhões de residências por mês, correspondendo a 86,4 milhões de pessoas. 

Desde 2019, a energia eólica é a segunda fonte da matriz elétrica brasileira e a estimativa é de que até 2024, o Brasil terá pelo menos 30 GW de capacidade instalada de energia eólica. No entanto, o crescimento de novas fontes de energia, muito necessárias, principalmente mediante a crise energética vivenciada nos últimos anos devido às secas e aos longos período de estiagem, precisam estar em consonância com as questões ambientais, desde o momento da sua instalação até o seu funcionamento. Este é o entendimento de comunidades inteiras, e de representantes de órgãos fiscalizadores como o Ministério Público e os Comitês de Bacia.

Além da forte atuação das mineradoras, do total de parques eólicos distribuídos em 12 estados, 201 estão instalados na Bahia, que é o Estado com mais parques, totalizando 2.261 aerogeradores. A moradora da comunidade Itapicuru, na cidade de Jacobina (BA), Claudiana Pereira Silva, relata com tristeza o avanço do processo de mineração e degradação ambiental. 

“Temos mineração há mais de 100 anos dentro da comunidade e isso nos chama a atenção principalmente para as nossas nascentes e terras. Como todos sabem, água é essencial para a vida e para o meio ambiente. Aqui, temos serras muito bonitas de muita natureza, mas tudo está sob o domínio da mineração, causando um grande impacto dentro das comunidades do Itapicuru, Jabuticaba e Canavieira, em Jacobina. A região é a chamada caixa d’água de Jacobina. No local existem quatro rios nos quais não corre mais água e a maioria das nascentes já secou. As poucas que existem ainda estão sob a ameaça de contaminação, o que já aconteceu em uma delas”, conta.

Representando a Articulação Estadual Fundo de Fecho de Pasto Regional Senhor do Bonfim, Carlos Eduardo Cardoso destaca que nas áreas dos municípios de Antônio Gonçalves, Pindobaçu e Mirangaba, as nascentes que abastecem as principais barragens das cidades baianas de Jacobina, Ponto Novo, além de mais 30 municípios, estão ameaçadas.

 “Todo esse território está sob forte ameaça. Em Correntina também estão acabando as nascentes. Nós das comunidades de fundo de pasto desenvolvemos agricultura familiar e as comunidades estão ameaçadas. Então pergunto: e se perdemos essas nascentes? Vamos ficar com sede? Porque o rio São Francisco está morrendo e não tem condição de abastecer toda essa região. As comunidades vão focar no São Francisco depois que todas as nascentes morrerem? Então é preciso pensar que estamos em uma bacia de água doce e ela está acabando. Será que vamos permitir? E nossos filhos e netos não vão achar mais nada e correr para o Rio São Francisco que está morrendo? ”, reclamou Cardoso.

Já as moradoras da comunidade de Alagadiço, em Campo Formoso, Davina Francisca Vieira, e Antonieta, da cidade de Mirangaba, relataram a ocorrência de rachaduras nas cisternas que abastecem a população e problemas enfrentados com a produção de alimentos.  “Queremos pedir socorro! Além das nascentes, a Caatinga também está nesse processo de violação. Temos que garantir o futuro das gerações que vão precisar da terra e da água”, afirmaram.

O Ministério Público da Bahia vem atuando em diversas ações no sentido de coibir os problemas relatados. Lembrando que a Bahia é a quarta maior produtora de bens minerais do Brasil, o Estado deve receber mais de R$ 3,5 bilhões em investimentos privados em mineração até 2025, segundo levantamento realizado pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). 

O valor é a soma dos anúncios de expansão feitos por oito das treze maiores empresas do setor no estado. 

Segundo o promotor Pablo Almeida, está em andamento a indicação da criação de uma Área de Proteção Ambiental (APA) que deve atender aos municípios de Várzea Nova, Jaguarari, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Caem, Mirangaba, Jacobina, Sáude, Miguel Calmon, Pindobaçu e Antônio Gonçalves. 

“Temos inquérito civil instalado que propõe a necessidade da criação da APA, que deve se somar as áreas protegidas já existentes. Atualmente são sete áreas de conservação com mais de 900 hectares atendidos. Essa região fornece ao Estado da Bahia e aos municípios integrantes recursos em grande monta e prejuízos ambientais absolutamente consideráveis”, reforçou o promotor.

O presidente do Comitê da Bacia do Salitre, Manoel Ailton Rodrigues, lembrou ainda o descaso com as bacias hidrográficas. “Em relação às questões da bacia do Rio Salitre, temos visto ao longo dos anos descaso e ameaça. O plano de bacia do rio Salitre afirma que a prioridade da água é para consumo humano e dessedentação animal, mas não é o que está acontecendo. Temos visto nossas nascentes a cada dia sendo impactadas, destruídas por um modelo de desenvolvimento que não prioriza o coletivo”, avaliou.

Já o secretário da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Almacks Luiz, lembrou a importância de um controle sobre as ações que podem provocar prejuízos ambientais. “É importante a atuação de todos os atores envolvidos no acompanhamento das ações que têm, de fato, afetado nascentes e rios. É preciso se posicionar quanto aos questionamentos levantados pelas comunidades ouvindo o que mais as têm atingido, porque eles sabem com propriedade o que cada empreendimento provoca e impacta suas comunidades”, afirmou.

O debate entre as populações aconteceu através da atuação da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, coordenada pelo deputado Marcelino Galo e do movimento Salve as Serras.

Sobre as ações promovidas pelo MP Bahia leia mais na matéria publicada em abril deste ano: https://cbhsaofrancisco.org.br/noticias/novidades/implantacao-de-parques-eolicos-na-bacia-do-sao-francisco-contabiliza-problemas-ambientais/

(Fonte: Comitê Hidrográfico do São Francisco)

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GILBERTO GIL ANUNCIA QUE VAI SER CANDIDATO A UMA CADEIRA NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

O cantor e compositor Gilberto Gil vai ser candidato a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 5. O ex-ministro da Cultura é considerado um dos favoritos. Esse seria mais um movimento da ABL em direção a abertura da Casa para nomes e personagens considerados mais populares.

 Outra potencial candidata é a atriz Fernanda Montenegro, uma referência da dramaturgia brasileira. Ela também tem algumas produções literárias. Com as morte de acadêmicos, até o fim deste ano devem ser escolhidos mais quatro novos nomes para as tradicionais cadeiras.

Outros candidatos a essas vagas vem lançando seus nomes. Entre eles estão poetas, escritores literários e artistas. Essa semana, inclusive, foi histórica para a ABL. Pelo primeira vez, a Academia promoveu uma sessão virtual em homenagem a acadêmicos que se foram recentemente. 

O estatuto da ABL estabelece que, para alguém candidatar-se a uma vaga de imortal, é preciso ser brasileiro nato, e ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de reconhecido mérito e também livros de valor literário. A ABL conta com 40 membros efetivos e perpétuos, além de 20 representantes que são correspondentes estrangeiros.


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