Correios: Selo Marca Centenário de Nascimento De Nelson Gonçalves

Na próxima sexta-feira (21), os Correios lançarão a emissão comemorativa em homenagem ao centenário de nascimento do renomado cantor brasileiro Nelson Gonçalves. Em São Paulo, o selo será apresentado no Bar do Nelson, em Santa Cecília, a partir de 21h. Também haverá eventos nas cidades do Rio de Janeiro e Santana do Livramento (RS).

Considerado o maior intérprete do Brasil, dono de uma voz única, Nelson Gonçalves vendeu mais de 80 milhões de discos e conquistou o título de “O Rei do Rádio” nos anos 40. Antônio Gonçalves Sobral foi seu nome de registro, depois alterado em cartório pelo artista: “Ele decidiu mudar para Antônio Nelson Gonçalves”, diz Margareth Gonçalves, filha do cantor. 

Nascido em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, mudou-se para São Paulo ainda criança. O jovem franzino e um pouco gago, conhecido como “metralha”, trabalhou como jornaleiro, mecânico, engraxate e lutador, mas tinha na música sua grande paixão. Foi aluno do maestro Bellardi, que o aconselhou a se dedicar ao estilo popular.

No final da década de 1930, foi para o Rio de Janeiro para participar de testes nas principais emissoras de rádio da época. Sem conquistar espaço, escutou até de Ary Barroso que devia “retornar a São Paulo para desenvolver-se em alguma outra profissão”. 

Foi na capital paulista que, a partir de outros contatos e muita insistência, recebeu o primeiro convite para gravar a valsa “Se eu pudesse um dia”, de Orlando Monella e Oswaldo França. Esse foi o começo de sua carreira, com a gravação do primeiro disco, em 1941, um 78 RPM contendo o samba “Sinto-me bem”, de Ataúlfo Alves. 

Mais tarde, fechou contrato com a gravadora RCA Victor e com a rádio Mayrink Veiga. Único brasileiro a ser agraciado com o Prêmio Nipper, ao lado de Elvis Presley, por ter permanecido durante 5 décadas na mesma gravadora. Suas interpretações permanecem vivas na memória de seus fãs.

Alguns números da carreira de Nelson Gonçalves (1919-1998): 50 anos de dedicação à música; 81 milhões de cópias vendidas; 2.740 canções gravadas em 183 discos em 78 rpm, 128 LPs e 300 compactos; conquistou 38 discos de ouro e 20 de platina.

Nelson Gonçalves e Luiz Gonzaga entraram juntos na RCA e regravaram a composição Asa Branca.

Na última década de vida, foram lançados mais de 20 CDs com suas interpretações. O último, “É Cedo”, rendeu-lhe o Disco de Ouro, por ter vendido mais de 100 mil cópias em 3 meses, marca atingida por poucos artistas de sua época.

Margareth se emociona ao comentar sobre o selo: “tenho grande orgulho do meu pai. Sou grata à vida por ter me colocado ao seu lado, trabalhando por mais de uma década como sua empresária. Agradeço muito aos Correios por ter programado essa homenagem”. 

Sua irmã, Lilian Gonçalves, destaca a importância da obra do cantor para o país: “o Brasil precisa olhar para sua história e lustrar a memória dos seus grandes nomes, que fazem a cultura brasileira, especialmente a música, que tem reconhecimento internacional. Basta lembrar a frase de Frank Sinatra: ‘a mais bela voz do mundo é de um brasileiro, e ele se chama Nelson Gonçalves’!”
Nenhum comentário

Petrolina: Jorge de Altinho agita São João 2019 e o domingo (16) terá Elba Ramalho, Maciel Melo e Geraldo Azevedo

Milhares de pessoas foram ao Pátio de Eventos Ana das Carrancas, ontem sábado (15), para aproveitar a segunda noite do ‘Melhor São João do Brasil’, promovido pela Prefeitura de Petrolina. Durante as cinco apresentações da noite, os petrolineses e turistas cantaram, dançaram e entraram no clima das interpretações de Jorge de Altinho, uma das principais atrações da noite.

A cantora Fabiana Santiago deu às boas vindas ao público que fez questão de chegar cedo. Com figurino típico do período junino e potência vocal, a cantora recepcionou o público com muito forró. 

Em seguida veio o pernambucano, Jorge de Altinho mostra a valorização do forró cada vez mais atual e contemporaneo.  Abrindo o show com o sucesso 'Confidência', composição sua e de Petrucio Amorim, Jorge de Altinho iniciou sua participação no São João de Petrolina. 

De volta ao São João de Petrolina, o cantor Devinho Novaes subiu ao palco logo depois das 21h30. Trazendo seu novo repertório para o público do Vale do São Francisco, o artista fez o povo cantar os novos sucessos da sofrência, sem esquecer o repertório que o projetou a partir do ano de 2017.

 O quarto a subir ao palco é também a revelação do momento no cenário musical do forró. Pela primeira vez na grade das atrações principais do São João de Petrolina, o cantor Vitor Fernandes trouxe para o público da festa o ritmo que ele intitula de “piseiro”.

Vitor fez milhares de pessoas cantarem em corro um dos sucessos mais escutados do momento: “Bebe, vem me procurar”. Ao longo do show, o artista fez questão de manter contanto com o público. “É muito gratificante porque é um show em casa. Eu sou petrolinense e estou muito feliz de poder apresentar meu trabalho ao público da região. Eu sempre sonhei e esse momento chegou”, destaca.

Quem ficou com a responsabilidade de fechar a noite foi a banda Magnifícos que levou para os apaixonados pelo forró um repertório com muitas canções antigas e um mix de sucessos da atualidade. 

O ‘Melhor São João do Brasil’ segue neste domingo (16), a partir das 19h, com apresentações de Elba Ramalho; Geraldo Azevedo; César Menotti & Fabiano; Maciel Melo; Solteirões do Forró e Elisson Castro.

Ascom Prefeitura de Petrolina Fotos: Alexandre Justino e Jonas Santos
Nenhum comentário

Como Euclides da Cunha criou o mito do sertão em sua obra-prima e Lamentarei se o tom da homenagem na Flip 2019 for somente apologista

Euclides da Cunha será o homenageado da Flip 2019. Nada mais justo. No ensaio Euclides da Cunha: Revelador da Realidade Brasileira, Gilberto Freyre já o referia como um dos escritores brasileiros de maior influência sobre o nosso povo, e que chamava atenção dos estrangeiros para a cultura em geral e para as letras em particular, de um ainda obscuro Brasil. 

Mesmo não havendo nascido no sertão de que trata em sua obra, Euclides foi quem mais contribuiu para codificar o que lhe pareceu sertão, guiando leitores e gerações futuras a buscarem o modelo estabelecido de semiárido habitado por bárbaros, num processo semelhante ao dos orientalistas em relação ao Oriente.

 Da mesma maneira que o Oriente é corrigido e penalizado por estar fora dos limites da Europa e América do Norte, o sertão do Nordeste brasileiro sofre processo semelhante por se encontrar fora dos limites da sociedade do Sul e Sudeste. É igualmente “sertanizado” por acadêmicos e cientistas, tornando-se propriedade de um conhecimento nem sempre verdadeiro.  

A partir do genocídio praticado contra os conselheiristas de Canudos – recuso a denominação de jagunços –, retratado com parcialidade pelo geógrafo, engenheiro, militar e jornalista, se evidenciam as incompatibilidades entre os vários sertões. As sociedades heterogêneas possuem valores culturais, econômicos e religiosos desiguais. 

Os sertanejos são tratados como menores, raças submetidas a um “poder civilizatório” que se apresenta benigno e altruísta, mas que traz apenas mais miséria, destruição e morte. Acontece a guerra, uma coisa horrível de se testemunhar, um choque implacável, irremediável, como tem sido o embate de todos os dias, no Brasil.

Nos primeiros tempos de nossa história, tudo o que não fosse litoral era sertão, independente de condições climáticas, relevo, cobertura vegetal, presença ou não de rios, tipo de solo. Assim, o Estado de São Paulo para além da Capitania de São Vicente era todo sertão, como também o eram Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e até Paraná e Rio Grande do Sul. 

O próprio Euclides descreve diferente o sertão dos primórdios da nossa colonização: “Constituiu-se, dessa maneira favorecida, a extensa zona de criação de gado que já no alvorecer do século 18 ao das raias setentrionais de Minas e Goiás, ao Piauí, aos extremos do Maranhão e Ceará pelo ocidente e norte, e às serranias das lavras baianas, a leste. Povoara-se e crescera autônoma e forte, mas obscura, desadorada dos cronistas do tempo, de todo esquecida não já pela metrópole longínqua senão pelos próprios governadores e vice-reis. 

Não produzia impostos ou rendas que interessassem ao egoísmo da coroa. Refletia, entretanto, contraposta à turbulência do litoral e às aventuras das minas, ‘o quase único aspecto tranquilo da nossa cultura’. À parte os contingentes de povoadores pernambucanos e baianos, a maioria dos criadores opulentos que ali se formaram, vinha do sul, constituída pela mesma gente entusiasta e enérgica das bandeiras.” 

As migrações e entrelaçamentos dos sertanejos se fazia intensa, de sul a norte e de norte a sul, a ponto de um decreto real do século 18 proibir que os do norte buscassem as terras do sul, onde havia mais promessas de riqueza. “Paulista” não se referia apenas aos naturais de São Paulo, sendo uma denominação genérica para sertanejos de Goiás, Mato Grosso, Minas e outras regiões. Interessa investigar quando e de que maneira o devaneio sobre o que é sertão o transforma em paisagem semiárida, hostil, com o sol inclemente, confundido com o que se estabeleceu ser o Nordeste. Gilberto Freyre recusa essa imagem de deserto. Para ele, o lugar também é uma terra de fartura, de águas abundantes, onde, como no poema de Carlos Pena Filho, “nunca deixa de haver uma mancha d’água, um avanço de mar, um rio, um riacho, o esverdeado de uma lagoa...”

Não sei ainda quais convidados irão debater Os Sertões, mas espero que haja alguns escritores nordestinos, conselheiristas e intelectuais que enxergam os erros de Euclides, a antropologia e a sociologia impregnadas de cientificismo, consonante com a época em que o livro foi escrito. Teorias de inspiração europeia e americana, racistas, supremacistas, cientificistas, que defendem a eugenia e são contrárias ao hibridismo, atribuindo ao cruzamento das raças formadoras do Brasil todos os nossos males. 

Riobaldo, personagem narrador do Grande Sertão: Veredas, pergunta ao escutador: “Como vou contar e o senhor sentir em meu estado? O senhor sobrenasceu lá? O senhor mordeu aquilo?” A pergunta não precisaria ser feita ao carioca Euclides da Cunha, nem a qualquer intelectual que se aventurasse a escrever sobre o episódio de Canudos, desde que mantivesse isenção e imparcialidade.

 Por mais que tenha estudado a geografia, a história, a cartografia, a formação do lugar e do homem sertanejo, Euclides olha de fora, se dói de fora, denuncia de fora e, na hora do julgamento final, toma um partido: “Não tive o intuito de defender os sertanejos, porque este livro não é um livro de defesa; é, infelizmente, de ataque”. Diferente de Guimarães falando através de Riobaldo Tatarana: “O sertão me produziu, depois me engoliu, depois me cuspiu do quente da boca... O senhor crê minha narração?”

Euclides nunca se avistou com o Conselheiro, nunca entrevistou-o em conversa de homens pisando mundos diferentes. Do beato, viu o resultado do exame realizado pelo médico Nina Rodrigues, partidário da pseudociência da frenologia, que defendia que a estrutura do crânio determinava o caráter das pessoas e sua capacidade mental. Responsável por equívocos e crimes, o exame frenológico foi realizado na cabeça do beato, concluindo-se pela normalidade do mesmo, o que só expõe a barbárie e o abuso da ciência da época.

Na nota preliminar à primeira edição de Os Sertões, Euclides assume postura sobre o lugar e os personagens da sua epopeia:

"Intentamos esboçar, palidamente embora, ante o olhar de futuros historiadores, os traços atuais mais expressivos das sub-raças sertanejas do Brasil, e fazemo-lo porque a sua instabilidade de complexo de fatores múltiplos e diversamente combinados, aliada às vicissitudes históricas e deplorável situação mental em que jazem, as tornam talvez efêmeras, destinadas a próximo desaparecimento ante as exigências crescentes da civilização e a concorrência material intensiva das correntes migratórias que começam a invadir nossa terra.”

Apesar das denúncias feitas e registradas, da comoção diante do massacre, de afirmar que o sertanejo é antes de tudo um forte, Euclides se mantém firme, como observa Leopoldo M. Bernucci: “O narrador toma partido na defesa dos conselheiristas, mas a escolha final, a que determina verdadeiramente a decisão inexorável de combater o fanatismo religioso, a ‘selvatiqueza épica’, em uma palavra, os nossos ‘bárbaros patrícios’, recai nas mãos de um juiz implacável. E nem mesmo o esforço para construir uma frase imparcial e justa, que defina o seu duplo ataque, aos sertanejos e aos ‘singularíssimos civilizados’ nas Notas à 2ª Edição, consegue no final retraí-lo da sua cega fidelidade ideológica ao republicanismo progressivo.” 

Os Sertões prevaleceu como obra monumental pela sua linguagem, mesmo que Euclides tenha escrito “num estilo não só barroco – esplendidamente barroco – como perigosamente próximo do precioso, do pedante, do bombástico, do oratório, do retórico, do gongórico, sem afundar-se em nenhum desses perigos. Deixando-se apenas tocar por eles; roçando por vezes pelos seus excessos; salvando-se como um bailarino perito em saltos-mortais, de extremos de má eloquência que o teriam levado à desgraça literária e ao fracasso artístico”, como anotou Freyre.

Lamentarei se o tom da homenagem a Euclides da Cunha, na Flip, for somente apologista. Vou convencer-me de que a etiqueta com que rotularam os sertanejos continua valendo. 

O tempo passou, mas o modelo de violência da nossa sociedade permanece o de sempre, desde a colônia. A República defendida por Euclides nunca se consolidou. Nem mesmo a democracia. Soldados e conselheiristas se irmanam. Os que restam vivos, ao retornarem às cidades grandes, irão morar em morros ou periferias que receberão o nome de favelas, em memória às favelas de Canudos. A história se refaz e se complementa. 

Agora os “civilizados” tomam o lugar da sub raça, e passam também a ser exterminados. O sertão se desloca com os homens, sem a liderança social ou espiritual do Conselheiro. Seu novo lugar na periferia das cidades grandes representa um risco maior do que o Arraial de Canudos. A guerra se mantém: sistemática, predatória, manipulada. Irmãos contra irmãos. E os poderosos jogam com os mesmos princípios do início da colonização e sempre ganham.

*RONALDO CORREIA DE BRITO É AUTOR DE ‘DORA SEM VÉU’ (ALFAGUARA, 2018) Ronaldo Correia de Brito*, Especial para o Estado

Nenhum comentário

Pernambucana faz cordel para defender o forró e ironizar o sertanejo no São João

A campanha "Devolva Meu São João", encabeçada por artistas, músicos e sanfoneiros nordestinos, foi mote para a poeta e advogada pernambucana Mariana Teles, que aborda o tema com versos e rimas. 

Na poesia de cordel, Mariana reforça a reinvidicação de artistas que alegam ter perdido espaço nas grades dos festejos juninos para os cantores do sertanejo e ainda denuncia a descaracterização do São João na região.  

"Se quiser ouvir Marília/ No mesmo tom da sofrência/ É comprar com antecedência / Villa Mix de Brasília... / Mas no São João tem família / Que não desce até o chão / Vai pra ouvir Assisão", diz um trecho.   

A poeta nasceu em Tuparetama, no Sertão do Pajeú, mas mudou para o Recife. Mariana é filha do repentista Valdir Teles, de São José do Egito, e já lançou o livro O novo mar de poesia (2015). 

"Sou apologista do Nordeste e admiradora das artes. Em relação a essa polêmica, acredito que é preciso uma janela mais democrática na construção de festas que atendam os novos públicos, mas não deixe os artistas que militam o ano inteiro pela causa de fora", comenta. "Tem que ter nomes mais conhecidos, mas dando prioridade aos que carregam a bandeira do forró e da tradiçãoo junina", completa.  

Confira a poesia de Mariana Teles:

Não é contra o sertanejo,
Maiara nem Maraísa
Mas no São João precisa
Tocar "lembrança de um beijo",
É contra a máfia que eu vejo
Ganhando licitação,
Usurpando a tradição, 
Vendendo a identidade 
Pelo forró de verdade,
"Devolva meu São João"

Imaginem Salvador
Pátria do axé brasileiro,
Colocando um violeiro
Num trio do parador,
Leo Santana e um cantador
Dividindo a percussão 
Vila Nova num cordão,
Sem tocar mais Preta Gil
Pelos ritmos do Brasil,
"Devolva meu São João"

Cultura é identidade!
É patrimônio de um povo,
E nenhum sucesso novo
Compra originalidade.
Não discuto a qualidade 
Mas discuto a tradição,
Quem quiser ouvir modão,
Ou a Festa da Patroa,
Vá pra terra da garoa.
"Devolva meu São João"

Se quiser ouvir Marília 
No mesmo tom da sofrência,
É comprar com antecedência 
Villa Mix de Brasília...
Mas no São João tem família,
Que não desce até o chão 
Vai pra ouvir Assisão,
Forró sem som de "breguismo"
Não dê lucro pra o modismo.
"Devolva meu São João"

Pela pátria nordestina!
Pelas nossas tradições!
Vamos romper os cordões 
De camarote em Campina,
São João é na concertina,
Não se divide em cordão 
Para quê segregação 
Numa festa popular?
Ninguém pode separar!
"Devolva meu São João"

E as próximas gerações,
O que irão conhecer?
Irão "curtir e beber"
Como ensina esses modões?
Que será das tradições,
Com o som de apelação?!
De Wesley Safadão
Que o forró não promove
É brega noventa e nove...
Só um por cento é São João

Durante a abertura oficial do ciclo junino da cidade de Caruaru, no dia 3 de junho, a cantora Elba Ramalho, um dos ícones do São João nordestino, criticou a programação de Campina Grande, na Paraíba, e reclamou do espaço tomado por artistas da música sertaneja nas grades juninas. 

"Falei com a Paraíba, reivindiquei porque o São João de lá está muito mais comprometido que o São João daqui. Eu não tenho nada contra nenhum artista, nada contra nenhum sertanejo. Tem espaço para tudo, no céu cabem para todos os artistas, ninguém atropela ninguém. Porém eu não toco na Festa de Barretos, Dominguinhos também não cantava. A festa é deles, é dos sertanejos, e eles têm bem esta coisa: essa área é nossa", disse ela, pouco antes de apresentação na Capital do Forró.

"Aí quando chega aqui no São João, em Campina Grande, não ter o Biliu de Campina, não ter Alcymar Monteiro, eu reclamei bastante, cara, não ter os trios. Quando chega o São João, se você não tem forró... Eu não quero ir a uma festa que não tenha forró", comparou, em apoio a campanha Devolva Nosso São João, encabeçada por Joquinha Gonzaga, sobrinho de Gonzagão, e Chambinho do Acordeon,conhecido nacionalmente após interpretar o Rei do Baião no filme Gonzaga: De pai para filho, de Breno Silveira.

Nas redes sociais, a manifestação conta com adesão de cantores, compositores e instrumentistas de vários estados do Nordeste. Eles compartilham textos, vídeos e imagens com os dizeres "Devolvam o nosso São João", "São João é do Nordeste" e "São João só é grande quando tem forró", entre outros. As declarações da artista paraibana, amplamente identificada com Pernambuco, tiveram grande repercussão e provocaram respostas da prefeitura campinense e de jornalistas do estado da Paraíba.

No fim de semana passado, nos bastidores da apresentação no São João da Capitá, Marilia Mendonça rebateu as críticas e negou que as portas de Barretos (Festa do Peão) e outros festivais estejam fechadas ao forró: "Isso é mentira. Talvez a porta não esteja aberta porque algo está fora do seu trabalho. Quem tá com trabalho legal tem portas abertas em todas as regiões do Brasil. O segredo é música boa. Não tem nada de um tomar o lugar do outro". No palco, a cantora defendeu que "vai ter sertanejo no São João, sim".
Nenhum comentário

Jorge de Altinho embala neste sábado a segunda noite do São João 2019 em Petrolina

A segunda noite de festa no São João de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, continua neste sábado (15). 

O público no Pátio de Eventos Ana das Carrancas vai poder aproveitar os shows de Fabiana Santiago, Deivinho Novaes, Jorge de Altinho, Vitor Fernandes e Magníficos. Na abertura do evento, segundo a prefeitura, mais de 60 mil pessoas estiverem no local. O São João de Petrolina segue até o dia 23. A expectativa é que mais de 700 mil pessoas acompanhem os nove dias de festa.

Confira os horários de cada atração
Fabiana Santiago – 19h

Jorge de Altinho – 20h

Divinho Novaes – 21h30

Vitor Fernandes – 21h30

Magníficos – 1h30
Nenhum comentário

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio de R$ 115 milhões

A Mega-Sena, que está acumulada pela 6ª vez consecutiva, sorteia neste sábado (15) o prêmio de R$ 115 milhões, o segundo maior deste ano. O primeiro foi o do concurso 2.150, realizado em 11 de maio, que pagou R$ 289,4 milhões a um ganhador individual. Naquela ocasião, as dezenas sorteadas foram as seguintes: 23 - 24 - 26 - 38 - 42 - 49.

As seis dezenas do concurso 2.160 serão sorteadas, a partir das 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

Segundo a Caixa, o valor do prêmio, caso aplicado na poupança, renderia mais de R$ 427 mil por mês.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de amanhã, em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50.
Nenhum comentário

Mais de 70 espadas juninas são apreendidas durante operação em Cruz das Almas

Mais de seis dúzias de espadas juninas foram apreendidas hoje, dia 13, em uma operação realizada em Cruz das Almas pelo Ministério Público estadual em conjunto com agentes da Polícia Civil. 

As 73 unidades do artefato e 103 bambus cortados foram encontrados em imóvel localizado no Centro da cidade. Também foram apreendidos equipamentos para fabricação das espadas.

Segundo o promotor de Justiça José Reis, que participou da operação, o responsável pela produção das espadas não estava no imóvel. 

Ele explicou que o local é um dos quatro pontos em Cruz das Almas, identificados pela Coordenação de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MP, onde há fabricação e comercialização de espadas, uma prática ilegal. 

José Reis informou que o material apreendido foi encaminhado à Delegacia de Polícia, onde foi instaurado inquérito para investigar a autoria da prática criminosa prevista pelo Estatuto do Desarmamento. Segundo a norma, é crime possuir, deter, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Fonte: MPBahia
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial