É MUITO TRISTE, ANIMAIS CARBONIZADOS E SILÊNCIO NO LUGAR DO VERDE E SOM DE PÁSSÁRIOS, DIZ BIÓLOGO DESCREVENDO CENÁRIO APÓS QUEIMADAS

O biólogo Izar Aximoff estudou a recomposição de florestas no Rio de Janeiro após queimadas. Testemunhou áreas verdes se transformarem em pó preto e o rico som das florestas, em silêncio.

"É muito triste ver a floresta totalmente dizimada. Aquele cenário colorido, com flores, sons de animais, pássaros cantando, bichos se movimentando e cheiro de mata dá lugar ao silêncio, a animais carbonizados, a um cheiro de carne queimada, à desolação. Fica tudo preto e você fica sujo com aquele resíduo de carvão", descreve o biólogo, lembrando-se do que viu quando uma área que monitorava em seus estudos voltou a sofrer queimadas.

"Eu vi filhote de jiboia queimado, bicho-preguiça carbonizado, bromélia queimada. Dá vontade de chorar. A perda é de valor inestimável. Muito superior ao das multas aplicadas, quando se encontra o culpado, o que é raro", compara o biólogo especialista no tema em áreas de Mata Atlântica, como o Parque Nacional de Itatiaia.

Após o quadro de destruição, novos desafios surgem no reflorestamento, explica o biólogo, que é doutor em Botânica pelo Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).

"Espécies ameaçadas acabam não voltando. A cada queimada, a diversidade é perdida", disse.

"E muitas áreas de Mata Atlântica, por exemplo, não conseguem se regenerar sozinhas. É preciso um reforço. Temos as melhores cabeças do mundo na área de reflorestamento, mas a demanda é grande demais", diz o biólogo, lembrando que a situação é também grave em áreas que ganham menos holofotes como o Cerrado e a Caatinga.

A mesma falta de recursos impede um planejamento mais eficaz na prevenção de novas queimadas. O biólogo diz que, no nível federal, o acompanhamento dos incidentes é melhor do que no estadual e municipal.

"A prevenção é muito mais barata. Mas não há planejamento também por falta de dados. Os gastos após os incêndios são muito maiores. Você tem uso de aeronaves, equipes, sem contar o risco de morte a que esses profissionais estão expostos", acrescentou.

Foto.biólogo Izar Aximoff
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SINTRAF LEVA A GOVERNADOR DE PERNAMBUCO PROPOSTAS PARA AGRICULTURA FAMILIAR

O seminário ‘Todos por Pernambuco’, promovido na manhã desta quarta-feira (21) pelo Governo do Estado, reuniu prefeitos de várias regiões, deputados, vereadores, representantes de sindicatos e a população local na quadra poliesportiva da Escola de Referência em Ensino Médio Professora Maria Wilza Barros de Miranda – inaugurada na ocasião pelo governador Paulo Câmara, no bairro João de Deus, em Petrolina.

Na oportunidade, a presidente do Sindicato dos Agricultores Familiares do município (Sintraf), Isália Damacena, fez um discurso destacando as potencialidades da categoria e os desafios ao desenvolvimento socioeconômico da região.

Assistência técnica aos pequenos produtores; modernização e ampliação do sistema irrigado nas comunidades de Muquém, Porto de Palha e Pedra Grande; políticas públicas voltadas à cultura e ao esporte para jovens da zona rural; a Perenização do Riacho Pontal; e a destinação de recursos para aquisição de equipamentos e qualificação dos apicultores do Vale do São Francisco foram algumas das demandas apresentadas por Isália durante o evento.

Moradora do Núcleo 4 do Perímetro de Irrigação Nilo Coelho, a presidente do Sintraf encerrou sua participação reivindicando ao Governo do Estado e à prefeitura um melhor tratamento da água que abastece as agrovilas, no interior da cidade. “A água que consumimos é totalmente bruta, sai diretamente do Rio São Francisco para nossas torneiras, através dos canais a céu aberto. Até as plantas das áreas empresariais de produção têm acesso à água com melhor tratamento”, salientou. Após seu discurso, a líder sindical entregou um relatório de propostas a Paulo Câmara.

O seminário Todos por Pernambuco continuou com a fala do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e de outras lideranças regionais. Em seguida houve a participação do chefe do Executivo estadual, que fez um balanço das ações de governo até agora. Sua comitiva está rodando o estado com o objetivo de ouvir a população e nortear as ações governamentais de 2020 a 2023. Durante toda a manhã, foram debatidos pontos importantes nas áreas de Saúde, Segurança Pública, Desenvolvimento Rural, Saneamento e Educação.

Ascom Jaco Viana
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FALTA DE VACINA CONTRA SARAMPO NOS POSTOS DE SAÚDE DE JUAZEIRO PREOCUPA MÃES DE CRIANÇAS

A partir desta quinta-feira (22), as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo em todo o país. A redação deste Blog NEY VITAL constatou que apesar da propaganda do Governo Federal falta a vacina nos Posto de Saúde do Angari e do bairro São Geraldo, em Juazeiro, Bahia.

Várias mães mostraram preocupação com a falta de vacina contra o sarampo. De acordo com informações da assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde enviará 1,6 milhão de doses a mais para os estados. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e óbitos. A medida é uma resposta imediata do ministério devido ao aumento de casos da doença.

Atendendo à recomendação do Ministério da Saúde (MS), a Secretaria de Saúde de Petrolina orienta pais e responsáveis por crianças na faixa-etária de seis meses a menores de um ano, que estejam com viagem marcada para algum município que apresente surto ativo de sarampo – nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia – a vacinarem seus filhos contra a doença. A imunização deve acontecer num prazo máximo de 15 dias antes de viajar.

De acordo com a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro, todas as unidades básicas disponibilizam a vacina tríplice viral – que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola – dentro do calendário nacional de vacinação. Ela ressalta que a iniciativa do Ministério é mais uma medida de segurança, com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.

O Sarampo é uma doença infectocontagiosa grave causada por um vírus (Morbillivirus) que é transmitido pelas secreções respiratórias e provoca inflamação generalizada nos vasos sanguíneos.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é preventiva e deve alcançar 1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de dose zero, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses.

“Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral mais varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses”, esclarece o ministério.
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CARNAVAL: GALO DA MADRUGADA VAI HOMENAGEAR XILOGRAVURA E CORDEL EM 2020

Em 2020, o Galo da Madrugada vai celebrar a cultura popular. Com o tema "Xilogravuras no cordel do frevo", a agremiação promete exaltar a arte da literatura de cordel, difundida no Agreste de Pernambuco. O artista J. Borges, um dos principais nomes da xilogravura e da arte do cordel, foi escolhido para representar os artesãos de todo o País no desfile, que, no próximo ano, acontece no dia 22 de fevereiro. O maior bloco de rua do mundo também passará a usar um selo de sustentabilidade.

As novidades foram anunciadas durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21), na sede do Galo, no bairro de São José, Centro do Recife. O presidente do bloco, Rômulo Meneses, conta que a ideia de homenagear a xilogravura surgiu após uma visita à oficina de J. Borges, em Bezerros, no Agreste.  "É uma forma de dar um impulso a essas duas artes muito fortes no Nordeste e trazer o público para olhar essa cultura", afirma. 

Para marcar a homenagem, o xilógrafo J. Borges receberá o primeiro selo "Gigante Guardião da Cultura", que será entregue anualmente a profissionais que contribuem com a cultura local. Ele também fará ilustrações para a festa. "O desfile do Galo é um dos melhores do mundo e eu me sinto muito honrado. Participo do bloco desde os anos 80", recorda.
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RODA DE CONVERSA ABRE O I SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO SINDICAL NO SERTÃO DA BAHIA E PERNAMBUCO

Uma série de Seminários de Formação Sindical no Sertão Pernambuco e Bahia- Sindicalismo no Brasil: história e desafios serão realizados entre os dias 24 de agosto e 07 de dezembro.

O tema O dilema da liberdade sindical dará início aos debates quando será realizado no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe Regional do Sertão Médio São Francisco), a partir das 8h30, no sábado (24), uma roda de conversa. O Sintepe está localizado na Avenida Souza Filho, 798 – Centro, Petrolina.

O sindicalista Gilberto dos Santos Santana (Sindicato dos Eletricitários da Bahia) será um dos participantes do debate, que terá Erlon Alves (IFSERTÃO) como expositor, mediação de Queila Patricia Silva Santos (Unegro), debatedores Vanderlei Carvalho (Univasf), José Fernando Souto (Univasf).,

A ação tem como objetivo introduzir os participantes no estudo científico da história e desafios do sindicalismo brasileiro, com especial atenção a suas expressões no sindicalismo desenvolvido pelos trabalhadores e trabalhadoras na região sertaneja dos estados de Pernambuco e Bahia.

Poderão inscrever-se no evento professores (de quaisquer níveis de ensino), sindicalistas, estudantes (de quaisquer instituição de ensino) e interessados na temática. 

Os seminários serão realizados entre agosto e dezembro de 2019 (uma vez ao mês no sábado).
1º SEMINÁRIO – 24/08/2019: O dilema da liberdade sindical
2º SEMINÁRIO – 14/09/2019: A questão racial no universo sindical
3º SEMINÁRIO – 19/10/2019 : Juventude e sindicalismo
4º SEMINÁRIO – 09/11/2019: As primeiras mulheres sindicalistas da história brasileira e as questões de gênero no âmbito sindical
5º SEMINÁRIO – 07/12/2019: Organização das bases no trabalho sindical
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PESQUISADORES DA UNIVASF COORDENAM INVESTIGAÇÃO SOBRE MORTE DE ABELHAS NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Pesquisadores do Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), estão investigando as possíveis causas de morte e desaparecimento de abelhas na região. 

A pesquisa foi motivada a partir de um inquérito, instaurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), após criadores de abelha e produtores de mel relatarem que houve uma diminuição na ocorrência da espécie Apis mellifera na região, nos últimos anos, sem causa identificada. Para a realização do estudo, o Cemafauna conta com o apoio da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Cardiff, no País de Gales.

Para o estudo, o Cemafauna realizou a coleta de abelhas mortas e do mel produzido por essa espécie. “A pesquisa envolveu somente a Apis mellifera por ser a espécie de interesse dos apicultores que diagnosticaram o problema na região”, conta a coordenadora da pesquisa no Cemafauna, a bióloga Aline Andrade. Ela destaca que esta espécie é responsável por grande parte da polinização de frutos. “Embora seja exótica, ela tem ampla distribuição por todo o país, com importante papel ecossistêmico nos serviços de polinização e, consequentemente, na produção de frutos”, explica.

O material coletado foi enviado para a Universidade de São Paulo, para ser analisado por pesquisadores. Nas primeiras análises, foi identificada a presença de substâncias químicas nas cutículas (pele) das abelhas. Estas substâncias são encontradas em pesticidas utilizados nas lavouras agrícolas.

De acordo com Aline, a morte e o desaparecimento das abelhas pode ter origem em diversos fatores, como a mudança climática, o desmatamento da vegetação e até mesmo o uso de agrotóxicos nas plantações. Para uma análise mais detalhada, as amostras foram enviadas para os pesquisadores da Universidade de Cardiff. Esta etapa do estudo está prevista para ser concluída no final deste ano.

A bióloga do Cemafauna destaca a importância da Univasf para a realização da pesquisa. “A Universidade pode fornecer o conhecimento científico e contribuir para as tomadas de decisões para a manutenção e aumento das cadeias produtivas, tanto dos produtores de mel e outros produtos apícolas, assim como para produção agrícola”, observa ela.

O Cemafauna também atua em outros dois projetos que envolvem abelhas. O “SOS Resgate de Abelhas Africanizadas em Área Urbana” e o “Resgate de Abelhas sem Ferrão nas áreas do Projeto de Integração do Rio São Francisco”, que têm o objetivo de resgatar abelhas que estão expostas na cidade de Petrolina (PE) e em áreas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF).

Ascom Univasf
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NO SERTÃO 115 MUNICÍPIOS ESTÃO EM ESTADO DE EMERGÊNCIA DEVIDO A FALTA DE CHUVAS

O atual ciclo da seca que atinge o Nordeste e o interior de Pernambuco desde 2012 está menos intenso. De acordo com o novo Mapa do Monitor de Secas, publicado esta semana, áreas do Agreste e do Sertão que se encontravam em situação de seca extrema ou excepcional tiveram este ano um período de chuvas mais regular e agora apresentam uma estiagem de moderada a grave. 

A previsão é que o cenário se mantenha nos próximos meses. Apesar disso, continua em vigor o decreto de situação de emergência para 115 municípios das duas regiões.

Segundo boletim climático da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), em julho, choveu no Sertão pouco menos de 50 milímetros, quase o dobro do esperado para o mês. No período chuvoso da região, de janeiro a abril, o nível de precipitação registrada também foi mais alto que a média histórica, o que possibilitou a redução na intensidade da seca. 

De acordo com a meteorologista da Apac, Edvânia Santos, para medir o nível de seca de um lugar, são considerados diversos fatores. “A chuva é um dos indicadores, mas utilizamos também índices de seca e vegetação que colocamos no mapa e vemos se os impactos da seca aumentam ou diminuem em longo ou curto prazo”, detalha.

A intensidade e a duração da estiagem também dependem do período chuvoso. “Se o período de chuva for ruim, não enche reservatório, não tem lavoura e afeta a agricultura e a alimentação de animais. Então, quando chega o período de estiagem normal da região, isso tende a se agravar”, explica a meteorologista. 

Os dados aparecem um mês após o governo do estado ampliar de 62 para 63 o número de municípios do Agreste em situação de emergência por causa da estiagem. No Sertão, segundo a Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe), são 52 cidades, contempladas por decreto que vence em setembro. O subcoordenador do órgão, major George Vitoriano, diz que, apesar da redução na intensidade da seca, a medida segue em vigor.

“Estamos fazendo um levantamento nos municípios. Com base nisso é que verificamos se há caracterização da situação de emergência ou não. Com essa diminuição da seca, é possível que haja mudanças no próximo decreto, mas vamos ver outros fatores”, afirma. Dessa forma, para revogar a medida, é preciso ter um período mais prolongado de normalidade. “Deve ser o suficiente para que a região possa se restabelecer”, explica o major Vitoriano.
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