Wilson Seraine e a obra de Luiz Gonzaga

O professor Wilson Seraine, que também é pesquisador e escritor, recebeu recentemente a Medalha da Ordem Estadual do Mérito Renascença do Piauí - a mais alta comenda do Piauí, no grau Comendador. Ele estuda, há 21 anos, a história e obra de Luiz Gonzaga, e é considerado um dos especialistas mais respeitados do Brasil, quando se trata da vida e obra do “Rei do Baião”.

Em Teresina, ele preside a Colônia Gonzaguiana (grupo de fãs do Rei do Baião, músicos e pesquisadores), que promove eventos culturais na cidade. Entre eles, a Procissão das Sanfonas, que há 10 anos leva a música do Rei do Baião pelas ruas do centro de Teresina, e a Missa de Santa Luzia, uma homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga.

Wilson Seraine também é autor de sete livros nos segmentos de educação e cultura popular, é membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, membro da Academia Piauiense de Literatura de Cordel, integra o Conselho de Cultura do Estado do Piauí e apresenta, na FM Cultura de Teresina, o programa semanal “A Hora do Rei do Baião”.

Wilson Seraine é piauiense formado em Licenciatura Plena em Física na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA-RS) e professor de Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI).

Fonte: Meio Norte
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Eletrobras está monitorando a situação da tragédia de Brumadinho e os riscos que podem afetar o Rio São Francisco

As usinas hidrelétricas de Retiro Baixo e Três Marias poderão ser afetadas pelo rompimento das barragens da mineradora Vale, nesta sexta-feira (25). A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que a Usina Hidrelétrica Retiro Baixo, que está a 220 km do local do rompimento, deverá ser impactada pelos rejeitos dentro de dois dias e que "possibilitará amortecimento da onda de rejeito".

A usina fica no rio Paraopeba, na bacia do rio São Francisco. Furnas, subsidiária da Eletrobras que tem 49% do empreendimento, está monitorando a situação. Outra hidrelétrica que poderá ser afetada é a usina de Três Marias, também na bacia do São Francisco.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que opera a usina, diz estar acompanhando a situação, mas que espera que o impacto do acidente em seu reservatório seja mínimo, porque boa parte dos rejeitos deverá ser retida pelo reservatório da usina de Retiro Baixo.

A reportagem entrou em contato com a ONS (Operadora Nacional do Sistema) para saber se há risco de impacto no abastecimento de energia elétrica, mas ainda não teve retorno. Mesmo que as hidrelétricas sejam afetadas, o órgão poderia acionar outras usinas para garantir o fornecimento.
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Barragem de Retiro pode evitar que rejeitos de Brumadinho atinjam Rio São Francisco, avalia governo

Relatório repassado por técnicos do governo ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , nesta sexta-feira, mostra que os rejeitos da barragem da Vale , que se rompeu na região de Brumadinho , devem atingir nas próximas horas o reservatório da Hidrelétrica de Retiro Baixo, a 150 quilômetros do local do desastre.

Segundo os técnicos, os rejeitos poderão chegar ao Rio Paraopebas e serem canalizados até Retiro Baixo, que serviria como uma espécie de barreira de contenção para evitar que os rejeitos de minério atinjam o Rio São Francisco.

Segundo o corpo técnico do ministério, a barragem de Brumadinho está situada na Bacia do São Francisco, o que, em primeira análise, sugere que a primeira estrutura receptora dos impactos seria a Barragem de Retiro Baixo, a mais de 150 km do ponto de rompimento.

Os integrantes do governo avaliam que as primeiras medidas saneadoras deverão ser adotadas pelos órgãos ambientais do governo de Minas Gerais, o responsável pelo licenciamento e fiscalização da barragem. Ao ministro Salles, os técnicos chegam a apontar prioridades nessas primeiras horas seguidas do desastre: resgate de vítimas e proteção de pontos de captação de água.

Ao GLOBO, o secretário do Meio Ambiente de Minas, Germano Luiz Gomes, afirmou que estava voando para o local do desastre e não poderia comentar os efeitos do rompimento.

Fonte: O Globo
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Início de 2019 registra aumento da intolerância religiosa na Bahia

Ofensas nas redes sociais à Mãe Stella de Oxóssi quando seu nome batizou uma nova avenida na capital baiana e atos de vandalismo à Pedra do Xangô, um patrimônio cultural da religiosidade afro-baiana reconhecido oficialmente pelo Município de Salvador. O início do ano de 2019 na Bahia, infelizmente, tem testemunhado o agravamento da intolerância religiosa. 

Os casos têm aumentado. Somente na Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, em Salvador, já foram registrados em janeiro 13 casos de intolerância religiosa. O número é mais que o dobro da média mensal de aproximadamente seis casos notificados no ano passado e o triplo do contabilizado em janeiro de 2018.

Segundo a coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público estadual, promotora de Justiça Lívia Vaz, o aumento tem relação principalmente com o contexto político atual do País, apesar do aplicativo Mapa do Racismo, lançado pelo MP em novembro do ano passado facilitar o registro e envio de denúncia pelo cidadão.

“Os dados mostram a necessidade das instituições, sobretudo aquelas que defendem os Direitos Humanos, se posicionarem. E o MP é uma dessas instituições. Temos visto um contexto de recrudescimento do racismo religioso muito motivado pelo contexto político. As pessoas estão se sentindo mais à vontade em manifestar intolerância e ódio. Então, estamos fazendo uma ação mais densa esse ano”, afirmou. 

Quatro terreiros de Juazeiro, no território Sertão do São Francisco, servem de exemplos como espaços religiosos cruciais à preservação da cultura atrelada às religiões de matriz africana. Os são terreiros Ilê Asé Ayra Onyndancor, Ilê Asé Ominkayodé, Ilê Abasy de Oiá Guenã e o Bandalê Congo, todos situados no bairro do Kidé. 

Fonte: MPBA George Brito
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Jean Wyllys renuncia mandato e deixa o Brasil após ser ameaçado de morte

O deputado federal Jean Wyllys (PSol) anunciou nesta quinta-feira (24/1) que está abandonando o mandato no Congresso Nacional após sofrer graves ameças de morte. O parlamentar publicou nas redes sociais uma mensagem, agradecendo aos seguidores, e dizendo que manter-se vivo "também é uma forma de resistência". Jean deixará o Brasil sem data de retorno.

O parlamentar está sob escolta da polícia desde o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), no Rio de Janeiro. Eleito com 24 mil votos para o terceiro mandato, Jean já está no exterior, de férias, e disse que não pretende retornar ao Brasil.

Além de ameaças feitas por grupos de milicianos, o parlamentar também é alvo de grupos conservadores, que o atacam pelas redes sociais diariamente. O político também é um dos maiores alvos de notícias falsas espalhadas pela internet.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Jean disse que a eleição do presidente Jair Bolsonaro foi a causa principal da desistência. Mas, sim, o aumento do nível de violência. "Não foi a eleição dele em si. Foi o nível de violência que aumentou após a eleição dele. Para se ter uma ideia, uma travesti teve o coração arrancado agora há pouco. E o cara [o assassino] botou uma imagem de uma santa no lugar", disse.

Perguntando pelo jornal sobre o local de destino, Jean Wyllys não quis contar onde está nem para onde vai. "Eu não vou falar onde estou. Eu acho que vou até dizer que vou para Cuba [ironiza]. Eu sou professor, dou aula. Eu escrevo, tenho um livro para terminar. Eu vou recompor minha vida. Eu vou estudar, quero fazer um doutorado." 

Em mensagem publicada no Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) escreveu uma frase sem fazer referência direta ao deputado. O chefe do Executivo escreveu "grande Dia", logo após afirmar que está voltando ao Brasil, após deixar o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. 

Diante da novidade, milhares de internautas foram ao perfil de Jean para demonstrar solidariedade. "Jean, você sempre foi um símbolo de esperança para mim. Sua decisão é compreensível. Obrigado por ser linha de frente em um ambiente tão hostil. Obrigado por se manter vivo. Fico triste, resignado, mas com gigante admiração", escreveu um seguidor. 

"Obrigada por ser oposição quando precisamos de oposição. É preciso coragem para se estar no seu lugar. E mais coragem ainda para manter-se vivo no seu lugar. Discordamos em muitos pontos, mas admiro sua luta. Volte sempre. Tem apoio de milhões", publicou outra, em resposta ao parlamentar. "Parabéns por toda a sua luta, por todo o seu serviço ao país. Espero que tempos melhores lhe acolham de volta no futuro", disse um internauta. 

Quem pode ocupar o lugar de Jean Wyllys na Câmara é o suplente David Miranda (PSOL-RJ), vereador carioca. Ativista LGBT, casado com o jornalista Glenn Greenwald, David é jornalista e vencedor do Prêmio Pullitzer em 2014 por sua reportagem sobre programas de vigilância secretos dos Estados Unidos.

Quem é Jean Wyllys: Parceiro dos movimentos LGBT, negro e de mulheres, Jean Wyllys participa de ações que combatem a homofobia, a discriminação religiosa e a violência contra a mulher. Foi eleito deputado federal pelo PSOL-RJ para os mandatos 2011-2014 e 2015-2018. É escritor, com quatro livros publicados, apresentador e curador do programa Cinema em Outras Cores no Canal Brasil, programa de curtas metragens.

Wyllys foi professor do Programa de Pós-Graduação em Infecção HIV/Aids e Hepatites Virais da UNIRIO, além de colunista da Carta Capital, da Mídia Ninja, e do iGay, portal LGBT do iG. Atuou também como professor universitário na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Universidade Veiga de Almeida (UVA). 

Fonte: Folha S.Paulo

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Sexta-feira 25 é o dia Nacional da Bossa Nova

Sexta-feira (25) é Dia Nacional da Bossa Nova. A data também é aniversário de Antônio Carlos Jobim, que se fosse vivo completaria 92 anos. Para o pesquisador da música brasileira Zuza Homem de Mello, de 85 anos, o compositor de Águas de Março, ao lado do pianista norte-americano Duke Ellington, é a maior personalidade musical do século 20, o “século da canção”, como diz.

Jobim é apenas um dos músicos universais que Zuza conheceu pessoalmente em sua longa carreira de musicólogo, jornalista, escritor, radialista, engenheiro de som, curador de festivais e diretor de shows, além de baixista profissional - hegou a tocar na década de 1950 no trio de Dick Farney.

Ainda jovem, saiu do palco e foi para as coxias e bastidores para fazer o que mais gosta: “ensinar as pessoas a ouvir música”. Chamado de “mestre” por muitos, ensinou amadores e até grandes músicos, como o baixista Don Payne, que de passagem pelo Brasil no final dos mesmos anos 1950 junto com o cantor Tony Bennett, prestou atenção na música que Zuza mostrava e que se fazia no Brasil: a bossa nova.

Payne levou uma coleção de discos de brasileiros para os Estados Unidos e mostrou a gente como o saxofonista Stan Getz, parceiro de João Gilberto no antológico álbum Getz/Gilberto (1964), principal vetor da bossa nova entre os norte-americanos.

Atribui-se a Tom Jobim a frase: “Toda música é reflexo de uma época”. Poucos viveram sua época como Zuza Homem de Mello vive. As histórias estão em uma dezena de livros, trilhadas em suas playlists em plataformas streaming, seu programa na Rádio USP ou em documentário a seu respeito e do jazz recentemente finalizado.

"Vi alguns espetáculos inesquecíveis: Pixinguinha no Teatro Colombo [São Paulo] nos anos [19]50, o Ismael Silva em um palco no Rio de Janeiro. Ficar ouvindo João Gilberto tocar para mim num quarto de hotel em Nova York durante uma semana as músicas do LP Amoroso, que estava sendo lançado naquela ocasião (1977), claro que foi um momento de pico. Como disse no documentário: para mim o que contam são os momentos de pico, não os médios ou os de baixa", diz Zuza.
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Dois em cada dez jovens de países emergentes não trabalham nem estudam

Carentes de políticas públicas que reduzam vulnerabilidades, os jovens de países em desenvolvimento enfrentam dificuldades em concluir a escola e conseguir o primeiro emprego. De cada dez jovens de 15 a 24 anos em países emergentes, dois não estudam nem trabalham, segundo levantamento divulgado nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

A proporção é o dobro da observada em economias avançadas, onde 10% da população nessa faixa de idade estão na mesma condição. Segundo o FMI, a ausência dos jovens das escolas e do mercado de trabalho tem um efeito perverso no médio e no longo prazo, ao aumentar os conflitos sociais e reduzir o potencial de crescimento da economia.

De acordo com o relatório, a alta proporção de jovens sem estudar e trabalhar tem um efeito ainda mais perverso nos países em desenvolvimento. Isso porque as economias emergentes dependem da entrada de jovens no mercado de trabalho para acelerarem o crescimento. A proporção de pessoas de 18 a 24 anos nos países em desenvolvimento chega a um terço da população em idade ativa (que pode trabalhar), contra 15% nos países desenvolvidos.

Fonte: Agencia Brasil

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