GOVERNO FEDERAL ANUNCIA R$ 90 MILHÕES PARA PRESERVAÇÃO DO BIOMA CAATINGA

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou nesta segunda-feira (28) uma série de iniciativas voltadas para a Caatinga. Juntas, elas representam um investimento de aproximadamente R$ 90 milhões. Os anúncios foram feitos em evento em Brasília, que marcou o Dia Nacional da Caatinga. 

A Caatinga é um bioma que existe apenas no Brasil e ocupa cerca de 10% do território nacional, em uma área de 862.818 quilômetros quadrados (km²). Engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais, onde vivem cerca de 27 milhões de pessoas.

O bioma é caracterizado por uma vegetação adaptada a pouca água, como cactos e suculentas, e possui uma diversidade de animais, que incluem os répteis teiú e calangos; aves, como a asa-branca e a arara-maracanã-verdadeira; e mamíferos, como morcegos e roedores. 

Na cerimônia, a ministra do MMA, Marina Silva, ressaltou os impactos que a caatinga tem sofrido, tanto com mudanças climáticas como com ações humanas, e reforçou a importância de iniciativas voltadas para o bioma.

"É muito legítima a demanda de que a Caatinga tenha um olhar especial, porque ela está dentro do nosso país e é nossa responsabilidade manter esse espaço tão necessário para a nossa biodiversidade”, disse.

“Nós sabemos que ela vem sendo afetada pelas mudanças climáticas, pela ação humana e pelos projetos de desenvolvimento que acontecem. Inclusive por aqueles que são importantes, estratégicos e fundamentais, como é o caso de geração de energia limpa, renovável e segura. Mesmo essas atividades têm um impacto. Portanto, é preciso que a gente tenha processos de regulamentação, para que esses impactos não venham a afetar a biodiversidade e as comunidades locais”, acrescentou.

As iniciativas anunciadas incluem o Conecta Caatinga e o Áreas Protegidas da Caatinga (Arca). Este último tem como foco a conservação de espécies ameaçadas de extinção, o engajamento de povos e comunidades tradicionais e a gestão do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) no bioma. O Arca será executado em nove unidades de conservação, entre federais e estaduais. Serão disponibilizados US$ 9,8 milhões, o equivalente a cerca de R$ 55,7 milhões, do Fundo do Marco Global para a Biodiversidade.

Já o Conecta Caatinga tem como prioridade promover a conservação da biodiversidade e contribuir para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas, além de combater à desertificação por meio da conectividade entre vegetação, pessoas e águas entre áreas protegidas do bioma. O projeto deverá começar no segundo semestre deste ano e deverá durar cinco anos. Para ele, estão previstos os aportes de US$ 6 milhões, aproximadamente R$ 34,1 milhões, do Fundo Global para o Meio Ambiente.

“Quanto mais desmatamento, quanto mais pressão ─ seja para extração de madeira ou de lenha para geração de energia, seja para as famílias, seja para as indústrias que usam lenha ─ é importante que a gente tenha políticas voltadas para a proteção da Caatinga. Restaurar as áreas degradadas, prevenir e reverter processos de desertificação e fortalecer a agricultura de base ecológica a partir de novas práticas e principalmente de boas práticas que sejam capazes de ser resilientes”. 

Além dos anúncios dos projetos, foi realizada a posse dos membros da Comissão Nacional de Combate à Desertificação, que, pela primeira vez, conta com a participação de representes dos povos indígenas e comunidades tradicionais. O colegiado é um órgão de natureza deliberativa e consultiva que faz parte do MMA.


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COMISSÃO NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO SERÁ LANÇADA EM MAIO

Brasil dará um passo importante no fortalecimento das políticas públicas de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca, com a instalação da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), prevista para acontecer em Brasília, na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), entre os dias 28 e 30 de abril de 2025. 

A reunião de instalação e posse dos membros da comissão marcará o início de uma nova fase para o enfrentamento dos desafios ambientais que afetam diversas regiões do país, especialmente o Semiárido brasileiro.

A CNCD é um órgão consultivo e deliberativo, criado com a missão de promover políticas integradas e coordenadas de combate à desertificação, ao lado das ações de adaptação e mitigação dos efeitos da seca. O Brasil, com sua grande extensão territorial e a diversidade de ecossistemas, precisa de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar os problemas relacionados à degradação dos solos e à crescente ameaça das secas prolongadas. Neste contexto, a Comissão será uma plataforma fundamental para articular ações entre os governos federal, estaduais e municipais, além de envolver entidades da sociedade civil e especialistas acadêmicos na formulação e implementação de políticas públicas mais eficazes.

O processo de designação dos novos membros da CNCD foi conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Em conformidade com a Lei 13.153/2015 e o Decreto 11.932/2024, foram selecionados representantes dos órgãos governamentais e das organizações da sociedade civil para integrar a comissão. O ato formal de designação será publicado pela Ministra de Estado Marina Silva e incluirá tanto os titulares quanto os suplentes, garantindo uma ampla representação de diferentes setores da sociedade. A inclusão de múltiplas vozes é essencial para que as decisões tomadas sejam amplamente aceitas e implementadas com eficácia. O Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI) é um dos membros, com voz e voto e, também, a Instituição que atuará como correspondente científica junto à Comissão.

A reunião de instalação da CNCD terá início no dia 28 de abril, data em que é celebrado também o Dia Nacional da Caatinga, com uma atividade especial que destacará a importância desse bioma para a sustentabilidade e os desafios enfrentados pelas comunidades que nele habitam. O evento será uma oportunidade para que os membros da comissão se apresentem e iniciem os debates sobre as prioridades da agenda nacional de combate à desertificação.

A criação e funcionamento da CNCD são marcos importantes na construção de um Brasil mais resiliente frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Ao unir esforços do governo, da sociedade civil e do meio acadêmico, a comissão terá um papel crucial em definir ações que possibilitem a recuperação e preservação dos ecossistemas afetados pela desertificação, bem como promover a conscientização e o engajamento das populações que vivem nessas áreas.

Este é um momento de esperança e ação concreta para enfrentar a degradação ambiental e construir um futuro mais sustentável para as gerações vindouras.
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PATATIVA DO ASSARÉ AGORA É PATRONO DA CULTURA POPULAR DO CEARÁ

Patativa do Assaré agora é Patrono da Cultura Popular do Ceará. A Assembleia Legislativa do estado aprovou o Projeto de Lei que reconhece com o título, o poeta popular Antônio Gonçalves da Silva, natural do município cearense de Assaré. 

O texto do projeto destaca que Patativa foi um “gigante da cultura popular nordestina” como poeta, compositor, cantor e improvisador;  e que “sua poesia, rica em metáforas e linguagem coloquial, abordava desde a seca e a pobreza até o amor, a fé e a esperança do povo sertanejo. Patativa também era um mestre da improvisação, capaz de tecer versos instantâneos sobre qualquer tema”.

Nascido em uma família humilde em 5 de março de 1909, na Serra de Santana, em Assaré, Ceará, Patativa do Assaré, como ficou conhecido como autodidata e teve um acesso tardio à educação formal. Além de seu talento nas letras, ele também se destacou como ativista e apoiou causas sociais e políticas como as Ligas Camponesas, a resistência à ditadura militar e as Diretas Já.

Sua trajetória e talento para escrever poemas teve início aos 12 anos, quando começou a frequentar a escola. Na adolescência, uniu seus versos ao som da viola, tornando-se um repentista. Seus poemas foram posteriormente gravados por artistas renomados como Luiz Gonzaga e Fagner, entre outros. Sua obra, que possui pelo menos 10 livros de poesia publicados, trouxe visibilidade para os problemas enfrentados pela população do sertão nordestino, sendo considerado porta-voz do povo excluído de seu tempo, denunciando as desigualdades sociais.

Patativa faleceu em 8 de julho de 2002, aos 93 anos. Além do sucesso como artista e literato popular, ele também possui vários reconhecimentos acadêmicos como o de Doutor Honoris Causa concedido pela Universidade Regional do Cariri e as Universidades Estadual e Federal cearenses. Em 2018 , o Governo do Ceará criou a Comenda “Patativa do Assaré”, para homenagear personalidades que se destacam em uma ou mais linguagens artísticas, como humor,  teatro, literatura ou que contribuem com o legado da cultura tradicional popular em segmentos como reisado e bumba boi.


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IRPAA: EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E COMBATE A DESERTIFICAÇÃO SERÁ TEMA DE SEMINÁRIO

Nos dias 13 e 14 de maio, o Auditório do Instituto Federal da Bahia (IFBA) – Campus Juazeiro será palco do IV Seminário Estadual de Recaatingamento, que este ano traz o tema “Emergência Climática e Combate à Desertificação – Por uma Política Pública de Recaatingamento”.

O seminário se consolida como um espaço estratégico para debater os impactos da crise climática na Bahia e a urgência de ações coordenadas para proteger a Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, e os modos de vida dos povos e comunidades tradicionais que dela dependem.

Os efeitos da emergência climática já são visíveis em diversos aspectos sociais, ambientais e produtivos no estado. O avanço da desertificação, aliado à degradação da biodiversidade e à vulnerabilidade socioambiental de várias regiões, exige respostas integradas. Com isso, o evento propõe reunir representantes de comunidades, pesquisadores, gestores públicos e organizações da sociedade civil para pensar coletivamente políticas públicas sustentáveis e efetivas de recaatingamento — estratégia que visa a restauração ecológica da Caatinga e o fortalecimento dos territórios.

Programação destaca participação social e construção coletiva-O seminário será aberto na manhã do dia 13 com uma mesa dedicada aos Povos e Comunidades Tradicionais, seguida de diálogos sobre os impactos socioambientais da emergência climática, escutas com pesquisadores e agricultores familiares, além de um debate sobre a Consulta Prévia, Livre e Informada – de acordo com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) –, fundamental para a defesa dos territórios.

No segundo dia (14), o foco será a apresentação de resultados de experiências de recaatingamento, debates sobre desafios futuros e construção de uma política pública, além de atividades em grupo que resultarão na elaboração de uma Carta Política: Manifesto da Caatinga.

Inscrições abertas-A participação é gratuita e aberta a todas as pessoas interessadas em contribuir com a preservação da Caatinga e o enfrentamento à desertificação. As inscrições e a programação estão disponíveis no link a seguir: https://www.even3.com.br/iv-seminario-estadual-de-recaatingamento

Mais informações sobre o Recaatingamento: https://irpaa.org/recaatingamento/

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VIOLÊNCIA NO CAMPO: 2024 TEVE RECORDE DE AMEAÇAS DE MORTE

O ano de 2024 apresentou aumento de conflitos por terra e por água, na comparação com 2023, no Brasil. Respectivamente, as disputas subiram de 1.724 para 1.768 e de 225 para 266, conforme aponta a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em seu relatório anual, lançado nesta quarta-feira (23) e que adverte para a alta na incidência de contaminação por agrotóxicos e o recorde de ameaças de morte.

Dentro da esfera dos conflitos no campo, a única das três categorias que teve redução foi a de conflitos trabalhistas, que diz respeito a casos de trabalho escravo contemporâneo. Ao todo, no ano passado, foram identificadas 151 ocorrências, número subnotificado, como destacou a CPT em entrevista à imprensa.

Do total de conflitos por terra registrados no ano passado, 1.624 foram ocorrências de violências contra a ocupação, sendo o Maranhão responsável por 363 casos, ou seja, mais de um quinto (21,6%). Completam a relação das dez unidades federativas com maior quantidade o Pará (234), a Bahia (135), Roraima (119), o Amazonas (117), Mato Grosso (102), Mato Grosso do Sul (93), o Acre (59), Goiás (49) e Tocantins (46).

O restante computado na classe de conflitos por terra, foi de ações de resistência. Somaram 88 notificações.

Uma singularidade do ano retratado nesta última edição do relatório é o aumento expressivo de ocorrências de contaminação por agrotóxico. No ciclo de 2015 a 2023, a média era 24,3 por ano.

Em 2024, houve uma generalização, e 276 foram registrados. Novamente, o Maranhão aparece em primeiro lugar, respondendo por 228 deles (83,5%).

Os incêndios, documentados na classe dos conflitos por terra, subiram de 91 para 194 (113%), enquanto o desmatamento ilegal passou de 150 ocorrências para 209 (39%). A CPT ressalta que a Amazônia Legal foi a região mais atingida por ambos os fenômenos. Mato Grosso concentra 25% dos incêndios e o Pará protagoniza a maior parte da perda de vegetação (20%).

As principais vítimas de violência no contexto das disputas por terra foram os indígenas (29%), posseiros (25%), quilombolas (13%) e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST (11%). Como principais agentes que perpetraram as agressões são apontados fazendeiros (44%), empresários (15%) e o governo federal (8%). 

Violência contra a pessoa-No documento, constam, ainda, dados sobre assassinatos, tentativas de assassinato, ameaças de morte e intimidação. O ano passado, informaram os pesquisadores, foi marcado duas quebras de padrão bastante notáveis: a queda mais significativa, desde 2015, no número de assassinatos, que totalizaram 13 ocorrências, e o recorde de ameaças de morte, um total de 272, também dentro dos últimos dez anos.

Outro elemento que se repete no circuito de violência no campo é o latifundiário como multiplicador das agressões. Seis dos 13 casos de homicídio (46%) foram encomendados por fazendeiros.

Em quatro dos assassinatos com fazendeiros implicados, verificou-se que forças policiais foram quem executaram ou apoiaram os autores. Uma das execuções foi cometida por um ex-policial militar, que atuava como segurança particular de um empresário, que ordenou o crime.


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SANFONEIRO IVAN GREG PARTICIPA II EDIÇÃO DO SÃO JOAO DO ISMEP

O sanfoneiro, cantor e compositor petrolinense Ivan Greg será uma das quatro atrações da  segunda edição do São João Ismep. O evento tem como objetivo arrecadar recursos para o Hospital do Câncer do Sertão Araripe (HCSA) que está em construção na cidade de Araripina.

Ivan tem 44 anos e está na estrada da música há mais de 20. Aos 9 anos já tocava teclado e sanfona. Em 2006 mudou-se para a Europa e trabalhou na divulgação e valorização da música brasileira e da cultura nordestina. Gravou e realizou shows na Alemanha, Holanda, Espanha, Itállia, França, Suécia e Bélgica. A música também o levou aos Estados Unidos onde desenvolveu vários projetos. O artista tem como inspiração Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Sivuca, Gilberto Gil e Djavan.

Talentoso, Ivan quer compartilhar seu forró com o público que irá prestigiar o evento cheio de solidariedade e que irá ajudar milhares de pacientes que enfrentam o câncer no Sertão do Araripe e precisam viajar mais de 700 quilômetros até Recife para fazer tratamento contra a doença.

"Estou feliz demais em poder participar do São João do Ismep para o Hospital do Câncer do Sertão Araripe e que vai atender toda a nossa região. É importante um hospital dessa grandeza. Vamos para o evento com grandes atrações, vamos curtir e dar a nossa contribuição, " convida o cantor e sanfoneiro.

Atrações-Além de Ivan Greg, são atrações do evento: o sanfoneiro Sérgio do Forró, Adãozinho de Rajada e Katin e  Elisson Castro. A festa acontecerá no dia 16 de maio, às 19 horas, na Casa de Shows Zé Matuto em Petrolina.

Venda de Ingressos-Os ingressos custam 30 reais e podem ser adquiridos no Centro Social Pio XI, localizado à Tv. São Francisco, 265 e na Rural FM, no centro da cidade.

Hospital do Câncer do Sertão Araripe-Atualmente, o HCSA já conta com 10 consultórios médicos e uma estrutura avançada para atendimento oncológico, incluindo uma sala de quimioterapia em fase final, um equipamento de cintilografia, além de poltronas, gerador de energia elétrica e aparelho de raio-X.  A unidade está sendo instalada no prédio onde antes funcionava o hotel municipal, atualmente em fase de restauração. A expectativa é que entre em funcionamento ainda este ano, beneficiando pacientes de Pernambuco e do Piauí.  (Fonte: Assessoria de Comunicação do ISMEP)

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PAPA FRANCISCO E O PROCESSO BEATIFICAÇÃO DO PADRE CÍCERO

 O processo de beatificação de padre Cícero Romão Batista na igreja católica foi autorizado por determinação do papa Francisco, em uma carta do dicastério para a causa dos santos, datada do dia 24 de junho de 2022. A autorização para a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista deu o título de Servo de Deus.

A REDEGN conversou com Padre Wesley Barros que afirmou que o " processo de tornar Padre Cícero um Santo vai correr normalmente", tendo o filósofo italiano Paolo Vilotta, também responsável pelo processo de Irmã Dulce, freira baiana e hoje santa da Igreja, coordenando os trabalhos burocráticos. Padre Wesley Barros é  vice-postulador da beatificação, o trabalho da comissão histórica é o de reunir os escritos e compor a ordem cronológica dos acontecimentos relacionados à história do padre Cícero

Em 2015, o Vaticano reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não havia mais impeditivos para a abertura do processo de beatificação do "santo popular". O pedido para a autorização da beatificação de padre Cícero foi solicitado ne época pelo bispo Dom Magnus Henrique Lopes , através de uma carta entregue ao papa Francisco durante a visita ao Vaticano.

Padre Cícero morreu em 1934 rompido com o Vaticano por envolvimento com a política e pelo polêmico “milagre da hóstia”. Segundo a crença popular, uma hóstia dada pelo padre virou sangue na boca de uma beata. Para os devotos de padre Cícero, trata-se de um milagre, mas a igreja Católica considerou o caso uma interpretação equivocada. Por conta dos "equívocos", ele foi afastado da igreja católica.

Padre Cícero Romão Batista é considerado "Santo Popular" para muitos fiéis católicos. Todos os anos, as romarias em homenagem a ele atraem milhões de romeiros a Juazeiro do Norte.

Para concluir a beatificação, o Vaticano faz inicialmente um levantamento da biografia do candidato para verificar se há algum fator na biografia que possa impedir o processo. Se nada for encontrado, a igreja emite o Nihil Obstat (nenhum impeditivo), um documento formal, redigido em latim e dirigido ao bispo indicando que o pode haver continuidade do processo.

“É a partir deste documento que o candidato à santidade passa a ser chamado Servo de Deus e tem a investigação livre para desenrolar-se até o fechamento do processo”, explica o advogado e especialista em Direito Canônico José Luís Lira.

Em seguida, será constituído um tribunal eclesiástico diocesano que vai aferir as qualidades, as virtudes e constatar toda a vida do Servo de Deus.

Após a conclusão da fase diocesana, os documentos são encaminhados para o Vaticano, onde inicia-se a fase romana. O Vaticano avalia relatos de milagres, graças e atos que possam dar status de beato a Padre Cícero.

"Caberá agora ao novo Papa a última palavra de torna Padre Cícero, Santo oficialmente. Se ele for convencido de que algo inexplicável para a ciência teve, sim, intercessão de Cícero Romão Batista, será marcada então a data para a beatificação. Mas, além de fé, é preciso ter paciência. Esperamos que o padre Cícero seja levado a honra dos altares pois o mesmo já é canonizado no coração do nosso povo", finalizou Padre Wesley.

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UNIVASF: SEMINÁRIO DE POLÍTICA, CULTURA E AMBIENTE ACONTECE EM SÃO RAIMUNDO NONATO

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), por meio do Programa de Pós-Graduação em Política, Cultura e Ambiente (PoCAm), realizará o 3º Seminário de Política, Cultura e Ambiente, de 28 a 30 de abril, no Campus Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI). 

O evento reunirá professores, pesquisadores e estudantes para refletir sobre os rumos do mestrado, com foco na consolidação e nos desdobramentos das três linhas de pesquisa do programa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 28 de abril.

Os interessados devem se inscrever pelo site do evento. Esta edição irá debater como as linhas Modos de Produção e Formas Expressivas, Economia Política e Técnicas de Governo e Regimes de Conhecimento e Agenciamentos Socioambientais têm se materializado em atividades concretas, projetos de pesquisa e expectativas acadêmicas e sociais. Essas temáticas orientarão mesas redondas, conversas e atividades culturais ao longo dos três dias de programação.

A abertura do evento será no dia 28 de abril, às 19h, com a conferência “Da universidade popular à universidade dos povos: desafios da academia na relação com as comunidades e movimentos sociais”, ministrada pelo professor Spensy Kmitta Pimentel, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Em seguida, às 20h30, será realizada a apresentação didática “Um alaúde de cerrados e caatingas: imaginações musicais de um alaúde de Istambul nos sertões do Piauí”, com o professor Rainer Miranda Brito, do Colegiado de Antropologia e do PoCAm. A programação completa está disponível no site do 3º Seminário de Política, Cultura e Ambiente.

Mostra de Filmes - Um dos destaques desta edição é a Mostra de Filmes, que será realizada na Praça do Relógio, no Centro de São Raimundo Nonato, no dia 30 de abril, a partir das 19h30. Serão exibidos os filmes “Sobrado das Margens” (2019), dirigido por Danilo de Souza Santos; “Tirar Reis: memórias e melodias nos reisados de São Lourenço do Piauí” (2023), com direção de Manoela Vilanova Negreiros, ambos discentes do PoCAm; e “02 de julho - A Retomada” (2024), dirigido por Spensy Kmitta Pimentel, Joelson Ferreira e Joana Moncau.

Também haverá o Fórum de Auto-avaliação do PoCAm, com a participação de docentes e discentes do curso. A realização do evento conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi). Mais informações sobre o evento podem ser acessadas no site do 3º Seminário de Política, Cultura e Ambiente.

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CONGRESSO BRASILEIRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DEBATE BIOMA CAATINGA E CRIMES AMBIENTAIS

O 23ª edição do Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente, realizado em Fortaleza, Ceará, contou com uma vasta programação de painéis para debater temas como mudanças climáticas, transição energética, gerenciamento de zona costeira, resíduos sólidos e saneamento, o bioma Caatinga, além de crimes ambientais. 

O bioma Caatinga foi um dos destaques no evento. Proteção, conservação e recuperação foi a temática debatida no sexto painel pela professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Francisca Soares de Araújo; pelo presidente da Associação Caatinga, Daniel Fernandes Costa; pelo promotor de Justiça, Thiago Marques; e pela promotora de Justiça do MPSE, Aldeleine Melhor Barbosa. 

O promotor de Justiça Thiago Marques destacou as peculiaridades da Apa Regular e da heterogeneidade do bioma caatinga no território da Chapada do Araripe.

“Temos estratégias para uniformizar nossa atuação institucional e de fiscalização nesse território, aumentando a efetividade da preservação, sobretudo dentro das unidades de conservação. Precisamos ter um sentimento de pertencimento para essa ação fiscalizadora. Um dos nossos desafios são os fatores econômicos e as mudanças climáticas”. 

Aldeleine Melhor questionou por quanto tempo a caatinga ainda vai resistir. Segundo ela, é preciso atuar rápido, de forma coordenada e conjunta com os MPs brasileiros para combater o desmatamento. “A ideia é nos unir para evitar que esse bioma se acabe. A Caatinga é a maior fonte de água e vida para o sertanejo”, completou. 

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DOENÇAS EM LAVOURAS DEVEM SE INTENSIFICAR COM MUDANÇAS CLIMÁTICAS, ALERTA EMBRAPA

A crise climática terá sérios efeitos no campo: doenças de plantas mais severas, resistentes e difíceis de controlar. Um estudo conduzido por pesquisadores da Embrapa indica que cerca de 46% das doenças agrícolas que ocorrem no Brasil devem se tornar mais severas até o ano de 2100, com impacto direto sobre culturas estratégicas como arroz, milho, soja, café, cana-de-açúcar, hortaliças e frutas.

 O aumento da temperatura e as alterações no regime de chuvas devem favorecer fungos, vírus e vetores, exigindo do País uma reestruturação nos sistemas de monitoramento e controle fitossanitário.   

A projeção vem de uma ampla revisão científica que avaliou 304 patossistemas (conjunto formado por patógeno e planta hospedeira) relacionados a 32 das principais culturas agrícolas brasileiras. O levantamento mostra que os fungos são os patógenos mais recorrentes, presentes em quase 80% dos casos avaliados.

As mudanças climáticas devem tornar o ambiente ainda mais propício à disseminação de patógenos. O estudo destaca que o aumento médio da temperatura pode ultrapassar os 4,5°C em algumas regiões brasileiras até o fim do século, se o mundo não tomar medidas para frear as mudanças climáticas. Para doenças causadas por fungos, como antracnose e oídio (foto à direita, na abóbora), esse cenário cria condições ideais para a proliferação. Alterações nas chuvas, com períodos mais secos ou intensamente úmidos, também interferem na dinâmica das doenças.

“A previsão de doenças em um cenário de mudança climática é um desafio complexo que exige a continuidade das pesquisas e implementação de novas estratégias de adaptação”, afirma a pesquisadora Francislene Angelotti, da Embrapa Semiárido (PE). Ela ainda enfatiza a importância de investimentos para fortalecer os sistemas e estruturas fitossanitários nacionais e promover a inovação científica para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Pesquisas apontam que as mudanças climáticas podem afetar a eficácia dos defensivos agrícolas, exigindo ajustes nas estratégias de controle fitossanitário. Toda a dinâmica dos fungicidas nas plantas (a maneira como eles são absorvidos, transportados e degradados) pode se alterar com o novo cenário climático o qual também provocará alterações morfológicas e fisiológicas nas plantas.

Com isso, o uso de produtos químicos pode se tornar menos eficiente ou exigir mais aplicações, o que aumenta custos e riscos ambientais. Esse cenário já impulsiona a busca por alternativas, especialmente os chamados agentes biológicos de controle, como os biopesticidas.

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POLÍTICA NACIONAL ALDIR BLANC COMEÇA A RECEBER ADESÕES DE ESTADOS E MUNICIPIOS

A Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) começa a receber, nesta terça-feira (15), as adesões de estados e municípios interessados em receber os repasses federais nos próximos quatro anos. A portaria, com as regras para os próximos ciclos da PNAB, foi publicada nesta segunda-feira (14).

Para receber os recursos federais, estados, municípios e o Distrito Federal (DF) devem apresentar seu plano de ação até o dia 26 de maio.

A PNAB foi criada em 2022 com orçamento de R$ 15 bilhões, para serem usados em projetos culturais até 2028. No primeiro ciclo do programa, em 2023, todos os estados, o DF e 98% dos municípios aderiram à política e receberam R$ 3 bilhões para investir em iniciativas culturais locais.

No ano passado, não houve repasses e o programa foi reformulado por meio de uma medida provisória. Por isso, ainda há R$ 12 bilhões disponíveis para a PNAB. Os recursos deste ano foram garantidos no Orçamento da União, sancionado na última sexta-feira (11).

"As regras de adesão e aplicação dos recursos para o próximo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc foram definidas com ampla mobilização do MInistério da Cultura (MinC) e com a participação das entidades representativas. Queremos que essa nova etapa seja um sucesso, assim como foi no primeiro ciclo. A Aldir Blanc é uma política estruturante para a nossa cultura e a publicação da nova portaria inicia o período em que trabalharemos intensamente para que nenhum ente fique de fora da execução dos recursos", afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

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O DIA EM QUE ADILSON MEDEIROS FEZ PERGUNTA A ANTONIO BARROS

 Um olho dágua brotou na face feliz do compositor. Eu vi. Eu provoquei.

Foram poucos encontros com o mestre. Só nesse (das fotos), ganhei registro. 

Foi em novembro de 2017, durante o Encontro Nacional de Forrozeiros no Espaço Cultural de "Ariana dos Anjos" (meu batismo para a capital da Paraíba). Não sou obrigado a aceitar um nome que os..., melhor deixar para outro momento.

Antônio Barros ( Antonio Barros e Cecéu ), foi mestre VERDADEIRO na arte da composição popular e gigante na produção. Não vou enumerar seus sucessos, todo mundo conhece a maioria deles, sem se dar conta de que saíram todos daquela mente brilhante. 

Costumo dizer, desde que me entendo por músico, que se fosse possível DELETAR a obra de Antônio Barros da cena da MPB, ficaria um rombo maior do que o da camada de ozônio, que, diz a imprensa, parece estar encolhendo. Amém! 

Antônio Barros é esse monstro da arte, da beleza, da diversão, do forró, da dança, da alegria, mas, principalmente, do domínio da composição popular de grande alcance.

E a lágrima? 

O meu primeiro momento com ele foi numa palestra - lhe fiz uma pergunta, que segundo ele, ninguém nunca lhe fizera:

- Antônio Barros, desculpa Cecéu, mas você não vai entrar nessa história.... Brinquei para chamar atenção da plateia para a minha pergunta. Vocês dois tem uma obra com grandes sucessos, mas eu queria saber do senhor, do Toinho, do Tony, do Antônio Barros...

Luiz Gonzaga soube se cercar dos melhores compositores para construir a sua obra, e você foi um deles, mas... um compositor conhece a alma de outro compositor, principalmente se for um seguidor do mestre... posso lhe perguntar, dizendo que Zé Dantas foi seu ídolo? Ele lacrimejou lindamente, com um sorriso de imensa felicidade, e respondeu: - Sim, Zé Dantas foi a minha referência principal. Meu filho, como você chegou a essa opinião, ou pergunta? Ninguém, jamais, pensou em fazê-la. Como é mesmo o seu nome? Cecéu, pega o telefone dele. Ela me ligou no dia seguinte... E aí, quem chorou de alegria fui eu. 

A paz é mais, Mestre, viajai com ela!

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AREIA, PARAÍBA SEDIA ENCONTRO SOBRE A CAFEICULTURA NO BREJO

Nos dias 9 e 10 de abril, a cidade de Areia, no Brejo paraibano, será palco do Primeiro Encontro de Cafeicultura do Brejo Paraibano, evento que reunirá pequenos produtores, especialistas e entusiastas do café na região. 

A iniciativa é realizada pela Associação de Turismo Rural e Cultural de Areia (Atura), Sebrae-PB, Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) e Embrapa, com apoio da UFPB, do deputado Eduardo Carneiro, Faepa/Senar-PB e Sebrae-PB.

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) será a sede do evento, reforçando seu papel na difusão de conhecimento e inovação na cafeicultura regional. A Atura, uma das organizadoras, desempenhou um papel essencial na viabilização do encontro, garantindo recursos por meio de uma Emenda Parlamentar do deputado estadual Eduardo Carneiro para incentivar a produção de café gourmet no Brejo paraibano.

O evento reforça a crescente importância da produção de café nesta região, que se destaca como uma atividade econômica e cultural com grande potencial. A cafeicultura local tem sido vista não apenas como uma oportunidade para geração de renda, mas também como um atrativo para o turismo rural e gastronômico. A Atura foi pioneira ao propor e implementar, em 2022, a Rota do Café, um projeto que integra produtores e empreendimentos turísticos, fortalecendo a identidade do café regional.

Com o objetivo de capacitar os pequenos produtores da região, o encontro oferecerá palestras e discussões sobre boas práticas para a produção de café de qualidade, abordando desde o cultivo até a comercialização do produto. Entre os especialistas confirmados, destaca-se o professor Guilherme Podestá, do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, e o professor Leonaldo Alves de Andrade, presidente da Atura e autor do projeto de incentivo à produção de café gourmet e da criação da Rota do Café.

O evento também contará com palestrantes de vários estados do país, especialistas na produção de café gourmet, que trarão experiências e conhecimentos sobre técnicas avançadas de cultivo, beneficiamento e comercialização do produto, ampliando o intercâmbio de informações entre os produtores locais e profissionais de referência no setor.

Para Leonaldo Andrade, presidente da Atura, sediar o Primeiro Encontro de Cafeicultura do Brejo da Paraíba, em Areia, representa um marco significativo nesse processo de revitalização, consolidando o município como um polo de produção e turismo cafeeiro, além de incentivar a economia local e preservar a rica história cultural da região.

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FÓRUM NACIONAL DE SECRETARIOS DE CULTURA VAI ACONTECER NA PARAÍBA

João Pessoa, Paraíba vai sediar entre os dias 23 e 25 de abril deste ano o 2º Encontro Nacional de Gestores de Cultura, com a presença de secretários municipais e estaduais de Cultura de todo o Brasil para discutir políticas públicas para o setor. O evento vai acontecer no Centro de Convenções de João Pessoa e vai ser realizado pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.

Durante três dias, a capital paraibana vai receber os 27 gestores estaduais de cultura do Brasil e mais de mil secretários municipais de cultura vindos de todo o país. E ainda representantes de outras instituições. 

Por exemplo, a ministra da Cultura do Governo Federal, Margareth Menezes, e a presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, Denise Pessôa, já confirmaram presença em João Pessoa. Entidades internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização dos Estados Iberamericanos também vão enviar representantes para a capital paraibana.

Para além dos debates, uma programação cultural e musical está sendo montada para apresentações no Centro de Convenções de João Pessoa. E nomes como Chico César, Elba Ramalho, Sandra Belê e Escurinho já confirmaram presença e farão shows para os presentes. Também vai ter espaço para cultura popular e tradicional, com apresentações de cocos, cirandas, reisados, cavalos marinhos, acordeonistas, entre outros.

Para Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura da Paraíba, trata-se da principal mobilização do país para tratar das políticas públicas para a cultura brasileira. E tudo isso vai acontecer em território paraibano.

 “Vamos ser protagonistas de um encontro sem precedentes, em que mais de mil pessoas que atuam diretamente com o setor cultural, com o fomento das diferentes expressões artísticas, e com o desenvolvimento das artes a partir de políticas públicas no Brasil, vão se reunir, sentar e dialogar conjuntamente. Pensar projetos, soluções, financiamentos, modelos de negócios, investimentos para a cultura. É algo absolutamente potente o que será vivido por aqui”, comemorou Pedro.

Entre os debates que serão travados, pode-se destacar aqueles que vão discutir o papel dos entes federativos para as políticas culturais, o poder dos dados na formulação de políticas culturais, perspectivas de planejamento estratégico para o setor, economia criativa para a cultura, gestão de editais, estratégias de longo prazo para a cultura, marco regulatório de fomento à cultura, entre outros temas.

Pedro destaca a retomada do Ministério da Cultura, durante a atual gestão do Governo Federal, e o montante de investimentos no setor cultural proporcionados por iniciativas como a Lei Paulo Gustavo e a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. 

Algo que, para ele, torna ainda mais urgente e imperativo esse tipo de encontro. “Temos que estar ainda mais preparados para tudo o que ainda está por vir tanto em termos de recursos, como em termos de oportunidades para o setor cultural”, finalizou.

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DIA DO JORALISTA: FENAJ LANÇA CAMPANHA SALARIAL

 A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) deu início à Campanha Salarial Nacional Unificada das/os Jornalistas 2025, com o tema central “Quem informa o Brasil somos nós!”. A iniciativa busca fortalecer a luta da categoria por melhores condições de trabalho, valorização profissional e reajustes salariais justos. O lançamento acontece no mês do jornalista, cujo dia é celebrado em 7 de abril.

A campanha tem como objetivo geral garantir a valorização do trabalho jornalístico no Brasil. Entre os objetivos específicos, estão reajustes salariais que acompanhem a inflação e o aumento do custo de vida, melhoria das condições de trabalho e proteção contra a precarização da profissão, além do fortalecimento da luta sindical e da união dos jornalistas em todo o país.

“O tema reforça a importância do trabalho das e dos jornalistas para garantir o direito à informação de qualidade à população”, afirma a presidenta da FENAJ, Samira de Castro. Ela acrescenta que o jornalismo profissional é o meio de acesso à informação com maior credibilidade entre os brasileirosa, segundo a pesquisa Credibilidade das Mídias, conduzida pela agência de inteligência de dados Ponto Map, em parceria com a V-Tracker.

“E segundo pesquisa do Instituto Reuters, de 2023, 54% dos brasileiros confiam nas notícias que consomem, um dos índices mais altos do mundo. Mas para que esse trabalho continue sendo feito com qualidade, é fundamental valorizar os profissionais que informam o país!”, completa a dirigente sindical.

O secretário de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da FENAJ, Rafael Mesquita, destaca que além do tema nacional, a campanha contará com adaptações estaduais, como “Quem Informa São Paulo Somos Nós!” e “Quem Informa o Ceará Somos Nós!”, reforçando a identidade regional da mobilização.

Ações de impacto em todo o país-A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas promoverão diversas ações para ampliar o impacto da campanha, incluindo cartazes, banners e cards digitais com frases de impacto, como “Sem Jornalistas, Não Há Democracia!”, além de encontros para discutir a valorização do jornalismo e o impacto da desinformação na sociedade, assembleias regionais para definição das pautas salariais específicas em cada estado e um ato nacional simbólico com mobilização coletiva em diversas cidades, destacando a importância dos jornalistas para a democracia brasileira.

A campanha seguirá um planejamento estratégico ao longo do ano. Em fevereiro de 2025 houve a plenária sindical para aprovação da iniciativa. Em março, ocorrereu o desenvolvimento da identidade visual pela FENAJ e sindicatos. E em abril, será feito o lançamento oficial da campanha em âmbito nacional, com as mobilizações e eventos  realizados em diversas regiões do Brasil.

O secretário adjunto de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da FENAJ, Thiago Tanji, reforça a importância da participação ativa dos jornalistas em todo o país. “A união da categoria é essencial para pressionar empregadores e garantir avanços nas negociações salariais. Acompanhe as redes sociais da FENAJ e dos sindicatos estaduais para mais informações sobre os próximos passos da nossa Campanha Salarial Nacional Unificada”, comenta.

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