Sanfoneiros fazem caminhada no Sertão de PE para lembrar os 30 anos da morte de Luiz Gonzaga

Os 30 anos da morte do cantor Luiz Gonzaga foram lembrados de maneira especial em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Nesta sexta-feira (2), músicos de várias cidades da região se uniram para homenagear o Rei do Baião. Carregando o instrumento que ajudou a eternizar o artista pernambucano, os súditos do Velho Lua participaram da primeira ‘sanfoneata’, uma passeata embalada pelo som do forró, que percorreu as ruas do centro da cidade.

A homenagem reuniu mulheres, homens e crianças, todos unidos pelo amor à sanfona e à obra de Luiz Gonzaga, que morreu no dia 2 de agosto de 1989, em um hospital de Recife, aos 76 anos. José Ednaldo Bahia, 64 anos, conta com orgulho que conheceu o Rei Baião quando era criança, em Exu, terra natal do cantor. Para ele, a homenagem ao artista, eleito o pernambucano do século 20, é mais do que merecida.

“Luiz Gonzaga era um cara muito bom. Era muito carinhoso com o cara. É uma homenagem merecida. Por Luiz Gonzaga o cara vai até o fim da vida”, afirma Bahia.

As 11 anos de idade e pesando 32 kg, o pequeno Lázaro Vitor não se incomodou com os cerca de 6,5 kg da sanfona que carregava. Assim como os mais velho, o menino tem Luiz Gonzaga como principal inspiração. “Vim acompanhar essa homenagem. A sanfona é um instrumento muito bonito”, diz o garoto.

Da mesma forma que Luiz Gonzaga herdou a paixão pela sanfona do pai, Januário, a estudante Karoline Coelho, de 17 anos, se encantou pelo instrumento através de uma influência caseira. “Veio do meu pai, Pebinha do Forró, e do meu irmão. Desde pequena vejo eles tocar. Meu irmão começou com 6 anos e eu estou com 17, entrando na carreira com muita amor e essa paixão pela sanfona que é um belo instrumento. Venho participar dessa homenagem com muito prazer e muito amor”.

Pesquisador da vida e da obra de Luiz Gonzaga, o jornalista Ney Vital destaca que a participação de sanfoneiros de diversas idades e origens mostra que a obra do Rei do Baião é eterna. “Nesse momento que Petrolina e o Vale do São Francisco conseguem reunir mais de 150 sanfoneiros de diversas partes do Brasil, isso prova que Luiz Gonzaga continua vivo e sendo a maior representatividade da música brasileira”, diz.

A homenagem foi encerrada às margens do rio São Francisco. Para o idealizador do evento, Luiz Rosa, o encontro de sanfoneiros reforça a importância do Rei do Baião para a cultura brasileira e o povo sertanejo. "Luiz Gonzaga é uma inspiração para todos nós. Ele continua vivo", afirma.

Fonte: Emerson Rocha G1 

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ALMA MUSICAL BRASILEIRA: LUIZ GONZAGA 30 ANOS DE SAUDADE

Luiz Gonzaga é um dos três nomes mais importantes da Música Brasileira. Luiz Gonzaga deu sonoridade para todo um ambiente cultural e com sua sanfona deu origem a mais significativa representação da cultura brasileira.

Se o "caba" é negro, pobre e nordestino, condená-lo ao anonimato é mais regra do que exceção. A não ser que esse mesmo "caba, negro, pobre, nordestino e arteiro" saia mundo afora vestido de cangaceiro, carregando uma sanfona para poetizar o Nordeste e exaltar o Sertão. Um contrassenso para quem sonhava em “(...) dormir ao som do chocalho e acordar com a passarada”, porque, apesar de viajante, Luiz Gonzaga se envaidecia em viver sua terra e encantar sua gente.

“Ele foi um político na música”, brada a cantora e compositora Cristina Amaral. “Falar de Luiz Gonzaga é falar de uma nação, de um povo, da sua cultura”, reforça o poeta e cantador pernambucano Maciel Melo. 

Há exatamente três décadas, o maior símbolo da música pernambucana e nordestina fez sua passagem. Na contramão do luto, esta sexta-feira de celebração. Porque à perda do Rei do Baião - e do xote, e do xaxado, e do arrasta-pé e dos tempos do 'dois pra lá, dois pra cá' - ficaram referências do filho de "Seu Januário" e de "Mãe Santana", nascido numa sexta-feira de dezembro de 1912 em Exu, Sertão do Araripe. 

"Ele carregava na indumentária toda a geografia de uma nação. Quando a gente olhava ele no palco, o que se via era um vaqueiro, um cangaceiro, um violeiro, um trabalhador", complementa Maciel. "Deixou todo um legado que a gente continua, com uma história que começou com ele", enaltece Cristina. 

Com composições que permeavam a aridez do Sertão do Nordeste, o velho "Lua" contou a história da "Asa Branca" (1947) ao lado de Humberto Teixeira (1915-1979), seu parceiro também em "Assum Preto" e "Quem Nem Jiló", entre outras do cancioneiro da dupla. Já ao lado de Zé Dantas (1921-1962), a mesma Asa Branca voltou e celebrou os "rios correndo, as cachoeira zoando, a terra moiada e o mato verde", que riqueza!

"Gonzaga conseguiu se perpetuar na memória do povo pela verdade que carregava em sua música, pela capacidade de traduzir o comportamento do homem nordestino", acrescenta Marcelo Melo, do Quinteto Violado, ao falar sobre a perenidade da obra de Seu Luiz, que, fisicamente, está registrada em letras de protestos e alegrias em pelo menos algumas centenas de discos gravados e outras tantas de canções ressoadas mundo afora. 

O fato é que, com Seu Luiz, o Fole Roncou, se dançou Forró de Cabo a Rabo, o mandacaru fulorô na seca, Samarica Parteira teve sua história contada e o alfabeto da música popular brasileira teve que aprender um outro ABC, o do nosso Sertão. 

Com a presença do Quinteto Violado, da cantora Bia Marinho e dos sanfoneiros Joquinha Gonzaga e Terezinha do Acordeon, o Cais do Sertão (Bairro do Recife) homenageia Gonzaga com shows levados pelo forró. E sob a regência do maestro Fernando Furtado, uma centena de crianças embala o clássico "Asa Branca", encerrando a programação. O agito começa às 18h, com acesso gratuito.

... em Caruaru,
Oficina com ritmos nordestinos no Museu do Barro, em Caruaru, abre a programação que celebra Gonzaga, às 9h, em mais uma edição do "Tributo ao Rei do Baião" na Capital do Forró. Já na Câmara de Vereadores do município, palestras, debates culturais e apresentações musicais completam a celebração. 

... em Petrolina,
Sob a batuta do sanfoneiro Luiz Rosa, Petrolina, no Sertão pernambucano, promove Sanfoneata no centro do município, a partir das 7h30. Quadrilha junina e tocadores de outros estados do Nordeste também integram a programação. 

... em Igarassu!
O município da Região Metropolitana do Recife (RMR) renderá homenagens a Luiz Gonzaga com missa celebrada às 8h no Convento de Santo Antonio, Sítio Histórico da cidade. Em seguida, às 9h30, o local recebe a exposição" “De Escoteiro a Rei do Baião", com cerimônia de entrega do título póstumo de Escoteiro Honorário. Acesso gratuito.

Fonte: Folha Pernambuco -  Germana Macambira
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FILME LEGUA TIRANA QUE AMBIENTA A INFÂNCIA DE LUIZ GONZAGA DEVE SER LANÇADO EM 2020

Sob o forte sol na cabeça e com os pés no solo arenoso de Exu, em Pernambuco, foi gravada uma nova produção sobre Luiz Gonzaga do Nascimento — o Rei do Baião. Com participação de cearenses, a ficção remonta a infância do sanfoneiro. 

O dono de um sorriso marcante do município de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, é o principal personagem de “Légua Tirana”, assinada pelos diretores Marcos Carvalho e Diogo Fontes. O pequeno cantor e sanfoneiro Kayro Oliveira, 12 anos, dá vida à principal fase de descobertas de Gonzagão. Quem também participa do longa é o sanfoneiro e ator Chambinho do Acordeon, nome que ganhou o cinema nacional em “Gonzaga: de Pai pra Filho”. 

De uma comunidade indígena, Kayro Oliveira foi apresentado ao Brasil no programa The Voice Kids em 2018. O trabalho do pequeno prodígio chegou em 2019, por meio da TV Globo, nas mãos dos diretores de “Légua Tirana”. Na avaliação de Marcos Carvalho, Kayro é tão bom ator quanto sanfoneiro. “Ele foi uma dádiva. Um presente que ganhamos. 

Houve um processo seletivo. Tivemos parceria com emissoras de TVs que ajudaram nesse processo. Sentimos que ele poderia ser nosso Rei do Baião quando criança. Fizemos alguns testes e não ficamos com nenhuma dúvida. Tinha de ser ele. Luiz Gonzaga habita essa criança. Ele conhece muito bem até os trejeitos”. 

Sem timidez, Kayro contou ao Verso o sentimento de gravar o primeiro filme. “Eu era o único menino mais parecido com o seu Luiz Gonzaga, além de tocar sanfona e ser nordestino. Temos umas qualidades parecidas que eles disseram. Eu não sei o que é”, fala com um sorriso no rosto. O cearense conta que passou dois meses em Exu. As semanas foram divididas entre as gravações e as atividades escolares. 

Uma das cenas mais complexas na visão de Kayro foi a de uma surra que Gonzagão levou na infância, na qual o pequeno ator teve que fingir sentir dor. “A cena da ‘pisa’ foi a mais difícil. Vai muito do ator de se expressar. Eu tinha que fazer careta”, relembra. 

Já mais acostumado com as câmeras, Chambinho do Acordeon, residente de Fortaleza, conta que Kayro ligou logo após receber a informação que participaria da produção cinematográfica. “Ele me ligou todo alegre e disse: ‘Chambinho! O que diabo é esse negócio de laboratório de ator?’ Quando eu cheguei no dia da filmagem, ele já estava falando o nome dos equipamentos, já estava todo por dentro”, lembra o sanfoneiro. 

Para o novo filme, Chambinho revela que o sentimento na atuação foi diferente da primeira produção. “Passado quase sete anos, a figura de Luiz Gonzaga tem um peso. Principalmente para os sanfoneiros. Eu sempre penso na quantidade de pais de família que empregam funcionários, alimentam seu filho por meio do forró. Quando vem Luiz na cabeça me vem o forró. Agora, são macetes ensinados de Januário para Luiz Gonzaga. São cenas na roça e também indo para feiras tocar”, diz o músico. 

Apesar do nascimento de mais uma produção sobre Luiz Gonzaga, Chambinho do Acordeon afirma que as empresas poderiam investir mais, além do poder público. “É a nossa essência e DNA em termos de cultura. Cada vez mais, o cinema cresce. Nossa sétima arte está em evidência. Sinto preocupação com a falta de investimentos. As empresas poderiam entrar um pouquinho mais com apoio”, reforça o músico.

Ele ainda comenta sobre a receptividade internacional da história de Gonzagão nas telonas: “em Moscou, por exemplo, fui para uma premiação com quatro brasileiros. A gente viu russo chorando com o nosso primeiro filme de Luiz Gonzaga. Esse novo já era pra ter lançado. Espero que o governo olhe para o cinema com mais carinho. Temos uma cadeia produtiva gigantesca. São hotéis com hospedagem, carros alugados, figurinos, uma logística grande. Só tenho a dizer viva Luiz Gonzaga e viva o cinema nacional”. 

Para que tudo saísse do papel, o diretor Marcos Carvalho teve o projeto do filme aprovado no VIII Edital de Fomento ao Audiovisual do Estado de Pernambuco. “Légua Tirana” contratou diretamente 108 profissionais, entre atores, técnicos e mão de obra local. O Ceará teve participação representativa além do elenco. 

Jovens egressos do Sistema Socioeducativo cearense, de cidades como Sobral e Juazeiro do Norte, atuaram na produção. “Em 2017, nós estivemos no Estado, por meio de uma parceria com a direção do Sistema Socioeducativo. Levamos as oficinas do projeto ‘Cinema no Interior’. O filme é uma etapa profissionalizante desse nosso projeto”. Para ambientar a infância de Luiz Gonzaga, diversos espaços da cidade estiveram no roteiro. 

O património arquitetõnico da cidade de Exu chegou a ser recuperado nas gravações. “Januário chega em 1909, em Araripe. Luiz Gonzaga nasce em 1912. Ele sai do Araripe em meados de 1930 e retorna em 1946. O filme se passa em 1922, aos 10 anos de Luiz, e vai até 1930, quando chega aos 18 anos. Nós precisávamos que o cenário estivesse condizente com aquele período histórico. Fachadas foram recuperadas. É linda a paisagem”, comenta o diretor. 

A produção ainda reformou a Vila de Tabocas, um vilarejo na cidade de Exu. “Simboliza aquela terra no início do Século XX. Foi feito restauração das casas da via principal e da zona rural. Foi um retorno do filme para o povo de Pernambuco”. Marcos Carvalho aponta como peça-chave da ficção, a própria Chapada do Araripe.

“Temos sempre locações voltadas para a chapada. Da casa da caiçara, onde Luiz nasce, até a casa da pamonha, do padrinho de Luiz Gonzaga. O paredão abraça a cidade e também simboliza uma prisão para ele. Como a própria mãe, em querer que ele não saia da cidade. A região de Exu possui casas históricas se centenárias. A zona rural é riquíssima. Basta lembrar de nomes como Bárbara de Alencar. Existe a casinha dela que virou museu. Muitos casarões foram usados”. 

As gravações da produção cinematográfica foram finalizadas. Os diretores aguardam um novo edital público para iniciar o processo de finalização e edição, com previsão de ser lançado ainda neste mês. De forma otimista, o filme deve ficar pronto no fim deste ano. 

A meta é lança-ló no primeiro semestre de 2020. “Nós concluímos as filmagens e agora estamos no processo para fazer a finalização. Estamos aguardando se resolver o atual cenário para iniciar essa etapa de edição. Acreditamos muito na obra e da importância de se ter esse filme em memória e homenagem a um do maiores ícones da música e da cultura nordestina. Tivemos a grata satisfação da família endossando o projeto. Tudo se projeta para colhermos bons frutos com a veiculação dessa produção”, afirma Marcos Carvalho. Além de concorrer a premiações internacionais, Marcos Carvalho avalia que o trabalho visa fomentar a formação de novos atores. 

“Só de criança foram mais de 900 testes para compor esse elenco do filme. Nossa intenção é fortalecer o acervo da cultura gonzaguiana”. O diretor pensa em lançar a produção nas principais capitais do Nordeste. Em Fortaleza, ele projeta uma futura exibição no Cineteatro São Luiz.

Fonte: João Lima Neto, joao.lima@diariodonordeste.com.br
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CELEBRAÇÃO 30 ANOS DE MORTE DE LUIZ GONZAGA MOVIMENTA PETROLINA, ARACAJU, CARUARU E TERESINA

As celebrações pelos 30 anos da morte de Luiz Gonzaga serão marcadas com uma exposição sobre a obra do Rei do Baião, e também pela sua música que tem inspirado várias gerações de artistas brasileiros. O principal palco dessas celebrações será o Complexo Cultural Gonzagão, localizado no conjunto Augusto Franco, em Aracaju, Sergipe

No dia 02 de agosto, data da morte do sanfoneiro, serão realizados pela Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) vários eventos para homenagear Gonzaga: é o Viva Gonzaga! A programação, marcada para começar às 19h30, destaca a missa celebrativa que inclui elementos da cultura sertaneja tão bem divulgada na obra do grande mestre.

Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, através da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC),  o dia 2 de agosto é marcado opelo Tributo ao Rei do Baião Luiz Gonzaga. A data é marcada pelos 30 anos da morte do artista.

As atividades começarão às 9h no Museu do Barro, com uma oficina de ritmos nordestinos que será ministrada por Ivson Santos. Às 14h, na Câmara de Vereadores de Caruaru, o gerente de Cultura da FCTC, Hérlon Cavalcanti, realizará a palestra “Três décadas de saudade”. Logo após, o pesquisador Ademário King falará sobre o tema “Luiz Gonzaga e sua relação com os compositores de Caruaru”.

Em Petrolina, no sertão de Pernambuco, vai receber a 1ª Sanfoneata, a primeira passeata de sanfoneiros da região. O objetivo é homenagear 30 anos da morte do rei do baião Luiz Gonzaga. O evento é promovido pelo sanfoneiro Luiz Rosa.

A concentração será na Praça do Galo, no centro de Petrolina, a partir das 7h:30, na sexta-feira, 2 de agosto, data da morte de Luiz Gonzaga.

O evento terá a participação da quadrilha junina Buscapé, do bairro do Quidé, em Juazeiro. Este ano, a quadrilha participou dos festivais de Juazeiro, na Bahia, e também de Petrolina, onde apresentou a história de amor entre Diadorim e Riobaldo do clássico da literatura brasileira Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa.

Em Teresina Piauí acontece a Procissão das Sanfonas.
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MINISTÉRIO PÚBLICO INSTAURA INQUÉRITO PARA DESCOBRIR CAUSA DE MORTES DE ABELHAS EM PETROLINA

Devido à observação dos criadores de abelhas da região de Petrolina de que um grande número desses insetos estão aparecendo mortos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito civil para investigar o motivo das mortes. Assim, o MPPE fez uma parceria com o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Cemafauna – Univasf) para colher dados e esclarecimentos científicos sobre o caso.

Uma das causas prováveis do aumento da mortalidade coletiva das abelhas, nas proximidades de área de irrigação, é a utilização de agrotóxicos. Segundo as primeiras análises da Cemafauna, existe a presença de substâncias químicas nas áreas cuticulares (pele) de abelhas que têm correlação com os pesticidas usados em lavouras agrícolas.

A nota técnica que a Cemafauna enviou ao MPPE concluiu que as análises toxicológicas feitas em matrizes de abelhas africanizadas apresentaram altos níveis de agrotóxicos com frequência de contaminação de cerca de 70% das substâncias fipronil, tiametoxam, dinotefuran, imidaclopride, nitenpiram, acetamipride e tiaclopride.

Além dos agrotóxicos, outras causas prováveis apontadas inicialmente como responsáveis pela morte dos insetos seriam as mudanças climáticas e a supressão da vegetação. Até o final deste ano, a equipe técnica da Cemafauna irá divulgar um relatório conclusivo sobre o caso.

Até lá, a promotora de Justiça Rosane Moreira Cavalcanti promoverá reuniões com produtores rurais do Vale de São Francisco e estabelecerá trabalhos educativos para minimizar as mortes e o impacto delas na produção de fruticultura local, que é de grande importância econômica para a região. “Com o andar das pesquisas e do processo, entenderemos quais as melhores medidas que o MPPE pode tomar a respeito”, comentou a promotora de Justiça.

A preocupação do MPPE deve-se também pelas abelhas serem responsáveis pela polinização das plantas e que seu declínio pode levar à extinção de plantas e animais, provocando mudanças na paisagem e nas funções do ecossistema. “É essencial destacar que para que o pólen seja transferido para flores diferentes, é necessário um agente que promova esse movimento, o chamado agente polinizador, a saber, a água (hidrofilia), o vento (anemofilia) e, principalmente, os animais (zoofilia), especialmente insetos, comumente as abelhas”, destacou a promotora de Justiça Rosane Moreira Cavalcanti.

Além da polinização e da importância para a fruticultura, o Vale do São Francisco é o segundo produtor de mel do Brasil, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul.

Fonte: MPPE
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PIAUÍ: PROCISSÃO DAS SANFONAS RECORDA MORTES DE LUIZ GONZAGA E RAUL SEIXAS

Teresina, Piauí recebe na próxima sexta-feira (2) mais uma edição da Procissão das Sanfonas, evento que leva a música de Luiz Gonzaga pelas ruas do Centro da cidade há 11 anos. O evento acontece sempre no mês de agosto, quando se relembra o dia da morte do Rei do Baião.

Luiz Gonzaga, Raul Seixas e Jackson do Pandeiro serão os grandes homenageados na Procissão das Sanfonas com o tema “Viva o Sertão o Alternativo”,  a concentração dos sanfoneiros será a partir das 15h, na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Dores, onde as sanfonas serão abençoadas. O trajeto do cortejo passará pelo calçadão da Rua Simplício Mendes e seguirá até o Museu do Piauí. 

“Agosto de 1989 levou embora o nosso Rei do Baião e também o Rei do Rock Brasileiro: Raul Seixas. Mas agosto de 1989 nos trouxe o Rei do Ritmo: Jackson do Pandeiro. São esses reis que iremos homenagear este ano. Reis que mostraram ao mundo a beleza do nosso sertão alternativo”, conta o professor Wilson Seraine, idealizador do evento e estudioso da obra e vida de Luiz Gonzaga.

A procissão das sanfonas sempre atrai grande público e já integra o calendário de atividades culturais de Teresina. Realizada pela Colônia Gonzaguiana do Piauí (grupo de fãs do Rei do Baião, músicos e pesquisadores), a manifestação cultural mobiliza artistas de todo o Estado e conta com bonecos gigantes de Luiz Gonzaga, Padre Cícero, Lampião e Maria Bonita.

Durante a procissão, os gonzaguianos serão homenageados com troféus criados pelo artista piauiense Álvaro Roberto Carneiro, em parceria com o pirógrafo José Francisco Lima.

Wilson Seraine ressalta que a décima primeira edição trouxe novidades como o lançamento da coleção de camisas “Viva o Sertão Alternativo”, produzida por artistas piauienses, e de um jingle escrito pelo músico local Roraima, especialmente, para a ocasião. 

“A música valoriza o legado dos homenageados. Nosso evento é pioneiro no Brasil. Temos que manter vivas as memórias desses artistas que tanto contribuíram para a cena cultural nordestina e valorizarmos essa manifestação cultural que é tão peculiar”, reitera Seraine. 

Na programação, destaca-se também a exposição “30 anos sem Raul Seixas”. Organizada pela Colônia Gonzaguiana do Piauí, em parceria com o fã clube Raul Rock Piauí, a mostra está instalada no Museu do Piauí e objetiva homenagear esse nordestino, por meio do acervo do pedagogo e fundador do primeiro fã clube do Raul Seixas de Teresina, Bruno Lustosa. Há mais de 10 anos, ele reúne long-plays (LPS), fitas cassetes, compactos, livros, revistas, quadros, posters e outros itens que retratam a vida e obra do 'maluco beleza'. 

A exposição está aberta a visitação até a primeira quinzena do mês de agosto, das 8h às 17h, de terça à sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados e domingos.

Fonte: Cidade Verde
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ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL HILDETE LOMANTO VISITAM EXPOSIÇÃO SOBRE LUIZ GONZAGA NA UNEB E PARTICIPAM DE PALESTRA SOBRE O REI DO BAIÃO

Cerca de trinta alunos do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Colégio Estadual Hildete Lomanto, de Juazeiro, estiveram na Biblioteca Rômulo Galvão da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Campus III para visitar a Exposição Luiz Gonzaga, 30 anos de saudades.

Os estudantes foram recebidos pelo o coordenador da Biblioteca, Regivaldo José da Silva, que deu as boas vindas aos visitantes. Em seguida foram acompanhados pelo jornalista Ney Vital, que é um exímio pesquisador da obra do sanfoneiro que tornou o forró conhecido no Brasil e no Mundo. Ney apresentou a exposição ao grupo e comentou os quadros pintados pelo o artista plástico Iranildo Moura Leal, que nasceu em Petrolina.

Os estudantes fizeram um passeio pela Fazenda Caiçara, onde Luiz Gonzaga nasceu em 12 de dezembro de 1912, há 12 km da cidade de Exu, em Pernambuco, pela casa onde morou Januário e Santana, pais de Gonzagão e por imagens que mostram o Rei do Baião já famoso, onde homenageia Lampião, do qual era admirador.

A visita foi coroada com uma palestra do jornalista Ney Vital que apresentou sua pesquisa sobra a vida e a obra do pernambucano do século XX através de imagens, músicas e depoimentos de artistas famosos como Raul Seixas e Dominguinhos.

Fã de Gonzagão, a estudante Iramara Passos não poupou palavras ao falar da exposição e da palestra sobre o ídolo. "Sua obra é eterna. A trajetória de Luiz Gonzaga é um símbolo de persistência, obstinação, talento e força criativa popular", elogiou.

A aluna Adrielly Lima também gostou da aula "diferente". "A palestra foi ótima. Foi um prazer conhecer mais sobre a vida do nosso rei do baião", destacou.

Luiz Gonzaga morreu aos 76 anos no dia 2 de agosto de 1989 no hospital Santa Joana, em Recife, Pernambuco. Nesta sexta-feira (02/08) faz 30 anos da sua morte.

Fonte: Jornalista e Professor Josenaldo Rodrigues
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