MILHARES DE FIÉIS SOBEM COLINA PARA PEDIR BENÇÃOS AOS PÉS DA ESTÁTUA DE PADRE CÍCERO

A estátua do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, é um dos pontos mais visitados por católicos na Semana Santa. Segundo a Secretaria do Turismo (Setur), cerca de 150 mil fiéis devem visitar o monumento neste fim de semana. O local recebe, anualmente, 2,5 milhões de visitantes.

Localizada na Colina do Horto, a estátua é um dos principais pontos turísticos mais buscados na cidade. O local está aberto à visitação de 7h às 17, de domingo a domingo.

Outro ponto que deve receber muitos turistas interessados em conhecer mais da história do sacerdote que ganhou fama de milagroso é o Museu Vivo. O local, que preserva a vida e obra religiosa de padre Cícero, fica ao lado da famosa estátua, onde é possível ter uma vista panorâmica de Juazeiro do Norte.

Conforme a Setur, os turistas também têm a opção de visitar o Complexo Ambiental Caminhos do Horto, que conta com um teleférico. O equipamento é administrado pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e funciona de quarta a domingo, de 9h às 17h. Do alto, o visitante tem uma vista privilegiada da Chapada do Araripe.

De acordo com a secretária Yrwana Albuquerque, além dos locais citados, a cidade conta com uma rota turística composta por diversos equipamentos.

"A região do Cariri é muito rica culturalmente e o turismo religioso exerce forte influência na economia local, gerando emprego e renda. Além dos pontos citados, que recebem naturalmente milhares de devotos, temos a Rota Cariri, que reúne mais de 50 equipamentos. Todos são ótimas opções para o turista aproveitar durante a estadia na cidade", pontuou.

Anualmente, são realizadas 8,1 milhões de viagens domésticas movidas pela fé (turistas, sem contar excursionistas), de acordo com o Mtur. Ao somar com os excursionistas, chega-se a 18 milhões de viagens com essa motivação.

Em relação aos turistas internacionais que procuram o Brasil com fins religiosos, este número é de aproximadamente 50 mil ao ano.

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PROJETO ESTREIA COM MÚSICA INÉDITA DE JOÃO GILBERTO

O projeto musical Relicário, de resgate dos áudios de shows históricos realizados em unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) nas décadas de 1970, 1980 e 1990, estreia nesta quarta-feira (5), com gravação inédita de João Gilberto, de 1998, no Sesc Vila Mariana. O musical foi remasterizado e formatado como álbum digital. 

O álbum duplo João Gilberto ao Vivo no Sesc 1998 reúne 36 músicas e será disponibilizado com exclusividade e gratuitamente, a partir desta quarta-feira (5), na plataforma Sesc Digital. A capa do álbum é reprodução do grafite feito pelo artista visual Speto, em 2020, em homenagem a João Gilberto.

“A gente lança o single em todas as plataformas, já entra no Sesc Digital para ser ouvido na íntegra e, no dia 27, faz o lançamento em todas as outras plataformas e lança ele fisicamente também, em CD duplo”, informou à Agência Brasil o gerente do Centro de Produção Audiovisual do Serviço Social do Comércio (Sesc), Wagner Palazzi.

A novidade é que nessa gravação foi encontrada uma canção inédita, Rei sem Coroa, que João Gilberto cantava nos shows, mas nunca havia gravado, e que chega ao público agora, 25 anos depois da apresentação histórica na unidade do Sesc, em São Paulo. A faixa inédita também estará a partir de hoje nas principais plataformas de streaming (transmissão de conteúdos pela internet). A ideia da instituição, com o projeto Relicário, é tornar a riqueza desse acervo cada vez mais acessível ao público.

A canção Rei sem Coroa é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que foi morar no Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro, após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra Mundial.

Segundo Wagner Palazzi, há alguns anos, o Centro de Produção Audiovisual do Sesc tinha a ideia de criar um acervo audiovisual para reunir todos os registros guardados na instituição, de forma catalogada e de modo que pudessem ser consultados.

“Uma coisa que foi feita foi ir atrás dos áudios espalhados que tinha nas unidades [do Sesc]. Durante algum tempo, os acervos eram individualizados e a gente começou a juntar isso em um lugar só.”

Seleção-Uma primeira seleção envolveu 300 shows realizados nas unidades regionais do Sesc. O trabalho verificou a qualidade dos áudios, uma vez que o material é muito antigo, reunindo desde fita de rolo, cassete, fita DAT (digital audio tape). “A gente digitalizou todo esse material e começou o trabalho de ouvir isso”. Foi quando as pessoas lembraram do show de João Gilberto no Sesc Vila Mariana, em 1998. Para surpresa dos envolvidos, a fita tinha uma “qualidade incrível”, destacou Palazzi.

A decisão, então, foi abrir o projeto Relicário com o álbum duplo de João Gilberto, considerado “um dos grandes nomes da música popular brasileira, como Pixinguinha, Tom Jobim e outros”, afirmou o gerente do Centro de Produção Audiovisual. “A gente achou que seria importante começar com esse tesouro.” A faixa instrumental Um Abraço no Bonfá, homenagem ao violonista Luiz Bonfá (1922-2001), é a única música de autoria de João Gilberto interpretada na apresentação no Sesc Vila Mariana.

O lançamento do álbum duplo do cantor celebra os 25 anos da apresentação no local. A unidade havia sido inaugurada em dezembro de 1997 e o “pai” da bossa-nova era um dos primeiros grandes nomes a pisar no palco daquele teatro. João Gilberto estava em turnê para celebrar os 40 anos da bossa-nova, com shows agendados em Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Maceió. 

São Paulo recebeu três dias de apresentações, sendo a última, em 5 de abril de 1998, a fonte para o material do projeto Relicário. Conhecido por seu perfeccionismo, na época João fez apenas quatro pedidos para a realização do show: um banco para piano, um tapete persa, uma mesa para violão e a acústica perfeita. As informações foram divulgadas pelo Sesc, por meio de sua assessoria de imprensa.

MEMÓRIA-Para preservar também a memória da instituição, o projeto Relicário incluiu, além das canções, textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias veiculadas na imprensa, à época, que o público poderá acessar também de forma gratuita no site sescsp.org.br/relicario.

“É uma pesquisa que a gente está fazendo, porque eu acho importante contextualizar. Com esse lançamento, a gente espera estar contribuindo, de alguma maneira, para a preservação da memória da música brasileira. E isso faz parte, não só ouvir, mas tudo que está envolvido ali no meio. Poder entender o que foi falado na época, poder ver. Por isso, são encomendados textos para situar a pessoa que ouvir o show.”

Atualmente, o Sesc realiza cerca de 5 mil shows por ano em suas 44 unidades regionais. “Tem muita coisa gravada, que o artista autorizou”. O que dá mais trabalho é correr atrás dos direitos autorais, informou Wagner Palazzi. No caso do álbum de João Gilberto, disse que os três filhos do cantor (Bebel Gilberto, João Marcelo e Luísa) foram muito parceiros. “A Bebel acabou fazendo a supervisão artística de tudo.”

Segundo Palazzi, mais quatro shows já estão “na ponta da agulha para serem lançados ainda este ano”. O primeiro será uma apresentação de Zelia Duncan, feita em 1997, no Sesc Pompeia, que teve participação do musicólogo Zuza Homem de Mello, com o projeto Ouvindo Estrelas, em que ele entrevistava pessoas no palco. “Era um show-entrevista, uma conversa descontraída”, conta o gerente. Essa apresentação será lançada somente no Sesc Digital, mas não comercialmente. Palazzi destacou que os outros três espetáculos serão grandes surpresas dos anos de 1970, 1980 e 1990.

SELO SESC-Desde 2004, o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto nas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Entre as obras audiovisuais em DVD, destaca-se a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc. 

O CD duplo de João Gilberto no Sesc da Vila Mariana tem as seguintes faixas:

CD 1

1. Violão amigo (Autor: Bide / Armando Marçal)

2. Isto aqui o que é? (Autor: Ary Barroso)

3. Vivo sonhando (Autor: Tom Jobim)

4. Nova ilusão (Autor: Menezes / Luiz Bittencourt)

5. Izaura (Autor: Herivelto Martins / Roberto Roberti)

6. Curare (Autor: Bororó)

7. Doralice (Autor: Dorival Caymmi / Antônio Almeida)

8. Rosa morena (Autor: Dorival Caymmi)

9. Aos pés da cruz (Autor: Zé da Zilda / Marino Pinto)

10. Louco (Autor: Henrique de Almeida / Wilson Baptista)

11. Pra que discutir com madame (Autor: Janet de Almeida / Ary Vidal)

12. Corcovado (Autor: Tom Jobim)

13. Retrato em branco e preto (Autor: Tom Jobim / Chico Buarque)

14. Rei sem coroa (Autor: Herivelto Martins / Waldemar Ressurreição)

15. Preconceito (Autor: Marino Pinto / Wilson Batista)

16. Saudade da Bahia (Autor: Dorival Caymmi)

17. O pato (Autor: Jayme Silva / Neuza Teixeira)

18. Meditação (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

CD 2

1. Carinhoso (Autor: Pixinguinha / Braguinha)

2. Guacyra (Autor: Heckel Tavares / Joracy Camargo)

3. Solidão (Autor: Tom Jobim / Doca)

4. O amor em paz (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

5. A primeira vez (Autor: Bide / Armando Marçal)

6. Ave Maria no morro (Autor: Herivelto Martins)

7. Bahia com H (Autor: Denis Brean)

8. Samba de uma nota só (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

9. Caminhos cruzados (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

10. Lá vem a baiana (Autor: Dorival Caymmi)

11. Ave Maria (Autor: Jayme Redondo / Vicente Paiva)

12. Desafinado (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)

13. Um abraço no Bonfá (Autor: João Gilberto)

14. Chega de saudade (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

15. A Valsa de quem não tem amor (Autor: Custódio Mesquita / Ewaldo Ruy / João Gilberto / Bebel Gilberto)

16. Eu sei que vou te amar (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)

17. Wave (Autor: Tom Jobim)

18. Esse seu olhar (Autor: Tom Jobim)

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PROJETO BUSCA MERCADOS PARA PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE DA CAATINGA


Às margens do Velho Chico, na orla de Juazeiro da Bahia, há um lugar especial: o Armazém da Caatinga. O espaço, erguido em um prédio histórico da cidade, é fruto do trabalho de agricultores familiares da região e em comunhão com uma feira agroecológica que ocorre ao lado, funciona como um mercado de produtos de economia solidária. Administrado pela Central da Caatinga, articulação de organizações socioeconômicas de agricultores e agricultoras familiares do Semiárido brasileiro, o Armazém existe desde 2016 e comercializa produtos que primam pela produção agroecológica, adoção das boas práticas de segurança alimentar, comercialização solidária, gestão coletiva e preservação do meio ambiente.

A reportagem de Alice Sales, Agencia econordeste, destafa que o espaço reúne produtos de 15 cooperativas filiadas, beneficia quase duas mil famílias atendidas diretamente pela Central e dá visibilidade a itens produzidos não só por essas cooperativas, mas também por outros empreendimentos da agrobiodiversidade brasileira. A maioria dos produtos encontrados tanto na feira agroecológica como no Armazém da Caatinga, possuem certificação orgânica e selo da agricultura familiar, além de contarem com a diversidade de alimentos naturais, livres de agroquímicos, sustentáveis e com potencial para geração de emprego e renda para comunidades rurais, em especial, no Semiárido brasileiro.

Denise Cardoso, coordenadora institucional e de mercado da Central da Caatinga, conta que, além de dar visibilidade ao que é produzido no bioma, o Armazém nasceu da necessidade de criar estratégias de comercialização desses produtos que passam pela Central. Já são mais de 800 tipos de itens nas prateleiras, que variam entre alimentos, bebidas, roupas e artesanatos. 

Além da loja física, hoje, qualquer pessoa pode comprar os produtos comercializados no Armazém, à distância, por meio do site. Essa experiência é um excelente exemplo de como a produção de agricultores familiares da Caatinga possui potencial de mercado e expansão, além de fazer diferença na vida de todas essas famílias envolvidas.

Contudo, os caminhos para consolidar essa iniciativa não se deram do dia para a noite e foram marcados por muito trabalho e desafios, compartilhados por Denise, durante o I Fórum de Negócios da Sociobioeconomia da Caatinga, promovido pelo Projeto Rural Sustentável (PRS) Caatinga, na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA), no dia 14 passado.

A Caatinga pode ser a origem de produtos em nível nacional e mundial? Quais são os principais produtos oriundos da agricultura familiar no Semiárido brasileiro? Quem são os compradores interessados nessa produção? Qual é o interesse do mercado exterior nesses itens? E como alcançar outros países? Quais desafios e estratégias devem ser adotadas para consolidar esses negócios de forma sustentável e garantir a segurança alimentar das famílias? Quais são as maiores necessidades desses produtores? Como a produção pode ser feita a partir de tecnologias de baixo carbono?

As respostas dessas e de tantas outras perguntas ou pelo menos os caminhos para chegar até elas, foram a tônica do evento que reuniu agricultores familiares, arranjos produtivos locais, cooperativas, lideranças regionais, pesquisadores, autoridades e investidores para o debate e intercâmbio de experiências sobre os mais diversos aspectos do setor. Além disso, o evento expôs as experiências de cooperativas da agricultura familiar da Caatinga, com o desafio de diversificar as oportunidades de negócios, melhorar a comercialização e ampliar mercados.

“A sociobioeconomia valoriza as pessoas que têm relação com a natureza. O Fórum reconhece os povos tradicionais, produtores rurais e promove o engajamento dessas populações. A Caatinga é também um bioma relevante para estudar as mudanças climáticas globais. Por isso, é importante ressaltar a agricultura regenerativa e sua conexão com a floresta nativa. E o fomento à agricultura familiar trazendo inclusão social e aumento de renda para as famílias. O evento veio também dialogar com os produtores, entender os seus sonhos e perceber aonde eles querem chegar. E verificar quais as suas necessidades para apoiá-los em seus planos de trabalho”, ressaltou Pedro Leitão, diretor do PRS Caatinga.

Antônio Marcos Rodrigues, representante da Compagro, cooperativa que beneficia mel de abelha, no município de Ouricuri (PE), ressaltou que a ocasião permitiu-lhe ampliar os conhecimentos sobre o tema e que levará essas informações e aprendizados para a sua comunidade. “Precisamos trabalhar mais a parte coletiva, para que possa aumentar a produção e comercialização no espaço que temos, para que a gente possa a cada dia atender melhor o consumidor que busca por esses produtos”, destacou.

Movidos pelo lema “produzir para conservar e conservar para produzir”, os que estiveram presentes também tiveram a oportunidade de participar de um workshop para a construção de planos estratégicos para sete cooperativas parceiras do PRS Caatinga, dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piauí. A atividade conjunta, facilitada por profissionais do Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus), buscou apontar soluções para novas oportunidades de negócio na Caatinga com soluções sustentáveis e eficiência produtiva, valorizando o tripé segurança alimentar, conservação da biodiversidade e baixo carbono.

Participam do workshop a Associação Regional dos Grupos Solidários de Geração de Renda (Aresol) e a a Associação Comunitária Terra Sertaneja (Acoterra), a Cooperativa Ser do Sertão; Associação dos/as Agricultores/as Familiares da Serra dos Paus Dóias (Agrodóia), o Centro de Estudos Ligados à Técnicas Alternativas (Celta), a Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi) e a Associação de Reposição Florestal do Estado do Piauí (Piauiflora). Também estiveram envolvidas outras cooperativas e associações parceiras, que fazem parte de sua rede de apoio e comercialização e estarão envolvidas na elaboração dos planos estratégicos.

“Entre março e abril faremos um acompanhamento, com visitas a cada uma das cooperativas, para o planejamento de longo prazo e o futuro com o PRS Caatinga. Queremos criar oportunidades para o agricultor familiar se inserir em mercados emergentes que valorizam cada vez mais a sustentabilidade. A produção de alimentos típicos da Caatinga a partir de princípios agroecológicos já é uma realidade para muitos pequenos produtores do Semiárido. Agora, com a adoção das tecnologias de baixo carbono, queremos agregar valor a esses produtos, abrindo novas oportunidades de negócio para os agricultores familiares”, ressaltou Luciana Villa Nova, que coordena essa linha de ação do Projeto.

Para Sarah Menezes, especialista em educação ambiental e assessora de comunicação da Fundação Araripe, que participou do evento, o que lhe chamou atenção foi a organização das cooperativas e associações participantes exposta durante o momento de troca de conhecimentos e de aperfeiçoamento do que já vêm fazendo por meio dessas estratégias construídas durante o workshop. Do ponto de vista da comunicação, Sarah destaca que esse ainda é um aspecto que precisa ser fortalecido por essas organizações para dar visibilidade aos produtos.

“O interessante é que eles são muito organizados quanto à gestão e beneficiamento dos produtos, com níveis de qualidade altíssimos e que são típicos da nossa cultura. Mas ainda estão caminhando para fortalecer a comunicação, que é uma veia estratégica para cada um desses negócios. Alguns deles já possuem contas no Instagram e outras redes, que muitas vezes são geridas pelos filhos dos produtores”, finalizou.

A programação do Fórum contou com a participação de Paulo Eduardo de Melo, diretor técnico do AgroNordeste e representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Anderson Sevilha, coordenador nacional do Projeto Bem Diverso e pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; Lúcia Marisy, professora do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), da Univasf; Paulo Pedro Carvalho, coordenador do Programa de Mobilização de Recursos, do CAATINGA – Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas; Alexandre Pires Lage, assessor técnico da Central do Cerrado.


E também Denise Cardoso, coordenadora institucional e de mercado da Central da Caatinga; Gerusa Alves, presidente, e Andreson de Souza, vice-secretário, da Associação Comunitária Terra Sertaneja (Acoterra); Sergio Viana, gerente geral da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi); Valdirene Oliveira, presidente da Cooperativa Ser do Sertão; e Vilmar Lermen, presidente da Associação dos Agricultores Familiares da Serra dos Paus Dóias (Agrodóia).

As mesas contaram com a moderação de Pedro Leitão, diretor do PRS Caatinga;  Luciana Villa Nova, consultora do Projeto; Renata Barreto, coordenadora científica; e Francisco Campello, coordenador Regional do PRS Caatinga.

Sobre o PRS Caatinga-O Projeto Rural Sustentável Caatinga é uma iniciativa financiada pelo Fundo Internacional para o Clima do Governo do Reino Unido, em cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Tem o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como beneficiário institucional. A execução do PRS Caatinga é da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Mais informações em: www.prscaatinga.org.br.

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A UNIVERSIDADE E OS DESTINOS HUMANOS NO SÉCULO XXI, SERÁ TEMA DA AULA MAGNA DA UNIVASF


O período letivo 2022.2 dos cursos de graduação da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) terá início nesta segunda-feira, dia 3 de abril. 

Para marcar o começo do novo semestre, será realizada a Aula Magna com o tema "A Universidade e os Destinos Humanos no Século XXI”, a ser ministrada pelo professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Juracy Marques. O evento acontecerá no Cineteatro, no Campus Sede, em Petrolina, a partir das 18h30 e será aberto a toda a comunidade. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da TV Caatinga no Youtube.

A Aula Magna de 2022.2 contará com a presença do reitor pro tempore Julianeli Tolentino de Lima; e dos pró-reitores da Univasf. O evento terá início com a apresentação aos estudantes dos serviços e ações dos setores que compõem a Univasf, entre os quais as Pró-Reitorias de Ensino (Proen), Assistência Estudantil (Proae), Extensão (Proex) e Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPPGI), as Secretarias de Registro e Controle Acadêmico (SRCA) e de Tecnologia da Informação (STI), o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) e o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI).

Em seguida, o professor Juracy Marques irá ministrar a aula, com previsão de início às 20h. O palestrante convidado é docente do curso de Pedagogia e do Mestrado e Doutorado em Ecologia Humana (PPGECOH), da Uneb. Doutor em Cultura e Sociedade com pós-doutorado em Antropologia, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Ecologia Humana pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), Marques é membro da Society for Humana Ecology (SHE), da Sociedade Latinoamericana de Ecologia Humana (SOLAEH) e da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (SABEH). Também é coordenador Geral do Instituto de Ecologia Clínica, Saúde Humana e Ambiental (IECHUA) e membro-fundador do Movimento Salve as Serras. Possui mais de 15 livros publicados, sendo o último “O Coração da Espécie Humana”, que está sendo traduzido para o inglês e será publicado nos Estados Unidos.

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LIVRO E EXPOSIÇÃO POEMAS HQ DE ALEMBERG QUINDINS SERÁ LANÇADO NO CRATO, CEARÁ, NA QUINTA-FEIRA (06)

O Instituto Cultura do Cariri (ICC), lançará no dia 06 de abril (Quinta-feira) às 19h  em sua sede no Crato, Ceará, o Livro e Exposição Poemas HQ de Alemberg Quindins. O projeto foi selecionado no XII Edital de Incentivo às Artes e tem o apoio cultural do Governo do Estado do Ceará por meio da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.

O livro POEMAS HQ apresenta através das palavras as travessias da vida. 

Esse processo criativo foi construído de forma artesanalmente digital, a partir dos recursos disponíveis no celular, tais como a câmera, aplicativos de efeitos e anotações, em um processo de construção semelhante ao que Alemberg fazia quando criança com os restos de papéis e toscos lápis de cores, para dar forma às coisas que nasciam da imaginação. 

Para a produtora Neyci Sotero "o fio inicial da narrativa nasce dos relatos sua infância no Cariri perpassando por sua adolescência como retirante entre o parque do Araguaia e a Amazônia legal seguindo pelos seus amores e desamores nas estradas do mundo até o seu retorno como árvore do lugar à Chapada do Araripe para ver frutificar o seu plantio"

O MENINO QUE LIA O TEMPO

O menino que lia o tempo 

Não tinha tempo pra ler 

Corria os dedos sob a janela 

Todos os dias ao amanhecer 

E no espaço entre uma linha e outra 

Abria a porta para o tempo ter 

O menino que lia o tempo 

Só tinha o tempo todo pra ler 

E todo tempo que ele tinha 

O livro do tempo queria ver 

E o tempo levou o livro 

E o menino que o tempo queria ler.

Alemberg Quindins é músico por formação popular, pesquisador autodidata, pintor de arte naif, escritor, comunicador, educador popular, empreendedor social e gestor cultural. É Doutor honoris causa pela Universidade Regional do Cariri - URCA, Mestre em Notório Saber da Cultura Popular pela Universidade Federal do Ceará - UFC, Gestor-Presidente do Instituto de Arqueologia do Cariri Dra. Rosiane Limaverde.

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VIOLÊNCIA E MORTE NA ESCOLA

Um adolescente mata a professora e fere quatro pessoas.

A primeira pergunta é: de quem é a culpa? Da escola? Da família? Do governo?

A segunda: como resolver o problema?

E, a terceira: o que explica a vontade de matar?

A culpa-Existe responsabilidade da escola, da família e da sociedade, gerando um sentimento difuso de culpa, de mal-estar no mundo em que vivemos.

Mas, antes de cobrar, é preciso conhecer as circunstâncias, avaliar as condições dos atores envolvidos, para responder ao desafio. Eles dispunham de condições, conhecimento, poder e dinheiro, para enfrentar o problema?

Olhando com mais detalhe a história observa-se, apesar dos poucos recursos disponíveis na rede escolar, as instituições envolvidas no acontecimento procuraram encontrar uma solução para as condutas violentas do estudante. A escola ofereceu, para o jovem de 13 anos e para a sua família, o apoio de especialistas.

O  ritmo burocrático, lento, da transferência de informações, de uma escola da prefeitura para uma outra, do estado, acrescido de dificuldades na comunicação com a família do estudante, demonstram os limites de atuação das escolas em casos como este. O tema em questão diz respeito à saúde pública e exige, para a sua solução, a presença de especialistas, psiquiatras, psicólogos e pedagogos especializados, profissionais que a escola não dispõe em seus quadros.

Convém observar que o programa, com esta finalidade, não estava mais em funcionamento. Foi necessário a morte de uma professora para o tema ganhar visibilidade. A violência nas escolas é problema antigo, agravado com a pandemia de covid.

A família do jovem foi procurada, mas não respondeu às solicitações, demonstrando incapacidade de participar na busca por uma solução. Num país como o Brasil, devemos imaginar serem muitas as famílias sem condições de evitar os descaminhos de seus filhos, deixando para a escola a solução dos problemas. Não se trata de julgar, mas de compreender a raiz do problema e propor soluções.

Os professores no Brasil estão sozinhos. Eles também precisam de apoio. Não encontram parceria no Estado e enfrentam a indiferença da sociedade. Salários baixos e poucos recursos para as escolas contribuem para o agravamento da violência, problema potencializado pelas redes sociais. O único acolhimento existente, em muitas comunidades, é oferecido por instituições religiosas às famílias.

Qual é o contexto do crime?

O Estado brasileiro viveu uma epidemia com consequências extremamente difíceis para as crianças e os jovens em idade escolar. Em termos de morte por covid, por milhão de habitantes, o Brasil ocupa o 17º lugar. A Itália, com uma grande população de idosos, está em 22º lugar e, a Argentina, país vizinho do Brasil, em 26º. Tiramos nota baixa em relação à covid. Convém não tirar nota baixa de novo, na saúde mental dos adolescentes.

O que fazer?

Com os alunos e professores trancados em casa, sem condições para a sua sobrevivência física e mental, a violência nas escolas aumentou muito. Os estudos realizados sobre o tema, já há algum tempo, alertam as instituições responsáveis para o problema. Acontece que não existe escuta para os professores. A violência, a prática de automutilação e os suicídios de jovens tem aumentado e os estudos demonstrado a gravidade da situação.

Por que ninguém escuta a fala dos professores e a dor dos estudantes?

Embora retoricamente se valorize os professores, na verdade, na nossa sociedade, o que se escuta, alto e bom som, é a conta bancária. A fome é a prova dos nove. Demorou para se escutar o grito.

Observem: O tema mais debatido na área da educação é o baixo rendimento escolar em exatas, comprovado nas avaliações, de matemática e física. De forma recorrente se menciona a falta de professores nestas disciplinas.

Sim, é verdade eles faltam, e, fazem falta.

Por quê?

Porque vão trabalhar onde podem ganhar mais. É evidente.

Com foco nos números, a escola tenta ensinar para os jovens a importância, no projeto de vida, da independência financeira, do planejamento, da definição realista dos objetivos escolhidos.

Na contrapartida, é bem menor a preocupação com o desempenho dos alunos nas áreas de filosofia e literatura. Os pais perguntam: Ele foi bem em matemática? Se a nota foi baixa em filosofia o consolo é: mas ele foi bem em matemática.

Embora eu concorde que é importante compreender o sistema financeiro, responsável pela dependência das pessoas, em razão das dívidas (e não a sua independência do sistema financeiro), observo também a alta do número de suicídios de jovens. É necessário estar vivo, ter comido alguma coisa e dispor de saúde mental para ter sentido aprender matemática ou qualquer outra coisa.

Níveis altos de angústia, de violência e mal-estar na civilização impedem qualquer aprendizado. Jogam o jovem no mundo da violência, do crime e das drogas, acentuam o uso da internet.

Como solucionar o problema com poucos recursos?

Dei muitas voltas, afinal sou historiadora. Lembrei da Revolução Constitucionalista de 1932, do ouro arrecado e, lembrei das joias. Sim, das joias, doadas gentilmente pela Arábia Saudita cuja soma alcança 18 milhões! Em época de ajuste fiscal, o Brasil poderia iniciar uma grande campanha em favor da saúde mental dos Jovens brasileiros. “Doe joias para o bem da juventude brasileira”. O mote inicial da campanha seria aquele utilizado em tempos de guerra: as joias da coroa, ofertadas em leilão, à serviço da nação brasileira. Como o Brasil é uma república democrática, não tem nem rei nem rainha, mas possui joias, embora não tenha como usá-las. Afinal, o Estado é uma instituição abstrata!

Fica aqui uma pequena sugestão, para não dizerem que levanto problemas para os quais não apresento solução, ou seja, dinheiro para pagar a conta. Poderia dar outras sugestões como por exemplo a taxação das grandes fortunas…. Prefiro as joias, para começar.

A frequência acentuada de problemas de violência entre os jovens exige a intervenção rápida por parte de psiquiatras, pedagogos e da polícia. Exige planejamento, investigação, e envolvimento afetivo, necessidades que pressupõem grande quantidade do vil metal. Exige a constituição de uma ampla política em âmbito nacional, estadual e municipal voltada para a saúde mental das crianças e adolescentes. Os brasileirinhos estão doentes, consumindo em quantidade pelo celular, o vírus da violência, grande parte deles produzidos nos Estados Unidos.

Telma Vinha, pesquisadora da violência, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), refere-se à inexistência de políticas públicas com consequências trágicas. Diz ela numa frase verdadeira e dura:

“Vai acontecer de novo, só não se sabe onde”.

A solução: individual e em grupo

Para apagar a fogueira da violência verbal e física, esparramada pelas escolas brasileiras, são necessárias medidas de curto e de longo prazo. A curto prazo a sugestão é cada escola incorporar no seu quadro de funcionários especialistas capazes de minimizar os conflitos internos (escola/família). Já os conflitos externos cabem ao Estado construir políticas mais amplas, em âmbito nacional, evitando a aquisição de armas e propondo atividades culturais e esportivas, em substituição aos clubes de tiro, em moda na atualidade.

Com relação aos estudantes, o combate à violência na escola envolve uma dimensão grupal. As dinâmicas de grupo entre alunos e professores, se acompanhadas por especialistas, permitem aos adolescentes trabalharem suas angústias, encontrar as raízes de comportamentos autodestrutivos (que atingem grande número de adolescentes), lidar com os erros, com a incapacidade de conviver com a diferença, e, especialmente, com a pulsão de morte, tema em eclosão entre os jovens.

Com relação a cada um dos estudantes, é necessário ter consciência do tamanho (imenso) do sofrimento. Ele envolve a ausência de sentido da própria vida e da vida do Outro. Dor manipulada pela rede, por comunidades que pregam a violência, a automutilação e o suicídio por meio de jogos e estímulos aos crimes, condutas machistas e defesa de práticas autoritárias e antidemocráticas. Só um caminho para diminuir o problema: o combate ao anonimato, a regulação e a responsabilização das redes.

A educação na longa duração-A educação é projeto de longa duração. Ele só se encerra com a morte. Mas existem momentos formativos, especialmente na adolescência, quando o jovem aprende a arte de viver em sociedade. É difícil. Este exercício, de convívio com o Outro, depende da escola e, muito, da comunidade na qual o jovem está inserido. Depende das amizades, de um desenvolvimento cultural solidário entre amigos, da descoberta complexa, de uma razão humanizada.

Aprender a viver não é uma matéria fácil. É bem mais simples a matemática, somar ou a subtrair. Um pouco mais difícil é aprender a dividir e multiplicar, mas a tabuada ajuda. Mesmo os juros, com o auxílio do professor é possível treinar e aplicar o conhecimento nos problemas caseiros e nos pequenos negócios.

Agora, tente explicar a angústia humana, a autossabotagem, ou mesmo, um simples mal humor. Ensine conviver com o fracasso, com os erros, se colocar no lugar do Outro. Explique o que é amar, como calibrar as emoções, discriminar os limites, tênues, entre bem e o mal, lidar com emoções fortes, com a vontade de destruição do Outro e do mundo. Elucide como ter consciência física e psíquica do que é lícito e do que é ilícito, as razões do crime e do castigo, do resgate, incansável, do sentimento de humanidade, em dias de cansaço com os seres humanos.

Quais são os instrumentos ofertados pela sociedade, pelas instituições públicas, para que se aprender a lidar com as emoções, com a violência, com o ódio?

O zoom?

Como separar a realidade, da fantasia, a razão humanizada, da tecnologia?

Como criar a harmonia em um sujeito crítico aos ideais da civilização na qual ele vive e discorda?

Onde se aprende lidar com a nossa condição humana, com as ambiguidades cotidianas mediadas pela tecnologia e pela Inteligência Artificial?

Quais são os instrumentos que a escola e a sociedade contemporânea podem oferecer para o jovem superar suas dificuldades?

Existe solução?

O primeiro passo para responder este imenso desafio contemporâneo é reconhecer que, dele, só temos indícios. Observando detalhes é possível constatar a importância do campo das linguagens e dos diferentes letramentos no uso das novas tecnologias. Explico. Cada adolescente ao pegar um celular se defronta com palavras, imagens e sons, com determinados tipos de letramento. A sua maneira de ser no mundo tem como modelo a tela do celular.

A educação em diversos países europeus, como França, Alemanha, Espanha, Portugal, Dinamarca, Finlândia, entre outros, valoriza a leitura e a vida cultural. A literatura é o instrumento básico para o jovem iniciar uma conversa consigo mesmo. Ela permite reconhecer a dor, o mal-estar no mundo, a angústia fruto da ausência de sentido na vida e a pulsão de morte, própria do ser humano.

Machado de Assis, ao expor a mesquinhez de Brás Cubas, demonstra a existência, em todos nós, de condutas tacanhas. Ao detalhar a insegurança de Bentinho (em relação a Capitu) repete o trajeto reflexivo, para um drama afetivo, os ciúmes. Primo Levi, ao se defrontar com a miséria humana, no seu limite, da animalização e eliminação do Outro, incita o jovem a descobrir como é difícil e delicada a vida, produzida como um empreendimento ético. Não é fácil gerir a si mesmo. Temas que merecem investimento nas escolas e, especialmente, nas Universidades.

Frequentemente, nos píncaros do saber, prevalece o esquecimento de humanizar o conhecimento.

O que nós, professores, podemos oferecer para diminuir a dor no enfrentamento desse imenso desafio?

Refletir junto com os jovens a angústia própria da nossa frágil existência, o sentido efêmero das coisas, redimensionar com os alunos os seus sonhos, seus projetos de vida, fazer ver as pequenas delicadezas da vida, compor músicas, dramatizar histórias, ler junto, conversar. Levar a frente um esforço para conter o instinto de morte e a violência própria do sujeito contra si mesmo e contra os Outros.

Pode ser utopia?

Talvez.

Guimaraes Rosa oferece gotas de um remédio precioso:

“Felicidade se acha nas horinhas de descuido”.

Por Janice Theodoro da Silva, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

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LUIZ DO HUMAYTÁ LANÇA PROJETO VIAJANDO PELA MÚSICA

O cantor, poeta e compositor Luiz do Humaytá apresenta no mês de abril o Projeto Viajando com a Música. O trabalho que agora se encontra em todas as plataformas digitais traz 6 músicas, cinco de autoria de Luiz do Humaytá e uma do cantor e compositor Alexandre Pé de Serra.

"Criei o Projeto "Viajando Pela Música", no qual eu vou fazer shows e conhecer novos lugares. A intenção é visitar os locais que tenham valor cultural, por exemplo terra de poetas, sítios históricos, locais com tradições de festas populares, romarias", diz o poeta.

 A primeira etapa escolhida foi denominada Rota da Poesia, passa por Iguaracy, terra de Maciel Melo; Carnaíba, terra de Zé Dantas, grande parceiro de Luiz Gonzaga e compositor de Riacho do Navio, por exemplo; São José do Egito, conhecida como terra de poetas e também Afogados da Ingazeira, todas no estado do Pernambuco.

Luiz  revela que as próximas etapas, a serem agendadas ainda, estarão a Rota do Conselheiro, Canudos, Euclides da Cunha, Monte Santos e Uauá; em Minas Gerais, faremos a Rota da Inconfidência, Ouro Preto, São João Del Rey e Tiradentes.

No Ceará, Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte estão também para serem visitados no Projeto Viajando pela Música

COMEMORAÇÕES: O cantor e compositor Luiz do Humaytá completou, em junho de 2021, 10 anos de vida profissional na música. Iniciou sua trajetória em 2011, ao criar a banda Forró Avulso em Salvador. Com essa banda, tocou na noite soteropolitana por 5 anos e também fez apresentações em outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em 2016, iniciou carreira solo e se mudou para o sertão baiano, onde mora atualmente.

No segundo semestre de 2021, o poeta lançou o oitavo CD da carreira, o álbum Boemia Cult, em que interpreta grandes sucessos já consagrados da música romântica, além de alguns bregas clássicos.

O poeta, que mora na Fazenda Humaytá em Curaçá da Bahia, tem o nome de batismo de Luiz Carlos Forbrig. Quando foi para o sertão, passou a ser chamado de Luiz do Humaytá, contemplando, assim, esta peculiaridade, típica do sertanejo, de incorporar um adjetivo de identificação aos nomes.

O cantador é natural de Jabuticaba Velha, distrito de Palmeira das Missões, no interior do Rio Grande do Sul. Com os pais Anoly e Guilhermina, aprendeu a veia musical: a mãe era puxadeira dos cantos religiosos na igreja católica e o pai, tocador de gaita de boca.

DISCOGRAFIA

2012 ‡ Acústico

2014 ‡ Pé de Chão

2015 ‡ Luiz do Humaytá Canta Músicas Gaúchas

2016 ‡ Luiz do Humaytá e Forró Avulso – 5 Anos de Estrada

2017 ‡ Luiz do Humaytá Avulso

2019 ‡ Decanto o Sertão

2020 ‡ Luiz do Humaytá ao Vivo

2021 ‡ Boemia Cult

2022- Clipe  "Vou me embora pro Sertão".

2023 EP O tempo e o sertão

71 98869-4488 74 99914-8813 Luiz do Humaytá luizdohumayta@gmail.com

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