31 ANOS SAUDADES: CAIS DO SERTÃO DEDICA PROGRAMAÇÃO ONLINE A LUIZ GONZAGA

Zabumba, Sanfona, triângulo e a narrativa inesquecível sobre a vida no Sertão pernambucano. Difícil não associar tudo isso ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Ao longo dos seus mais de 40 anos de carreira, o músico soube contar fielmente sobre a narrativa sertaneja - dotada de fé, esperança e resistência.  Durante os quase 40 anos de carreira, Luiz Gonzaga presenteou o Nordeste e o mundo com suas composições. 

Neste domingo (2), 31 anos sem a presença física do músico, o Centro Cultural Cais do Sertão exalta o seu legado social e cultural, com gama de atividades online, para todos os públicos. Ao longo da semana, bate-papos, entrevistas e playlists serão dedicadas ao Rei. A programação pode ser acompanhada no Instagram @caisdosertao.

As homenagens ao saudoso músico aportam na primeira live de agosto do quadro Papo de Museu. Na terça (4), às 17h, os internautas conferem bate-papo com Paulo Wanderley, consultor de investimentos do Banco do Brasil e pesquisador da vida e obra de Gonzaga. Sob o tema "O menino que filmou a despedida de Luiz Gonzaga", a conversa será mediada por Maria Rosa Maia, gestora do Cais, e terá como foco o dia da despedida do artista em Exu, Pernambuco.

"Luiz Gonzaga, Rei do Baião, é o nosso cânone quando pensamos em cultura pernambucana. Artistas de diferentes segmentos tomaram como base as suas narrativas para as próprias criações. Gonzaga se faz presente na arte e na resiliência do povo sertanejo", comenta Rodrigo Novaes, secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco.

Já na quinta-feira (6), a partir das 17h, o Conexão Cais recebe o jornalista José Mário Austregésilo, que também é escritor, doutor em Serviço Social pela UFPE e diretor de rádio, TV e cinema. Mediada por Sandro Santo, educador do museu, a conversa tem como foco analisar a linguagem popular presente nas canções de Gonzaga e os símbolos que norteiam até hoje a cultura nordestina. "Luiz Gonzaga: o homem, sua terra, sua luta", livro de Autregésilo, também é tema do encontro online, que esmiúça ainda a inserção de ritmos nordestinos à música brasileira.

Além das rodas de conversa, não vai faltar boa música pernambucana! Especialmente para a data, o perfil do Spotify do Cais do Sertão está recheado de playlists temáticas. Em memória ao Rei, estão disponíveis para audição as seleções "O Sertão cantado por Luiz Gonzaga", com mais de 40 clássicos, entre eles "A Morte do Vaqueiro", "Numa Sala de Reboco" e "Asa Branca". Diogo do Monte, músico-educador do museu, seleciona sequência de canções do xaxado, interpretadas pela rainha do ritmo, Marinês.

Fé, patrimônio e tradição junina

Na mesma semana de homenagens ao Rei do Baião, nesta quinta-feira (5), a partir das 16h, o canal do YouTube do Cais do Sertão transmitirá o lançamento do livro "Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco", coordenado por Mário Ribeiro, doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco e professor da Universidade de Pernambuco. As mestras em História e Musicologia pela UFPE, Ester Monteiro, Déborah Callender e Alice Alves, e ainda Paulo Maia, fotógrafo e mestre em Antropologia pela UFPE, e Raquel Araújo, assistente de pesquisa, completam a mesa.

A publicação tem como missão reconhecer as singularidades do patrimônio cultural encontradas nas manifestações de fé e nas festividades juninas. O livro registra a representatividade do grupo Acorda Povo e das Bandeiras dos Santos Juninos no que tange ao conceito de patrimônio. O material conta com documentos sobre os grupos e entrevistas coletadas entre 2018 e 2019. Os grupos residem entre Olinda e Recife. A obra conta com incentivo do Governo de Pernambuco, Funcultura, Fundarpe e Secretaria de Cultura. E apoio do Cais do Sertão e Editora da Universidade de Pernambuco (Edupe).

Serviço: 
04/08 - Papo de Museu com Paulo Wanderley, às 17h, no @caisdosertao
05/08 - Lançamento do Livro "Acorda Povo e Bandeira dos Santos Juninos: pesquisa sobre patrimônio cultural imaterial de Pernambuco", às 16h, no YouTube do Cais.
06/08 - Conexão Cais com José Mário Austregésilo, às 17h, no @caisdosertao
Playlists: todas o acervo musical pode ser conferido no Spotify do Cais.
(Fonte: Cais do Sertão Foto: Chico Andrade)
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CURSO DE EXTENSÃO SERTÕES CONTEMPORÂNEOS COMEÇA NA SEGUNDA-FEIRA (3)

Durante todo o mês de agosto, as segundas-feiras à noite serão marcadas por conversas ao vivo sobre os sertões, transmitidas pelo canal da TV UNEB Seabra. A programação faz parte do curso online de extensão "Sertões Contemporâneos", organizado pela professora doutora Gislene Moreira, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

A aula inaugural, que acontecerá na próxima segunda-feira (3), às 19h, terá como tema "Os sertões do boi e da roça". Os professores Clóvis Oliveira (UEFS) e Márcia Guena (UNEB) junto com a sindicalista rural Hildete Tapuya e o assessor das Pastorais Sociais Roberto Malvezzi (Gogó) irão discutir sobre a fundação dos sertões desde a colonização e os marcos tradicionais.

Os encontros serão mediados pela professora Gislene, autora do livro "Sertões contemporâneos: rupturas e continuidade no Semiárido", e pela jornalista Juliana Magalhães. O curso tem como objetivos discutir conceitos teóricos e históricos sobre a modernização dos sertões baianos nas últimas décadas e mobilizar a juventude do campo no Semiárido baiano para uma maior compreensão de sua realidade.

As próximas aulas do curso abordarão os impactos da Ditadura Militar e a modernização conservadora no campo; os sertões da Era Lula; cultura, comunicação e juventude; e os desafios contemporâneos dos sertões.

A iniciativa é uma realização da TV Uneb Seabra, em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Juazeiro/BA e o Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA/UNEB), com o apoio da EdUfba e EdUneb. O curso é gratuito e as inscrições seguem abertas até o final do primeiro debate. Para receber o certificado de 20 horas, é necessário confirmar pelo menos quatro presenças virtuais. (Texto: Comunicação CPT Juazeiro/ Foto: Divulgação )
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PRIMEIRO SEMESTRE DE 2020 É ENCERRADO COM REDUÇÃO DE 26% DO ENVIO DE FRUTAS PARA O EXTERIOR

A chuva que tão bem faz ao Sertão chegou em excesso onde não deveria no primeiro semestre de 2020. Segundo a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), esse foi o principal motivo para desbancar em 21,37% as exportações de manga e em 5,79% as exportações de uva. Com mais chuva, a qualidade do produto caiu, comprometendo o alcance das exigências do mercado externo. 

Ao todo, o semestre representou uma perda na casa dos R$ 100 milhões, e a expectativa agora é pela estabilização da disseminação do novo coronavírus ao longo do segundo semestre, para que não haja maiores problemas no período de safra.

No primeiro semestre de 2019, as exportações de manga alcançaram 59.443 toneladas. Já nos primeiros seis meses deste ano deixaram de ser enviadas ao exterior 12.700 toneladas de manga. 

“Nesse primeiro semestre sofremos bastante com a chuva. Houve um acúmulo muito grande, o que não é o normal. Temos chuva no primeiro semestre, mas foi um ano, até então, bem atípico. Com isso, as frutas não atingiram a qualidade ideal exigida pelo importador. Deixamos de exportar a maior parte da fruta devido ao fator climático”, diz o gerente comercial da Valexport, Tássio Lustoza. 

No caso das uvas, deixaram de ser exportadas 636 toneladas. No primeiro semestre de 2019, 10.991 toneladas foram enviadas a outros países.

Mesmo com a pandemia da covid-19, o mercado europeu (principal importador do Vale) continuou demandando mercadoria, como não conseguiu atender a demanda, a produção foi redirecionada para o mercado interno, o que comprometeu a receita. As perdas foram de R$ 94 milhões com a manga e R$ 15 milhões com a uva.

No Vale, notou-se uma normalidade dos pedidos, mesmo com as restrições impostas pelo vírus em todo o mundo. Houve fechamento de restaurantes e empresas, mas as pessoas continuaram demandando o consumo de frutas.

Como o problema se concentrou na oferta, a expectativa da Valexport é de que a curva de contágio siga caindo e leve consigo a possibilidade de uma nova onda durante o período de safra. No ano passado, o Vale foi responsável pela produção de 190 mil toneladas de manga e 47 mil toneladas de uva. Para manter esses números, é fundamental a “normalidade” da produção nos próximos meses.

“Quando a gente fala que reduziu 25% não representa tanto no fechamento do ano, porque 70% do volume de exportação está no segundo semestre. Percebemos que a covid teve sua parcela (de contribuição nos resultados), mas não tão drástica. O maior problema nesse sentido foi que o transporte aéreo parou 100%, mas ele representa 7% do volume exportado ao ano, o que é pouco expressivo”, aponta o gerente comercial. (Fonte: JC.Ne)
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PESQUISADORES DESENVOLVEM PRIMEIRO SISTEMA ORGÂNICO DE MANGA NO BRASIL

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciou o desenvolvimento do primeiro sistema de produção orgânica de manga. A técnica fica disponível para ser utilizada por agricultores interessados em empregar o método em suas propriedades.

O sistema se diferencia pela abstenção do uso de agrotóxicos e de fertilizantes químicos. Em vez desses insumos, são empregadas outras técnicas. A adubação é feita com base em compostos orgânicos. Há também formas específicas de realização do controle de pragas, como monitoramento preventivo.

A pesquisa foi realizada na cidade baiana de Lençóis, na Chapada Diamantina. Ela foi uma parceria com uma empresa, chamada Bioenergia Orgânicos. O projeto conjunto teve início em 2011, já tendo lançado sistemas orgânicos para abacaxi e maracujá.

A iniciativa trouxe uma produtividade maior do que os métodos convencionais. Foram obtidas 20 toneladas por hectare, com perspectiva de alcançar 25 toneladas por hectare em ciclos posteriores.

A média da produção desta fruta é de 15,6 toneladas por hectare. Segundo os pesquisadores, o desempenho pode ser melhorado em caso de plantio de mais mangueiras no espaço, aumentando o adensamento.

Foram utilizadas duas variedades, Ubá e Palmer. A primeira é proveniente da cidade mineira de mesmo nome. A segunda tem origem nos Estados Unidos, mas é plantada no Brasil desde os anos 1960.

Segundo o pesquisador da Embrapa envolvido no projeto Túlio de Pádua, o sistema serve como um “roteiro” que pode ser implantado por produtores. Contudo, ele alerta que é preciso ajustar os métodos à realidade de cada localidade.

“Estamos produzindo na Chapada Diamantina, que tem tanto de chuva por ano, com temperaturas de determinada característica, com uso de manga irrigada. Cada região vai precisar adaptar o roteiro a sua condição”, destaca.

A Embrapa pode esclarecer dúvidas de produtores por meio de seus canais institucionais. A unidade responsável por essa pesquisa foi a Embrapa Mandioca e Fruticultura. A assistência técnica fica a cargo dos órgãos estaduais, as Aters.

De acordo com a Embrapa, não há dados sobre o índice da modalidade orgânica dentro do cultivo de manga no Brasil. Em todo o mundo, essa participação é de 0,43% da área cultivada, conforme dados da Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica (Ifoam). Em uma projeção para a realidade brasileira, isso significaria 282 hectares no país.

A Bahia tem a liderança em área colhida (24.200 hectares, o que representa 36,9% da área colhida de manga em todo o País), ficando em segundo lugar, atrás de Pernambuco, em quantidade produzida (378.362 toneladas contra 496.937 toneladas) e produtividade média (15,6 t/ha contra 41,3 t/ha). Essa diferença se explica pelo fato de Pernambuco utilizar um espaçamento mais adensado e abarcar grandes produtores tecnificados, além de variedades mais produtivas visando à exportação, enquanto na Bahia a produção de manga envolve pequenos agricultores familiares e responde por, aproximadamente, 29% da produção nacional.

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CURAÇA: AUMENTA EXPECTATIVA DAS ARARINHAS AZUIS SEREM REINTRODUZIDAS À NATUREZA E FAZER VOO NA CAATINGA

Na próxima segunda-feira (3) completa 5 meses ão exatosque as 52 Ararinhas Azuis retornaram à caatinga, sertão do Curaçá, Bahia. A cada doa aumenta a expectativa para se poder contemplar o voo das aves livres na caatinga. São mais de 20 anos que isto não ocorre.

Com exclusividade a redação da redeGN, mostrou no mês de março ao leitor fotos do Refúgio de Vida Silvestres da Ararinha Azul e a Área de Proteção Ambiental. Em contato com o Ministério do Meio Ambiente, através do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a informação é que "algumas adaptações estão sendo feitas", nos locais destinados à reintrodução Ambiental e conservação do bioma da caatinga, localizado na Fazenda Caraíbas. 

Desde o momento de chegada ao  Centro de Reprodução e Soltura em Curaçá, as Ararinhas foram admitidos em quarentena, com a supervisão das autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no local. Cada ave foi retirada da caixa de transporte e teve a leitura de chip realizada. 

Descoberta há mais de 200 anos pelo naturalista alemão Johann Baptist Ritter von Spix, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) não é observada na natureza desde que o último exemplar, um macho, desapareceu em outubro de 2000. Passados 20 anos desde sua última aparição, a espécie finalmente voltou a habitar as matas de Curaçá, no sertão da Bahia, como resultado de um esforço conjunto que vem sendo desenvolvido desde 1986, quando foi descoberta a última população selvagem de apenas três indivíduos. 

A formalização desta iniciativa ocorreu em 1990, quando o Ibama criou o Comitê Permanente para a Recuperação da Ararinha-azul. Desde então, entre muitas idas e vindas e contando com o esforço de inúmeras organizações, fundações internacionais.
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BRASIL CELEBRA 31 ANOS DE SAUDADES DE LUIZ GONZAGA

O Brasil ainda celebra domingo, 02 de agosto, os 31 anos de saudades, morte do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o rei do baião. Lua, como também era conhecido, foi essencialmente um telúrico. Ele soube como ninguém cantar o Nordeste e seus problemas. Pernambucano, nordestino ou simplesmente brasileiro, Luiz Gonzaga encantou o Brasil com sua música, tornando-se um daqueles que melhor souberam interpretar sua alma.

Nascido em Exu, no alto sertão de Pernambuco, na chapada do Araripe, ele ganhou o Brasil e o mundo, mas nunca se esqueceu de sua origem. Sua música, precursora da música popular brasileira, é algo que, embora não possa ser classificada como "de protesto", ou engajada, é, contudo, politicamente comprometida com a busca de solução para a questão regional nordestina, com o desafio de um desenvolvimento nacional mais homogêneo, mais orgânico e menos injusto, portanto.

Telúrico sem ser provinciano, Gonzaga sabia manter-se preso às circunstâncias regionais sem perder de vista o universal. Sua sensibilidade para com os problemas sociais, sobretudo nas músicas em parceria com Zé Dantas, era evidente: prenhe de inconformismo, denúncia do abandono a que ainda hoje está sujeito pelo menos um terço da população brasileira, mormente a que vive no chamado semi-árido.

Não estaria exagerando se dissesse que Gonzaga, embora não tivesse exercido atividade política ou partidária, foi um político na acepção ampla do termo. Política, bem o sabemos, é a realização de objetivos coletivos e não se efetua apenas por meio do exercício de cargos públicos, que ele nunca teve. Política é sobretudo ação a serviço da comunidade. Como afirma Alceu Amoroso Lima, é saber, virtude e arte do bem comum.

Além de nunca ter omitido suas opiniões, Gonzaga também nunca se esquivou de participar ativamente quando necessário. Em um momento particularmente difícil vivido por sua terra, Exu, e tendo em vista as muitas mortes decorrentes da rivalidade das famílias Alencar e Sampaio, ele ergueu corajosamente sua voz. Na ocasião, era governador de Pernambuco e pude receber dele ajuda fundamental na tarefa que, com êxito, empreendi no sentido de pacificar a cidade e restabelecer a concórdia naquela importante região do sertão.

Deixei o governo com Exu em paz. Nenhum crime de natureza política voltou a ocorrer e, por meio de melhoramentos que me eram sugeridos pela comunidade por intermédio de Gonzaga, foi possível reintegrar a cidade ao convívio social, do qual nunca mais se apartaria.

Outro aspecto político da presença de Luiz Gonzaga foi no resgate da música popular brasileira. O vigor de suas toadas e cantorias tonificou a nossa música, retirando-a do empobrecimento cultural em que se encontrava. Sua música teve um viés nacionalista, ou melhor, brasileiríssimo, que impediu que lavrasse um processo de perda de nossa identidade cultural. 

Não foi uma música apenas nordestina, mas genuinamente nacional, posto que de defesa de nossas tradições e evocação de nossos valores.

Luiz Gonzaga interpretou o sofrimento e também as poucas alegrias de sua gente em quase 200 canções, em ritmos até então desconhecidos, como o baião, o forró, o xaxado, as marchinhas juninas e tantos outros. Mas foi por meio de "Asa Branca" que Lua elevou à condição de epopéia a questão nordestina. Certa feita, Gilberto Freyre afirmou que o frevo "Vassourinhas" era nossa marselhesa. Poderíamos dizer, parafraseando Gilberto Freyre, que "Asa Branca" é o hino do Nordeste: o Nordeste na sua visão mais significativamente dramática, o Nordeste na aguda crise da seca.

Gilberto Amado disse a propósito da morte de sua mãe: "Apagou-se aquela luz no meio de todos nós". Para o Nordeste, e tenho certeza para todo o país, a morte de Luiz Gonzaga foi o apagar de um grande clarão. Mas com seu desaparecimento não cessou de florescer a mensagem que deixou, por meio da poesia, da música e da divulgação da cultura do Nordeste.

Em sua obra ele está vivo e vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente".

Fonte: Site Senador Marco Maciel foi vice-presidente da República. Foi governador do Estado de Pernambuco (1979-82), senador pelo PFL-PE (1982-94) e ministro da Educação (governo Sarney).
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LAVANÉRIO LEANDRO FURTADO: UNIDOS PELA XEPA

Lavanério Leandro Furtado, escritor da cidade de Bodocó-Pernambuco, em plena pandemia, desconstroe a distópica situação premente. O seu livro, lançado em formato digital (pela Amazon) e cognominado Unidos Pela Xepa, nos remete a um passado não tão longínquo e o um horizonte não tão próximo. 

Trata-se da vida de jovens que têm um ponto em comum: a vida na cidade grande (Recife), deixando, cada um, suas vidas no interior para confluir e existir como força motriz na Casa do Estudante de Pernambuco (C.E.P.). No desenrolar das anedotas, percebemos a humanidade e a divergências econômico-sociais dos residentes da casa. O coronelismo, a união, a vida e seus melindres. Com a força que urge no leão de cada sertanejo, surge uma nova literatura. Regionalista. Inteligente. 

Link para comprar o E-Book: https://www.amazon.com.br/s?k=lavanerio&ref=nb_sb_noss
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