RIO SÃO FRANCISCO: FISCALIZAÇÃO É REALIZADA PELA EQUIPE DE PATRIMÔNIO CULTURAL EM IGREJA DO SÉCULO XVII

Num dia de sol, no meio do período chuvoso do verão nordestino; onde o rio Ipanema encontra o rio São Francisco, encontramos no alto da Ilha do Ouro, uma pequena igreja branca com portas e janelas verdes. A Igreja Nossa Senhora dos Prazeres se impõe entre os municípios de Belo Monte, em Alagoas, e de Porto da Folha, em Sergipe.

Foi assim que a Equipe 10, da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, responsável pelas Comunidades Tradicionais e Patrimônio Cultural, chegou ao sítio arqueológico reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

As inscrições em sua fachada apontam o ano de 1694. Acredita-se que ainda no século XVII tenha sido construída por freis capuchinhos, após a saída dos holandeses da região, no período da colonização do Brasil. No local é possível encontrar lápides no chão da Igreja, que remontam ao período entre 1850 e 1895.

Os moradores do povoado de Barra do Ipanema, devotos de Nossa Senhora dos Prazeres lutam pelo tombamento do patrimônio histórico e cultural, como forma de conseguir que o Poder Público proteja e recupere esta joia perdida no meio do sertão alagoano. Os próprio devotos mantêm a Igreja erguida e protegida como podem, mas se não houver a intervenção dos organismos competentes, com o tempo muito de sua originalidade poderá se perder.

A Equipe Comunidades Tradicionais e Patrimônio Cultural é coordenada pelo antropólogo Ivan Farias, do Ministério Público Federal em Alagoas, e nesta visita esteve acompanhado do procurador da República Bruno Lamenha e do promotor de Justiça Alberto Fonseca, coordenador geral da FPI do Rio São Francisco.

Enquanto Fonseca destacou a importância da proteção do patrimônio histórico e cultural da bacia do Rio São Francisco, Lamenha esclareceu sobre a atuação do MP Federal para ajudar à comunidade a alcançar o intento do tombamento da Igreja.

Fiscalização – Na vistoria, a FPI flagrou ocupação irregular de área que antes era rio. A Ilha do Ouro hoje é praticamente parte do continente, o assoreamento do rio tem feito aumentar as terras no entorno da ilha. A ocupação irregular da área por fazendeiro tem atrapalhado o acesso à ilha, que só pode ser feito por meio de barco, bem como a pesca artesanal que é realizada pelas comunidades ribeirinhas. A situação será investigada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual.

Equipe 10 – A missão da Equipe 10 é a verificação in loco de violações ao patrimônio cultural e às comunidades tradicionais que precisam ser protegidas pelo poder público. Na última semana de atuação, foram inspecionados dois sítios arqueológicos: além da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres, no Povoado Barra do Ipanema, em Belo Monte; também o sítio arqueológico Bojo, no mesmo município.

Além de representantes do Ministério Público, a equipe Patrimônio Cultural/ Comunidades Tradicionais conta também com a participação do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH), do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e da ONG SOS Caatinga.

Relatório final – Todas as situações verificadas pela Equipe 10 serão relatadas ao final, nesta sexta-feira (16), para que os diversos agentes envolvidos adotem as providências necessárias a fim de garantir que o poder público proteja o patrimônio histórico e cultural do sertão alagoano.

Sítios Arqueológicos são definidos e protegidos pela Lei 3.924/61, sendo considerados bens patrimoniais da União. Dessa forma, é necessário que o poder público empenhe-se em aliar proteção e viabilidade do empreendimento.

A importância de se preservar sítios arqueológicos não se concentra apenas nas descobertas de bens materiais neles evidenciados (material cerâmico, sepultamentos, artefatos líticos, restos faunísticos etc), mas também no levantamento do contexto em que os mesmos foram identificados, possibilitando, reconstruir o ambiente e o espaço coletivo ocupado por nossos antepassados.

Desta forma, além do esforço técnico empreendido em todas as fases do processo de desenvolvimento das pesquisas arqueológicas, os trabalhos preveem diversas ações educativas, de modo que os conhecimentos possam ser repassados à sociedade.

Fonte: MPF
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JULHO DE 2019 FOI O MÊS MAIS QUENTE DA HISTÓRIA NO PLANETA NOS ÚLTIMOS ANOS

O mês de julho foi o mais quente no planeta nos últimos 140 anos, informou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA na sigla em inglês).

Os dados da agência americana confirmam conclusões divulgadas no início do mês pelo serviço europeu Copernicus sobre mudança climática, que também havia apontado julho deste ano como o mês mais quente já registrado.

Segundo os cientistas da instituição americana, durante o mês de julho a média global das temperaturas foi 0,95°C superior à média de todo o século 20, que foi 15,77°C, o que torna julho de 2019 o mês mais quente nos registros da agência, que começaram em 1880.

No relatório, a NOAA lembrou que nove dos dez meses de julho mais quentes da história foram registrados desde 2005, sendo os dos últimos cinco anos os que tiveram as maiores temperaturas.

O calor sem precedentes em julho reduziu o gelo nos Oceanos Ártico e Antártico a mínimos históricos. O gelo do Oceano Ártico atingiu uma baixa recorde em julho, ficando 19,8% abaixo da média - superando a baixa histórica anterior, de julho de 2012. O gelo marinho médio da Antártica, por sua vez, ficou 4,3% abaixo da média de 1981-2010, atingindo seu menor tamanho para julho nos registros de 41 anos.

A NOAA afirmou que 2019 foi o ano com maiores temperaturas até o momento em partes da América do Sul e do Norte, Ásia, Austrália e Nova Zelândia, assim como na metade meridional da África e em porções do oeste do Oceano Pacífico, do oeste do Oceano Índico e no Oceano Atlântico. O Alasca teve seu mês de julho mais quente desde que começou a fazer registros, em 2005.

Recordes de temperatura também foram quebrados em diversos países europeus, como a Alemanha, Bélgica ou Holanda. Em Paris, por exemplo, os termômetros marcaram 42,6°C, a temperatura mais alta já registrada na capital francesa, ultrapassando o recorde anterior de 40,4°C alcançado em 1947.

Nesse sentido, o relatório americano ressaltou que entre janeiro e julho deste ano, a temperatura global esteve 0,95 graus acima da média do século passado, que foi de 13,83 graus centígrados, empatando com 2017 como o segundo ano mais quente até o momento (2016 é considerado até hoje o ano mais quente).

As conclusões confirmaram os dados divulgados pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus, da União Europeia, em 5 de agosto, embora a margem do novo recorde em comparação com o último, em julho de 2016, tenha sido maior de acordo com os dados dos Estados Unidos.

O novo recorde é ainda mais notável porque o anterior seguiu um forte El Niño, que aumenta a temperatura média do planeta independentemente do impacto do aquecimento global.

Fonte: Agencia Brasil
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PIS/PASEP: BENEFÍCIO PARA OS NASCIDOS EM AGOSTO JÁ ESTÁ LIBERADO

O abono salarial do calendário 2019/2020 do Programa de Integração Social (PIS ) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), para os beneficiários nascidos em agosto, já está liberado desde essa quinta-feira (15).

Os trabalhadores com inscrição no PIS recebem na Caixa Econômica Federal. De acordo com o banco, o valor total disponibilizado para os nascidos em agosto é de R$ 1,4 bilhão destinado a 1,6 milhão de beneficiários. O trabalhador com inscrição no Pasep recebe o pagamento no Banco do Brasil.

O dinheiro do benefício pode ser sacado até 30 de junho de 2020 e pode ser consultado, no caso do PIS, pelo Aplicativo Caixa Trabalhador, no site do banco (www.caixa.gov.br/PIS) ou pelo telefone 0800 726 0207.

Os titulares de conta individual na Caixa, com cadastro atualizado e movimentação na conta, recebem o crédito de forma automática.
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FLÁVIO BAIÃO, LUIZ DO HUMAYTÁ, GEO COELHO E PH LUCAS MOVIMENTAM FERIADO COM MUITO FORRÓ EM PETROLINA

Apesar do fim dos festejos juninos, as comemorações seguem acontecendo no município de Petrolina, Pernambuco. Na véspera do feriado (14) e nesta quinta, 15 agosto, Dia da Padroeira da cidade, o Forró movimenta o município.

Os cantores e compositores Flávio Baião, Luiz do Humaytá e Geo Coelho animaram a inauguração do Boteco Carol Meira, localizado na tradicional rua Luiz Gonzaga.

Na grade da festa, o percussionista Paulo Henrique, o talentoso zabumbeiro, PH Lucas, uma das principais referências no Nordeste, Antonio Carlos (Totonho da Banda Miragem), Guilherme Lima e Flavinho Mendes.

O público aplaudiu o Tributo a Luiz Gonzaga, onde Flávio Baião, deu o ritmo de alguns dos maiores sucessos do Rei do Baião, a exemplo de Asa Branca, Ave Maria Sertaneja e Sanfona Sentida.

Luiz do Humaytá, ao toque do violão, lançou o seu CD Decanto o Sertão.
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APÓS CORTE NO ORÇAMENTO, PESQUISAS DIMINUEM EM 2019

O CNPq publicou uma nota nesta quinta (15) informando que novas indicações de bolsas estão suspensas e que o orçamento para o órgão não deve ser integralmente recomposto em 2019.

Como déficit de mais de R$ 300 milhões, que vem desde a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019, aprovada em 2018, a agência já havia congelado chamadas para financiamento de pesquisas. Ao todo, 80 mil bolsistas são financiados pelo órgão.

"[...] Dessa forma, estamos tomando as medidas necessárias para minimizar as consequências desta restrição. Reforçamos nosso compromisso com a pesquisa científica, tecnológica e de inovação para o desenvolvimento do país, e continuamos nosso esforço de buscar a melhor solução possível para este cenário.", conclui a nota.

Segundo disse recentemente à Folha de S.Paulo João Luiz de Azevedo, presidente do CNPq, havia a expectativa de liberação de R$ 310 milhões para garantir o pagamento das bolsas de estudos até o fim do ano. Elas podem ser suspensas a partir de setembro se não houver recursos. 

Segundo a assessoria do MCTIC (Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), o ministério está em tratativas com a Casa Civil para tentar liberar crédito extra para o CNPq. Ainda não está definido de quanto é essa liberação, porém.

Segundo a reportagem apurou, a suspensão de indicações de bolsas faz parte do esforço para tentar honrar os compromissos já assumidos, como bolsas de pós-graduação em andamento. Entre acadêmicos, há o receio de que o encolhimento do CNPq seja permanente, o que teria impacto negativo no sistema de ciência e tecnologia do país.

"Hoje, o CNPq está sem recurso para fomento à pesquisa, que é especialmente importante para os novos cientistas. Os editais universais permitem que os jovens pesquisadores consigam se estabelecer no país. Sem isso a pesquisa brasileira fica desfalcada, diz Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências.

Entre as iniciativas apoiadas pelo CNPq, Davidovich destaca os INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), que "promove uma revolução, reúne grupos e fomenta novas áreas", diz. "Como o Brasil vai se desenvolver sem esses instrumentos?", questiona.

Nesta semana, dezenas de sociedades acadêmicas e científicas, encabeçadas pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência  e ABC (Academia Brasileira de Ciências), lançaram na plataforma  Change.org um abaixo-assinado em defesa do CPNq e pelo aporte de recursos. Até a publicação desta reportagem, já havia mais de 85 mil assinaturas.

"Consideramos inaceitável a extinção do CNPq, como sinaliza este estrangulamento orçamentário e uma política para a CT&I sem compromisso com o desenvolvimento científico e econômico do País e com a soberania nacional", diz trecho do manifesto. 

Segundo uma carta assinada por sete ex-presidentes do CNPq, caso o orçamento não seja recomposto, serão perdidos décadas de investimentos em recursos humanos e infraestrutura.

Fonte: Folha de S.paulo
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ORQUESTRA SINFÔNICA DA BAHIA FAZ APRESENTAÇÃO NESTA QUINTA (15) EM JUAZEIRO

A Orquestra Sinfônica da Bahia retoma o projeto Osba na Estrada, que percorre os municípios do interior da Bahia e, agora, vai contemplar novas localidades.

Desta vez, Juazeiro recebe a apresentação da orquestra nesta quinta-feira, 15, na Catedral Santuário Nossa Senhora das Grotas, às 19h. Já na sexta, 16, a Osba vai até a cidade de Senhor do Bonfim para dois concertos, às 17h30 e às 20h, no Colégio Estadual Senhor do Bonfim.

Os concertos gratuitos têm regência do maestro Carlos Prazeres e solos do violinista da Osba, Mário Soares. No repertório, haverá uma mescla das músicas de concerto com composições populares e clássicos da música brasileira.

PROGRAMA:
E. AGUIAR – Quatro momentos para orquestra de cordas
H. VILLA-LOBOS – “Prelúdio” das Bachianas nº 4 
G. PEIXE – Mourão 
B. BARTOK – Danças Folclóricas Romenas 
J. IBERT – Divertissement
E. MORRICONE – Thème d'amour (Cinema Paradiso) 
L. CARDOSO – Caleidoscópio II 
A. PART – Cantus in Memory of Benjamin Britten 
A. VALENÇA – Morena Tropicana
A. VALENÇA – Anunciação
T. JOBIM/V. DE MORAES – Chega de Saudade (em homenagem a João Gilberto) 

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LIVRO REPORTAGEM SOBRE ATINGIDOS PELA BARRAGEM DE SOBRADINHO SERÁ LANÇADO EM JUAZEIRO

O livro-reportagem "Vazio das Águas: vidas submersas, memórias em resistência", do jornalista João Pedro Ramalho Martins, será lançado na próxima quinta-feira, dia 22, às 18h15, no Auditório ACM, no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em Juazeiro. 

A obra conta a história de uma comunidade do interior do município de Sento-Sé-BA, formada por pessoas atingidas pela Barragem de Sobradinho-BA, construída pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) entre os anos de 1973 e 1979.

João Pedro é natural de Juazeiro e morador de Sobradinho. No livro, a comunidade de Sento-Sé foi renomeada como "Vazio das Águas", com a finalidade de preservar a identidade dos moradores e também de indicar as maiores ausências sentidas no local - o serviço de água encanada, conquistado apenas há quatro anos, e a proximidade com o rio São Francisco. A partir das histórias de vida dessas pessoas, desde a época anterior à hidrelétrica até os dias atuais, a narrativa aborda os efeitos do empreendimento sobre a economia, a vida em sociedade e a produção agrícola.

A obra poderá ser adquirida na ocasião do lançamento. O autor chama a atenção para a importância de ler e falar sobre o tema abordado. "'Vazio das Águas' reconstrói as histórias de pessoas aqui da nossa região, mas que são também os relatos de atingidos por barragens em todo o país. 

De Sobradinho a Mariana, de Belo Monte a Brumadinho, milhares de homens, mulheres, crianças sofreram transformações drásticas em suas vidas. E os impactos das barragens não chegam apenas aos que precisam se mudar de suas casas, mas aos outros também, muito devido às mudanças nos rios e na biodiversidade. Enfim, é preciso exercitarmos a empatia sempre", explica João Pedro.

O livro-reportagem "Vazio das Águas: vidas submersas, memórias em resistência" foi produzido originalmente em 2017, como um Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo em Multimeios, na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Campus III - Juazeiro. Orientado pela professora Carla Paiva, o trabalho recebeu prêmios importantes na área do Jornalismo e da Comunicação. 

Em junho de 2018, a obra foi um dos sete TCCs do Brasil selecionados para apresentação no 13º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo-SP.  Em julho do mesmo ano, "Vazio das Águas" recebeu o prêmio da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), na modalidade "Jornalismo Literário e/ou de Opinião", durante a etapa Nordeste do Intercom, o maior congresso de Comunicação do país.


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