CANTOR E COMPOSITOR ANTONIO BARROS COMPLETA 90 ANOS: VIVI SEMPRE A REALIDADE

O cantor e compositor paraibano Antônio Barros completa nesta quarta-feira (11) 90 anos de idade. Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. 

Foram mais de 700 músicas. "Eu acho que seja normal, porque eu nunca levei a sério esse negócio de parabéns para você. Porque sempre fui uma pessoa realista, vivi sempre a realidade", disse Antônio.


Antonio Barros comemora seu aniversário ao lado de sua grande parceira Cecéu e filha Mayra Barros. 2020 é considerado o “Ano Antonio Barros” pela comemoração de sua vida e representação musical brasileira de suma importância. As obras e a vida dos artistas serão apresentadas em circuito nacional através do projeto “Antonio Barros e Cecéu”, um espetáculo musical teatral, documentário cinematográfico e biografia literária.

"Como tive uma vida muito cansativa como era o nordestino que ia para o Rio de Janeiro lutar para conseguir alguma coisa na vida, eu nunca me preocupei com idade, o dia passava e eu não via. Hoje está tudo bem, eu estou feliz", confessa.

Nascido na cidade de Queimadas, Antônio Barros estudou no Grupo Escolar José Tavares. A escola foi fundada em 1937, sendo o primeiro colégio de Queimadas, município com pouco mais de 43 mil habitantes. "Em 1930 não conhecia nada, não sabia que o mundo era redondo", sorri. Fui para Campina Grande, ficamos lá até minha vivência de adulto, fui para Recife, e a partir daí começou minha vida profissional", relata o compositor.

Na mesma escola estudaram alguns primos. O pai de um deles, chamado Adauto, foi quem ensinou Antônio Barros a tocar violão e, depois, o pandeiro. "Toquei pandeiro na rádio. Me lembrei de Jackson, ele já estava no Rio de Janeiro, fui na Rádio Nacional, onde encontrei Jackson. Já que não tinha o que comer, onde dormir, aí fui para o apartamento de Jackson do Pandeiro, foi quem me deu apoio no Rio de Janeiro", conta Antônio Barros.

Já conhecido, ele não deixou de visitar Campina Grande. Em uma dessas viagens, esteve na casa número 128 da rua Vigário Calixto. Hoje tudo está muito mudado. Mas foi em um imóvel de Campina que Antônio Barros conheceu Cecéu: uma parceira para sempre.

"Estava escrito nas estrelas, porque aos meus nove anos eu estudava no colégio São Vicente de Paulo e já ia cantando música de Antônio Barros. Em 1971, quando nos conhecemos, ficamos sete meses conversando, e Antônio voltando para o Rio, passou esse tempo lá, quando voltou ele disse para nos unir e fazer uma dupla, porque eu já tinha alguns trabalhos feitos. Eu disse: topo", contou Cecéu.

Quando se fala em parceria não é só sentimental. A dupla gravou um disco de música romântica como Tony e Mary, mas foi no forró que emplacou um sucesso atrás do outro, como "Homem com H". Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino, Os três dos Nordeste, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Alcione, e tantos outros gravaram músicas da dupla.

São muitos prêmios e reconhecimentos pelo trabalho ao longo de décadas de carreira. Para Antônio Barros, a idade não é tão importante assim. Mas para alguns artistas, é de extrema importância.

Jorge de Altinho: "Antônio Barros para mim é um deus da música nordestina, um dos maiores compositores do Brasil e eu sempre tive essa ligação com ele, desde o início da minha carreira que gravo composições dele e de Céceu. Fizemos muito sucesso. Ainda hoje nos meus shows eu canto suas músicas. Para mim é um pai de conselho, um pai que me ensinou muito da música, eu devo muito a Antônio Barros, uma figura maravilhosa".

Alcymar Monteiro: "Alô meu querido amigo Antônio Barros, poeta maior da música do nordeste e brasileira, quero lhe parabenizar pelos seus 90 anos de vida e por essa trajetória linda e maravilhosa da sua carreira".

Elba Ramalho: "Quero mandar os parabéns bem forte e coloroso, um abraço bem apertado, para esse grande compositor paraibano, grande mestre do forró. Um dos melhores, um dos maiores. Já gravei mais de 50 músicas da dupla Antônio Barros e Cecéu na minha carreira. Fico muito honrada em fazer parte da sua história e da sua vida". (Fonte: Herbet Araújo TV Paraíba)
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PEDAGOGIA DA ESPERANÇA: CURSO DO CETEP PROMOVE QUALIFICAÇÃO EM AGROECOLOGIA

O Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco (antiga Escola Agrotécnica) é uma das pioneiras na oferta do Curso Técnico em Agroecologia. O CETEP conta com professores e especialistas nas diversas áreas. São docentes com grau de especialistas, mestre e doutores de notório saber.

O biólogo, especialista em Educação Ambiental, atual vice diretor do CETEP, Robério Granja, aponta que o desafio é vencer as dificuldades e garantir espaço para a formação profissional. "Temos vários cursos, exemplo Técnico em Enfermagem, Agropecuária, Informática, Segurança do Trabalho e este ano o de Agroecologia, que também tem uma turma em Sobradinho, Bahia,  no Assentamento Vale da Conquista, na Escola Chico Mendes. O curso ano passado também foi ofertado no Distrito de Massaroca".

Robério ainda revela a aceitação do curso de agroecologia nas áreas de assentamentos e associação de agricultores familiares e também de grandes empresas da região. "O curso tem uma missão ecológica busca ser um contraponto à agricultura convencional. O projeto tem se destacado como um espaço constante de troca de experiências e desenvolvimento de novas técnicas neste campo".

A professora Janine Souza da Cruz, concluiu o Curso de Agronomia na Uneb (Universidade do Estado da Bahia) e atualmente integra o quadro do CETEP. A professora avalia que agroecologia tem ganho destaque cada vez maior e abre novas expectativas. 

"A preocupação com alimentos mais seguros tem levado muitas pessoas a procurar os alimentos livres de agrotóxicos e por isto é de suma importância valorizar às bases agroecológicas, difundindo assim práticas alimentares, orientadas pelos conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais. Sendo assim, a agroecologia é capaz de contribuir com um mundo melhor", diz Janine.

Orlando José Vieira, mora na comunidade do Teixeira, localizado em Sobradinho, Bahia.  É Técnico em Agroecologia. Foi um dos alunos da turma pioneira em agroecologia. Ainda estudante foi um dos responsáveis por criar um pomada agroecológica feita com plantas nativas. Orlando é um dos bons exemplos de uma pedagogia voltada para o ser humano. Na comunidade ele se orgulha da produção mostrando até abacaxi orgânico.

Orlando explica que muitas desvantagens da produção convencional não são levadas em conta como o alto consumo energético, o custo ambiental e os aspectos sociais negativos relacionados a este modelo convencional. Por isto o técnico aponta que a agroecologia tem se mostrado uma alternativa também no quesito quantitativo.

"A agroecologia é o equilíbrio entre a produção de alimentos e a responsabilidade ambiental", destaca Orlando ressaltando algumas das vantagens como a oferta de alimentos sem agrotóxicos e a diminuição da contaminação do meio-ambiente e da intoxicação de produtores rurais, um problema recorrente no campo.

"Sou apaixonado pela agroecologia. Tenho gratidão ao aprendizado e por isto hoje atuo no empoderamento dos agricultores e sua famílias. Acredito no diálogo e no trabalho coletivo pelo amor à natureza", finalizou Orlando Vieira. 
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GOVERNO BOLSONARO EXCLUI ÓRGÃO GESTOR DO MEMORIAL QUILOMBO DOS PALMARES

Somado com um forte discurso anti-ambiental, cultural e histórico o governo de Jair Messias Bolsonaro tem feito do desmonte de políticas e órgãos públicos a essência de seu mandato. O futuro do Patrimônio Ambiental, histórico e Cultural brasileiro estão em xeque.

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União de ontem terça-feira (10) extinguiu o comitê gestor do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em Alagoas. A decisão do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, também exclui outros seis órgãos colegiados. 

O comitê foi criado após o reconhecimento da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul em 2017. O grupo era composto por representantes da sociedade civil, líderes de religiões de matrizes africanas de Alagoas e pelo poder público, entre eles, a prefeitura de União dos Palmares, o Governo de Alagoas, o Iphan, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

Com a exclusão, o poder de decisão sobre as ações que serão adotadas no local passa a se concentrar nas mãos do presidente da fundação. 

Além do comitê de Alagoas, foram extintos a Comissão Permanente de Tomada de Contas Especial; o Comitê de Governança; o Comitê de Dados Abertos; a Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística Sustentável; a Comissão Especial de Inventário e de Desfazimento de Bens e o Comitê de Segurança da Informação.

Zumbi dos Palmares, uma das principais lideranças negras da história do país. O nome faz referência ao Quilombo dos Palmares, maior espaço de resistência de escravos durante mais de um século no período colonial (1597-1704).

A Serra da Barriga foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1985. Em 2007, foi aberto o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, próximo à cidade de União dos Palmares, a cerca de 80 quilômetros da capital do estado, Maceió. O espaço ainda é o único parque temático voltado à cultura negra no Brasil.

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SEMINÁRIO MARCA OS 120 ANOS DE GILBERTO FREYRE

Considerado um dos precursores na descentralização de uma visão colonizadora sobre a sociedade brasileira, o sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987) colocou negros e indígenas na discussão sobre a formação de nossa identidade nacional. Neste domingo (15), o pensador completaria 120 anos de vida. Para celebrar a obra e a importância do pesquisador para a contemporaneidade, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promove, nestas quarta (11) e quinta-feira (12), o seminário “Gilberto Freyre: 120 anos de pioneirismo”, na Sala Calouste Gulbenkian, no campus Casa Forte, na Zona Norte do Recife.

Dentro da programação, conferência e mesas-redondas discutirão o papel de Gilberto Freyre para a sociologia e antropologia modernas. “Gilberto Freyre enxergava além de seu tempo. Até hoje, às vésperas de completar 120 anos, suas análises continuam norteando muitos estudiosos quanto aos aspectos históricos, sociopolíticos e tradicionais da cultura brasileira. A Fundaj criou esse seminário para homenagear seu criador em suas mais diversas faces. É um homem que precisa ser celebrado tanto quanto sua riqueza literária e seu intelecto ainda tão contemporâneo”, enfatiza o presidente da Fundaj, Antônio Campos, que fará a abertura da série de discussões, às 14h30.

Além da abertura, duas mesas-redondas serão realizadas. “As várias faces de um escritor”, que será comandada pelo ensaísta e presidente da Academia Pernambucana de Letras (APL), Lucilo Varejão Neto, vai abordar a perspectiva literária de Freyre na pesquisa científica-acadêmica. Nesta quinta, a antropóloga Fátima Quintas comanda a discussão “Memória e Contemporaneidade”, ao lado do secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto; e o presidente da Fundaj, Antônio Campos; além dos professores Anco Márcio e André de Sena.

Para a antropóloga e imortal da APL Fátima Quintas, que idealizou o seminário, Gilberto Freyre deixou um legado na linguagem científica brasileira. “Foi o primeiro intérprete da sociedade brasileira, extremamente inovador. Ele escreveu um ensaio com uma literatura linda, quando na época os ensaios tinham uma linguagem dura e rígida. Neste ponto de vista, ele foi totalmente inovador e com uma linguagem sedutora na ciência”, afirma Fátima, que chegou a trabalhar junto ao sociólogo.

Depois dos ciclos de palestras, amanhã, a Fundação Joaquim Nabuco vai lançar o livro "Casa-Grande Severina 120 anos de Gilberto Freyre 100 anos de João Cabral de Melo Neto", uma obra que guarda os anais das palestras e conferências realizadas no Seminário Internacional Casa-Grande Severina, promovidos pela instituição no dezembro do ano passado.
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JUAZEIRO: AGRICULTORAS DA HORTA COMUNITÁRIA COMEMORAM O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

As comemorações em homenagem ao dia Internacional da Mulher, na Horta Comunitária Povo Unido, do bairro João Paulo II, tiveram início cedinho, na manhã dessa segunda –feira (09). Palestras sobre empoderamento feminino, autocuidado marcaram o encontro promovido pelas agricultoras, pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro (STRJ) e pelo vereador Agnaldo Meira.

As agricultoras foram recepcionadas com um café da manhã coletivo. Em seguida, participaram de palestras com o corpo de bombeiros, sobre primeiros socorros. A moradora do bairro Antônio Guilhermino, Audenisse Souza Silva e colaboradora do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), realizou uma conversa com as mulheres a respeito do lugar de fala e empoderamento feminino.

Para a presidente da Horta Orgânica, Ana Cristina Novaes de Souza “foi um momento muito enriquecedor, que demonstrou a importância e força de nós mulheres do campo, no lar e no trabalho, afinal o lugar de mulher é onde ela quiser”, afirmou.

O STRJ também realizou um debate sobre o papel da mulher na agricultura familiar. “É importante a realização desses debates, para que as trabalhadoras possam visualizar os direitos alcançados ao longo dos anos e a luta pela manutenção dessas conquistas”, destacou Regina Lúcia Vieira.

O vereador Agnaldo Meira esteve presente a comemoração e destacou a importância do trabalho realizado pelas agricultoras da Horta Orgânica do bairro João Paulo II. “As mulheres agricultoras da horta do bairro João Paulo II tem desenvolvido um trabalho muito importante em nossa cidade, na garantia de uma alimentação saudável e precisamos potencializar a realização de eventos como esse, que destacam a importância da mulher, do trabalho feminino e dos seus espaços de ocupação”, finalizou Meira. (Fonte: Ascom Sheila Feitosa)
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MULHERES TRABALHADORAS SEM TERRA OCUPAM AS RUAS DE JUAZEIRO BAHIA CONTRA POLÍTICAS DO GOVERNO BOLSONARO

Na manhã desta segunda-Feira (9), mais de 600 mulheres Sem Terra ocuparam as ruas da cidade de Juazeiro (BA), em repúdio às políticas de privatização das terras e das águas implementadas pelo Governo Bolsonaro para o campo. A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres pela Reforma Agrária, marcada por mobilizações em todo o Brasil.

Elas denunciam a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o governo federal pelo não cumprimento do acordo de assentar 800 famílias Sem Terra, conforme termo de acordo celebrado em 2008, entre a Casa Civil, a Secretaria Geral da Presidência da República, a Codevasf, o Incra, a Ouvidoria Agrária Nacional e as famílias Sem Terra.

Segundo Naiara Santos, da direção estadual do MST, “a jornada de lutas das mulheres se intensifica no mês de março. Esse ano com o lema ‘Mulheres Sem Terra, Semeando Resistência’, traduz o que passamos diariamente em razão do patriarcado. Temos mais de 3.500 companheiras em Brasília lutando por nossos direitos, que estão sendo arrancados de nós, e hoje estamos aqui em Juazeiro lutando também e semeando a resistência que a mulher tem, principalmente a mulher Sem Terra”.

“O desgoverno de Bolsonaro tem afligido cada vez mais as mulheres, sejam elas do campo ou da cidade, e nossa ação hoje é um grito em alto e bom som, afirmando que não permaneceremos inertes frente aos desmandos e retrocessos, continuaremos em luta e semeando resistência”, finaliza.

Para as trabalhadoras Sem Terra “o governo federal, através de empresas como Codevasf e o Incra estão perseguindo e despejando as famílias Sem Terra acampadas no perímetro irrigado às margem do Rio São Francisco, com o objetivo de privatizar os bens naturais e entregar para o capital financeiro internacional”, afirmam as trabalhadoras.

No dia 25 de novembro de 2019 mais de 650 famílias foram despejadas violentamente dos acampamentos Abril Vermelho, em Juazeiro, Iranir de Souza e Irmã Dorothy, em Casa Nova. Vários tratores da Codevasf, escoltados pela Polícia Federal, destruíram casas, escolas, igrejas, postos de saúde e as plantações das famílias.

Para Fátima Santos, da direção estadual do MST, “a ação é uma das formas que as famílias Sem Terra encontraram para exigir das autoridades, em nível estadual e federal, em especial a Codevasf e o Incra, o respeito e o devido cumprimento do acordo firmado em 2008, assentando definitivamente as 800 famílias acampadas”.

“A ação de despejo da Codevasf junto com o governo federal teve caráter de perseguição, causando muito sofrimento às famílias e afetando diretamente a economia local dos municípios de Sobradinho, Juazeiro e Casa Nova. Pois, as famílias acampadas tinham uma produção diversificada de frutas, verduras, caprinos e psicultura que abastecia as feiras locais e o Mercado de Produtos de Juazeiro, aportando a economia mais de R$ 14 milhões por ano”, explica Santos.

Os perímetros são fruto do processo de transposição do Rio São Francisco, cujo objetivo é levar as águas do manancial aos pequenos agricultores e às comunidades carentes, porém, na prática, esse ideal não se concretiza.

Existe toda uma cadeia do agronegócio que disputa as áreas do perímetro com as famílias Sem Terra. Esse processo de disputa na via institucional tem travado o desenrolar das negociações com a Codevasf para garantir as diversas e reiteradas desapropriações.

Exemplo disso foi a última invasão da Polícia Federal aos acampamentos Abril Vermelho, Irmã Dorothy e Iranir, nos municípios de Casa Nova e Juazeiro, no dia 25 de novembro de 2019. Na ocasião, os policiais utilizaram violentamente da força, destruindo casas, escolas, lavouras, deixando um cenário de desolamento e guerra.

Buscando garantir seus direitos, em abril de 2007, cerca de mil famílias do MST construíram o acampamento Vale do Salitre, nas proximidades de uma das casas de bombas mantidas pela Codevasf. Um ano depois, um acordo feito com o governo da Bahia, governo federal e órgãos como o Incra e a Codevasf fez com que as famílias fossem transferidas para uma área em Sobradinho (BA), com a promessa dos órgãos que construiriam a estrutura necessária para um assentamento.

Entretanto, em 2020, apesar das diversas tratativas, o acordo ainda não foi cumprido pelos órgãos envolvidos, e as famílias continuam resistindo, apesar dos despejos, e exigindo o acesso à água e terra. (Coletivo MST Bahia)

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POETA ANTONIO FRANCISCO PARTICIPA DO CONGRESSO INTERNACIONAL DO LIVRO, LEITURA E LITERATURA DO SERTÃO 2020, NO MÊS DE MAIO EM PETROLINA

O poeta Antonio Francisco, conhecido como o Poeta da Paz, será um dos integrantes  um dos Congresso Internacional do Livro, Leitura e Literatura no Sertão 2020, em Petrolina, evento que será realizado entre os dias 04 e 09 de maio.

A programação da 5º edição do Clisertão vai contar com apresentações musicais, mesas redondas, exposições artísticas, feira de livros, visitas técnicas, exibições de filmes e conferências. 

No dia 04 de maio, às 18hs está previsto uma mesa redonda com o tema Zuada: declamação de poemas, música boa e ruim, karaokê e outros troços que fazemos porque somos... Humanos. Coordenação Vlader Nobre (UPE Campus Petrolina).

19h: Local-Universal: o mundo todo cabe na minha cabeça. Mesa com os escritores homenageados do 5.º Clisertão. Mediação do jornalista e escritor Carlos Laerte.

19h40: Conferência.  O texto como prótese reflexiva. Com a Profa. Dra. Lucia Santaella (PUC-São Paulo), vencedora do Prêmio Jabuti.

​20h30: “Ai Se Sêsse...” Recital com os poetas Chico Pedrosa (Olinda-PE), Gerado do Norte (Rio de Janeiro) e Antônio Francisco (Mossoró-RN).

Antonio Francisco é graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor. Aos 46 anos começou sua carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste e não tinha tempo para outras atividades. Muitos de seus poemas  são alvos de estudos e pesquisas de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem. Antonio Francisco é atualmente tema de tese de mestrado e doutorados. 

Muitos de seus poemas já são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem. Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. 

"Como pode a natureza Num Clima tão quente e seco Numa terra indefesa Com tanta adversidade Criar Tamanha beleza. Não temos coragem de cortar uma árvore bela pra fazer uma cadeira somente pra sentar nela. Achamos melhor ficarmos sentados na sombra dela"!

Os versos são de Antonio Francisco e o diretor da editora Queima Bucha, Gustavo Luz comenta que o poeta Antonio Francisco é um caso raro!

Antonio é simples, sempre de bom humor com a vida. Nos dias atuais, onde a ganancia humana não tem limite é uma Riqueza saber da existência de Antonio Francisco. "Seu coração é de uma pureza rara, de uma bondade tão grande que é um pregador da Paz".

O sonho de Antonio Francisco é sempre de Paz. 

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