PROFESSORA VAI COMANDAR O INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO A PARTIR DE MARÇO

A professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus Pombal, Mônica Tejo Cavalcanti é a nova diretora do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A portaria, assinada pelo ministro Marcos Pontes, foi publicada no Diário Oficial da União.

Mônica Tejo Cavalcanti é graduada em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba; Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimento pela Universidade Federal da Paraíba; Doutora em Engenharia de Processos na área de Alimentos pela Universidade Federal de Campina Grande.

Pelo trabalho desenvolvido na Paraíba, a professora chegou a receber, em 2017, o Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional na categoria inovação e sustentabilidade. Além disso, trabalha em parceria com diversas instituições nacionais e internacionais, coordenando projetos de fomento na área de sustentabilidade e segurança energética, alimentar e hídrica.

Mônica deverá tomar posse no cargo durante solenidade agendada para o dia 11 de março, às 16h, no auditório do Insa.
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PROFESSORES E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Foi-se o tempo do professor sabe tudo. Mas será que alguém, mesmo professor, e bom professor, pode saber tudo? Penso que ninguém sabe tudo! Nem mesmo o especialista mais especializado possui o domínio completo e absoluto acerca dos conteúdos de sua própria área de especialização. Isto porque, como nos ensina Karl Popper, o conhecimento objetivo e impessoal é infinitamente maior do que o conhecimento pessoal e subjetivo. Clarice Lispector, em outro contexto, nos diz que toda sabedoria é limitada: infinita mesma é a ignorância.

Mas houve uma época típica para um típico professor. Aquele que pousava de sabe tudo, de detentor único e exclusivo do saber, de última palavra nos assuntos concernentes à matéria lecionada. Sua ética, fundada no argumento de autoridade, não admitia o erro nem o equívoco, embora, não raro, estivesse inseguro em face do tema ou das questões estudadas. Quantos desses eu não tive, quer no ginásio, quer no Clássico, quer nos cursos de Direito e Letras.

Ora, quero crer que as novas tecnologias da informação definitivamente aposentaram esta espécie de professor. Mas, observemos bem: aposentaram esta espécie. Não vêm, contudo, extinguir necessariamente a figura do professor, como alguns incautos tendem a pensar. Do professor em sala de aula, no confronto direto, vívido e indispensável com os alunos, entregue aos desafios surpreendentes da dialética relação ensino-aprendizagem.

Ciente de que as novas tecnologias da informação, sobretudo a Internet, com seus inumeráveis sites, blogs, twitter, facebooks e outras redes sociais, põe os dados e as informações à disposição, se não de todos, de um contingente cada vez maior, o professor não pode mais se considerar uma autoridade.

Mais que transmitir informação, através de exposições monológicas à moda antiga, deve ser capaz de dialogar com os alunos, aproveitando seus respectivos repertórios e suas experiências de leitura e de vida. Cabe-lhe, sobretudo, dentro de uma nova perspectiva pedagógica, dar o salto qualitativo, orientando mais do que ensinando, e, ao mesmo tempo, sabendo transformar essas informações em conhecimento. Isto é, em conhecimento crítico. É isto o que importa. Somente assim sua atividade terá sentido. (Fonte: professor Hildeberto Barbosa)
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CORONAVÍRUS: JUAZEIRENSES E PETROLINENSES PREOCUPADOS BUSCAM MEIOS DE PRECAVER A DOENÇA EM ALTA NO MUNDO E AGORA NO BRASIL

A Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus, pode apresentar problemas nas vias respiratórias e intestinais. No sistema respiratório os sintomas podem agir de forma leve, moderada ou grave, sendo eles: febre, tosse e dificuldade para respirar. Para evitar o contágio pelo vírus, os cuidados se assemelham aos de outras gripes comuns. 

Por se propagar através de gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro, que podem ser passados em um aperto de mão ou contato de superfícies contaminadas com a mucosa do ser saudável, lavar as mãos com frequência e evitar contato com as mucosas é essencial.

Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país, a preocupação com a doença vinda da Ásia aumenta. No Brasil e países da América Latina reforçam medidas de controle e alertam populações.

Para se proteger, muitos juazeirense e petrolinenses têm recorrido ao uso do álcool gel e em casos de proteção mais extremos usar máscaras. Outros agora admitem que lavas as mãos com mais frequência com álcool gel.

Em todo o Brasil o preço desses equipamentos de proteção se multiplicou. O valor médio da máscara em Juazeiro e Petrolina custa cinquenta centavos. No sudeste e sul o custo das máscaras passou de uma média de R$ 2 para R$ 20 nos primeiros dias do mês. 

O empresário e dono de farmácia, Diego Andrade diz que depois que uma contraprova realizada pelo governo brasileiro confirmou o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil e na América Latina, a reação pela procura, principalmente de álcool gel foi imediata.

O balanço provisório da epidemia do novo coronavírus é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infectados, de acordo com dados divulgados por mais de 40 países e territórios.

As máscaras faciais podem não ser a melhor maneira de se proteger da transmissão da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas sem sintomas respiratórios, como tosse, não precisam usar máscara médica.

As maneiras mais eficazes de proteger a si e aos outros contra o novo coronavírus são limpar frequentemente as mãos, cobrir a tosse com a curva do cotovelo ou tecido e manter uma distância de pelo menos um metro de pessoas tossindo ou espirrando, diz a OMS. 

Para a infectologista e virologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Nancy Bellei, a máscara cirúrgica não tem 100% de eficácia e seu uso não é recomendado no trabalho nem em ambiente externo.
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2020 É INSPIRADA NA SANTA DULCE

"Fraternidade e vida: Dom e Compromisso”. Inspirada em Santa Dulce dos Pobres, a Campanha da Fraternidade de 2020 traz a proposta de cuidado com a vida por meio da prática da caridade. O lançamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (26/2), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Durante a explicação da escolha ao tema, o secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella, citou situações contemporâneas que põem em risco o valor da vida. “As mortes nas ruas, nas macas de hospitais, por balas perdidas, fome, desemprego, ausência de moradia, inexistência de educação para todos, devastação dos campos e reservas indígenas, índices crescentes de suicídio”. Para ele, é necessário refletir se os casos não estariam sendo tratados com tamanha indiferença ao ponto que “estamos passando a acreditar que a morte seja a solução para muitos problemas”, questionou. 

A Campanha da Fraternidade está na 56ª edição e tem como objetivo propor a evangelização em consonância com a realidade contemporânea, resgatando necessidades vigentes de solução. Durante o ano, a igreja fomenta a participação dos fiéis e da comunidade em geral, discute o tema e propõe soluções centradas ao tema. 

As arrecadações com oferta direcionadas à campanha são enviadas ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), que distribui a verba entre projetos que fortaleçam as missões anuais. É o que explica o coordenador executivo de campanhas, padre Patriky Samuel Batista. "A campanha do ano passado direcionou R$ 3 milhões a 238 projetos selecionados. Com o auxílio, a ideia é que essas ações se desenvolvam e possam gerar uma nova rede de ajuda", disse. 

As ações deste ano estão centradas no compromisso de servir e ajudar aos mais necessitados com atitudes concretas, servindo-se do exemplo de vida de Santa Dulce, primeira brasileira a ser canonizada pela igreja Católica. "O importante é fazer a caridade. Sigam o testemunho de Santa Dulce e colaborem para transformar a vida de tanta gente que precisa do cuidado, carinho e amor", pediu Maria Rita Pontes, sobrinha da santa e superintendente das obras sociais fundadas pela tia, na Bahia. 

Irmã Dulce era uma freira baiana conhecida por muitos como "anjo bom da Bahia". Ainda jovem, ingressou na vida religiosa e começou a exercer um chamado de caridade, servindo a pobres e doentes. A persistência e delicadeza foram qualidades essenciais para a criação de um dos maiores e mais respeitados trabalhos filantrópicos do país: as Obras Sociais da Irmã Dulce (Osid). 

As raízes da entidade datam de 1949, quando sem ter para onde ir com 70 doentes, a religiosa pediu autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio. O episódio fez surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um simples galinheiro.

Santa Dulce foi canonizada em 13 de outubro de 2019 em cerimônia presidida pelo Papa Francisco, se tornando a primeira santa brasileira.  
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RETORNO DA ARARINHA AZUL AO SERTÃO DE CURAÇÁ TERÁ A PRESENÇA DO CANTOR FLÁVIO LEANDRO

O meu desejo é te ver voando/O meu desejo é te ver voltar/Minha esperança é te ver voando/Da Serra da Borracha até a Serra do Juá... O semiárido está por ti em festa/O xique-xique sorri pro mandacaru/A sua volta é cada vez mais perto/seja bem-vinda ararinha-azul”.

Os versos da canção Esperança Azul, dos cantores e compositores Fernandindo, Demis Santana e Januário Ferreira, que embalam há anos o sonho dos moradores de Curaçá, no sertão da Bahia, de ver de volta a ararinha-azul, ave exclusiva da região e extinta na natureza, ecoaram mais uma vez em meio à Caatinga.

No próximo dia 03 de março, 50 ararinhas azuis, vindos da Alemanha, desembarcarão no aeroporto de Petrolina, município pernambucano vizinho a Juazeiro, de onde seguirão para o Centro de Reprodução e Reintrodução que foi construído em Curaçá. Lá, as aves serão preparadas para a soltura no ambiente natural.

O projeto, que une esforços dos governos federal e estadual, organizações não-governamentais (ONGs) e empresas privadas e tem apoio de centros de pesquisa e criatórios no Catar, Alemanha e Bélgica, busca reintroduzir nos próximos anos a ave no seu habitat histórico, a região do Raso da Catarina, no nordeste baiano. Atualmente, existem em torno de 150 exemplares da espécie em cativeiros no Brasil e exterior. 

O cantor Flávio Leandro fará um show, às 21 horas, durante a programação festiva em homenagens as ararinhas azuis. O evento acontece no Teatro Raul Coelho.

“Não vejo a hora disso acontecer”, diz, com sotaque carregado, o vaqueiro Adonário Martins Leite, 71 anos. Adonário é um dos moradores da região que conviveram com a ararinha-azul voando livre nos céus e entre as matas secas da Caatinga. 

“Elas voavam em bando. Eram uma beleza só. Naquela época, não sabíamos o valor que elas tinham. Aos poucos, foram sumindo, por causa dos caçadores, até desaparecerem de vez. Ainda hoje guardo o seu canto na memória”, relembra o vaqueiro, pai de 13 filhos e apaixonado pela Caatinga.

Descoberta no início do século 19 pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix, e exclusiva da Caatinga brasileira, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) teve sua população dizimada pela captura e tráfico de animais silvestres. O último exemplar conhecido na natureza desapareceu em outubro de 2000, e até hoje não se sabe se morreu ou foi capturado por alguém. Desde então, os poucos exemplares que restaram em coleções particulares vêm sendo usados para reproduzir a espécie em cativeiro. Quase todos no exterior. A ararinha é endêmica da Caatinga e considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo. Em 2000, a espécie é classificada como Criticamente em Perigo (CR) possivelmente Extinta na Natureza (EW), restando apenas indivíduos em cativeiro.
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HÁ 75 ANOS, MORRIA MÁRIO DE ANDRADE, UM DOS MAIORES ESCRITORES DO PAÍS

Há 75 anos, o país perdia um de seus maiores escritores e críticos. Morria em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 1945, uma de nossas personalidades mais multifacetadas, que se definiu como “eu sou trezentos, trezentos e cinquenta”: o poeta, escritor, pesquisador, músico, folclorista, crítico de arte e primeiro gestor cultural do Brasil, Mário de Andrade.

“Quando eu morrer quero ficar, não contem aos meus inimigos, sepultado em minha cidade”, escrevera o poeta, que viveu, cresceu, produziu, morreu e foi sepultado em São Paulo.

Mário Raul de Morais Andrade nasceu na cidade de São Paulo em 1893, onde faleceu em 1945. Na infância estudou música, o que o levou a lecionar aulas particulares de piano. Também foi professor de história da música no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.

Sua carreira literária teve início em 1917, com a publicação do livro Há uma Gota de Sangue em Cada Poema. Em 1922, com a publicação de Pauliceia Desvairada, ele colocou em prática seu projeto de renovação do país.

Além de sua carreira na música e na literatura, Mario de Andrade também dirigiu o Departamento de Cultura da Municipalidade Paulistana, mais tarde Secretaria Municipal da Cultura. Nesse departamento surgiu a ideia de criar uma biblioteca que servisse como depositária de toda a história cultural da cidade. Em 1960, essa biblioteca municipal paulistana, a segunda maior do país, recebeu o nome de Mário de Andrade.

Ele foi também um dos principais idealizadores do movimento modernista e da Semana de Arte Moderna, realizada em 1922. Seu livro mais conhecido é Macunaíma, mas ele escreveu também Amar, Verbo Intransitivo; Ensaios sobre a Música Brasileira e Lira Paulistana.

“Parece assombroso uma pessoa ter produzido tanto quanto o Mário de Andrade. E em várias áreas. Ele tinha tempo para ser professor de piano, receber amigos, escrever cartas o tempo todo, de produzir romances e poesias, de gerir um departamento de cultura. É um exemplo para todas as gerações”, disse Marcelo Tápia, diretor geral da Rede de Museus-Casas Literários, em entrevista à Agência Brasil.

A casa onde ele viveu boa parte da vida, na Rua Lopes Chaves, na região da Barra Funda, é hoje um museu e este ano celebra 100 anos de sua construção. Foi nesta mesma casa, que ele definia como Morada do Coração Perdido e agora chamada de Casa Mário de Andrade, que ele morreu de enfarte, aos 51 anos.

Era nesse local que recebia os amigos, artistas e intelectuais, com quem criou a Semana de Arte Moderna; e onde dava aulas de piano. Foi nessa casa também que deixou viva a sua memória. “Saí desta morada que se chama o coração perdido e de repente não existi mais”, escreveu o poeta, certa vez. Nesse lugar ele viveu de 1921, um ano após ser construída, até 1945, quando morreu.

“Esse é um espaço de memória”, contou Marcelo Tápia, falando sobre a casa-museu. “Aqui é também um espaço de resistência porque se reporta a um tempo diverso e é ligado a um personagem que ajudou a fazer a história de São Paulo em vários aspectos, não só como escritor, mas também como professor de piano, como pesquisador da cultura popular e como primeiro diretor do Departamento Municipal de Cultura, o que seria hoje uma Secretaria de Cultura, com a preocupação de preservação do patrimônio e da memória”, disse ele.

“A mãe do Mário vendeu a casa que eles tinham lá no Largo do Paissandu e comprou esse conjunto de sobrados, projeto do famoso arquiteto Oscar Americano. Ela comprou esta casa [onde hoje é a Casa Mário de Andrade) para que morasse junto com uma irmã, a tia e uma filha. A segunda casa era para um irmão do Mário e a terceira seria para o Mário, quando ele se casasse. Como nunca se casou, ele permaneceu morando com a mãe aqui [na Casa Mário de Andrade]”, disse Marcelo Tápia.

A casa guarda hoje apenas alguns objetos da época, pois boa parte do seu acervo foi levada para o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo (USP). Um dos objetos que permanece no local é o piano em que dava aulas, além dos armários que projetou e mandou executar no Liceu de Artes e Ofícios. “Ele trouxe uma inovação à história do mobiliário brasileiro, com móveis feitos sob medida e com vidros para proteger os livros”, contou Tápia.

Para comemorar o centenário de construção dessa casa, o museu prepara, para meados deste ano, uma exposição da história sobre o uso da casa pela família de Mário de Andrade e, também, centro de estudos, teatro-escola, oficina cultural e, mais tarde, museu. (Fonte: Agência Brasil)

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CEARÁ: XILÓGRAFOS DA LIRA NORDESTINA FARÃO VIA SACRA EM JUAZEIRO DO NORTE

Cerca de 15 artistas de Juazeiro do Norte, Ceará, farão xilogravuras retratando as estações da Via Sacra na Rua Caminho do Horto. As xilogravuras serão reproduzidas na estrada que leva à estátua do Padre Cícero, na Colina Horto. 

A iniciativa é da Secretaria de Turismo e Romarias do Município. Boa parte do xilógrafos desenvolvem suas atividades na Lira Nordestina, equipamento cultural vinculado a Pró-reitoria de Extensão – PROEX, da Universidade Regional do Cariri – URCA,  como é o caso dos artistas: Ailton Laurindo, Antônio Dias “Juciê”, Bruno Elias, Cícero Vieira, Cícero Lourenço,  Cosmo Braz, Demontier Lourenço,  Gledyson Moura, José Lourenço e Manoel Inácio.
A ação contará ainda com trabalhos dos artistas Abrão Batista, Francorli, Jô Andrade, Hélio Feraz e o mestre Stênio Diniz.

A previsão é que todas as matrizes de xilogravuras sejam entregues até o final deste mês. Já as pinturas reproduzindo as imagens das gravuras deverão estar prontas no período da Semana Santa, onde o Horto recebe um grande número de romeiros. (Fonte: Ascom Urca)
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