CURSO DE EXTENSÃO TECNOLOGIAS DIGITAIS, JORNALISMO, FAKE NEWS E DEEPFAKES É CONCLUÍDO NA UNEB JUAZEIRO

O Colegiado de Jornalismo em Multimeios, do Departamento de Ciências Humanas (DCH), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), promoveu o Curso de Extensão "Tecnologias digitais, Jornalismo, Fake News e DeepFakes". 

O curso foi realizado com carga horária de 30 horas com a atividade de extensão direcionada à professores, jornalistas, profissionais e estudantes da área da comunicação e interessados em compreender os fenômenos contemporâneos decorrentes das tecnologias digitais.

A proposta foi debater as implicações do uso de inteligência artificial, de ferramentas digitais e de como o uso de algoritmos impacta a produção, a distribuição e o consumo da notícia. O curso teve inicio no dia 16 de Julho. Nesta terça-feira (10) a turma participou de uma confraternização para festeja  o fim das aulas.

O objetivo do curso é analisar o significado das redes sociais a partir das diversas teorias (crítica, social e cultural) e de que maneira a arquitetura das redes facilita a emergência de fenômenos como as fake news e os deepfakes e suas consequências para o jornalismo como atividade mediadora entre os diversos agentes envolvidos na comunicação e informação.

O curso foi coordenado pela professora da graduação em Jornalismo da Uneb, Rosane Soares Santana, que é doutora em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia e bolsista do CNPq, pesquisadora de estudos em Comunicação e Política (CP-Redes-Póscom), do Centro de Estudos Avançados em Democracia Digital (CEADD-Facom) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT DD).

Rosane Santana é autora da tese "Participação Política On-line e Off-line nas Eleições Presidenciais Brasileiras de 2018".

Em 2015 a professora recebeu Menção Honrosa do Prêmio Antônio Lavareda, concedido pelo Grupo Opinião Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Sociais e Políticas de Pernambuco (IPESP), pelo ineditismo metodológico no Brasil e contribuição à literatura brasileira sobre Internet.
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REPRESENTANTES DE REDES SOCIAIS SERÃO CONVOCADOS A DEPOR EM CPI DAS FAKE NEWS

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News aprovou nesta terça-feira (10) a convocação de representantes no Brasil das empresas WhatsApp, Google, Twitter, Youtube, Instagram, Facebook, The Intercept Brasil e Telegram para prestar depoimento, além da professora feminista Dolores Aronovich (Lola) que sofreu cyberbullying recebendo até ameaças de morte em seu blog. Os requerimentos foram iniciativa da deputada Luizianne Lins (PT-CE).

O objetivo é ouvir os representantes dessas empresas para que eles possam se manifestar sobre o problema das fake news nas redes sociais, visto que é principalmente nestes sites que elas se proliferam.

— Existe hoje um processo de fake news em todas as redes sociais. É impossível a gente começar a investigar qualquer coisa se a gente não ouvir as próprias empresas que hoje são responsáveis pela constituição desses compartilhamento, digamos assim, do ponto de vista do que a sociologia chama de fala pública — explicou Luizianne.

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da comissão, apresentou o plano de trabalho do colegiado que, no entanto, não foi votado. Ela propõe a realização de quatro audiências públicas, sendo a primeira focada em conceituar as fake news com a presença de acadêmicos e especialistas no tema.

Já a segunda e a terceira audiências seriam realizadas com a presença dos representantes das empresas de redes sociais, incorporando os requerimentos da deputada Luizianne Lins. A quarta audiência seria focada nas leis de proteção de dados.

— A nossa proposta é também que a gente possa estabelecer pelo menos mais duas sub-relatorias sobre o crime envolvendo crianças e adolescentes, sobre cyberbullying e sobre a privacidade de dados. Nós poderíamos ter essas três sub-relatorias trazendo a esta comissão geral duas ou três audiências públicas sobre esses temas específicos, para que depois pudéssemos incorporar todos ao nosso relatório geral — acrescentou a relatora.

Presidida pelo senador Ângelo Coronel (PSD-BA), a CPI mista tem 180 dias para investigar a criação de perfis falsos e ataques cibernéticos nas diversas redes sociais, com possível influência no processo eleitoral e debate público. A prática de cyberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada pelo colegiado, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

Alguns parlamentares do Partido Social Liberal (PSL) questionaram os motivos para se ouvir representantes das redes sociais. Também pediram para que a votação dos requerimentos fosse nominal e, por fim, que fosse adiada. Para o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a oitiva dos representantes das redes sociais poderia ser uma tática para se questionar as eleições de 2018.

— Não existe um fato determinado. Está claramente visto por qualquer um, que vão trazer aqueles que instrumentalizam as redes sociais para começar a buscar um fato determinado que não está configurado aqui. Não existe razão específica para essa convocação. Temos de tomar muito cuidado com os procedimentos desta comissão para que não estejamos perdendo nosso tempo e que não esteja havendo um direcionamento muito claro nos embates aqui, com alvos predeterminados — alertou.

O deputado Rui Falcão (PT-SP) explicou que a ideia de convocar as plataformas é justamente não ter nenhum preconceito.

— Nós queremos conceituar o que são fake news e como que essas plataformas funcionam. Nós não estamos preocupados com o processo eleitoral de 2018, que é um dos pontos, há muitas outras coisas —  explicou o deputado.

A votação do requerimento que pedia o adiantamento, no entanto, foi encerrada devido à ausência do autor.

Fonte: Agencia Senado
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CARUARU: MST VAI MONTAR ACAMPAMENTO DE RESISTÊNCIA NO CENTRO PAULO FREIRE, ASSENTAMENTO NORMANDIA

O Centro de Formação Paulo Freire, localizado no Assentamento Normandia, em Caruaru, está com a existência ameaçada. Uma decisão judicial da 24ª Vara Federal de Caruaru, referente a um processo arquivado há 11 anos, determinou a reintegração de posse da área que o centro ocupa. 

A medida está pautada em um procedimento administrativo aberto pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), referente a um desentendimento entre os assentados no fim da década de 1990.

A área de 15 hectares, onde o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza atividades de formação e produção, tem até o dia 19 para ser desocupada de forma espontânea. O governo do estado afirma que não pretende colocar forças policiais à disposição do cumprimento da medida.

A decisão final do Tribunal Regional Federal da 5ª Região determinou no dia 21 de agosto o prazo de 30 dias para que seja realizada a desocupação espontânea da área. Em nota, a Justiça Federal (JFPE) afirmou que o início do processo é de 1º de julho de 2008 e limita-se à reintegração, em favor do Incra, da área de 15 hectares do Projeto de Assentamento da Reforma Agrária Normandia, “onde foram construídas diversas benfeitorias, sem autorização da autarquia e contendo inúmeras irregularidades”.

Após o prazo estabelecido, a decisão do juiz federal Tiago Antunes de Aguiar determina a desocupação do imóvel, com a retirada dos bens, de forma compulsória pela polícia, com uso da força policial, arrombamento, se necessário, e condução coercitiva em caso de resistência. Além disso, poderá haver a remoção dos animais para o Curral de Gado do município, com autorização para o abate ou doação dos bichos.

De acordo com o argumento da Advocacia Geral da União (AGU) o MST, sem autorização, utiliza a área comunitária para construir um centro de formação política. O MST afirma que ainda não foi notificado oficialmente da decisão da Justiça.

Representantes do movimento dizem que ficaram sabendo da decisão quando um responsável do Incra chegou ao território, questionando se o grupo já havia sido informado. Para o MST, a reintegração tem motivação política e ideológica.

 “Quando começamos a organizar o assentamento, em 1999, houve uma pequena divergência. Um grupo, maioria absoluta, de 37 pessoas optou por uma organização coletiva. Outro, de quatro famílias, optou pela individualização. Isso acabou criando um processo administrativo, que ficou tramitando, foi julgado e arquivado em 2008”, explicou o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim.

O pedido de reintegração de posse, de acordo com Jaime, foi recebido com surpresa pelos assentados. “Não há argumento. É um processo que estava parado e foi resgatado pelo Incra. Essa divergência não existe mais. A direção da associação que representa o assentamento vive em comum acordo. A situação se alterou completamente depois que as áreas coletivas acabaram tendo mais sucesso econômico do que as individuais. As famílias que eram contra hoje estão na produção coletiva”, disse Jaime. Para ele, a decisão tem como foco enfraquecer o movimento e institucionalizar a privatização de lotes coletivos em assentamentos no Brasil.

O assentamento Normandia e o Centro de Formação Paulo Freire são emblemáticos da luta por reforma agrária em Pernambuco. Fruto de uma história de luta que envolveu diversos conflitos e até uma greve de fome de 11 dias, o local foi ocupado em 1993 e assentado em 1997. Das 179 famílias que acamparam atualmente, 41 passaram a viver e produzir no local. São cerca de 700 hectares de terra, das quais 15 hectares são de uma agrovila, 28 hectares para a produção da cooperativa, 105 hectares de reserva ambiental e 14 do centro de formação. Cerca de metade do total de terras é de uso coletivo. O Centro Paulo Freire tem alojamentos para 240 pessoas e auditório para 800 pessoas, além de academia do campo, quadra, creche, refeitório e outras áreas comuns.

Os representantes do MST afirmaram que não irão desocupar a área de forma espontânea e estão articulando atividades ao longo da semana. “A realidade fática mudou desde 2008. Até agosto deste ano, o Incra não havia tomado mais decisões e mais posições. Iremos trazer o Ministério Público Federal (MPF) e recorrer juridicamente. Iremos questionar como se dará essa reintegração”, explicou o advogado do MST André Barreto. 

Como parte das ações de resistência, o MST organizará um acampamento no assentamento, que começa no próximo sábado e realizará uma série de atividades culturais até o domingo. Antes disso, realiza na próxima quarta-feira (11) uma reunião com educadores e comunicadores. Na sexta-feira (13), promoverá uma reunião com deputados na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), às 10h30.

O Centro Paulo Freire é referência na formação em agroecologia no estado, com a realização do curso Pé no Chão, e possui parcerias com instituições como as Universidades Federal (UFPE), Federal Rural (UFRPE), de Pernambuco (UPE), Fiocruz, Universidade de Coimbra (Portugal) e Institutos Federais (Ifs). 

A área incorporada ao pedido de reintegração de posse também abarca três agroindústrias, que produzem pães, tubérculos e mantêm semanalmente cortes e 90 cabeças de caprinos e 16 de bovinos, além de aves. A produção abastece a merenda das escolas municipais de Caruaru, Recife, da gerência de educação do agreste, de Palmares, Floresta, além de outros municípios, como Riacho das Almas e Palmares. Os produtos são a maior base de abastecimento, também, do Armazém do Campo, no Recife.

O governo de Pernambuco já sinalizou que não pretende dispor da polícia local para cumprir a reintegração de posse, segundo o líder na Alepe, o deputado Isaltino Nascimento (PSB).

 “No Brasil, nos temos instituições coordenadas e articuladas, que construíram um legado. Mas, infelizmente, existem forças políticas indo de encontro ao que é interesse coletivo. Da parte do estado, não haverá nenhuma ação”, disse. 

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JUSTIÇA RECOMENDA QUE INCRA ADOTE MEDIDAS PARA GARANTIR CONTINUIDADE DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, encaminhou nesta terça-feira (10) ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) uma Recomendação para que o órgão adote as medidas administrativas necessárias tanto à continuidade quanto à abertura de novos cursos no âmbito do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

O programa é uma política pública de Estado, desenvolvida de maneira ininterrupta desde 1998 e atualmente consolidada pela Lei 11.9474/2009. A iniciativa busca a democratização do acesso à educação, por intermédio de alfabetização e escolarização de jovens e adultos, bem como a formação de educadores para as escolas do campo, e a formação técnico-profissional de nível médio, superior, residência agrária e pós-graduação lato sensu e stricto sensu.

Somente entre 1998 a 2011, o Pronera atendeu mais de 164 mil educandos oriundos dos assentamentos de reforma agrária federal. Desde o início deste ano, no entanto, cursos do programa vêm sendo suspensos pelo governo federal em várias cidades do Brasil.

De acordo com levantamento do Ministério Público Federal, já foram canceladas turmas do Pronera em estados como Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. A medida afeta tanto classes de alfabetização de jovens e adultos quanto cursos de tecnólogo em agroecologia e agropecuária, por exemplo.

Diante da situação, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão recomendou à presidência do Incra medidas para que os cursos em andamento sejam regularmente concluídos – inclusive no que se refere a sua inclusão nas peças legais pertinentes à execução orçamentária, notadamente o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei a Orçamentária Anual.

A PFDC também solicita que seja providenciada a realização de novos cursos no âmbito do Pronera, a fim de permitir a continuidade dessa política de Estado legalmente prevista. De acordo com a Procuradoria, o Incra deverá disponibilizar em plataforma de livre acesso todo o planejamento dos cursos a serem implementados ao longo da vigência do próximo Plano Plurianual.

A Procuradoria destaca que a Recomendação deve ser cumprida pelo Incra a partir de seu recebimento, sob pena das ações judiciais cabíveis, sem prejuízo da apuração da responsabilidade civil e criminal individual de agentes públicos. A autarquia tem prazo de dez dias para informar se acata ou não a Recomendação – assinada conjuntamente pelos grupos de trabalho da PFDC sobre Direito à Reforma Agrária e sobre Direito à Educação.

Política pública sob risco – Para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão o número de cursos do programa que tiveram seu início suspenso, sem justificativa adequada, representa risco à continuidade do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – uma política pública que atende a um dever constitucional e cuja efetivação exige continuidade.

De acordo com a PFDC, a ausência de fundamentação adequada para a suspensão de novos cursos pode, inclusive, caracterizar a prática de ato de improbidade administrativa, em virtude de resultar em não cumprimento de política de Estado na área de educação.

O órgão do Ministério Público Federal ressalta que a suspensão ou paralisação de cursos do Pronera implica o comprometimento dos seus objetivos, resultando assim em malversação de recursos materiais e humanos já empregados nessa política pública. Acerca do tema, o Tribunal de Contas da União (TCU) já se posicionou, em diversos acórdãos, sobre responsabilização no caso de prejuízos ocasionados por paralisação de obras públicas, por exemplo.

Fonte: MP
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EX CANDIDATO PELO PSOL À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA VEM A PETROLINA CONVERSAR COM COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

O ex-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, chega ao Nordeste para mais uma etapa do seu giro nacional onde debate os principais desafios do Brasil na conjuntura atual. Durante os dias 12 e 13 de setembro, Boulos visita as cidades de Caruaru, Recife e Petrolina para conversar com a comunidade universitária.

No dia 13, Guilherme Boulos vai à Petrolina, onde participa de uma conversa com alunos da Universidade de Pernambuco, à partir das 19h. A atividade acontece no Campus da Vila Eduardo, BR 203 Km 02. Ainda em Petrolina Guilherme Boulos concede entrevista coletiva às 16h30 na Câmara de Vereadores.

A programação do dia 12 tem início com um debate na Câmara dos Vereadores de Caruaru, às 10h. Após o evento, Boulos é esperado no Assentamento Normandia para um almoço com o líder do MST Jaime Amorim. Na parte da tarde, o coordenador do MTST viaja à Recife para participar de uma conversa com alunos da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O evento acontece às 18h, na Praça do Cegoe, também conhecida como Amsterdam.

No dia 13, Guilherme Boulos vai à Petrolina, onde participa de uma conversa com alunos da Universidade de Pernambuco, à partir das 19h. A atividade acontece no Campus da Vila Eduardo, BR 203 Km 02.

PROGRAMAÇÃO BOULOS PELO BRASIL:
CARUARU
Local: Câmara de Vereadores de Caruaru, Rua 15 de Novembro, 201, centro
Data: 12/09
Horário: 10h

RECIFE
Local: UFRPE - Praça Amsterdam - CEGOE
Data: 12/09
Horário: 18h

PETROLINA
Local: UPE campus Petrolina (Universidade de Pernambuco), BR 203 Km 02 - Vila Eduardo
Data: 13/09
Horário: 19h
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GOVERNO FEDERAL BUSCA REESTRUTURAR EMBRAPA PERMITINDO COMERCIALIZAR PESQUISAS

O governo federal estuda um plano para reestruturar a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento informou que o debate sobre a forma e o alcance da reestruturação ainda está no início. 

Há cerca de dois meses, uma consultoria contratada para contribuir com uma visão externa entregou ao ministério os primeiros resultados da auditoria nos processos e ferramentas de gestão da Embrapa. Agora, técnicos da pasta analisam as sugestões dos consultores.

“Ainda não há definição sobre o tema”, acrescentou a assessoria da pasta, em resposta às perguntas da Agência Brasil. “Ressaltamos que a ministra Tereza Cristina, em ocasiões anteriores, declarou que o processo de modernização será debatido com a Embrapa e que a privatização não está em questão”, destacou a assessoria.

Responsável por promover a reestruturação e a privatização de empresas estatais, a Secretaria de Desestatização, Desinvestimento e Mercados também se manifestou a favor da reestruturação da empresa. “A contribuição da secretaria pode aproximá-la dos líderes globais de pesquisa e desenvolvimento, com a criação de valor a partir de evolução tecnológica, genética, melhor uso da superfície e de recursos”, detalhou a assessoria da secretaria em nota.

A Embrapa não está entre as empresas públicas incluídas já incluídas no Plano Nacional de Desestatização. Representantes dos servidores da Embrapa ouvidos pela reportagem disseram não temer pela privatização da empresa, mas pedem para serem ouvidos sobre quaisquer mudanças.

“Nós, empregados e sindicatos, somos os que menos sabemos a respeito do que vem sendo discutido”, afirmou o presidente em exercício do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Instituições de Pesquisa Agropecuária e Florestal (Sinpaf), Edson Somensi. Ele lembrou que a reestruturação da empresa vem sendo discutida internamente há alguns anos.

Ao assumir a presidência da Embrapa, em outubro de 2018, o pesquisador aposentado Sebastião Barbosa destacou a missão de preparar a empresa para os futuros desafios. "A partir de hoje começaremos a discutir com nossos gestores a continuidade do processo de reestruturação da Embrapa, com a participação das Unidades Descentralizadas de pesquisa e de nossos parceiros", anunciou Barbosa em seu discurso de posse. 

“A Embrapa precisa se renovar como qualquer outra empresa que, para sobreviver, tem que preservar sua relevância. Ela é estratégica, relevante e presta um serviço maravilhoso, mas estamos atravessando uma fase de transição. Há, dentro da própria empresa, uma cobrança por ações mais imediatas, por resultados. Ao mesmo tempo, estamos passando por um processo de renovação dos empregados e de mudanças”, comentou Somensi, destacando que a Embrapa já teve 12 mil servidores e, atualmente, conta com pouco mais de 9,4 mil.

Só este ano, mais de 1,3 mil empregados aderiram ao Plano de Desligamento Incentivado. Além do mais, a empresa, como outros órgãos públicos, enfrenta um momento de redução orçamentária e contingenciamentos – estimulando o debate sobre como reduzir sua dependência do orçamento público. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê redução do orçamento da Embrapa para 2020: de R$ 3.634 bi para R$ 1.981 bi.

Vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara, o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) afirmou que a entidade associativa criada para estimular a ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio não está, até o momento, informada sobre a intenção de reestruturar a Embrapa.

“Esta é uma iniciativa do governo federal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da própria empresa, que, a princípio, não tem que passar pelo Poder Legislativo. Principalmente se tratar-se, exclusivamente, de uma reestruturação organizacional. Se houver mudanças de natureza orçamentária e de competências, então procuraremos colaborar com nossas contribuições”, disse Souza.

O Vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara, o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) avalia que a Embrapa ajudou o Brasil a ser o que é hoje em termos de agropecuária. 

"Por isto, a empresa tem grande responsabilidade e pode continuar ajudando o país a se desenvolver. Para isto, é necessário assegurar que ela tenha cada vez mais fonte de recursos, achando inclusive um mecanismo que lhe permita comercializar suas pesquisas”, acrescentou o deputado.
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CASO BEATRIZ: CRIME CAMINHA PARA O QUARTO ANO SEM A SOLUÇÃO; PAIS DE BEATRIZ COBRAM FEDERALIZAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES

Sandro Romilton e Lúcia Motta já solicitaram que sejam federalizadas as investigações dos assassinatos da filha Beatriz Angelica Mota, na noite do dia 15 de dezembro de 2015. O assasinato de Beatriz está na iminência do caso completar 4 anos sem que tenham sido identificados os mandantes do crime.

De acordo com fontes do BLOG NEY VITAL as autoridades estaduais entre estes, o Governador do Estado de Pernambuco devem concluir a análise sobre a necessidade de federalização das investigações ainda este ano.

"Para pedir a federalização é preciso comprovar que houve falha na investigação na esfera competente", explicou uma das fontes.

Além de não terem identificado o mandante do crime, a Polícia Civil de Pernambuco e Ministério Público de Pernambuco até o momento não dá uma resposta sobre os envolvidos nas investigações.

O crime segue sem solução e tampouco há uma linha de investigação do caso. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a delegada Polyana Neri está exclusivamente à frente das investigações do 'Caso Beatriz'. O inquérito conta atualmente com 19 volumes e mais de 4 mil páginas e está sob a responsabilidade do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Em 2016 este Blog com exclusividade solicitou avaliação através de entrevista com George Sanguinetti um dos mais renomados médicos legistas do País, assediado pelos principais advogados criminalistas brasileiros, citou o pensamento de Edmond Locard e aponta: "O tempo que passa é a verdade que foge". 

Sanguinete declarou: Polícia ainda não obteve êxito na investigação.

Mês passado, o chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral, explicou que será fornecido tudo que for necessário para que as investigações não sejam interrompidas. “Queremos garantir que nenhum recurso falte nessa investigação. A federalização passa pela própria corporação da Polícia Civil. E a Polícia Civil pode afirmar que não vai perder as esperanças e não vai desistir da investigação”, destacou.

Em dezembro de 2018, foi decretada, pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, a prisão preventiva de Alisson Henrique de Carvalho Cunha. Ele é ex-funcionário da escola onde o crime aconteceu e é suspeito de ter apagado as imagens da câmera de segurança do colégio para atrapalhar as investigações. Alisson ainda não foi encontrado pela polícia.

Este mês o advogado do acusado conseguiu um Habeas Corpus.

Beatriz Mota, de 7 anos, foi assassinada com 42 facadas, no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio Auxiliadora em que estudava. A festa de formatura da irmã mais velha da criança era realizada na instituição de ensino e havia várias pessoas no colégio. Em um dado momento, a menina afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois. O corpo está enterrado em Petrolina.

Quem souber de qualquer informação deve entrar em contato com a polícia através do número (81) 9.8650-1229, que também possui WhatsApp. O sigilo é garantido 
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