ANTONIO CARLOS TATAU DEIXA COMO HERANÇA MUSICAL A LIDA DOS ANOS, ÁLBUM AVALIZADO POR JOÃO GILBERTO

OBITUÁRIO – Quando, aos 61 anos, Antonio Carlos Tatau (28 de fevereiro de 1956 – 28 de maio de 2021) lançou o primeiro e único álbum da carreira, A lida dos anos (2017), foram recorrentes na imprensa musical as menções a João Gilberto (1931 – 2019). Não somente porque os dois foram cantores, compositores e violonistas baianos, ambos nascidos em Juazeiro (BA), mas porque Tatau se mostrou fiel discípulo da estética minimalista do criador da batida de violão que gerou a Bossa Nova.

E também porque foi alardeado na época que João teria ouvido e avalizado o disco em que o conterrâneo imortalizou canções como Às vezes (Antonio Carlos Tatau e Expedito Almeida, 2017), Nas águas de outro amor (Antonio Carlos Tatau e Théa Lúcia, 2017) e Um bolero a mais (Antonio Carlos Tatau e Ronaldo Bastos, 2017).

Tatau morreu na última sexta-feira, 28 de maio, aos 65 anos, entristecendo o irmão do artista, Luisão Pereira, músico que produziu e arranjou A lida dos anos, álbum arquitetado em 2014 e gravado entre 2015 e 2016.

“Não consigo ainda falar muito sobre. Mas foi por ele que eu descobri que seria músico. Quantos anos juntos, quantas histórias! Uma convivência intensa desde quando nasci até agora. Eu choro de alegria, lembrando da risada dele. Em outros, choro de tristeza pelo óbvio. Fiz uma promessa para mim e para ele que era de fazer o disco dele com todo o cuidado que merecia. Demorou seis décadas desde o nascimento dele, mas saiu, com ele em vida e proporcionando muitas alegrias”, celebrou Luisão Pereira em rede social no domingo, 29 de maio, dia em que o irmão do artista foi velado e cremado para que as cinzas fossem levadas para Juazeiro (BA).

Embora Tatau somente tenha sido notado musicalmente em 2017, fora da Bahia e do círculo familiar de amigos e admiradores, o artista tinha sido revelado como compositor em 1976, ano em que o cantor e compositor baiano Ederaldo Gentil (1944 – 2012) apresentou no segundo álbum, Pequenino, a música Peleja do bem, parceria de Tatau com Théa Lúcia.

Fino estilista do samba da Bahia, Batatinha (1924 – 1997) cantava em shows algumas músicas de Tatau, caso de Presença infinda.

Contudo, a herança musical deixada por Antonio Carlos Tatau está concentrada no álbum A lida dos anos.

*Por Mauro Ferreira-Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'. Faz um guia para todas as tribos

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JUAZEIRO: CASA DO BOLO BOM JESUS, O SABOR CASEIRO DA PARAÍBA

Com a chegada do mês de junho, nada melhor que um bolo quentinho para reunir a família (com todos os cuidados das regras sanitárias previstas para a prevenção da Covid-19) em torno da mesa! Ele é capaz de aquecer a casa, o paladar, os corações. 

Em Juazeiro, Bahia, a CASA DO BOLO BOM JESUS é um exemplo da produção de bolos caseiros. O empresário Dvenilsom Matias Oliveira, tem expectativa de crescimento de mais de 20%.

Para atender a demanda, a unidade da Casa do Bolo Bom Jesus, localizada na Avenida Flaviano Guimarães, 87 A, possui o fone 7399159 5000 a disposição dos clientes. “Todos os meses e dias da semana combina com bolo, com café e ou sucos. Temos produtos saborosos que atendem bem essa necessidade e sempre com a melhor qualidade do sabor e atendimento", explica Matias.

Nascido na Paraíba, no município de Barra de Santa Rosa, Devenilsom Matias, traz a receita tradicional dos bolos caseiros e os clientes definem os sabores mais procurados como: chocolate, laranja, aipim/macaxeira, cenoura, uvas passas, laranja com chocolate, formigueiro, coco com chocolate, queijo com goiaba, milho verde, entre outros preferidos.

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PROJETO DE EDUCAÇÃO VIA RÁDIO AM FORTALECE A PRESERVAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA

A Amazônia é considerada uma grande âncora ambiental para o Brasil, já que é a maior floresta tropical do mundo e a sua conservação é tema de discussões, especialmente pela sua importância na regulação do clima global.

O indígena Raul Félix, de 62 anos, está no lugar que chama de casa. Abrigado na floresta ancestral do povo Cocama. Em meio à diversidade amazônica, ele não esconde a paixão em habitar uma região tão valiosa.

“Para mim, o igarapé representa uma maravilha, o mato uma maravilha para mim, porque eu foi criado na mata, é muito bom. A beleza que Deus me deu na parte indígena para morar assim na mata ... uma beleza morar assim", diz.

Juarez Lima divide a experiência de mais de 60 anos de vida ribeirinha, perpetuando o ensinamento da pesca.

“Tudo sobrevive pela natureza, então para nós, para mim, é uma coisa muito saudável morar aqui na comunidade. É vida para mim, é tudo. Se nós não preservarmos o meio ambiente, estamos morto porque nós dependemos dele, se nós não cuidarmos do nosso meio ambiente, o que será o futuro do nosso país no amanhã e do mundo?”.

Conexão com a floresta as vezes beira o sobrenatural. A dona Andreza Ruiz, de 80 anos, ouviu da mãe, ainda na juventude, que seria médica. Ela só não sabia que seria uma médica da floresta. Ela é benzedeira, parteira e curandeira.

Nas mãos, um galho de vassourinha, instrumento de trabalho.

“A vassourinha, essa a gente reza, a gente reza quebrante da criança, quebrante, vento caído olhada, mal olhada das pessoas, muitas coisas” – o que a senhora faz? “eu vou rezar”.

O conhecimento é mágico, mas numa região tão grande pode encontrar limitações para se espalhar. Aqui, não. Na região, a informação viaja por longas distâncias. E onde não existe sinal de internet e o serviço de telefonia é precário, é pelo rádio que a população encontra uma sintonia.

Os pequenos cocamas ouvem na própria língua lições sobre a preservação da natureza. A duas horas de barco de lá, na comunidade Feijoal, os Ticunas também aprendem de maneira mágica.

A filha da dona de casa Nilza Andarito explica que a filha aprendeu a pintar, desenhar, tudo por meio do rádio.

Em Benjamin Constant, cerca de mil quilômetros de Manaus, as aulas da rádio escola saem para viajar por 62 comunidades do município. O projeto criado para manter os alunos estudando durante a pandemia virou também ferramenta de preservação ambiental.

Odilene Bindá, secretária Executiva Pedagógica do projeto explica a iniciativa.

“Precisamos valorizar tudo que nós temos aqui, o projeto rádio escola ele trabalha os eixos temáticos dentro dos conteúdos e trabalhando os eixos temáticos dentro dos conteúdos, ambiente e saúde é também um tema que nós precisamos trabalhar com toda a escola e toda a comunidade” ((…)) “nós vamos produzir literaturas, informações científicas e não científicas também para que o aluno, ele se sinta à vontade no momento que ele está trabalhando a questão da valorização daquilo que pertence a ele, que é o meio que ele vive”.

Aulas são em português, ticuna, cocama e até em espanhol para atender um vilarejo peruano que fica na vizinhança.

“É muito bom porque a gente consegue aprender mais”, diz a estudante Diana Andrade.

Fonte: G1 Rede Amazônica-Luciano Abreu

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JUAZEIRO E PETROLINA COMEMORAM O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE COM PLANTIO DE ÁRVORES

 

As cidades de Petrolina - PE e Juazeiro - BA, no Vale do São Francisco, comemoraram neste sábado (5), o Dia Mundial do Meio Ambiente com o plantio de mudas de plantas nativas da Caatinga e uma homenagem às pessoas que morreram vítimas da Covid -19.

O movimento começou logo às 8h, na margem pernambucana do Rio São Francisco, com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, dando início ao plantio de 7 mil mudas de plantas nativas da Caatinga, a exemplo de marizeiro, ingazeiro, pau ferro, paineira, ipê roxo, caraibeira e umbuzeiro.

"Um dia muito especial que envolve conscientização, reflexão e prática através da ação de reflorestamento das matas ciliares. Estamos fazendo hoje um desafio para que todas as cidades plantem mais árvores", ressaltou. O prefeito lembrou que a ação faz parte do programa ‘Orla Nossa – Cidades Ribeirinhas’ e agradeceu à Agrovale, pela doação das mudas e às Forças Armadas que fizeram o plantio, com apoio técnico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano,  além dos parceiros Bayer e Granvalle.

No outro lado do Rio, a orla de Juazeiro também lembrou o Dia Mundial do Meio Ambiente, com o plantio de mudas da Caatinga em homenagem às pessoas do município que morreram vítimas da Covid -19. O evento, realizado pelo Rotary Club Juazeiro em parceria com a Prefeitura do município, reuniu familiares e amigos das vítimas da doença, simbolizando a criação do Memorial da Saudade.

De acordo com a presidente do Rotary Clube Juazeiro, Francis Medrado, cada muda plantada recebeu uma placa com o nome de um ente juazeirense que partiu na pandemia.

"Uma forma de ressignificar o sentimento dos  familiares que sequer puderam abraçar e se despedir. Aqui no Memorial da Saudade, a muda que um dia vai virar um umbuzeiro certamente irá ofertar frutos e sombra às futuras gerações. Agradecemos às parcerias do Núcleo Regional de Saúde Norte, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Associação dos Fibromiálgicos do Vale do São Francisco (AFibroVasf) e à Agrovale, que fez a doação das mudas da Caatinga", enfatizou.

Segundo a coordenadora de Meio Ambiente da Agrovale, Thaisi Tavares, a doação das mudas para as duas cidades é mais uma ação do projeto socioambiental ‘Viveiro de Mudas Nativas’, que completou 13 anos com a marca de 400 mil mudas doadas para 45 municípios dos Estados nordestinos da Bahia, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. 

“Nossa empresa contribui para ampliação da cobertura verde das cidades, recuperação de áreas degradadas, visando uma maior sensibilização e sustentabilidade ambiental da biodiversidade regional. E para nós é uma grande felicidade comemorar este Dia Mundial do Meio Ambiente, preservando os ecossistemas da Caatinga e das matas ciliares do Rio São Francisco“, concluiu. (Fonte: Class Comunicação e Marketing)

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CETEP: RIO SÃO FRANCISCO, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E RECAATINGAMENTO SÃO TEMAS DA SEMANA DO MEIO AMBIENTE

O CETEP-Centro Territorial de Educação Profissional do São Francisco, através da disciplina História e Atualidades da Agricultura familiar, ministrada pela professora e engenheira agrônoma, Janine Souza da Cruz comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. A disciplina é do Curso de Agroecologia.

A organização e mediação do evento é do professor André Maia e Janine Cruz. Alunos da Escola Estadual Chico Mendes-Assentamento Vale da Conquista e da Escola Estadual Paulo Kageyama, Assentamento São Francisco e CETEP São Francisco participam da programação.

O evento é realizado entre os dias 5 e 9 de junho, de forma virtual, devido à pandemia. Os plantios de mudas de árvores foram realizados na manhã deste sábado (5). "Hoje o dia foi de plantio de árvores frutíferas no quintal. com minha sem terrinha, exemplo do futuro das novas gerações. Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis", cita professor André.

A proposta é conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental, com foco em áreas relevantes, como mudanças climáticas, importância do Rio São Francisco,  arborização, educação ambiental e sustentabilidade.  

Palestras, plantio de árvores, momento cultural e exposição de fotos estão entre as atividades pedagógicas desenvolvidas  no CETEP (Centro Territorial de Educação Profissional do São Francisco, Juazeiro e que também envolve a Escola Estadual Chico Mendes, localizada no Assentamento Vale da Conquista e Escola Estadual Paulo Kageyama, Assentamento São Francisco, localizada em Sobradinho, região norte da Bahia.

"O objetivo é alertar sobre a importância do cuidado com a natureza, fazendo o uso sustentável dos recursos naturais de modo a  assegurá-los para as atuais e futuras gerações", afirma a professora Janine.

O tema sobre Mudanças Climáticas e importância do Rio São Francisco, será proferida pelo professor Lucas Cleber. A Caatinga, Comunidades Tradicionais e Recaatingamento é o tema da colaboradora do Irpaa-Instituto  Regional da Pequena Agropecuária Apropriada, Aline Nunes Lopes.

O técnico em Agropecuária Cicero Francisco de Oliveira, dará uma palestra sobre o Planto Nacional do MST: Plantar Àrvores, Produzir Alimentos Saudáveis.

CONFIRA PROGRAMAÇÃO: Sábado 5 e Segunda 7:Plantio de mudas de árvore

TERÇA-FEIRA 8: *Tema 01: Mudanças Climáticas e importância do Rio São Francisco (Professor Lucas Cleber)

*Tema 02: Caatinga, Comunidades Tradicionais e Recaatingamento (Colaboradora do IRPAA: Aline Nunes)

*Tema 03: Plano Nacional do MST:  "Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis!" Cicero Francisco. As palestras terão Início às 19hs 

Palestrantes: Cicero Francisco de Oliveira. Militante do MST; Técnico em Agroecologia, Coordenador Estadual do Plano Nacional do MST:  Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis!; Coordenação Regional da Frente de Produção Cooperação, Comercialização e Meio Ambiente.

Aline Thaiane Nunes Lopes-Colaboradora do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada, Graduada em Eng. Agronômica e Gestão Ambiental e Mestre em Extensão Rural.

Lucas Cleber: Licenciatura com Láurea em Geografia (UPE); Especializações em Educação Ambiental, Ensino da História e Geografia, Educação Superior, Geografia Humana e Econômica; MBA Gestão Empresarial. Cadeiras em Mestrado como Aluno Especial: Educação e Cultura no Semiárido (UNEB), Pesquisa em Educação (UPE) e Epistemologia da Prática (UPE).

Vinte anos atuando na educação básica em Juazeiro e Petrolina. 

HISTÓRIA: O Dia Mundial do Meio Ambiente 2021, comemorado no dia 5 de junho tem como o tema deste ano "Restauração de Ecossistemas." A proposta prevê a urgência de todos fazerem as pazes com a natureza.

"O homem destrói a natureza na justificativa de sobreviver; a natureza luta para sobreviver para garantir a sobrevivência do homem." 

"A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância." (Gandhi)

"Se soubesse que o mundo se acaba amanhã, eu ainda hoje plantaria uma árvore." (Martin Luther King Jr.)

São objetivos da Semana do Meio Ambiente:

Contribuir para a formação da consciência em relação às causas ambientais;

Apoiar a realização de ações que divulguem o conhecimento produzido que permitam o diálogo entre esta e a sociedade;

Incentivar a circulação de informações sobre a preservação dos recursos naturais;

Promover atividades que auxiliem no aprendizado como meio de promoção do desenvolvimento social;

Despertar o interesse da comunidade externa para as ações desenvolvidas no CETEP.

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FESTIVAL CULTURAL DA FESTA DO PAU DA BANDEIRA DE SANTO ANTONIO DE BARBALHA É CANCELADO

O Governo Municipal de Barbalha anunciou o cancelamento do Festival Cultural da Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio: Salvaguarda das Tradições. O evento seria realizado de forma remota, em cumprimento aos decretos municipal e estadual de prevenção ao coronavírus. Porém, a Secretaria de Cultura e Turismo, em cumprimento à recomendação do Comitê de Enfrentamento à covid-19 no município, cancelou a realização das lives.

O evento seria realizado no período de treze dias com término no dia 13 de junho de 2021, dia do padroeiro do município. Além de manter vivas as tradições regionais, o objetivo era contemplar os artistas da terra, que se apresentariam de forma online.

O prefeito municipal, Guilherme Saraiva, explicou que muitos artistas e mestres da cultura são idosos ou pertencem aos grupos de risco ao coronavírus. “Mesmo sendo um evento online, restrito a poucas pessoas, eles estariam expostos. Consultamos o Núcleo de Epidemiologia e a Vigilância Sanitária e não foi recomendado proceder com a festa. Em todo o ano de 2020 morreram 66 barbalhenses, em maio deste ano já foram mais de 30. Praticamente a metade do ano passado em menos de um mês. É por isso que estamos endurecendo as medidas de restrição”.

O 1º Festival Cultural da Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio: Salvaguarda das Tradições recebeu 115 inscrições deferidas, de artistas, bandas de músicas, grupos de tradição popular, artes cênicas, entre outros. É a única manifestação cultural do estado do Ceará reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial da cultura brasileira.

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MÚSICA E MEIO AMBIENTE: DEMIS SANTANA E O CHICO RIO

 Nascido em São Paulo-SP, de meados para o final da década de 70, Ademir Santana Silva que; em 1982 viria a se tornar *Demis Santana* por obra, graça e honra de colegas de sala no Colégio Estadual Lomanto Júnior em Juazeiro da Bahia; onde impactado pelo Rio São Francisco, penitentes, Rodas de São Gonçalo, samba de véi, carnaval de batucadas e de trios elétricos, corridas de argolinha, festejos de Cosme e Damião, se descobriu poeta com inclinações para ator e escritor de peças teatrais.

" Foi em Petrolina-PE, no Colégio Dom Bosco, a primeira oficina de teatro, facilitada por Edvaldo Franciolli, com montagem de Medéia de Eurípedes ao final_ ".

Em 1985, estimulado pelo irmão jornalista Zé Carlos Santana, matriculou-se no Sesc Poço de Maceió-AL, e tornou-se ator da Companhia Tespes de Teatro, depois do Grupo Ars Cênico e muitos outros que obedeciam a batuta do diretor de teatro Mauro Braga.

De volta a Juazeiro-Ba em 95, interessou-se por literatura de cordel, aprendeu, pôs em prática e até ensinou a milenar arte da rima metrificada. Já Cordelista reconhecido, se apercebeu compositor, e foi buscar parceiros músicos para amalgamar letras e melodias. Fundou a Companhia Curaçálica de Artes Livres e também se fez integrante Compositor e cantor da Banda de Rock Bichos Escrotos em Curaçá-BA, além da Banda Sendero Luminoso, na UNEB de Juazeiro-BA.

Em 2005, de volta a Maceió, compôs cocos (sincopados), que se diferiam dos costumazes, por quase sempre fala do sertão. Com o coco, o cordel e o teatro foi a Brasília, a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Sergipe, A Recife, a Olinda, ao interior do Ceará (Varjota, Barbalha). Avançou do coco para o maracatu, e passou a ser compositor oficial do Coletivo AfroCaeté. Formou o grupo musical Arca da Cultura Alagoana, que trocou de nome para Arca da Cultura Popular; fundou também o Grupo Musical e Teatral Órfãos do Cangaço, trabalhando com nomes como: Arnaud Borges, Gama Junior, Kaw Lima, Jaques Setton, Wilson Santos, Ykson Nascimento.

Subiu em palcos de eventos das Secretárias municipal e estadual de Maceió e de Alagoas.

Classificou poesia no concurso literário de Sesc Guaxuma (Maceió), música, poesia e teatro no Salão de Artes da UNEB (Juazeiro-BA), música no festival da canção do Sesc Cariri (Juazeiro do Norte-CE), música no Festival Edésio Santos da Canção (Juazeiro-BA), teatro no Festival Loucos em Cena (Barbalha-CE), poesia no projeto: Sarau no Bosque (Uauá, Curaçá e Juazeiro-BA), coco no "De Repente Rap" (Juazeiro - BA) e música no Polo carnavalesco Luiz Galvão - 2019 (Juazeiro-BA). Integra, produz e dirige o Coletivo Cultural Galeota das Artes do São Francisco ( Curaçá-BA), foi gerente de eventos da Fundação Cultural de (Juazeiro-BA, 2001) e representou Jesus, no espetáculo: "Jesus o Filho do Homem", dirigido por Wellington Moteclaro (Juazeiro-Ba, 2001).

*CHICO RIO* 

Esse rio que aqui passa

É a entrada e a saída

Se ele seca, eu seco junto

O Velo Chico é a nossa vida.

Vejam a mata ciliar

Já por demais devastada

Onde íamos brincar e pescar 

Na nossa infância passada.

Pra onde irão tantas Iaras?

O que será do Nego D'água,

quando sumirem as águas claras

E este leito virar estrada.

Sem o namoro no cais

Do menino com a menina

Não vão ficar triste demais

Penedo e Petrolina?

Ao sumirem os lavradores, as lavadeiras, os ribeirinhos, e a lua cheia refletida no refúgio dos sozinhos.

De onde nós beberemos água fresca, poesia?

De onde vates e cantadores vão captar melodias?

Leva correnteza este possível tormento 

De que falte em nossa mesa

Lazer, água e alimento.

Leva correnteza este possível tormento 

De que falte em nossa mesa

Lazer, água e alimento.

De onde nós beberemos água fresca poesia?

De onde vates e cantadores vão captar melodias?

De onde nós beberemos água fresca poesia?

De onde vates e cantadores vão captar melodias?

Rio São Francisco, Velho Chico. Chico Rio.

 *Chico Rio* (Demis Santana)

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