LÍDERES DISCUTEM AÇÕES CLIMÁTICAS EM SALVADOR ATÉ SEXTA (23)

Teve início nesta segunda-feira (19) a Semana Latino-Americana e Caribenha sobre Mudança do Clima, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Salvador. O evento segue até a próxima sexta-feira (23).

A Semana do Clima reunirá líderes, formuladores de políticas, atores regionais e globais para discutir ações climáticas para a região. Mais de 3,5 mil pessoas se inscreveram para participar, sendo 40% de fora da cidade.

O evento foi alvo de polêmica três meses antes de sua realização, após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciar o cancelamento da semana e, em seguida, voltar atrás.

Na época, o ministro havia dito que o cancelamento se daria porque o Brasil já havia desistido de sediar a Conferência do Clima da ONU, a COP 25, que ocorrerá em dezembro e foi transferida para o Chile. "Vou fazer uma reunião para a turma ter oportunidade de fazer turismo em Salvador, comer acarajé?", declarou ao blog da Andréia Sadi na ocasião.

O evento ocorre em meio à discussão sobre o aumento do desmatamento na floresta amazônica e aos anúncios de suspensão das doações da Noruega e da Alemanha ao Fundo Amazônia. Neste domingo (18), governadores de oito estados da região da Amazônia Legal divulgaram nota na qual lamentam que posições do governo brasileiro tenham levado à suspensão dos repasses para a preservação da Amazônia.

O presidente Jair Bolsonaro havia criticado a divulgação de dados sobre desmatamento pelo órgão federal responsável pelo monitoramento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Além disso, Bolsonaro disse que o Brasil não precisa do dinheiro alemão para preservar a floresta e que o país europeu estaria tentando comprar a Amazônia. Também disse que a Noruega "não tem nada a dar exemplo para nós".
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BOLSONARO RETIRA COORDENAÇÃO DO PROJETO DOM HELDER CÂMARA E CENTRALIZA AÇÕES EM BRASILIA

As ações do Projeto Dom Helder Câmara, programa do Ministério da Agricultura de combate à desigualdade no semiárido, passarão a ser centralizadas em Brasília. A mudança consta de portaria do Ministério da Agricultura publicada esta semana no Diário Oficial da União.
Antes coordenado pela extinta Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário e com a sede descentralizada em Recife, o projeto agora será coordenado pelo Ministério da Agricultura, em Brasília.
Atualmente, o Projeto Dom Helder Câmara atende a 57.486 famílias rurais que vivem no semiárido brasileiro em 11 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste). Executado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, o programa oferece assistência técnica permanente aos produtores rurais de 913 municípios que compõem o semiárido brasileiro.
O projeto tem a parceria do Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola (Fida) e da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Recentemente, o Ministério da Agricultura assinou memorando de entendimento com o Fida, detalhando as ações necessárias e os resultados do programa.
O documento foi assinado depois de uma missão técnica do Fida visitar seis comunidades rurais na Paraíba e em Pernambuco e participarem de reuniões técnicas em Brasília. Previsto para acabar em 2020, o projeto pode ser estendido por mais dois anos. O memorando prevê um debate sobre a prorrogação das ações.
A primeira fase do Projeto Dom Helder Câmara começou em 2001, sob a coordenação do então Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em 2010, o programa atendia a 13 mil famílias do semiárido nordestino. Com apoio do Plano Brasil Sem Miséria, coordenado pelo Ministério da Cidadania, o projeto assegurou para mais de 9 mil famílias o acesso a R$ 2,4 mil para a adoção de projetos produtivos elaborados em conjunto com os técnicos da Ater.
Fonte: Agencia Brasil


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MESTRE APRIGIO É DIPLOMADO PATRIMÔNIO VIVO DA CULTURA

O Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e Fundarpe, realizou nesta sexta-feira (16), no Teatro de Santa Isabel, no Recife, a titulação dos seis novos Patrimônios Vivos do Estado (PV). Participaram da solenidade – uma comemoração ao Dia Nacional do Patrimônio Histórico, celebrado oficialmente neste sábado (17).

"Trago uma mensagem de muito respeito aos mestres e mestras, agraciados ou não, que são a base da cultura pernambucana. Vocês são nossas bússolas e faróis na busca por direções que nos leve ao reconhecimento da importância da cultura. Que a gente possa ter nisso a referência do que é ser pernambucano", celebrou Gilberto Freyre Neto.

Eleitos pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CPPC), no último dia 10 de julho, os seis novos Patrimônios Vivos de Pernambuco diplomados são: Mestre Saúba (Brinquedos populares e mamulengos, de Jaboatão dos Guararapes); Maracatu de Baque Solto Cambinda Brasileira (Nazaré da Mata); Mestre Aprígio (artesão do couro, de Ouricuri); Mestre Nado (artesão de instrumentos musicais feitos de barro, de Olinda); Mestre Assis Calixto (mestre de coco, de Arcoverde); e Tribo Indígena Carijós do Recife (Caboclinho, do Recife).

Este foi o 14º Concurso do Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco – RPV-PE, realizado pelo Governo de Pernambuco, com o objetivo de reconhecer, estimular e proteger iniciativas que contribuem para o desenvolvimento sociocultural e profissional dos mestres e das mestras e grupos de notório saber. Os vencedores passam a receber bolsa vitalícia de R$ 1.600 (um mil e seiscentos reais), no caso de pessoa física, e R$ 3.200 (três mil e duzentos reais) no caso de grupos, pessoas jurídicas.

Mestre Aprígio deixou registrado sua emoção e que acreditava que o povo de Exu, terra do Rei do Baião e Ouricuri, onde trabalha estava mais feliz ainda.

Além dos titulados, os Patrimônios Vivos presentes na solenidade foram Mestre Galo Preto, Maestro Formiga, Índia Morena, Associação Musical Euterpina, Dedé Monteiro, Caboclinho Canindé, Didi do Pagode, Clube de Boneco Seu Malaquias, Dona Prazeres, Canhoto da Paraíba, Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, Cristina Andrade e Mestre Chocho.
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CARIRI APOSTA NAS CASAS E OFICINAS DOS MESTRES DA CULTURA COMO MUSEUS ORGÂNICOS

Intersecção entre Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e alguns municípios limítrofes, a região do Cariri, desta feita, parece nação própria dentro da pátria cearense maior. Com forte identidade e dono de ricas manifestações, seja na gastronomia, nas artes ou no tecido geográfico, o local elege o diálogo com a tradição de maneira a alargar as possibilidades de contato e apreciação com nossas raízes. É símbolo concreto de integração e potência.

O convite está feito. Abra a porta, entre na sala, puxe uma cadeira e converse. Esta é a proposta dos Museus Orgânicos em atividade na região do Cariri cearense. Casas e oficinas de mestres da cultura transformam-se em lugares de convívio para um público maior, curioso, sedento pelas histórias daqueles que transmitem o saber popular por meio de diferentes expressões. 

Nada de muita modernidade. É olho no olho, ouvido atento e diálogo solto com figuras como Espedito Seleiro, Françuli, Antônio Luiz e outros mais. O projeto, desenvolvido pelo socioeducador Alemberg Quindins em parceria com o Sesc, pretende abrir 16 museus nesse formato na região.

Três equipamentos já foram inaugurados, durante seminário internacional que inicia campanha para tornar Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade. São eles: o Museu Casa do Mestre Nena, em Juazeiro do Norte; o Museu Casa do Mestre Raimundo Aniceto, no Crato e o Museu Casa Oficina de Dona Dinha, em Nova Olinda. 

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RIO SÃO FRANCISCO: FISCALIZAÇÃO É REALIZADA PELA EQUIPE DE PATRIMÔNIO CULTURAL EM IGREJA DO SÉCULO XVII

Num dia de sol, no meio do período chuvoso do verão nordestino; onde o rio Ipanema encontra o rio São Francisco, encontramos no alto da Ilha do Ouro, uma pequena igreja branca com portas e janelas verdes. A Igreja Nossa Senhora dos Prazeres se impõe entre os municípios de Belo Monte, em Alagoas, e de Porto da Folha, em Sergipe.

Foi assim que a Equipe 10, da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, responsável pelas Comunidades Tradicionais e Patrimônio Cultural, chegou ao sítio arqueológico reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

As inscrições em sua fachada apontam o ano de 1694. Acredita-se que ainda no século XVII tenha sido construída por freis capuchinhos, após a saída dos holandeses da região, no período da colonização do Brasil. No local é possível encontrar lápides no chão da Igreja, que remontam ao período entre 1850 e 1895.

Os moradores do povoado de Barra do Ipanema, devotos de Nossa Senhora dos Prazeres lutam pelo tombamento do patrimônio histórico e cultural, como forma de conseguir que o Poder Público proteja e recupere esta joia perdida no meio do sertão alagoano. Os próprio devotos mantêm a Igreja erguida e protegida como podem, mas se não houver a intervenção dos organismos competentes, com o tempo muito de sua originalidade poderá se perder.

A Equipe Comunidades Tradicionais e Patrimônio Cultural é coordenada pelo antropólogo Ivan Farias, do Ministério Público Federal em Alagoas, e nesta visita esteve acompanhado do procurador da República Bruno Lamenha e do promotor de Justiça Alberto Fonseca, coordenador geral da FPI do Rio São Francisco.

Enquanto Fonseca destacou a importância da proteção do patrimônio histórico e cultural da bacia do Rio São Francisco, Lamenha esclareceu sobre a atuação do MP Federal para ajudar à comunidade a alcançar o intento do tombamento da Igreja.

Fiscalização – Na vistoria, a FPI flagrou ocupação irregular de área que antes era rio. A Ilha do Ouro hoje é praticamente parte do continente, o assoreamento do rio tem feito aumentar as terras no entorno da ilha. A ocupação irregular da área por fazendeiro tem atrapalhado o acesso à ilha, que só pode ser feito por meio de barco, bem como a pesca artesanal que é realizada pelas comunidades ribeirinhas. A situação será investigada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual.

Equipe 10 – A missão da Equipe 10 é a verificação in loco de violações ao patrimônio cultural e às comunidades tradicionais que precisam ser protegidas pelo poder público. Na última semana de atuação, foram inspecionados dois sítios arqueológicos: além da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres, no Povoado Barra do Ipanema, em Belo Monte; também o sítio arqueológico Bojo, no mesmo município.

Além de representantes do Ministério Público, a equipe Patrimônio Cultural/ Comunidades Tradicionais conta também com a participação do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH), do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e da ONG SOS Caatinga.

Relatório final – Todas as situações verificadas pela Equipe 10 serão relatadas ao final, nesta sexta-feira (16), para que os diversos agentes envolvidos adotem as providências necessárias a fim de garantir que o poder público proteja o patrimônio histórico e cultural do sertão alagoano.

Sítios Arqueológicos são definidos e protegidos pela Lei 3.924/61, sendo considerados bens patrimoniais da União. Dessa forma, é necessário que o poder público empenhe-se em aliar proteção e viabilidade do empreendimento.

A importância de se preservar sítios arqueológicos não se concentra apenas nas descobertas de bens materiais neles evidenciados (material cerâmico, sepultamentos, artefatos líticos, restos faunísticos etc), mas também no levantamento do contexto em que os mesmos foram identificados, possibilitando, reconstruir o ambiente e o espaço coletivo ocupado por nossos antepassados.

Desta forma, além do esforço técnico empreendido em todas as fases do processo de desenvolvimento das pesquisas arqueológicas, os trabalhos preveem diversas ações educativas, de modo que os conhecimentos possam ser repassados à sociedade.

Fonte: MPF
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JULHO DE 2019 FOI O MÊS MAIS QUENTE DA HISTÓRIA NO PLANETA NOS ÚLTIMOS ANOS

O mês de julho foi o mais quente no planeta nos últimos 140 anos, informou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA na sigla em inglês).

Os dados da agência americana confirmam conclusões divulgadas no início do mês pelo serviço europeu Copernicus sobre mudança climática, que também havia apontado julho deste ano como o mês mais quente já registrado.

Segundo os cientistas da instituição americana, durante o mês de julho a média global das temperaturas foi 0,95°C superior à média de todo o século 20, que foi 15,77°C, o que torna julho de 2019 o mês mais quente nos registros da agência, que começaram em 1880.

No relatório, a NOAA lembrou que nove dos dez meses de julho mais quentes da história foram registrados desde 2005, sendo os dos últimos cinco anos os que tiveram as maiores temperaturas.

O calor sem precedentes em julho reduziu o gelo nos Oceanos Ártico e Antártico a mínimos históricos. O gelo do Oceano Ártico atingiu uma baixa recorde em julho, ficando 19,8% abaixo da média - superando a baixa histórica anterior, de julho de 2012. O gelo marinho médio da Antártica, por sua vez, ficou 4,3% abaixo da média de 1981-2010, atingindo seu menor tamanho para julho nos registros de 41 anos.

A NOAA afirmou que 2019 foi o ano com maiores temperaturas até o momento em partes da América do Sul e do Norte, Ásia, Austrália e Nova Zelândia, assim como na metade meridional da África e em porções do oeste do Oceano Pacífico, do oeste do Oceano Índico e no Oceano Atlântico. O Alasca teve seu mês de julho mais quente desde que começou a fazer registros, em 2005.

Recordes de temperatura também foram quebrados em diversos países europeus, como a Alemanha, Bélgica ou Holanda. Em Paris, por exemplo, os termômetros marcaram 42,6°C, a temperatura mais alta já registrada na capital francesa, ultrapassando o recorde anterior de 40,4°C alcançado em 1947.

Nesse sentido, o relatório americano ressaltou que entre janeiro e julho deste ano, a temperatura global esteve 0,95 graus acima da média do século passado, que foi de 13,83 graus centígrados, empatando com 2017 como o segundo ano mais quente até o momento (2016 é considerado até hoje o ano mais quente).

As conclusões confirmaram os dados divulgados pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus, da União Europeia, em 5 de agosto, embora a margem do novo recorde em comparação com o último, em julho de 2016, tenha sido maior de acordo com os dados dos Estados Unidos.

O novo recorde é ainda mais notável porque o anterior seguiu um forte El Niño, que aumenta a temperatura média do planeta independentemente do impacto do aquecimento global.

Fonte: Agencia Brasil
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PIS/PASEP: BENEFÍCIO PARA OS NASCIDOS EM AGOSTO JÁ ESTÁ LIBERADO

O abono salarial do calendário 2019/2020 do Programa de Integração Social (PIS ) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), para os beneficiários nascidos em agosto, já está liberado desde essa quinta-feira (15).

Os trabalhadores com inscrição no PIS recebem na Caixa Econômica Federal. De acordo com o banco, o valor total disponibilizado para os nascidos em agosto é de R$ 1,4 bilhão destinado a 1,6 milhão de beneficiários. O trabalhador com inscrição no Pasep recebe o pagamento no Banco do Brasil.

O dinheiro do benefício pode ser sacado até 30 de junho de 2020 e pode ser consultado, no caso do PIS, pelo Aplicativo Caixa Trabalhador, no site do banco (www.caixa.gov.br/PIS) ou pelo telefone 0800 726 0207.

Os titulares de conta individual na Caixa, com cadastro atualizado e movimentação na conta, recebem o crédito de forma automática.
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