JORNALISTAS ABANDONAM COLETIVA DE BOLSONARO

Jornalistas que acompanhavam uma fala do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira (31/03) deixaram o local da entrevista após o presidente mais uma vez estimular seus apoiadores a hostilizarem e xingarem os repórteres.

Segundo a agência Reuters, a reação ocorreu após jornalistas questionarem o presidente sobre a postura do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem contrariado várias declarações de Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus. Na segunda-feira, por exemplo, Mandetta disse que a população deve seguir as orientações dos governos estaduais. No sábado, ele já havia reforçado a importância do isolamento social.

As falas vão na contramão de ideias defendidas por Bolsonaro, que vem atacando a respostas dos estados à pandemia e minimizado os riscos do coronavírus.

Bolsonaro reagiu à pergunta sobre Mandetta insuflando a claque de apoiadores que marca presença diariamente em frente ao Palácio da Alvorada. Segundo a Reuters, um dos apoiadores começou a gritar que a imprensa "colocava o povo contra o presidente".

Bolsonaro passou a incentivar o apoiador a falar e mandou que os jornalistas ficassem quietos.

"É ele que vai falar, não é vocês não", disse Bolsonaro.

Com o aval do presidente, os apoiadores começaram a ofender os jornalistas, que acabaram se retirando do local. De acordo com a Reuters, o presidente ficou inicialmente surpreso com a reação dos repórteres, mas também aproveitou para ironizá-los.

"Mas vão abandonar o povo? Nunca vi isso, a imprensa que não gosta do povo", gritou Bolsonaro aos jornalistas que se mantinham afastados.

Antes mesmo de assumir a Presidência, Bolsonaro já estimulava atitudes hostis contra a imprensa. Na posse, os organizadores do evento criaram uma série de dificuldades ao trabalho dos jornalistas, limitando sua locomoção entre os diferentes prédios públicos de Brasília.

Ao longo do primeiro ano de governo, Bolsonaro ainda pediu o boicote de publicações críticas ao seu governo. Redes de apoio ligadas à sua família também promovem regularmente ataques e disseminam mentiras sobre jornalistas. Há pouco mais de três semanas, no mesmo dia em que o crescimento tímido do PIB de 2019 foi anunciado, Bolsonaro escalou um humorista para distribuir bananas para os jornalistas em frente ao Alvorada.
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COM A FALTA DE PROCURA, PRODUTORES DE COCO ENFRENTAM PREÇOS BAIXOS

Em Pernambuco, produtores de coco que estão com os estoques parados por conta da pandemia do novo coronavírus. Com o cancelamento de pedidos e a queda na procura, o preço do coco acabou despencando junto. No início do verão, o coco estava sendo vendido por R$ 1 a unidade, o preço foi caindo até chegar aos atuais R$ 0,30.

“Não tem o que fazer. nesse momento é esperar que essa pandemia passe logo pra voltar a vender a produção”, lamenta o produtor Pedro Ximenes.

O cultivo de coco na região do Vale do São Francisco é feito em larga escala. Em Petrolina, a área plantada com coco é de 2 mil 262 hectares, com uma produção de 6 milhões 135 mil e 300 unidades do fruto por mês.

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MINISTRO DO TRIBUNAL FEDERAL PEDE PARECER DA PGR SOBRE PEDIDO DE AFASTAMENTO DE BOLSONARO

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR), uma notícia-crime apresentada por um deputado do PT contra o presidente Jair Bolsonaro. Na peça, o parlamentar lista ações do presidente que colocariam a sociedade em risco durante a pandemia de covid-19.

O parlamentar pede que Bolsonaro seja denunciado por sua conduta "irresponsável e tenebrosa" que coloca em risco "a saúde pública de todos os brasileiros". No peça, o deputado Reginaldo Lopes diz que “Bolsonaro não está à altura do cargo. A necessidade de sua saída não é uma necessidade política, é de saúde pública”, afirmou o deputado.

Para que a ação tenha andamento, é necessário que a PGR dê parecer favorável a denúncia, caso contrário, é arquivada. Em seguida, a denúncia segue para a Câmara dos Deputados, que envia para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, o presidente tem prazo para se manifestar e em última etapa, a solicitação de afastamento é analisada pelo plenário. 
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MANOEL ISIDORO DE OLIVEIRA: 103 ANOS E A CAPACIDADE DE REINVENTAR O MUNDO E OS MOTIVOS PARA FICAR FELIZ

“Todo caminho da gente é resvaloso. Mas, cair não prejudica demais. A gente levanta, a gente sobe, a gente volta! O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, e ainda mais alegre no meio da tristeza".

A memória depende diretamente do tempo para se constituir e o tempo depende da memória para poder permanecer. É por meio da relação do indivíduo com o tempo que ele constrói a memória, possibilitando a preservação da sua identidade e a constituição da sabedoria. No romance Grande sertão: veredas de Guimarães Rosa, essa experiência temporal humana é apresentada e veiculada por meio da rememoração do protagonista.


No livro, verifica-se que a relação entre memória e tempo é indispensável para a construção da identidade da personagem. A viagem ao passado realizada por Riobaldo constitui a tentativa de encontrar a si mesmo por meio do que decorreu e ela apenas se torna possível com o uso da memória.


A frase do escritor João Guimarães Rosa pode ser uma das traduções, revelação da longa trajetória de Manoel Isidoro de Oliveira. A história de Manoel Isidoro teve início em 15 de junho de 1917, nos sertões da Paraiba, Brejo de Areia, onde residiu no Sítio Carrapato. São 103 anos de nascimento.


No sítio Carrapato ajudou o pai João Isidoro e a mãe Severina Cristina a cultivar café. Em Alagoa Grande, Paraíba, terra do Rei do Ritmo, Jackson do Pandeiro, exerceu a função de torneiro mecânico. Solidário ensinou a diversas pessoas a "arte" da atividade. A maioria se tornou empresários, donos de oficinas garantindo geração de emprego e renda.


Na palma das mãos e alma venceu muitas turbulências e foi até combatente em 1945, na Segunda Guerra Mundial, um dos acontecimentos de maior impacto da história da humanidade. Manoel viveu todos os grandes acontecimentos que marcaram os últimos 100 anos locais e da humanidade.


Aos 103 anos, Seu Manoel afirma que a vidá é bela, nas suas cores, sons, cheiros, livros que leu e amores. Os momentos devem ser a poesia da simplicidade, entrelaçada com a complexidade singela da natureza e a matéria-prima do homem, que encontra, no chão da terra, o êxtase da sua plenitude, extraída do “amanhecer do rio”  e do “conversar com as águas”.

"Para viver mais de um século? Não há formulas ou mistérios. Viver é deixar viver. Viver é coragem vencida a cada segundo", afirma Manoel Isidoro.

Manoel Isidoro, atualmente, mora na capital da Paraíba, João Pessoa. Na trajetória entrelaçada aos sorrisos e que supera um século, ele divide o tempo lembrando histórias. São 12 filhas, 01 filho, 27 netos, 35 bisnetos e 13 tataranetos.


A estilista Paula Oliveira, uma das filhas conta que ele é apreciador de um bom uísque e de uma dose de cachaça, um bom charuto, sempre com muita moderação e o gosto pela prosa, o dom de conversar. "Neste período estamos em oração. Moro em Patos, Paraíba e desde que foi decretado a pandemia do novo coronavírus Corad-19, todos redobramos os cuidados".

A proteção maior acrescenta Paula: "É o nosso amor maior e pedimos a proteção com todas as formas de precaução e cuidados que podemos ter para preservar a saúde".

Paula revela ainda que entre as mil formas de amor está a admiração que Manoel Isidoro tem de reinventar o mundo usando sempre a serenidade, a paciência, a resiliência e a felicidade.
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RIO SÃO FRANCISCO: USINA TRÊS MARIAS ATINGE 100% DA CAPACIDADE ÚTIL E BARRAGEM SOBRADINHO TEM PREVISÃO DE SUPERAR OS 80%

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que Usina de Três Marias, na região Central de Minas Gerais atingiu 100% de armazenamento do seu reservatório.

Segundo a companhia, passado o período crítico das chuvas, quando a barragem se tornou decisiva para a segurança das populações ribeirinhas do Rio São Francisco, a usina passou a armazenar água para a gestão do período considerado mais seco do ano. Em 28 de fevereiro deste ano, as comportas da usina foram abertas parcialmente para evitar inundações.

A gestão da capacidade de armazenamento da Usina Três Marias tem sido feita pela Cemig junto à Agência Nacional de Águas (ANA) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com a contribuição de todos os agentes representantes dos estados e usuários da bacia hidrográfica.

Ainda de acordo com a Cemig, no dia 4 de março deste ano, houve registro da maior média diária de vazão afluente (a água que chega à represa) dos últimos meses, que chegou a 4.045 m³/s ao reservatório. Na segunda quinzena de março, as chuvas previstas para Usina Três Marias perderam força. Assim, a gestão da usina decidiu que não havia mais a necessidade de se manter um espaço vazio no reservatório para amortecer novas cheias.

Há 11 anos, o reservatório da Usina Três Marias operou durante dois meses em níveis próximos aos 100% de armazenamento. Durante o ano de 2009, houve chuvas intensas que levaram ao enchimento rápido, bem como alguns eventos de inundação ao longo do Rio São Francisco. Já no início de 2011, os níveis também atingiram valores próximos a 100%.

As comunidades que vivem próximo ao local foram informados com antecedência sobre a abertura parcial dos vertedouros e que as famílias precisam estar atentas às ações para manter o reservatório em níveis próximos a 100%. A empresa destaca que as áreas até a cota 573,40 m (106,45% do volume útil) são consideradas como área de preservação permanente (APP) pelo Código Florestal Brasileiro. Em outras palavras, não é permitida a construção de edificações ao longo dessa faixa.
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MINISTÉRIO PÚBLICO ALERTA PREFEITOS QUE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS SANITÁRIAS PODE MOTIVAR INTERVENÇÃO ESTADUAL

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, publicou neste sábado, a Recomendação PGJ n.º 16, que dispõe sobre a impossibilidade de que os gestores municipais determinem a reabertura do comércio local ou qualquer outro ato administrativo que vá de encontro à Lei Federal n.º 13.979/2020 e, por consequência, os Decretos Federal n.º 10.282/2020 e Estadual nº 48.809/2020 e suas alterações.

Caso os gestores descumpram as medidas sanitárias, principalmente as medidas de quarentena, o município poderá sofrer intervenção estadual. “Todos os entes e diversos órgãos estão ensejando tentativas de contenção da pandemia da Covid-19. E, além disso, tem chegado ao conhecimento do Ministério Público de Pernambuco que alguns prefeitos promovem movimentos de flexibilização, ou até mesmo de descumprimento, das normas restritivas emanadas das autoridades sanitárias no âmbito federal e estadual. Assim estamos expedindo essa recomendação, alertando, principalmente, sobre as penalidades que podem decorrer do descumprimento”, disse o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, no texto da recomendação.

Os promotores de Justiça de todo o Estado, principalmente aqueles que têm atuação na defesa do Patrimônio Público, por delegação da Procuradoria-Geral de Justiça, foram orientados a notificar os prefeitos em suas respectivas localidades, sobre o conteúdo da Recomendação exarada.

Além de adotar as providências necessárias para que sejam cumpridas em todos municípios do Estado as normas sanitárias federais e estaduais, promovendo, inclusive, medidas administrativas ou judiciais. O promotor de Justiça pode solicitar, inclusive, reparação dos danos materiais, caso seja criado ônus financeiro ao Sistema Único de Saúde (SUS), decorrentes do descumprimento.

A recomendação foi encaminhada aos promotores de Justiça de todo o Estado e também para a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para que seja dada ampla divulgação aos gestores municipais. “O afrouxamento das normas de quarentena impostas pelo Estado de Pernambuco, sem qualquer estudo técnico, poderá colocar em risco o sucesso das ações de enfrentamento da pandemia, vindo a provocar não só a falência do sistema de saúde pernambucano,  como muitas vidas perdidas”, reforçou o PGJ no documento. (Fonte: Ministério Público de Pernambuco)
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CORTE DE VERBA PODE FECHAR 256 UNIDADES DO SESC E SENAC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) alertou que o corte de 50% na arrecadação compulsória de três meses destinada ao Serviço Social do Comércio (Sesc) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac) pode resultar no fechamento de 265 unidades em todo o país. Ainda de acordo com a entidade, a extinção das agências pode resultar na demissão de 10 mil pessoas.

A redução da verba, paga por empresários, anunciada na semana passada pelo governo federal, se deve a epidemia de coronavírus e faz com que as empresas economizem cerca de R$ 2,2 bilhões no pagamento de impostos. A redução no repasse do setor privado aos cofres públicos deve durar por pelo menos 90 dias.

A CNC enviou ofícios aos prefeitos informando da situação. Somente no Distrito Federal, o corte pode ocasionar o fechamento de 3 unidades do Senac e 5 do Sesc. Neste caso, seriam perdidos 350 empregos no Senac e 800 no Sesc, deixando de atender cerca de 10 mil pessoas por mês.

Outras unidades da federação seriam atingidas com o fechamento de unidades, como no Rio de Janeiro (34), Pernambuco (29), Santa Catarina (28), Rio Grande do Norte (18), Goiás (17), Piauí (16), Paraná (16), Amazonas (15), Minas Gerais (14) e Acre (13). A redução no atendimento deve afetar muitos municípios que precisam da estrutura do serviço para atender a população e pode suspender 36 milhões de atendimentos.

Para evitar o fechamento das unidades, a CNC encaminhou um plano de ações do Sesc e do Senac ao presidente Jair Bolsonaro, aos ministros da Economia, Paulo Guedes e da Saúde, Luiz Mandetta (Saúde), além da Câmara e Senado. A intenção é que Sesc e Senac sejam usados no combate ao coronavírus.

A estrutura e profissionais poderiam ser usados para identificar pessoas infectadas no Brasil, instrumentalizar profissionais de saúde e reunir supermercados, restaurantes e outros estabelecimentos na distribuição de alimentos da população afetada. O plano está orçado em R$ 1 bilhão, metade do valor arrecadado a cada 90 dias com a contribuição do comércio para o Sesc e Senac. 
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