TECNOLOGIAS DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA, UMA RESERVA PARA A ÉPOCA DE ESTIAGEM

A chuva dos últimos dias no sertão nordestino transformou o cenário do Campo Experimental da Caatinga, na Embrapa Semiárido (Petrolina-PE). Desde 2004 não se viam as barragens subterrâneas e o barreiro para irrigação de salvação, tecnologias de captação e armazenamento da água da chuva, tão cheios.

A reserva de água neste momento é importante já que, após as primeiras precipitações do início do ano, é comum a ocorrência de veranicos, períodos de 20 a 30 dias sem novas chuvas, que podem comprometer a germinação e outras fases de desenvolvimento dos plantios.

De acordo com Daniel Barbosa de Miranda, supervisor substituto do Campo Experimental, choveu o suficiente para fazer sangrar as quatro barragens subterrâneas instaladas na área da Embrapa.

O gestor explica que essas barragens enchem de forma consecutiva e que todas estão em seu volume máximo, imagem que não se via há bastante tempo. O barreiro de salvação também se encontra com nível excelente de água, tanto que formou um pequeno riacho, para alegria dos animais criados no local.

“É muito bonito ver essas tecnologias funcionando. Estamos no momento ideal para que os agricultores iniciem os trabalhos no campo, aproveitando essa água da chuva na produção”, completa.

Barragem subterrânea – tecnologia adotada no Semiárido brasileiro para minimizar os riscos da agricultura dependente de chuva. Possui a função de reter a água que escoa em cima e dentro do solo, por meio de uma parede impermeável construída dentro da terra e que se eleva a uma altura de cerca de 50 cm acima da superfície, no sentido contrário à descida das águas. A barragem subterrânea forma uma vazante artificial temporária, na qual o terreno permanece úmido por um período de dois a cinco meses após a época chuvosa, permitindo a plantação mesmo na estiagem.

Barreiro para irrigação de salvação - O modelo proposto pela Embrapa constitui de uma pequena barragem de terra, formada por uma área de captação, um tanque de armazenamento e uma área de plantio, que possibilita a captação e o armazenamento das águas que escoam no solo, para uso durante os períodos secos, por meio da irrigação de salvação. É muito utilizado para irrigar as culturas nos veranicos que comumente ocorrem nesse período, ajudando a diminuir o estresse hídrico. (Fonte: Embrapa)
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COLHEDORES DE FLORES DO BRASIL TORNAM-SE PATRIMÔNIO AGRÍCOLA MUNDIAL

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reconheceu hoje (12) o sistema de colheita de flores "sempre-vivas" na Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, região Sudoeste do Brasil, como "um engenhoso sistema de patrimônio agrícola mundial".

O registro, criado em 2002 pela FAO, distingue lugares onde a produção tradicional trabalha em prol da segurança alimentar das comunidades, respeitando a biodiversidade e a vida selvagem.

Esta foi a primeira vez que a agência das Nações Unidas distinguiu o Brasil. Já houve reconhecimento de registro de patrimônio agrícola mundial em 22 países.

Ao justificar a escolha, a FAO destacou que a região do Espinhaço, no norte de Minas Gerais, é coberta por uma savana onde os agricultores locais colhem flores "sempre-vivas", combinando essa atividade de jardinagem no mercado agroflorestal com o pastoreio de gado e o cultivo de campos ao pé das colinas.

Esse complexo sistema é baseado num "profundo conhecimento dos ciclos naturais, dos ecossistemas e da flora", bem como em "práticas tradicionais" transmitidas de uma geração para outra por mais de um século, que permitem aos moradores "viver em harmonia com o meio ambiente, garantindo sua segurança alimentar e meios de subsistência", acrescentou a agência da ONU.

Ao respeitar os ciclos naturais e as práticas tradicionais de movimentação, os agricultores participam da salvaguarda das culturas e da vegetação nativa, permitindo a sua regeneração.

Criado pela FAO na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em 2002, o registro dos Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) reconhece 33 locais na Ásia, três na África, seis no norte da África e no Oriente Médio e três na América Latina.

Na Europa, há dois locais na Espanha: a produção de sal no vale de Anana e o sistema de produção de uvas de Málaga, em Axarquía.

A agricultura brasileira, baseada num sistema industrial de produção intensiva, está em pleno desenvolvimento, incentivada pelo governo. Este ano, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos pela primeira vez e se tornar o principal produtor mundial de soja.

Fonte: *Emissora pública de televisão de Portugal

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PADRES BRASILEIROS QUE TRABALHAM NA EUROPA REVELAM COMO ENFRENTAM AMEAÇAS DO CORONAVÍRUS NO VELHO CONTINENTE

O BLOG NEY VITAL, com brasileiros que moram na Europa. Francisco José de Lima trabalha em Valência, Espanha. Natural de Juazeiro do Norte. Cearense Francisco cresceu no Povoado de Vermelhos, localizado em Lagoa Grande, Pernambuco. Francisco é padre e presta assistência espiritual na Europa. Francisco atuou em Lagoa Grande e Petrolina 

A situação segundo ele é momento de muita precaução e cuidados. São 27 países da União Europeia tomados pela ameaça do coronavírus, dois dos principais destinos de brasileiros são também os mais afetados no Velho Continente, Itália e França somam quase 12 mil casos confirmados e 664 mortes. "Uma das festas mais tradicionais de Valência, Fallas foi cancelada.".

"Estamos diante de ilhas de incertezas. Aqui na Europa estamos todos Sob o peso de medidas drásticas ou na expectativa de novas condutas nos próximos dias. A rotina é de apreensões. Fico aqui rezando, afinal a Europa com todo preparo vive no temor, imagino cidades brasileiras que tem filas até para marcar consultas".

Padre Malan, também mora em Valência. Cita o fechamento dos teatros, bibliotecas, escolas, partidas de futebol sem público. "Também nas igrejas algumas medidas se fizeram necessárias: retirada dos recipientes de água, saudação da Paz à distância, só com gesto de cumprimento sem o contato físico".  

No Brasil já há 54 casos confirmados e 893 suspeitos. Um dos casos suspeitos foi notificado em Juazeiro, Bahia. A Secretaria da Saúde em Juazeiro informou ontem terça-feira (10) primeiro caso suspeito do COVID 19 em Juazeiro. Trata-se de uma mulher, residente do Vale do São Francisco que veio do exterior há pouco mais de 7 dias e apresentou os sintomas relacionados ao novo coronavírus. Todas as medidas estão sendo tomadas com base no fluxo elaborado pela Vigilância Epidemiológica Municipal e o Núcleo Regional de Saúde da Região Norte.

A paciente teve material coletado que foi enviado para o Laboratório Central de Salvador (LACEN) e o município aguarda o resultado. As pessoas que tiveram contato com a mesma estão sob monitoramento e todos estão sendo assistidos. A Secretaria informa ainda que todos estão em quarentena domiciliar, com quadro de saúde estável, sem nenhuma gravidade. A SESAU reforça ainda que o município de Juazeiro está com as equipes de saúde preparadas para encaminhamentos em tempo hábil e assistência aos munícipes. 
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CANTOR E COMPOSITOR ANTONIO BARROS COMPLETA 90 ANOS: VIVI SEMPRE A REALIDADE

O cantor e compositor paraibano Antônio Barros completa nesta quarta-feira (11) 90 anos de idade. Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. 

Foram mais de 700 músicas. "Eu acho que seja normal, porque eu nunca levei a sério esse negócio de parabéns para você. Porque sempre fui uma pessoa realista, vivi sempre a realidade", disse Antônio.


Antonio Barros comemora seu aniversário ao lado de sua grande parceira Cecéu e filha Mayra Barros. 2020 é considerado o “Ano Antonio Barros” pela comemoração de sua vida e representação musical brasileira de suma importância. As obras e a vida dos artistas serão apresentadas em circuito nacional através do projeto “Antonio Barros e Cecéu”, um espetáculo musical teatral, documentário cinematográfico e biografia literária.

"Como tive uma vida muito cansativa como era o nordestino que ia para o Rio de Janeiro lutar para conseguir alguma coisa na vida, eu nunca me preocupei com idade, o dia passava e eu não via. Hoje está tudo bem, eu estou feliz", confessa.

Nascido na cidade de Queimadas, Antônio Barros estudou no Grupo Escolar José Tavares. A escola foi fundada em 1937, sendo o primeiro colégio de Queimadas, município com pouco mais de 43 mil habitantes. "Em 1930 não conhecia nada, não sabia que o mundo era redondo", sorri. Fui para Campina Grande, ficamos lá até minha vivência de adulto, fui para Recife, e a partir daí começou minha vida profissional", relata o compositor.

Na mesma escola estudaram alguns primos. O pai de um deles, chamado Adauto, foi quem ensinou Antônio Barros a tocar violão e, depois, o pandeiro. "Toquei pandeiro na rádio. Me lembrei de Jackson, ele já estava no Rio de Janeiro, fui na Rádio Nacional, onde encontrei Jackson. Já que não tinha o que comer, onde dormir, aí fui para o apartamento de Jackson do Pandeiro, foi quem me deu apoio no Rio de Janeiro", conta Antônio Barros.

Já conhecido, ele não deixou de visitar Campina Grande. Em uma dessas viagens, esteve na casa número 128 da rua Vigário Calixto. Hoje tudo está muito mudado. Mas foi em um imóvel de Campina que Antônio Barros conheceu Cecéu: uma parceira para sempre.

"Estava escrito nas estrelas, porque aos meus nove anos eu estudava no colégio São Vicente de Paulo e já ia cantando música de Antônio Barros. Em 1971, quando nos conhecemos, ficamos sete meses conversando, e Antônio voltando para o Rio, passou esse tempo lá, quando voltou ele disse para nos unir e fazer uma dupla, porque eu já tinha alguns trabalhos feitos. Eu disse: topo", contou Cecéu.

Quando se fala em parceria não é só sentimental. A dupla gravou um disco de música romântica como Tony e Mary, mas foi no forró que emplacou um sucesso atrás do outro, como "Homem com H". Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino, Os três dos Nordeste, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Alcione, e tantos outros gravaram músicas da dupla.

São muitos prêmios e reconhecimentos pelo trabalho ao longo de décadas de carreira. Para Antônio Barros, a idade não é tão importante assim. Mas para alguns artistas, é de extrema importância.

Jorge de Altinho: "Antônio Barros para mim é um deus da música nordestina, um dos maiores compositores do Brasil e eu sempre tive essa ligação com ele, desde o início da minha carreira que gravo composições dele e de Céceu. Fizemos muito sucesso. Ainda hoje nos meus shows eu canto suas músicas. Para mim é um pai de conselho, um pai que me ensinou muito da música, eu devo muito a Antônio Barros, uma figura maravilhosa".

Alcymar Monteiro: "Alô meu querido amigo Antônio Barros, poeta maior da música do nordeste e brasileira, quero lhe parabenizar pelos seus 90 anos de vida e por essa trajetória linda e maravilhosa da sua carreira".

Elba Ramalho: "Quero mandar os parabéns bem forte e coloroso, um abraço bem apertado, para esse grande compositor paraibano, grande mestre do forró. Um dos melhores, um dos maiores. Já gravei mais de 50 músicas da dupla Antônio Barros e Cecéu na minha carreira. Fico muito honrada em fazer parte da sua história e da sua vida". (Fonte: Herbet Araújo TV Paraíba)
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PEDAGOGIA DA ESPERANÇA: CURSO DO CETEP PROMOVE QUALIFICAÇÃO EM AGROECOLOGIA

O Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco (antiga Escola Agrotécnica) é uma das pioneiras na oferta do Curso Técnico em Agroecologia. O CETEP conta com professores e especialistas nas diversas áreas. São docentes com grau de especialistas, mestre e doutores de notório saber.

O biólogo, especialista em Educação Ambiental, atual vice diretor do CETEP, Robério Granja, aponta que o desafio é vencer as dificuldades e garantir espaço para a formação profissional. "Temos vários cursos, exemplo Técnico em Enfermagem, Agropecuária, Informática, Segurança do Trabalho e este ano o de Agroecologia, que também tem uma turma em Sobradinho, Bahia,  no Assentamento Vale da Conquista, na Escola Chico Mendes. O curso ano passado também foi ofertado no Distrito de Massaroca".

Robério ainda revela a aceitação do curso de agroecologia nas áreas de assentamentos e associação de agricultores familiares e também de grandes empresas da região. "O curso tem uma missão ecológica busca ser um contraponto à agricultura convencional. O projeto tem se destacado como um espaço constante de troca de experiências e desenvolvimento de novas técnicas neste campo".

A professora Janine Souza da Cruz, concluiu o Curso de Agronomia na Uneb (Universidade do Estado da Bahia) e atualmente integra o quadro do CETEP. A professora avalia que agroecologia tem ganho destaque cada vez maior e abre novas expectativas. 

"A preocupação com alimentos mais seguros tem levado muitas pessoas a procurar os alimentos livres de agrotóxicos e por isto é de suma importância valorizar às bases agroecológicas, difundindo assim práticas alimentares, orientadas pelos conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais. Sendo assim, a agroecologia é capaz de contribuir com um mundo melhor", diz Janine.

Orlando José Vieira, mora na comunidade do Teixeira, localizado em Sobradinho, Bahia.  É Técnico em Agroecologia. Foi um dos alunos da turma pioneira em agroecologia. Ainda estudante foi um dos responsáveis por criar um pomada agroecológica feita com plantas nativas. Orlando é um dos bons exemplos de uma pedagogia voltada para o ser humano. Na comunidade ele se orgulha da produção mostrando até abacaxi orgânico.

Orlando explica que muitas desvantagens da produção convencional não são levadas em conta como o alto consumo energético, o custo ambiental e os aspectos sociais negativos relacionados a este modelo convencional. Por isto o técnico aponta que a agroecologia tem se mostrado uma alternativa também no quesito quantitativo.

"A agroecologia é o equilíbrio entre a produção de alimentos e a responsabilidade ambiental", destaca Orlando ressaltando algumas das vantagens como a oferta de alimentos sem agrotóxicos e a diminuição da contaminação do meio-ambiente e da intoxicação de produtores rurais, um problema recorrente no campo.

"Sou apaixonado pela agroecologia. Tenho gratidão ao aprendizado e por isto hoje atuo no empoderamento dos agricultores e sua famílias. Acredito no diálogo e no trabalho coletivo pelo amor à natureza", finalizou Orlando Vieira. 
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GOVERNO BOLSONARO EXCLUI ÓRGÃO GESTOR DO MEMORIAL QUILOMBO DOS PALMARES

Somado com um forte discurso anti-ambiental, cultural e histórico o governo de Jair Messias Bolsonaro tem feito do desmonte de políticas e órgãos públicos a essência de seu mandato. O futuro do Patrimônio Ambiental, histórico e Cultural brasileiro estão em xeque.

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União de ontem terça-feira (10) extinguiu o comitê gestor do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em Alagoas. A decisão do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, também exclui outros seis órgãos colegiados. 

O comitê foi criado após o reconhecimento da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul em 2017. O grupo era composto por representantes da sociedade civil, líderes de religiões de matrizes africanas de Alagoas e pelo poder público, entre eles, a prefeitura de União dos Palmares, o Governo de Alagoas, o Iphan, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

Com a exclusão, o poder de decisão sobre as ações que serão adotadas no local passa a se concentrar nas mãos do presidente da fundação. 

Além do comitê de Alagoas, foram extintos a Comissão Permanente de Tomada de Contas Especial; o Comitê de Governança; o Comitê de Dados Abertos; a Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística Sustentável; a Comissão Especial de Inventário e de Desfazimento de Bens e o Comitê de Segurança da Informação.

Zumbi dos Palmares, uma das principais lideranças negras da história do país. O nome faz referência ao Quilombo dos Palmares, maior espaço de resistência de escravos durante mais de um século no período colonial (1597-1704).

A Serra da Barriga foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1985. Em 2007, foi aberto o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, próximo à cidade de União dos Palmares, a cerca de 80 quilômetros da capital do estado, Maceió. O espaço ainda é o único parque temático voltado à cultura negra no Brasil.

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SEMINÁRIO MARCA OS 120 ANOS DE GILBERTO FREYRE

Considerado um dos precursores na descentralização de uma visão colonizadora sobre a sociedade brasileira, o sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987) colocou negros e indígenas na discussão sobre a formação de nossa identidade nacional. Neste domingo (15), o pensador completaria 120 anos de vida. Para celebrar a obra e a importância do pesquisador para a contemporaneidade, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promove, nestas quarta (11) e quinta-feira (12), o seminário “Gilberto Freyre: 120 anos de pioneirismo”, na Sala Calouste Gulbenkian, no campus Casa Forte, na Zona Norte do Recife.

Dentro da programação, conferência e mesas-redondas discutirão o papel de Gilberto Freyre para a sociologia e antropologia modernas. “Gilberto Freyre enxergava além de seu tempo. Até hoje, às vésperas de completar 120 anos, suas análises continuam norteando muitos estudiosos quanto aos aspectos históricos, sociopolíticos e tradicionais da cultura brasileira. A Fundaj criou esse seminário para homenagear seu criador em suas mais diversas faces. É um homem que precisa ser celebrado tanto quanto sua riqueza literária e seu intelecto ainda tão contemporâneo”, enfatiza o presidente da Fundaj, Antônio Campos, que fará a abertura da série de discussões, às 14h30.

Além da abertura, duas mesas-redondas serão realizadas. “As várias faces de um escritor”, que será comandada pelo ensaísta e presidente da Academia Pernambucana de Letras (APL), Lucilo Varejão Neto, vai abordar a perspectiva literária de Freyre na pesquisa científica-acadêmica. Nesta quinta, a antropóloga Fátima Quintas comanda a discussão “Memória e Contemporaneidade”, ao lado do secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto; e o presidente da Fundaj, Antônio Campos; além dos professores Anco Márcio e André de Sena.

Para a antropóloga e imortal da APL Fátima Quintas, que idealizou o seminário, Gilberto Freyre deixou um legado na linguagem científica brasileira. “Foi o primeiro intérprete da sociedade brasileira, extremamente inovador. Ele escreveu um ensaio com uma literatura linda, quando na época os ensaios tinham uma linguagem dura e rígida. Neste ponto de vista, ele foi totalmente inovador e com uma linguagem sedutora na ciência”, afirma Fátima, que chegou a trabalhar junto ao sociólogo.

Depois dos ciclos de palestras, amanhã, a Fundação Joaquim Nabuco vai lançar o livro "Casa-Grande Severina 120 anos de Gilberto Freyre 100 anos de João Cabral de Melo Neto", uma obra que guarda os anais das palestras e conferências realizadas no Seminário Internacional Casa-Grande Severina, promovidos pela instituição no dezembro do ano passado.
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