FÃS CLUBES PRESTAM HOMENAGENS AO REI DO BAIÃO E VALORIZAM PATRIMÔNIO CULTURAL DE EXU, PERNAMBUCO

A cada ano já é tradição na terra do Rei do Baião, Exu Pernambuco,  o encontro dos fãs e clubes que prestam homenagens a Luiz Gonzaga. Centenas de pessoas se deslocam de diversos lugares do Brasil para prestigiar a data de nascimento daquele que é uma das maiores referências da música brasileira.

Entre os Clubes de Fãs  presentes nas festividades estão o Eterno Cantador (Paus Ferros-RN), Fã Clube 100% de Santa Cruz do Capibaribe (PE), Irmãos Gonzagueanos (Caruaru PE), Amigos Gonzaguianos (Senhor do Bonfim), Tropa Gonzagueana (Petrolina/Juazeiro), Aracaju, Salvador, Fortaleza. 

Todos os Grupos e Fãs Clubes têm "a benção" do Padre José Fábio que todos os anos participa da

Missa em Ação de Graças na sombra do pé de juazeiro, no Parque Asa Branca. Padre Fabio atua em Sobral, Ceará. Padre Fábio é o fundador do site Na Cabana de Gonzagão.

Admiradoras da biografia de Luiz Gonzaga, as bacharéis em Turismo, pela Universidade Federal do Piauí,  Jacimara Almeida e  Fran Santos; elas viajaram quase 900 km para chegar a Exu, Chapada do Araripe. A origem da viagem Caxingó, Piauí.

"A sanfona é o principal instrumento das festas espalhadas pelo mundo. Fascina pela sua sonoridade, pela diversidade de modelos e gêneros, mas seu encanto transcende o poder da música, porque desperta um afeto misterioso. Talvez pelo fato de ficar junto ao coração do sanfoneiro, ou, quem sabe, por ser um instrumento que é abraçado ao se tocar. Ou ainda, por ser um instrumento que respira.
O fato é que a sanfona une as pessoas e é amada por todos os povos".

O Fã Clube Irmãos Gonzaguianos de Caruaru foi fundado com o objetivo de valorizar a vida e obra de Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Todos os anos está presente em Exu e Garanhuns além do Encontro dos Gonzagueanos que é realizado em Caruaru, Pernambuco. O Fã Clube Irmãos Gonzaguianos tem na diretoria Vanderson Gomes, Nadir Ribeiro, Luiz Carlos e Edilson Guedes.

Edilson Guedes é funcionário público e trabalha em Gravatá Pernambuco. Ele apresenta também o Programa de Rádio Relembrando O Gonzagão e ainda mantém o site com 24 horas no ar tocando músicas de Luiz Gonzaga e todos aqueles que fazem o forró trilhado na sanfona, triangulo e zabumba.

Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco é também conhecida como A Capital do Jeans. Um dos mais ativos grupos, o Fã Clube 100% Gonzagão foi criado desde 2004, os amantes de seu Lula vem manifestado seus gostos e admiração pelo mestre Lua, dando início a um compromisso que se tornou tradição. Todo mês de dezembro, mês do aniversário do Gonzagão, o grupo segue em caravana com destino à Exu-PE, onde acontece uma grandiosa festa em homenagem ao Rei do Baião. 



O Fã Clube 100% Gonzagão distribui camisetas, adesivos e outros brindes, gratuitamente, além de festejar. O trabalho não tem fins lucrativos, toda e qualquer despesa é bancada pelos componentes do grupo 100% Gonzagão. Fortalecendo e dando continuidade a cultura Gonzagueana, todos os anos são realizados em Santa Cruz, festejos para alegria da população, em comemoração as festividades Juninas, ao Forró, Baião e arrasta pé.

O Fã Clube “Eterno Cantador”, de Pau dos Ferros-RN, foi fundado em 13 de agosto de 2011, constituído por fãs e admiradores da vida e da obra do cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião –Gonzagão, tendo por finalidade divulgar, preservar, propagar e enaltecer a obra deste vulto imortal da música popular brasileira e especificamente da nossa região nordeste. 


O precursor deste grupo, hoje com mais de 100 sócios, entre eles os Engenheiros agrônomos Epifanio Silvino do Monte, Euzébio Fernandes Neto e Hélio Diógenes Amorim.

"Todos os anos estamos em Exu Pernambuco e também em Garanhuns no Festival Viva Dominguinhos. O fã clube promove mensalmente suas reuniões sediadas por seus sócios, onde são discutidas e tomadas as decisões inerentes às atividades culturais e recreativas, com também promoverem a confraternização de seus membros e convidados, tendo sempre como fundo musical o repertório do Rei do Baião, executado por sanfoneiros exaltando o nosso forró de verdade", finaliza Helio Diogenes. (Texto jornalista Ney Vital. Fotos: Instagran Facebook)

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VI FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA ACONTECE ENTRE OS DIAS 26 A 28 DEZEMBRO EM JUAZEIRO, BAHIA

A 6ª edição do Festival Internacional da Sanfona reúne oficina, workshops e concertos musicais na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia. O evento acontece entre a quinta-feira (26) e o sábado (28), no Centro de Cultura João Gilberto.

PROGRAMAÇÃO: VI Festival Internacional da Sanfona. 26 a 28 de dezembro de 2019. Quinta, sexta e sábado: 09 horas: Exposição de sanfonas (novas, usadas, montagem, afinação) Marciano Marçall -Foyer
09 horas: Aulas de sanfona 120 baixos (com Chico Chagas) - Sala Multiuso
17 horas: Jam Sanfona Session - Foyer

WORKSHOPS - Sala Multiuso. Quinta (26/12) - A partir das 15h. Por Dentro do Fole – com Fernando Ávila.

Sexta (27/12) - A partir das 15h. Como nasceu o acordeon? Piano dos pobres ou órgão dos ricos? – com Olivier Forel & Danilo Cruces

Sábado (28/12) - A partir das 15h. Acordeon & Tecnologia – com Petar Maric

SHOWS –  ARENA: Quinta (26/12) - A partir das 20h Ivan Greg, Silas França e Fernando Ávila.
Sexta (27/12) - A partir das 20h Raniel Pernalonga, Petar Maric (Sérvia) e Chico Chagas

Sábado (28/12) - A partir das 20h Duo Internacional de Acordeon – "Dos Alpes aos Andes" com Olivier Forel (Suíça) & Danilo Cruces (Chile), Targino Gondim, Chico Chagas, Marciano Marçall

*Quinteto Sanfônico do Brasil (Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinho Cafe, Sebastian Silva e Geo Barbosa) - Encerramento

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A MUSICALIDADE DE JONNEZ, INSTRUMENTISTA NASCIDO EM EXU, TERRA DE LUIZ GONZAGA, REI DO BAIÃO

A música é uma das ferramentas de transformação social. Na terra do Rei do Baião, Jonnez Bezerra é cantor e músico nascido em Exu, Pernambuco. O nome é uma homenagem do pai José e mãe Inês: Jonnez.

Autodidata, Jonnez é um dos frutos da primeira turma do Projeto Asa Branca, criado em 2 de março de 2000, pelo então promotor de Justiça, Francisco Dirceu Barros. “O doutor Francisco era um apaixonado pela cultura gonzagueana, e foi dele a ideia da Fundação Gonzagão. O objetivo até hoje é prestar atendimento a crianças e adolescentes, especialmente as carentes, utilizando a arte e a poesia de Luiz Gonzaga para sua promoção social".

A reportagem deste Blog NEY VITAL encontrou Jonnez durante as celebrações dos 30 anos de saudade de Luiz Gonzaga, 02 de agosto e nesta sexta-feira 13, durante as festividades do nascimento de Luiz Gonzaga. Na Chapada do Araripe, no Sítio Mangueira, um oasis do Sertão, o estudante do curso de Direito, na Urca, Crato, Ceará,  Jonnez Bezerra revela a paixão e diversidade musical.

A primeira fala é para destacar o potencial turístico e cultural de Exu, Pernambuco. No Sítio Mangueira é desenvolvido o Projeto Soltando Vidas-Conservação de Animais Silvestres-SOS Sertão.

Entre o silêncio da natureza e o canto de galos de campinas, asa branca, acauã e canários, os empresários Raimundo Ondes, Eduardo Ferreira e Francisco, conhecido como "Chio das Mangueiras", mantém, entre os Sítios Genipapo e Mangueira um dos espaços mais exuberantes da ecologia brasileira, em especial da Chapada do Araripe, território exaltado e cantado por Luiz Gonzaga.

A virtualidade de Jonnez ecoa na Chapada do Araripe e se faz universal. Cantor, professor, toca sanfona, flauta, violino e teclado entre outros instrumentos. "Nasci e já fui ouvindo música. Meu pai e avô tocavam e é certo que isto influenciou e mais a inspiração das músicas de Luiz Gonzaga", conta Jonnez.

Jonnez trabalha na formação de crianças e jovens no aprendizado musical através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Ele é professor no SCFV, onde todo o trabalho é desenvolvido buscando ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolvendo o sentimento de pertencimento e de identidade cultural, fortalecendo vínculos familiares e incentivando a socialização e a convivência comunitária de crianças e adolescentes em risco de vulnerabilidade social.

Atualmente cerca de 80 crianças e adolescentes da cidade de Exu são assistidas pela prestação de serviço e entre eles o aprendizado de teoria e pratica musical.

“A música é muito importante. Ela é uma forma da gente estimular a garotada e auxiliar na busca de um futuro melhor. A educação é libertadora e pode contribuir com a garantia de um futuro mais digno. Luiz Gonzaga é a prova deste ambiente de possibilidades culturais”, declarou Jonnez. (Texto e Fotos: jornalista Ney Vital)

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JOQUINHA GONZAGA E FAUSTO PILOTO: OS SOBRINHOS DE LUIZ GONZAGA E NETOS DE JANUÁRIO

João Januário Maciel, o sanfoneiro Joquinha Gonzaga e Fausto Luiz Maciel, conhecido por Piloto, são hoje dois descendentes vivos da família Januário e Santana.

Joquinha Gonzaga e Piloto são da terceira geração da família. Todas as irmãs e irmãos de Luiz Gonzaga já morreram.

Joquinha é o sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário. Joquinha Gonzaga, nasceu no dia 01 de abril de 1952, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel. Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. Mora em Exu, Pernambuco.

"Sempre estou contando histórias, músicas de meu tio, músicas minhas, dos meus colegas. Não fujo da minha tradição, das minhas características, que é o forró, o xote, o baião. Eu procuro sempre dar uma satisfação ao público que tem uma admiração à minha família, Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Severino, Chiquinha, Daniel Gonzaga, Gonzaguinha. Meu estilo musical não pode ser diferente. É gonzagueano", diz Joquinha.

Joquinha é o nome artístico dado pelo Rei do Baião e filho de Muniz, segundo Luiz Gonzaga irmã que herdou o dom de rezar muito.

Joquinha aos 12 anos ganhou uma sanfona de oito baixos, o famoso pé de bode. Foram mais de 30 anos viajando ao lado do Tio.

O sanfoneiro conta que quando completou 23 anos, começou a viajar com Luiz Gonzaga e foi aprendendo, conhecendo o Brasil inteiro. "Ele não só me incentivou, como também me educou como homem. Era uma pessoa muito exigente, gostava muito de cobrar da gente pelo bom comportamento. Sempre procurando ensinar o caminho certo. Tudo que ele aprendeu foi com o mundo e assim eu fui aprendendo", revela Joquinha.

Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga. O primeiro LP-disco Joquinha Gonzaga gravou foi -Forró Cheiro e Chamego. Gravou com Luiz Gonzaga "Dá licença prá mais um".

Em 1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem "Tributo a Luiz Gonzaga", em Nova York, no Lincoln Center Festival.

Ninguém conhece melhor o artista do que os músicos que o acompanham. São eles que vivem o dia a dia, enfrentam os bons e maus humores do artista.

Imaginem então, o músico sendo um sobrinho. Fausto Luiz Maciel, é irmão de Joquinha. É um desses músicos privilegiados que conviveram dia a dia os mistérios do Rei do Baião.

Piloto começou a acompanhar o tio Luiz Gonzaga no ano de 1975. Bom ritmista, tocou zabumba e sua primeira gravação com o tio foi no disco Capim Novo, em 1976. Participou de inúmeros trabalhos e viagens lado a lado com Luiz Gonzaga como zabumbeiro, motorista e secretário.

A partir de 1980 seguiu acompanhando Luiz Gonzaga em todos os seus trabalhos, até o ano de seu falecimento, em 1989. Piloto atualmente mora em Petrolina Pernambuco.

O zabumbeiro é irmão de Joquinha Gonzaga, cantor e sanfoneiro, que também acompanhou o tio nas andanças por este Brasil afora.

Piloto conta que conheceu todos os grandes cantores da época, citando Jackson do Pandeiro, Ari Lobo, Abdias, Sivuca, Dominguinhos, Lindu e Marines.  Teve momentos de muitos aprendizados e viu muitos fatos e acontecimentos na carreira do tio, Luiz Gonzaga.  “A gente brigava muito. Eu era perguntador e ele respondão. Com tio Gonzaga não tinha por favor. Era mandão mesmo".

Quando ia gravar um dos últimos discos, eu quis viajar logo para o Rio de Janeiro  com ele, que me pediu que ficasse em Exu, quando precisasse, mandava a passagem e eu iria. Avisei que fizesse isto com antecedência, porque não ia às pressas. E foi o que aconteceu. João Silva me ligou dizendo para eu pegar o ônibus que a gravação ia começar tal dia. Estava muito em cima, respondi que eu não iria. E não fui”. 

Revela hoje que os arroubos faziam parte da idade e uma certa imaturidade e dificuldade de compreender o humor do tio, que "pela manhã estava feliz, no meio dia calado e á noite ninguém perguntasse duas vezes". "Mas houve momentos de muitos abraços e declarações de amor. Bons momentos de felicidades".

Piloto conta que Mais do que somente historias das andanças do Rei do Baião, o que se revela e até hoje é um mistério: Luiz Gonzaga era complexo, de mudança bruscas de temperamento, centralizador, sempre, autoritário quase sempre,  mas que em certos momentos podia ser inesperadamente humilde e gentil. "Gilberto Gil disse que os gênios são assim, e isto revela o ser humano que era meu tio Luiz Gonzaga. Um gênio".

O jornalista José Teles, escreveu, que de todos os que trabalharam com Luiz Gonzaga, Piloto foi o único que não aguentava em silêncio os arroubos de mau humor do tio.

Motorista e zabumbeiro, Piloto foi também empresário de Luiz Gonzaga. Ele afirma que durante os anos que conviveu com Gonzagão testemunhou “coisas incríveis”; “Ele foi mal assessorado quase a carreira toda. Os amigos se aproveitavam. Ele não tinha visão de dinheiro. Às vezes fazia show em clube lotado, e o empresário dizia que deu prejuízo. Quando Gonzaguinha assumiu a carreira dele, tio Gonzaga teve sua fase de profissional. Passou a receber cachê adiantado. 

Mas, conta Piloto, ele, o tio,  até aí ele não podia, por exemplo, ver um circo. Parava e fazia o show dividindo a renda com o dono, as vezes dava toda renda, quando o circo estava com muita dificuldade. Uma vez cismou de comprar uma Kombi a álcool, ninguém conseguiu convencer ele sobre as desvantagens, da instabilidade, nada. Quando ele queria, tinha que ser. E assim foi”. (Texto jornalista Ney Vital)
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JUAZEIRO: CANÇÃO SER MARIA É A VENCEDORA DO FESTIVAL EDÉSIO SANTOS DA CANÇÃO 2019

A grande vencedora do 22º Festival Edésio Santos da Canção foi a música Ser Maria, de autoria de Amauri Plácido da Silva Neto, interpretada magistralmente pela cantora Alcina Gonçalves, de Juazeiro, ganhadora também do prêmio do Júri Popular, eleita em votação do público.

A consagração aconteceu na noite deste sábado (15), no palco montado na Orla II de Juazeiro, às margens do rio São Francisco, sob as bênçãos do cantor Geraldo Azevedo, estrela que encerrou o Festival. Aplaudida pelo público desde sua apresentação na fase inicial, Alcina Gonçalves revelou que, “Entre tantas belas canções, não esperava que fosse conquistar o grande prêmio. Estou feliz, agradeço a Amauri e ao público que me apoiou desde a primeira apresentação”.

Portadora de necessidades especiais, com perda de parte dos sentidos da visão e audição, Alcina fez elogios à organização do festival, que ela chamou de inclusiva. “Em nenhum momento me senti excluída do contexto desse grande evento. Pelo contrário, virei mais uma entre tantas e tantos que subiram ao palco para mostrar o seu trabalho”, agradeceu.

Autor da música que arrebatou os jurados e a plateia, o petrolinense Amauri Plácido nunca havia participado de um festival. “É a minha primeira vez num festival e não esperava essa apoteose. Acredito que o êxito da sua canção foi a interpretação magistral de Alcina. Ao ouvi-la cantar a música Fogo Pagou de Luiz Gonzaga, me encantei pela voz dela”, revela.

A 22ª edição do FESC entra para a história entre aquelas que apresentaram as melhores músicas nos últimos anos. A poesia das letras, o esmero nos arranjos e o talento dos e das intérpretes ganharam de músicos profissionais e do público em geral fartos elogios.

Embora não tenha sido incluído no seleto grupo dos vencedores do FESC, o performático Dom Pilé, intérprete de Coringa Blues, comemorou o dueto improvisado que compartilhou com Geraldo Azevedo em uma das músicas do show, e fez análise positiva do festival: “De uma maneira geral o saldo foi positivo e vale a pena comemorar. Respeito todas as músicas, mas algumas não tem a cara de um festival. Aqui não vai nenhuma crítica, pelo contrário, música boa é aquela que o povo gosta”, reconheceu o artista.

Anunciado como a grande atração do encerramento do Edésio Santos deste ano, o petrolinense Geraldo Azevedo não decepcionou e provocou uma verdadeira ebulição em completa interação com o público que cantava com ele todas as músicas. Estrela no cenário da MPB, Geraldo se sentiu em casa, às margens do Velho Chico e de frente para Petrolina, sua terra natal.

“É uma honra muito grande participar desse festival que leva o nome de Edésio Santos, que foi uma pessoa com quem eu convivi. Foi Edésio quem me apresentou a João Gilberto. Edésio foi um mestre para mim no tempo do Sambossa, que tinha Fernandinho, Toinho, Felipão. Eu era o mais novo naquele tempo e aprendi demais com eles. Edésio chegando perto de João Gilberto sempre, mostrando pra mim um caminho novo na música. Foi uma abertura muito grande pra minha carreira. E participar desse festival homenageando essas pessoas todas, me deixa muito feliz. E cantar em Juazeiro é maravilhoso, porque é a mesma coisa de cantar na minha terra” – finalizou o cantor.

O secretário Sérgio Fernandes, titular da pasta de Cultura, Turismo e Esportes, responsável pela organização do festival, não disfarçava o contentamento pelo sucesso de público e crítica alcançado pelo evento que esse ano fez justa homenagem a dois ícones da música, o genial João Gilberto e o carismático Neto.

“Nós que fazemos o governo Paulo Bomfim nos orgulhamos do que representa o Edésio Santos para a música em geral. Agora que as cortinas se fecharam, é hora de comemorar, agradecer a essa equipe maravilhosa, e já começar a planejar o próximo”, avaliou o secretário Fernandes.

Confira os ganhadores:

1º lugar – prêmio de R$ 10 mil – Ser Maria, de Amauri Plácido, de Petrolina, interpretado por Alcina Gonçalves, de Juazeiro

2º lugar – prêmio de R$ 8 mil – Gumbé, de Carlos Gomez, de Praia Grande (SP), interpretado por Jessica Stephens, de Manaus

3º lugar – prêmio de R$ 6 mil – Ainda há tempo, de Keréto, de Campo Formoso (BA), autor e intérprete

Melhor intérprete – R$ 3 mil – Jessica Stephens, de Manaus, pela canção Gumbé

Prêmio do Júri Popular – R$ 2 mil – Alcina Gonçalves, intérprete da música Ser Maria

Fonte: Ascom/Seculte – Carlos Humberto e Ramaiana Leal

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MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS ENCERRA A PROGRAMAÇÃO DOS 107 AOS DE LUIZ GONZAGA EM EXU

Se estivesse vivo, Luiz Gonzaga completaria nesta sexta-feira (13) 107 anos. Na terra do Rei do Baião, em Exu, no Sertão, de Pernambuco, a data está sendo comemorada ao som da sanfona. A programação no Parque Aza Branca só termina no domingo (15), com a tradicional missa embaixo do pé de Juazeiro. O aniversário do Velho Lua também simboliza o Dia Nacional do Forró.

A concentração dos sanfoneiros, vindos de várias partes do Nordeste, começou cedo, no Centro de Exu. Os músicos saíram pelas principais ruas da cidade tocando sucessos que marcaram a carreira do Rei do Baião.

A ‘sanfoneada’, uma passeata embalada pelo som do forró, seguiu até o Parque Aza Branca. Um percurso de cerca de 2 km, marcado pela reverência a um dos maiores nomes da cultura brasileira.

“Luiz Gonzaga pra mim é a síntese do Sertão, do Nordeste. A maior força de expressão do nosso povo vem através de Luiz Gonzaga”, destacou o músico Targino Gondim, autor da música Esperando na Janela.

O ator e sanfoneiro Chambinho do Acordeon, que interpretou o Velho Lua no filme ‘Gonzaga: de Pai para Filho’, também esteve presente na festa em homenagem ao Rei do Baião, a quem ele descreve desta maneira. “Luz Gonzaga é poesia. Luiz Gonzaga é saudade. Luiz Gonzaga é sanfona e baião”.

As festividades, que seguem até o domingo, fazem parte da 16ª edição do Festival Viva Gonzagão. Local onde está sendo realizado o evento, o Parque Aza Branca abriga o ‘Museu do Gonzagão’, onde é possível ver o maior acervo de peças que contam a história de Luiz Gonzaga.

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PROJETO CULTURAL MAMULENGO É LANÇADO EM BODOCÓ PARA VALORIZAR VIDA E OBRA DE LUIZ GONZAGA

Com o objetivo de valorizar a memória de Luiz Gonzaga e fortalecer músicos da região, foi lançado na sexta-feira (13) em uma cerimônia, o projeto Centro Cultural Mamulengo em Bodocó, no Sertão Pernambucano.

"Nós desejávamos que esse lugar abrigasse não apenas essa cidade do ponto de vista cultural, mas a região toda. Que nós tivéssemos um lugar para música, para teatro, para oficinas mais na frente com criança", explicou a idealizadora do projeto, Janaína Pedrosa.

O espaço será destinado para apresentações de artistas que valorizam a música de Luiz Gonzaga e em breve também deve disseminar essa cultura entre os mais jovens. "A gente pretende implementar escolas com educação musical, oficinas de teatro, eu estou em contato com grupos de teatro com pessoas de muito renome nessa área da nossa região, para que a gente possa ministrar esse trabalho e aplicar à garotada, tirar a garotada de rumos incertos e trabalhar em um futuro brilhante para eles, o que a gente puder fazer", ressaltou o idealizador do projeto, Leonardo do Acordeon.

A noite do lançamento do projeto contou com homenagens a artistas, entidades e profissionais que mantém viva a memória do rei do baião. Entre os homenageados estavam o sanfoneiro Epitácio Pessoa, Targino Gondim e o Quinteto Sanfônico do Brasil. "É uma homenagem que a gente recebe em vida e nos deixa muito feliz que faz com que a gente consiga perseverar, aumentar ainda mais a determinação, a vontade de vencer e mostrar cada vez mais o trabalho da gente. Quando a gente vê o resultado que é uma homenagem como essa", declarou Targino Gondim.

Ao todo foram entregues 25 comendas. Entre os agraciados estavam ainda a Organização Não Governamental (ONG) Parque Aza Branca, a Associação Luiz Gonzaga dos Forrozeiros do Brasil e o Gerente de Programação e Produção Institucional da TV Grande Rio, Luciano Peixinho pelo incentivo e apoio à cultura. "Na verdade a homenagem não é para mim, é para Luiz Gonzaga, ele que é o mentor de tudo isso, então é perfeito tudo isso, a cultura, tá dentro de Gonzaga, ele está entranhando dentro das nossas veias", ressaltou. (Fonte: TV Grande Rio)

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