COMISSÃO PASTORAL DA TERRA ENVIA NOTA DE APOIO ÀS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE NORDESTINA

Nota de Apoio às comunidades quilombolas de Nordestina em defesa de seus territórios e modos de vida:

Nós, as entidades subscritas, vimos denunciar e cobrar solução para a grave situação das Comunidades Quilombolas de Lagoa dos Bois, Poças, Bom Sucesso, Salinas, Palha, Tanque Bonito, Lagoa da Cruz, Caldeirão do Padre, Caldeirão do Sangue, Lagoa da Fumaça, Grota e Lajes das Cabras, no Município de Nordestina – BA, em que vivem cerca de 500 famílias, submetidas aos impactos danosos da continuidade do extrativismo mineral a céu aberto em seus territórios e aos riscos de contaminação pela Covid-19.

 As 12 comunidades foram certificadas, em 2016, pela Fundação Cultural Palmares – hoje ligada ao Ministério da Cidadania –, como remanescentes de quilombos. Até hoje, porém, não receberam a titulação de suas terras, o que as obriga a permanecer na insegurança e na luta pela regularização de seus territórios tradicionais, como lhes garante a Constituição Federal de 1988. Neste momento crítico de pandemia, o extrativismo mineral, mesmo não sendo atividade essencial, continua em operação, o que agrava ainda mais os riscos que já correm estas comunidades.

Desde 2015, com a instalação da Lipari Mineração LTDA, que extrai diamantes na mina Braúna, dentro dos territórios destas comunidades quilombolas, os/as moradores/as não têm mais sossego, sofrendo diariamente os impactos e os danos causados pela mineração. Segundo levantamento realizado com o apoio da Comissão Pastoral da Terra – CPT de Senhor do Bonfim, em 2019, das 12 comunidades situadas no entorno da mina, nove delas, com cerca de 60 famílias, tiveram suas casas e/ou cisternas de captação de água de chuva danificadas pelas detonações na mina. 

O acesso à mina se dá através de estradas vicinais públicas, anteriores à implantação do empreendimento; em alguns trechos, veículos pesados da empresa, inclusive aqueles que transportam explosivos, transitam bem ao lado das residências, causando estragos às vias e insegurança às pessoas. Não faltam denúncias de acidentes que causam mortes de animais domésticos, silvestres e do criatório familiar. Ruídos constantes do moinho e das detonações, odor dos explosivos, fumaça, poeira tóxica e militarização do território são outras consequências nefastas da mineração no cotidiano das comunidades.

Em face destes impactos, as comunidades passaram a enfrentar dificuldades para viver em seus territórios. A comunidade mais distante da mina está a aproximadamente nove quilômetros, a mais próxima, por volta de dois quilômetros. Empreendimentos do porte destes, a Braúna sendo a maior mina de diamantes da América do Sul e a Lipari a maior empresa mineradora de diamantes da América do Sul, com capital belga e chinês, deveriam trazer benefícios econômicos e sociais para o município, principalmente para as comunidades nas quais se implantou e as do seu entorno. 

Entretanto, não se observa melhorias efetivas e estruturais para a região impactada. Além dos danos já mencionados, há o risco de extinção destas comunidades tradicionais ao se apagar a memória cultural, mudando estradas, cortando árvores centenárias e interferindo no modo de vida. É “ameaça da mineradora, que está aqui bem pertinho de nós e o risco de avançar ainda mais”, diz um quilombola da Lagoa dos Bois, em entrevista de junho do corrente ano.

A maioria das 500 famílias vive em estado de vulnerabilidade social, em que a fome é explícita e a principal fonte de renda é o Programa Bolsa Família e aposentadorias. Algumas moradias são de taipa, em muitos casos abrigam até quatro famílias, sem acesso ao saneamento básico. Muitas não têm água encanada ou têm abastecimento irregular e pagam contas de valores exorbitantes. Sem acesso regular à terra e à água, as atividades produtivas estão comprometidas. 

A situação vem se agravando com a pandemia do novo coronavírus em expansão pelo interior, em municípios do Território do Sisal e em todo o país. O primeiro caso registrado em Nordestina aconteceu em 02/05/2020; eram 17 casos em 23/06/2020, conforme o Boletim Epidemiológico / SESAB. Em 29/06/2020, já eram 61 casos confirmados, sendo 18 empregados da Lipari e três registrados na Comunidade Quilombola Caldeirão do Sangue, com um óbito, conforme boletim apresentado pela Prefeitura Municipal. A preocupação aumenta ao se considerar que Nordestina não tem leitos hospitalares adequados para atendimentos da Covid-19, nem testes suficientes para demonstrar a real situação.

Os quilombolas estão muito preocupados, conforme externaram em entrevistas na Comunidade de Lagoa dos Bois, em junho deste: “É uma coisa que assusta a gente, ninguém diga que não fica preocupado porque fica. Tô preocupada, pedindo a Deus que nunca chegue na família da gente”; “Então, é uma doença que a gente não sabe quem tá contaminado. (…) eu acho que mudou tudo na minha vida, na vida de nós todos ser humano, então tá muito difícil”.

Já a Mina da Braúna segue fornecendo milhões de lucros à Lipari. O mínimo que, por lei, ficou para o município corresponde ao CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, que em 2018 foi de R$ 2.930.330,39, cabendo ao município 65%, ou seja, R$ 1.758.198,23. É muito pouco frente aos custosos problemas que causa! A distribuição de cestas básicas propagandeada pela empresa funciona mais como marketing do que real solução, além de causar divisão interna nas comunidades.

O que precisam e têm direito as Comunidades Quilombolas é de políticas de prevenção, que promovam a dignidade e a soberania delas sobre seus territórios. São antigas suas pautas de reivindicação, as quais apoiamos irrestritamente:

1. Realizar Audiência Pública convocada e coordenada pelo Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, com a finalidade de: a) a Empresa apresentar os estudos específicos, medidas mitigadoras, sistemas de monitoramento, segurança e controle de impactos; b) apresentação dos EIA-RIMA – Estudos e Relatório de Impactos Ambientais; c) apresentação e discussão das reivindicações das Comunidades impactadas; d) apresentação pela Empresa dos planos de expansão do empreendimento;

2. Realizar urgentemente, por empresa especializada independente, os estudos de avaliação dos níveis de ruídos, vibrações do solo e poluição do ar causados pelas detonações e tráfego de veículos pesados;

3. Criar comissão técnica paritária, supervisionada pelo Ministério Público, com a finalidade de fazer o levantamento e avaliação dos danos materiais causados pelas atividades da Empresa;

4. Construir estrada própria pela Empresa para o tráfego de seus veículos;

5. Solucionar, pela Prefeitura e EMBASA, o problema de abastecimento de água, regularizando o fornecimento semanalmente em todas as residências das 12 Comunidades Quilombolas, providenciando, inclusive, as instalações necessárias ao suprimento de todas as famílias da Comunidade Fumaça.

6. Solucionar, pelo Poder Público, o problema de saneamento básico, com a construção de sanitários utilizando tecnologia apropriada à disponibilidade hídrica do local.

7. Suspender, pelo INEMA, a outorga à Lipari para retirada de água do Rio Itapicuru, considerando o princípio da precaução e o risco de assoreamento do rio e em respeito à prioridade do uso humano e animal da água determinada pela lei.

8. Realizar pelos órgãos competentes a demarcação e titulação dos Territórios Quilombolas do município de Nordestina.

9. Pagar as indenizações pelos danos materiais causados e a renda cabível do empreendimento, conforme determinam a Convenção 169 da OIT – Organização Internacional do Trabalho e o Decreto Estadual 13.247/11.

10. Aplicar, pelo Poder Público, um percentual da CFEM – Compensação Financeira pela Exploração Mineral em ações de melhoramento ambiental e social nas Comunidades Quilombolas atingidas, a serem discutidas com as comunidades, inclusive o valor. 

POR FIM, CONSIDERANDO ESTE MOMENTO CRÍTICO DE PANDEMIA, REAFIRMAMOS E COBRAMOS O PASSIVO DESTAS ANTIGAS PAUTAS DE REIVINDICAÇÃO, EM CARÁTER IMEDIATO. EXIGIMOS QUE OS DIREITOS TERRITORIAIS E SOCIOAMBIENTAIS DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS SEJAM RIGOROSAMENTE RESPEITADOS. 

PARA ISTO, A MINERAÇÃO TEM QUE PARAR! A VIDA É ESSENCIAL, A MINERAÇÃO NÃO! 

OS PODERES PÚBLICOS MUNICIPAL E ESTADUAL ATENDAM ÀS REIVINDICAÇÕES CONFORME SUAS RESPONSABILIDADES. 

Nordestina, 02 de julho de 2020

Assinam: 

1. Fórum de Comunidades Quilombolas de Nordestina  

2. Paróquia de São João Batista / Diocese de Bonfim de Nordestina – BA 

3. Comissão Pastoral da Terra – CPT

4. Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM

5. Fórum Territorial de Povos e Comunidade Tradicionais do Território do Sisal

6. Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais da Bahia – AATR/BA 

7. Movimento Quilombola do Maranhão – MOQUIBOM 

8. Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Nordestina 

9. Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

10. Associação Regional das Organizações Sociais do Semiárido Baiano – Umbuzeiro 

11. Associação de Assistência Técnica e Assessoria aos Trabalhadores Rurais – CACTUS

12. Caritas Regional NE 3

13. Conselho Missionário Indigenista – CIMI

14. Pastoral Operária 

15. Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP

16. Escola Família Agrícola do Sertão

17.  Pastoral da Juventude Rural

18. Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas no Semiárido (REFAISA)

19. Coordenação Ecumênica de Serviço – CESE  

20. Central das Associações e Comunidades Tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto – CAFFP

21.  Grupo de Pesquisa GeografAR / POSGEO / UFBA

22. Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA

23. Fundação de Apoio à Agricultura Familiar do Semiárido da Bahia – FATRES 

24. Pastoral da Criança 

25. MST – Movimento Sem Terra

26. Núcleo de Estudos em Questões Agrárias do IF Baiano Capus Santa Inês/CNPq

27. Laboratório de Geografia Humana da UNIVASF, campus Senhor do Bonfim-BA

28. Grupo de Estudos e Pesquisa sobre a Produção do Espaço – GEPPSE/UNIVASF/CNPq

29. Grupo de Estudos e Pesquisa Geografia do Trabalho e Ontologia do ser social: estudos sobre a essência da relação sociedade-natureza – GTOSS.

30. Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco – SINDUNIVASF.

31. Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação – ANFOPE NORDESTE.

32. Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo – FACED – UFBA.

33. Fundação Padre José Koopmans Extremo Sul da Bahia (FUNPAJ)

34. Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física Esporte e Lazer. FACED UFBA.

35. Associação de Moradores da Tapera e Miringaba-AMTM – Caravelas-Bahia

36. Centro Acadêmico de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial CAECDT/UNEB

37. Fórum Estadual Permanente de Educação do Campo/Alagoas

38. Teia dos Povos (Bahia)

39. Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação do Campo, Trabalho, Contra-Hegemonia e Emancipação Humana (UNEB)

40. Organização Mandacaru Dignidade Resistência do Sertão – OMDRS

41. Núcleo de Estudos das paisagens semiáridas tropicais – NEPST

42. Grupo de Pesquisa e Articulação Campo, Terra e Território (NATERRA/UECE).

43. Grupo de Estudos Agrários (GEAR/UECE)

44. Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território (LECANTE/UECE)
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AGROVALE CONTRIBUI COM PROJETO DE ARBORIZAÇÃO COM IPÊ ROSO E CARAIBEIRAS NO MUNICÍPIO DE CABROBÓ

O município de Cabrobó, no Sertão do São Francisco, recebeu esta semana a doação de 3 mil mudas de Ipês Roxos e Caraibeiras para início de um projeto de arborização, paisagismo e floricultura que vai mudar significativamente o aspecto urbanístico da cidade.

As mudas de espécies nativas da flora da Caatinga, foram doadas pela Agrovale, empresa sucroalcooleira com sede em Juazeiro - BA, e vão ampliar a cobertura verde da cidade
ornamentando as principais avenidas, praças, canteiros centrais e passeios públicos com uma floração intensa e coloração variada.

De acordo com o prefeito do município, Marcílio Cavalcanti, o plantio das mudas vai beneficiar inicialmente os espaços públicos da área central com plantas de potencial ornamental de médio e grande porte. "Já identificamos as áreas mais quentes e de maior fluxo de movimento e a nossa expectativa é que, em três anos, algumas dessas árvores já comecem a florescer, dar sombra e ar puro", ressaltou.

Ainda segundo o prefeito, o projeto prioriza o uso de espécies da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro, pela rusticidade das espécies e por exigirem a menor quantidade de irrigação e tratos possíveis. "Além da beleza paisagística promovida pelo festival de cores que também irá amenizar as altas temperaturas do nosso sertão", concluiu.

O viveiro de mudas da Agrovale produz mais de 70 espécies de plantas nativas da Caatinga a exemplo de marizeiro, ingazeiro, pau ferro, paineira, angico e umburana. As mudas são utilizadas na recuperação de áreas degradadas, repovoamento e reflorestamento, visando a preservação da Caatinga, ecossistemas e das matas ciliares do Rio São Francisco.

De acordo com o Departamento do Meio Ambiente da empresa, apenas no ano passado foram doadas 72 mil mudas nativas para 14 municípios – 10 baianos, 4 pernambucanos – e pelo menos 90 entidades e pessoas físicas. (Fonte: Class Comunicação e Marketing)

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PREFEITO PAULO BONFIM MANIFESTA PESAR PELO FALECIMENTO DO JORNALISTA MARCELINO RIBEIRO

O prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim, manifestou pesar pelo falecimento do jornalista Marcelino Ribeiro, vítima de infarto, ocorrido na madrugada desta segunda-feira, 06, em sua residência.

Atuando há quase 30 anos como assessor de imprensa e comunicação da Embrapa, Marcelino foi um ferrenho defensor dos princípios democráticos, iniciando a sua luta ainda na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Contribuiu com a esquerda na política local, além da marcante militância no jornalismo, quando editou o jornal “O Berro D’água”.

Aos familiares e à sua companheira, enviamos os nossos sentimentos e desejamos força para superar esta perda irreparável. Foto: Chico Egídio
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AGÊNCIA MULTICIÊNCIA EMITE NOTA PELA MORTE DO JORNALISTA MARCELINO RIBEIRO

A Agência MultiCiência, do curso de Jornalismo em Multimeios, da UNEB, campus Juazeiro, manifesta pesar hoje pela morte do amigo, jornalista e companheiro de luta, Marcelino Lourenço Ribeiro. Filho de Remanso, Bahia, Marcelino adotou a cidade de Juazeiro como a sua terra, acolheu as margens do rio São Francisco e lutou pela sua preservação. 

Militante das causas justas, lutou, na juventude, pela reorganização da União dos Estudantes (UNE), através do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), militou pela redemocratização do país e pelas Diretas Já. Nunca abandonou a luta política e foi um bravo companheiro da militância juntos aos coletivos populares, ao Partido dos Trabalhadores e solidário com todos que acreditam na justiça social e na emancipação dos sujeitos. 

Formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Marcelino foi um jornalista que desbravou no sertão do São Francisco a imprensa alternativa, com a fundação do Berro D´Água, em 1987, junto com outros profissionais e intelectuais, para fazer o bom combate. Jornalista com qualificações profissionais de excelência, foi servidor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Semiárido, atuando na Assessoria de Comunicação e foi um incentivador do jornalismo científico no Vale do São Francisco. Foi ainda um colaborador do Sindicato de Jornalistas da Bahia, Sinjorba, como diretor do sindicato na Regional Norte em Juazeiro (BA).

Jornalista comprometido socialmente, Marcelino foi um colaborador do curso de Jornalismo em Multimeios, do DCH III/UNEB, e um parceiro da Agência MultiCiência. Mais do que um grande homem, intelectual, jornalista, Marcelino foi um amigo e companheiro. A sua generosidade, seu entusiasmo com a trajetória de jovens idealistas e com a luta política, justa, deixa-nos um exemplo de que o bom combate deve ser travado. À amiga e esposa, Lindete Vieira Martins, professora da Universidade do Estado da Bahia, nossos sentimentos e nosso abraço. Companheiro Marcelino Ribeiro,  siga em paz e alegre o universo com sua presença. 
Andréa Cristiana Santos, professora do Departamento de Ciências Humanas (DHCIII), e coordenadora da Agência MultiCiência. 

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EMBRAPA SEMIÁRIDO EM LUTO PELO FALECIMENTO DO JORNALISTA MARCELINO RIBEIRO

Um profissional exemplar e uma pessoa de enorme coração, essa é a descrição quase unânime entre aqueles que conviveram com o jornalista Marcelino Ribeiro, que faleceu nesta segunda-feira, 6 de Julho. Aos 58 anos, o analista da Embrapa Semiárido foi vítima de um infarto fulminante em casa, em Juazeiro-BA, onde vivia com a esposa.

Marcelino atuava há mais de 25 na Embrapa, deixando um importante legado para a comunicação da ciência no Nordeste. Foi contratado em dezembro de 1994 pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas-BA e transferido para a Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE, em agosto de 1995. Desde 2018 era responsável pelo Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) e atualmente se encontrava em regime de teletrabalho.

Com uma trajetória de sucesso na Empresa, o jornalista era conhecido pela grande sensibilidade em traduzir termos complexos da pesquisa agropecuária em uma linguagem simples e acessível.

Era também um fotógrafo excepcional. Com a câmera na mão captava a beleza única das paisagens do Semiárido em cores e vivências, traduzidas também em seus textos e vídeos. Marcelino era um profissional de comunicação completo, que se sentia à vontade justamente no campo, na estrada, conhecendo mais sobre a vida e dificuldades dos agricultores do Sertão.

A Embrapa sente grande pesar pelo falecimento do colega. Sua atuação, pautada sempre pela competência, simplicidade e ética, fica como exemplo para todos. Deixará uma profunda lacuna como jornalista e como ser humano em todos que tiveram a oportunidade de conviver mais de perto.

Pela perda, a Embrapa Semiárido decretou três dias de luto. O velório acontece ainda nesta segunda-feira, das 14h às 16h, no SAF de Juazeiro-BA, com restrição de acesso em razão da pandemia. (Fonte: Ascom Embrapa)




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NOTA DE ESCLARECIMENTO DA UniFTC

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA UniFTC:
As faculdades UniFTC de Petrolina e Juazeiro vêm a público esclarecer que não são verdadeiras as informações sobre suspensão de contratos da maioria do corpo docente, compartilhadas neste veículo. Como é habitual em instituições de ensino superior, o corpo docente é readequado de acordo com a oferta de disciplina para o próximo semestre.

Para tanto, visando preservar postos de trabalho, alguns professores receberam a proposta de suspensão temporária de seus contratos de trabalho. A medida  é prevista em convenção coletiva e que resguarda o vínculo do professor com a instituição. A intenção da iniciativa é que, assim que a situação for normalizada, esses professores poderão ser convocados sem maiores entraves ou demoras burocráticas. Os professores em licença podem continuar utilizando o plano de saúde oferecido pela Instituição, além de outros benefícios salvaguardados pela manutenção do vínculo empregatício. 

É sabido que, com a pandemia e as medidas restritivas de distanciamento social, foi necessário adequar as rotinas acadêmicas a uma nova realidade e, por isso, passamos a oferecer a modalidade de ensino remoto mediado por tecnologia de informação e comunicação. Neste cenário e frente à crescente inadimplência, dificuldade na captação de novos alunos e aumento da evasão, torna-se necessária a revisão das necessidades acadêmicas no que diz respeito ao quadro docente e infraestrutura para as atividades do próximo semestre.

Comprometida em seguir com a oferta de um Ensino Superior de qualidade, a Rede UniFTC informa que está seguindo todas as orientações dos Ministérios da Educação e da Saúde para reiniciarmos o próximo semestre em agosto. Será mantida toda a estrutura do presencial, como feito neste primeiro semestre. Os professores licenciados serão substituídos por outros professores da Instituição que melhor se adaptaram a esse modelo de aulas em meio digital, sem que haja a necessidade de turmas híbridas e superlotadas como foi sugerido pela publicação.

Reforçamos nosso compromisso com a comunidade acadêmica, que envolve não só os nossos estudantes e suas carreiras, mas também todos os docentes e profissionais que trabalham nos setores administrativos das unidades. Contamos com a compreensão de todos para que possamos, juntos, atravessar esse momento tão desafiador.

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NEGRITUDE VIVE: FRENTE NEGRA DO VELHO CHICO REALIZA CAMPANHA DE DOAÇÕES

A campanha organizada pela Frente Negra do Velho Chico, “NEGRITUDE VIVE”, destinada a arrecadação de alimentos não perecíveis e materiais de higiene e limpeza, continua. O objetivo é atender as populações negras, periféricas, como quilombolas, povos de terreiro, população carcerária e de rua, além de outros grupos em condição de grande vulnerabilidade econômica das cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). É importante ressaltar que esses dois municípios concentram uma parcela significativa de população negra: 73%, na cidade baiana e 67% na cidade pernambucana. 

Na atual situação de crise na saúde, é necessário cuidado redobrado com aqueles que mais precisam de condições mínimas de proteção contra a pandemia de Covid-19. A população negra que vive nas periferias das cidades, que enfrenta péssimas condições de saneamento básico, moradias precárias e cheias, que trabalha nas ruas ou recebe baixos salários é hoje a que mais têm morrido com a disseminação do Coronavírus no Brasil. 

O que arrecadamos até agora

Desde que colocamos a campanha na rua, em 30 de abril de 2020, muita gente aderiu e encorpou essa luta. Mas ainda é pouco, frente a situação da população negra na região e ao crescimento da pandemia.  Conseguimos atender 319 famílias: 234 em Juazeiro, a partir de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Juazeiro, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social Mulher e Diversidade, que se encarregou da entrega de cestas básicas e de completar as doações não alcançadas pela Frente Negra. Em Petrolina foram 85 famílias atendidas, com o apoio e organização da Associação de Mulheres Rendeiras e do Gabinete do Vereador Gilmar Santos (PT), responsável pela entrega e também completando as cestas para as famílias não atendidas. 
Vaquinha online
Outra iniciativa importante foi a Vaquinha online. Começamos a arrecadação em 22 de abril e a última contribuição ocorreu no dia 09 de junho.  Foram levantados R$ 2.428,14, depois de descontadas as taxas cobradas pelo site Vakinha https://www.vakinha.com.br/vaquinha/campanha-da-frente-negra-do-velho-chico(https://www.vakinha.com.br/vaquinha/campanha-da-frente-negra-do-velho-chico). Esse recurso foi utilizado para a aquisição de 47 cestas - contendo alimentos e materiais de higiene e limpeza - e aluguel de carro de som para veiculação da campanha “FIQUE EM CASA”. Esta campanha também continua. 

A FRENTE NEGRA DO VELHO CHICO CHAMA VOCÊ PARA ESSA LUTA URGENTE! NOSSO  POVO NEGRO PRECISA VIVER!
VAMOS CUIDAR UM DO OUTRO!
#VIDASNEGRASIMPORTAM

ONDE DOAR:
JUAZEIRO 
*Colegio Paulo VI - Avenida Paulo VI, Coréia. Tel: (74) 988180815. Das 8h às  17h. 
*Centro POP - Rua Almirante Custódio de Melo- Countryclub (74) 3611-7119
(Seg -sex 8h-12h)

PETROLINA . 
*Associação de Mulheres Rendeiras. Avenida Francisco Coelho Amorim, 190. José e Maria. Tel :8798819-8183 ligue para agendar a entrega.
*Câmara de vereadores / Gabinete do vereador Gilmar  Santos. 
Praça Santos Dumont - Centro. (87) 998020102 - (Quarta e sexta - 9h às12h / Quinta  15h às 17h)

Contatos e informações:
https://www.facebook.com/frentenegradovelhochico/
https://frentenegradovelhochico.blogspot.com/2020/04/campanha-negritude-vive.html
@frentenegradovelhochico
frentenegradovelhochico@gmail.com

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