BAHIA: ESCOLAS VOLTARÃO AOS SÁBADOS E SEM RECESSO FIM DE ANO, DIZ RUI COSTA

O governador Rui Costa falou nesta segunda-feira (3) sobre o planejamento para o retorno das aulas nas escolas estaduais da Bahia. Ainda sem data prevista para essa volta, as aulas devem passar a acontecer incluindo todos os sábados, sem recesso no final de ano e com encerramento do ano letivo para fevereiro de 2021, afirmou o governador, durante entrega de apartamentos no bairro do Costa Azul pela manhã.

"No retorno vai ter aula todos os sábados e provavelmente vamos alternar, dividindo a turma em duas, garantindo dentro da sala o distanciamento social. Será obrigatório uso de máscara dentro da escola por todos", afirmou o governador. "Devemos ir até fevereiro, para terminar o ano de 2020. Não terá recesso no final do ano. E com isso a gente cumprirá o número de horas", acrescenta.

Rui disse que o planejamento inclui a testagem de alunos. O retorno às aulas inclui intervenções físicas nas escolas, com reforço de questões sanitárias, como reforma de banheiros, inclusão de pias em áreas externas e área para passar álcool gel. Ventiladores estão sendo instalados nas escolas - as que têm ar condicionado não poderão usar o aparelho porque facilita a contaminação. Também está sendo instalada banda larga nas escolas. Os alunos terão oferta de conteúdo digital para baixarem na sala e acompanharem em casa as tarefas.

"A data é a única coisa que está pendente. Estamos monitorando a taxa de contaminação e ocupação de leitos. Ainda não podemos afirmar, vai depender do comportamento da doença nos próximos dias. Esses testes que estamos fazendo nas escolas vão ser um bom parâmetro", acredita. "Só iremos anunciar (a data) quando tivermos uma taxa de contaminação inferior a que temos hoje", disse, sem cravar um número.

O Governador disse que não se pensa em cancelar o ano letivo. "Cancelar o ano significa que muitos desses alunos não voltarão para escola. Não podemos cometer esse crime".

Coordenadora da Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA), Marilene Betros diz que a categoria está em diálogo junto ao Governo do Estado, que já chegou a apresentar uma proposta de protocolo para o retorno das aulas para os mais de 800 mil alunos matriculados na rede pública estadual de ensino.

No entanto, a associação entende que muitos ajustes são necessários para que se chegue a esse momento: os colégios públicos do Estado têm salas superlotadas, problemas estruturais como defeito em bebedouros, pouca ventilação e banheiros precários.

"É preciso discutir as condições de trabalho porque as escolas não tem condições de biosegurança. O nosso posicionamento é defender a vida, visto que não temos condições de retornar com o nível de mortes e contaminações atual. Estamos expostos ao perigo e não vamos aceitar um retorno precipitado, que coloque em risco toda uma população escolar e faça uma fila para a morte", diz a coordenadora.
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GILBERTO GIL É CELEBRADO PELO TRIO NORDESTINO EM DISCO COM O BARRO QUE MOLDOU OBRA DO COMPOSITOR

“De onde é que vem o baião? / Vem debaixo do barro do chão / De onde é que vem o xote e o xaxado? / Vêm debaixo do barro do chão”.

Criado em Salvador (BA) em 1958, o Trio Nordestino é fruto desse chão nordestino em que está assentada parte expressiva da música do Brasil.

Por isso mesmo, o baião De onde vem o baião? é uma das 12 músicas selecionadas pelo Trio Nordestino para o 44º álbum do grupo, Trio Nordestino canta Gilberto Gil. O trio revolve o barro que moldou a obra plural do cantor, compositor e músico baiano em álbum lançado estrategicamente no dia 26 de junho de 2020, dia do 78º aniversário de Gil.

“Muito do meu modo de cantar, do meu modo de compor, vem do nordeste, dessa região, desse modo de entender a vida e de expressá-la, tão bem registrada pelo Trio Nordestino”, corrobora o compositor homenageado em depoimento sobre o disco do Trio Nordestino, herdeiro, como Gil, das tradições de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), rei do baião e da nação musical nordestina construída com o barro do chão sertanejo.

Esse barro também vem remodelando há 62 anos o trio formado atualmente por Luiz Mário (triângulo e voz), Jonas Santana (zabumba e voz) e Tom Silva (acordeom e voz). É que, a rigor, o Trio Nordestino que canta 12 músicas de Gilberto Gil neste disco de 2020 – entre elas, o xote Abri a porta (Dominguinhos e Gilberto Gil, 1979) e o ijexá Toda menina baiana (1979) – já pouco tem a ver com o trio original de 1958, integrado por Lindú (voz e sanfona), Coroné (zabumba) e Cobrinha (triângulo).

Já são muitas as mutações e formações do trio desde então. Tanto que, no álbum lançado há dois anos pelo grupo, Trio Nordestino canta o Nordeste (2018), a composição do trio era outra. Beto Souza ainda era o sanfoneiro, posto de Tom Silva no disco em tributo a Gil.

Antes, em 2017, Jonas Santana já assumira o lugar de Coroneto no toque da zabumba após atuar por seis anos como pandeirista na banda do Trio Nordestino. É que Coroneto – neto do integrante fundador Evaldo dos Santos Lima, o Coroné, morto em abril de 2005 – preferiu atuar somente nos bastidores, se tornando produtor e empresário do trio.

Evidenciando a tênue fronteira rítmica entre o xote e o reggae, percebida por Dominguinhos (1941 – 2013) quando o sanfoneiro foi apresentado ao reggae de Bob Marley (1945 – 1981) por Gil e caracterizou o ritmo jamaicano como “xotezinho safado”, o Trio Nordestino grava músicas como Cores vivas (1981) e Vamos fugir (Gilberto Gil e Liminha, 1984), tendo evidentemente para o xote.

Andar com fé (1982), Minha princesa cordel (2011), Palco (1981), Procissão (Gilberto Gil e Edy Star, 1965), Refazenda (1975) e Toda menina baiana (1979) são outras músicas do repertório do álbum em que o Trio Nordestino canta e toca Gilberto Gil na ambiência de forró pé-de-serra sem deixar de pisar no chão que conduziu o compositor a universo musical mais amplo e cosmopolita, mas fincado nas raízes plantadas no barro do sertão nordestino.

Mauro Ferreira Jornalista
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JOSÉ URBANO: 31 ANOS DE SAUDADE DE LUIZ GONZAGA...SUA VOZ NUNCA SE CALOU

No dia 02 de agosto de 1989, faleceu em Recife um sertanejo, como milhares de outros filhos do sertão. Homem de cor morena, adquirida nas suas andanças desde a infância pelos caminhos de chão batido na Estrada de Canindé .

Voz grave, cabelos crespos, corpo robusto, altura mediana…mãos firmes porém, diferente dos demais conterrâneos, não eram calejadas, pois, em razão do seu ofício primeiro, apresentavam uma certa maciez. Teve pouco tempo de estudo, mas aprendeu o ofício de somar experiências com esperanças, fazer o bem sempre, se auto renovar diante das dificuldades.

Era conhecido por ser homem de firmeza em suas opiniões, avesso às badalações, preferia passar longas horas em seu próprio mundo: o sertão de tonalidades cinza-verdejante, desfrutando a plenitude da harmonia com a natureza em sua forma mais primitva…o Assum Preto e a Acauã , assim como a Asa Branca , eram suas companhias musicais favoritas, embaixo de um Juazeiro , ou sob o Luar do Sertão !

Ao longo dos seus 76 anos de existência, foi um peregrino que percorreu todos os estados brasileiros, como mensageiro da esperança, mostrou ao Brasil a face multicultural do nordeste, povoado de padres e cangaceiros, feirantes e vaqueiros, emboladores e cordelistas, jangadeiros e tropeiros….e uma infinidade de personagens culturais plenamente originais.

Na pia batismal, recebeu nome de santo, e foi devoto de Padre Cícero , o mais popular do nordeste! Sonhou em ser cangaceiro, mas sua alma poética não se dava à violência, nem sua arma profissional fazia qualquer dano, ao contrário, expelia poesias em forma de acordes musicais. Um acidente passado comprometeu um dos olhos, mas com o saudável, enxergava longe, principalmente as necessidades de sua gente.

Sem alardes, tornou-se o líder do seu povo, pediu e conquistou vários benefícios para seus conterrâneos. Desprovido de vaidades, alpercatas de couro, chapéu e gibão eram seu figurino predileto. Uns poucos criticaram seu trabalho, milhões o reverenciam e desconhecem o efeito de uma ausência de 31 anos. De sua terra saiu como um anônimo sonhador, para ela voltou condecorado com as mais altas homenagens.

O menino virou rei, e seus súditos consolam a própria alma no aconchego de um colo materno em uma tarde do sertão. Aquele sertanejo que só queria dar alegrias ao seu povo, deu muito mais: dignidade, honras, originalidade, poesia, identidade cultural. Na sua partida, o nordeste chorou, do litoral ao sertão. Sua ausência nos deixou órfãos, mas também herdeiros de todo o seu legado.

Como o badalar de um chocalo do gado sertanejo, sua voz nunca se calou, ao contrário, ressoa sem fronteiras, universal, limpa, viva como a esperança por chuvas no torrão. Ele nos ensinou que a Saudade Amarga que Nem Jiló …Saudades, meu remédio é cantar ! No dia 02 de agosto de 1989, faleceu em Recife um sertanejo, como milhares de outros filhos do sertão…se eternizou Luiz Gonzaga, autêntico Rei do Baião !

*José Urbano é professor
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BLOG VINICIUS DE SANTANA PROMOVE LIVE PARA DISCUTIR VIDA E OBRA DE LUIZ GONZAGA NESTA SEGUNDA (3)

Para homenagear os 31 anos sem Luiz Gonzaga, os comunicadores Vinicius de Santana, radialista e o jornalista , Ney Vital, promovem uma Live nesta segunda-feira(03) às 20 horas, pelo canal: facebook.com/vinicius.desantana.94.

“Ele carregava na indumentária toda a geografia de uma nação. Quando a gente olhava ele no palco, o que se via era um vaqueiro, um cangaceiro, um violeiro, um trabalhador”, Maciel Melo.

“Gonzaga conseguiu se perpetuar na memória do povo pela verdade que carregava em sua música, pela capacidade de traduzir o comportamento do homem nordestino”, Marcelo Melo, do Quinteto Violado

“(…) dormir ao som do chocalho e acordar com a passarada”, porque, apesar de viajante, Luiz Gonzaga se envaidecia em viver sua terra e encantar sua gente.“Ele foi um político na música”, brada a cantora e compositora Cristina Amaral.

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WEBINÁRIO CIETÍFICO CASA GRANDE ACONTECE ENTRE OS DIAS 02 A 30 DE AGOSTO

Teve início neste domingo (2), a programação do Webinário Científico da Fundação Casa Grande. O vento acontece até o dia 30 de agosto, através de lives no Facebook da Fundação Casa Grande.

Webinário Científico tem como objetivo apresentar a comunidade as pesquisas científicas já desenvolvidas sobre as diversas áreas de atuação da Fundação Casa Grande, principalmente Desenvolvimento Social, Comunicação, Educação, Patrimônio Cultural e Arqueológico do Cariri, convidando pesquisadores que já escreveram trabalhos científicos sobre a instituição e seus processos.

 “Em virtude desse momento que estamos vivendo, de pandemia, vimos no ambiente virtual, a possibilidade de realizar esse encontro científico por meio de lives, mesmo sendo um desejo da Fundação de promove-lo presencialmente. Mesmo sendo online, é uma forma de estar perto desses pesquisadores”, destaca a diretora da instituição, Fabiana Barbosa.

Os trabalhos serão apresentados em forma de lives, com uma abertura para debate com a comunidade através das perguntas empreendidas durante as apresentações. Todos os encontros terão certificação emitidos pela Universidade Regional do Cariri (URCA), também parceira na ação.

 “Ressaltamos o valor que terá esse Webinário para a história da instituição e seus parceiros, bem como para a comunidade científica convidada e participante, com vistas a um maior incentivo na realização de pesquisas sobre a Região do Cariri e seus patrimônios”, conclui Fabiana.

As inscrições e mais informações: https://blogfundacaocasagrande.wordpress.com/ ou através do email fundacaocasagrandemhk@gmail.com.

PROGRAMAÇÃO
02/08/2020 – 1ª Webinar – Arqueologia Social Inclusiva a Fundação Casa Grande e a gestão do Patrimônio Cultural da Chapada do Araripe Nova Olinda, CE, Brasil.
Autora:  Rosiane Limaverde (in memoria). Orientadora: Maria da Conceição Lopes.
Tese de doutorado em Arqueologia, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra- Portugal;
Mesa virtual: Maria da Conceição Lopes e Alemberg Quindins.

03/08/2020 – 19hs – 2ª Webinar – Primeiros Artigos Jornalísticos: Alemberg, Rosiane e a Casa Grande.
Título: Alemberg e Rosiane: Cariri – amor e canto às raízes culturais
Autores: Íris Tavares.
Título: Casa Antiga é toda como marco histórico da Região Caririense
Autores: Antônio Vicelmo.
Mediação: Fabiana Barbosa.

04/08/2020 – 19hs – 3ª Webinar– Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri: Cotidiano, Saberes, Fazeres e as interfaces com a Educação Patrimonial.
Autora: Isabele de Luna Alencar Noronha.
Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-graduação em Educação/ UFPB.
Mediação: Lucineide Marquis

05/08/2020 – 19hs- 4ª Webinar – A Fundação Casa Grande em Nova Olinda-CE no mapa regional do turismo: Lugar de memória e salvaguarda do Patrimônio Cultural do povo Kariri.
Autora:  Maria Lianeide Souto Araújo.
Tese de doutorado apresentada à Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Mediação: Junior dos Santos.

06/08/2020 – 19hs – 5ª Webinar – Escuta Sonora: Educação não-formal, recepção e cultura popular nas ondas das rádios comunitárias.
Autora: Catarina Tereza Farias de Oliveira.
Tese de doutorado apresentada à Universidade Estadual de Campinas.
Mediação: Aécio Diniz

07/08/2020 – 19hs – 6ª Webinar – “Próxima Parada, Nova Olinda/CE”: Justiça Distributiva No Turismo De Base Comunitária.
Autor: Ítalo Anderson Taumaturgo dos Santos
Dissertação de Mestrado em apresentada à Universidade Federal da Paraíba – UFPB
Mediação: Júnior do Santos

08/08/2020 – 19hs – 7ª Webinar – O sítio de arte rupestre Santa Fé, Crato-CE: documentação e diagnóstico técnico de Conservação.

Autora: Heloisa Bitú.
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Piauí-UFPI.
Mediação: Lucineide Marquis.

09/08/2020 – 19hs – 8ª Webinar – Experiências de Vida e Formação do Educador Popular Alemberg Quindins da Fundação Casa Grande–Memorial do Homem Kariri.
Autora: Carmem Débora Lopes.
Dissertação de Mestrado apresentada à Coordenação do Curso de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará– UFC.
Mediação: Fabiana Barbosa.

10/08/2020 – 19hs – 9ª Webinar – Children’s Participation in the Media: The Case of Casa Grande

Autor: José Paulo de Araújo
Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade de Malmo, Suécia
Mediação: João Paulo Marôpo.

11/08/2020 – 19hs – 10ª Webinar – Memória e mito.
Autor: Pedro Philippe Ferreira da Silva.
Livro reportagem apresentada à Universidade Federal do Ceará – UFCA.  
Mediação: Aécio Diniz.

12/08/2020 – 19hs – 11ª Webinar- Fundação Casa Grande, Narrativas e Itinerâncias: “Ôxi, vamos caçar essas histórias por aí?”
Autora: Patrícia da Silva Pacheco
Tese de doutorado apresentada à Universidade Estado do Rio de Janeiro
Mediação: Junior dos Santos.

13/08/2020 – 19hs – 12ª Webinar – Estudo da Decoração Cerâmica da Chapada do Araripe Cearense.
Autora: Isabel Callou de Sá Barreto Sampaio.
Monografia apresentada à Universidade Federal de Pernambuco- UFPE.
Mediação: Lucineide Marquis.

14/08/2020 – 19hs – 13ª Webinar – Tecnologias de transmissão cultural: a experiência da “Escola” de Comunicação Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri.
Autor: Fábio Giorgio Santos.
Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal da Bahia – UFBA.
Mediação: Fabiana Barbosa

17/08/2020 – 19hs – 14ª Webinar – A Casa Azul

Autora: Maria Vitória de Lima
Monografia apresentada à Universidade de Fortaleza – UNIFOR.
Mediação: João Paulo Marôpo.

18/08/2020 – 19hs – 15ª Webinar – Discurso e Recepção no Rádio um estudo sobre o programa infantil Submarino Amarelo na Casa Grande FM.
Autora: Marcia Maria Ximenes.
Monografia apresentada à Universidade Federal do Ceará- UFC.
Mediação: Aécio Diniz.

19/08/2020 – 19hs – 16ª Webinar – A Hospedagem Familiar no Turismo Comunitário da Fundação Casa Grande em Nova Olinda – CE
Autor: Eder Neif Alves Ribeiro
Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Estadual do Ceará
Mediação: Junior dos Santos.

20/08/2020 – 19hs – 17ª Webinar – Coleção de Moda inspirada na Fundação Casa Grande.
Autora: Afra Colodette Bellucci
Monografia: Coleção de Moda inspirada na Fundação Casa Grande
Mediação: Heloísa Bitu.

21/08/2020 – 19hs – 18ª Webinar – Valor além do olhar: Fundação Casa Grande e o Valor social.
Autora: Inês Almeida Martins.
Dissertação de Mestrado em Intervenção Social, Inovação e Empreendedorismo apresentada a Universidade de Coimbra- Portugal.
Mediação: João Paulo.

24/08/2020 – 19hs – 19ª Webinar – Design de Superfície como Ferramenta para a Valorização Institucional: Um estudo de Caso da Fundação Casa Grande
Autor: Safira Maria de Lima Rosa
Monografia apresentada á Design – UFPE – Centro Acadêmico do Agreste
Mediação: Fabiana Barbosa.

25/08/2020 – 19hs – 20ª Webinar – Representações Culturais e Protagonismo Sociocultural: Estudo de Caso na Fundação Casa Grande.
Autor: Adriana Helena Moreira
Tese de doutorado em andamento pela Universidade Trás os Montes e Alto Douro- Portugal.
Mediação: Lucineide Marquis.

26/08/2020 – 19hs – 21ª Webinar – Trabalho – A juventude no Semiárido e o desenvolvimento regional sustentável: o caso da Fundação Casa Grande.
– Lançamento de livro.
Autora:  Maria de Fatima dos Anjos.
Dissertação de mestrado apresentado ao Centro de Pesquisa e Pós-Graduação do Semiárido/UFCA.
Mediação: Heloísa Bitu.

30/08/2020 – 19hs – 22ª Webinar Resultados – Apresentação dos Resultados
Com Lucineide Marquis e Heloísa Bitú.
Mediação: Junior dos Santos.
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31 ANOS SAUDADES: CAIS DO SERTÃO DEDICA PROGRAMAÇÃO ONLINE A LUIZ GONZAGA

Zabumba, Sanfona, triângulo e a narrativa inesquecível sobre a vida no Sertão pernambucano. Difícil não associar tudo isso ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Ao longo dos seus mais de 40 anos de carreira, o músico soube contar fielmente sobre a narrativa sertaneja - dotada de fé, esperança e resistência.  Durante os quase 40 anos de carreira, Luiz Gonzaga presenteou o Nordeste e o mundo com suas composições. 

Neste domingo (2), 31 anos sem a presença física do músico, o Centro Cultural Cais do Sertão exalta o seu legado social e cultural, com gama de atividades online, para todos os públicos. Ao longo da semana, bate-papos, entrevistas e playlists serão dedicadas ao Rei. A programação pode ser acompanhada no Instagram @caisdosertao.

As homenagens ao saudoso músico aportam na primeira live de agosto do quadro Papo de Museu. Na terça (4), às 17h, os internautas conferem bate-papo com Paulo Wanderley, consultor de investimentos do Banco do Brasil e pesquisador da vida e obra de Gonzaga. Sob o tema "O menino que filmou a despedida de Luiz Gonzaga", a conversa será mediada por Maria Rosa Maia, gestora do Cais, e terá como foco o dia da despedida do artista em Exu, Pernambuco.

"Luiz Gonzaga, Rei do Baião, é o nosso cânone quando pensamos em cultura pernambucana. Artistas de diferentes segmentos tomaram como base as suas narrativas para as próprias criações. Gonzaga se faz presente na arte e na resiliência do povo sertanejo", comenta Rodrigo Novaes, secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco.

Já na quinta-feira (6), a partir das 17h, o Conexão Cais recebe o jornalista José Mário Austregésilo, que também é escritor, doutor em Serviço Social pela UFPE e diretor de rádio, TV e cinema. Mediada por Sandro Santo, educador do museu, a conversa tem como foco analisar a linguagem popular presente nas canções de Gonzaga e os símbolos que norteiam até hoje a cultura nordestina. "Luiz Gonzaga: o homem, sua terra, sua luta", livro de Autregésilo, também é tema do encontro online, que esmiúça ainda a inserção de ritmos nordestinos à música brasileira.

Além das rodas de conversa, não vai faltar boa música pernambucana! Especialmente para a data, o perfil do Spotify do Cais do Sertão está recheado de playlists temáticas. Em memória ao Rei, estão disponíveis para audição as seleções "O Sertão cantado por Luiz Gonzaga", com mais de 40 clássicos, entre eles "A Morte do Vaqueiro", "Numa Sala de Reboco" e "Asa Branca". Diogo do Monte, músico-educador do museu, seleciona sequência de canções do xaxado, interpretadas pela rainha do ritmo, Marinês.

Fé, patrimônio e tradição junina

Na mesma semana de homenagens ao Rei do Baião, nesta quinta-feira (5), a partir das 16h, o canal do YouTube do Cais do Sertão transmitirá o lançamento do livro "Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco", coordenado por Mário Ribeiro, doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco e professor da Universidade de Pernambuco. As mestras em História e Musicologia pela UFPE, Ester Monteiro, Déborah Callender e Alice Alves, e ainda Paulo Maia, fotógrafo e mestre em Antropologia pela UFPE, e Raquel Araújo, assistente de pesquisa, completam a mesa.

A publicação tem como missão reconhecer as singularidades do patrimônio cultural encontradas nas manifestações de fé e nas festividades juninas. O livro registra a representatividade do grupo Acorda Povo e das Bandeiras dos Santos Juninos no que tange ao conceito de patrimônio. O material conta com documentos sobre os grupos e entrevistas coletadas entre 2018 e 2019. Os grupos residem entre Olinda e Recife. A obra conta com incentivo do Governo de Pernambuco, Funcultura, Fundarpe e Secretaria de Cultura. E apoio do Cais do Sertão e Editora da Universidade de Pernambuco (Edupe).

Serviço: 
04/08 - Papo de Museu com Paulo Wanderley, às 17h, no @caisdosertao
05/08 - Lançamento do Livro "Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco", às 16h, no YouTube do Cais.
06/08 - Conexão Cais com José Mário Austregésilo, às 17h, no @caisdosertao
Playlists: todas o acervo musical pode ser conferido no Spotify do Cais.
(Fonte: Cais do Sertão Foto: Chico Andrade)
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CURSO DE EXTENSÃO SERTÕES CONTEMPORÂNEOS COMEÇA NA SEGUNDA-FEIRA (3)

Durante todo o mês de agosto, as segundas-feiras à noite serão marcadas por conversas ao vivo sobre os sertões, transmitidas pelo canal da TV UNEB Seabra. A programação faz parte do curso online de extensão "Sertões Contemporâneos", organizado pela professora doutora Gislene Moreira, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

A aula inaugural, que acontecerá na próxima segunda-feira (3), às 19h, terá como tema "Os sertões do boi e da roça". Os professores Clóvis Oliveira (UEFS) e Márcia Guena (UNEB) junto com a sindicalista rural Hildete Tapuya e o assessor das Pastorais Sociais Roberto Malvezzi (Gogó) irão discutir sobre a fundação dos sertões desde a colonização e os marcos tradicionais.

Os encontros serão mediados pela professora Gislene, autora do livro "Sertões contemporâneos: rupturas e continuidade no Semiárido", e pela jornalista Juliana Magalhães. O curso tem como objetivos discutir conceitos teóricos e históricos sobre a modernização dos sertões baianos nas últimas décadas e mobilizar a juventude do campo no Semiárido baiano para uma maior compreensão de sua realidade.

As próximas aulas do curso abordarão os impactos da Ditadura Militar e a modernização conservadora no campo; os sertões da Era Lula; cultura, comunicação e juventude; e os desafios contemporâneos dos sertões.

A iniciativa é uma realização da TV Uneb Seabra, em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Juazeiro/BA e o Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA/UNEB), com o apoio da EdUfba e EdUneb. O curso é gratuito e as inscrições seguem abertas até o final do primeiro debate. Para receber o certificado de 20 horas, é necessário confirmar pelo menos quatro presenças virtuais. (Texto: Comunicação CPT Juazeiro/ Foto: Divulgação )
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