RÁDIO MEC CELEBRA O DIA DA LITERATURA BRASILEIRA COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

Nesta sexta-feira (01), a Rádio MEC (FM 99,3 MHz RJ e AM 800 kHz RJ e BSB) apresenta uma programação especial pelo Dia da Literatura Brasileira, com interprogramas a cada começo de hora, com diversos escritores do país, que já passaram pelos estúdios da emissora ao longo dos anos. A data marca o aniversário do escritor José de Alencar, nascido no Ceará em 1829.

A literatura, em suas mais diversas formas, sempre esteve presente na programação da Rádio MEC. Nesta sexta, a emissora apresenta, ao longo de toda programação, registros de nosso acervo com e sobre alguns expoentes das letras no Brasil. Ouça Jorge Amado, recitando trechos de "Gabriela, cravo e canela";  Érico Veríssimo, Caio Fernando Abreu e Raquel de Queiroz falando sobre o ato de escrever. E trechos de poemas, crônicas e romances de Fernando Sabino, Cecília Meireles, Clarice Lispector e Vinícius de Moraes, apresentados nas mais diferentes séries e programas. 

Lista de destaques: 
Jorge Amado - (voz do autor), gravação feita em 1961 por ocasião da posse do escritor na Academia Brasileira de Letras. Ele lê um trecho de seu Romance "Gabriela Cravo e Canela". 

Érico Veríssimo (voz do autor), entrevistado na década de 1960 por Paulo Autran para a Rádio MEC. Na ocasião ele estava terminando seu romance "O senhor embaixador." 

Fernando Sabino - confira na voz de um ator do casting da Rádio MEC um trecho do romance "O encontro marcado", uma das mais reconhecidas obras de Sabino

Caio Fernando Abreu (voz do autor) - o autor foi entrevistado na série Contistas brasileiros, produzida por Maurício Salles Vasconcelos, em 1981.

Cecília Meireles - trecho da crônica "O que se diz o que se entende" - escrito para o programa de crônicas Quadrante

Geraldo Carneiro (voz do autor) lê seu poema "O elogio das Índias Ocidentais", para a série Belas Palavras

Ferreira Gular -  Paulo César Pereio lê o poema "Traduzir-se", de Ferreira Gular. 

Raquel de Queiróz (voz da autora) - um trecho da cerimônia de posse da autora na ABL e um trecho dramatizado de seu romance "O Quinze"

Clarice Lispector -  "Uma Galinha", conto lido pelo ator Hélio Ary em um programa da série Visão da Literatura.

Vinícius de Moraes - leitura de "São demais os perigos desta vida" e trechos de músicas com poemas de Vinícius veiculados no programa Ecos de uma era, de Pedro Paulo Colin Gil. 
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SEM INTERNET E COM RENDA COMPROMETIDA, MORADORES DE BAIRROS PERIFÉRICOS DE JUAZEIRO E PETROLINA ENFRENTAM DIFICULDADES NO ISOLAMENTO SOCIAL

Nos bairros mais periféricos de Juazeiro e Petrolina, combater o coronavírus é um desafio. Da dificuldade de comunicação à falta de itens essenciais, como alimentos e água nas torneiras moradores enfrentam obstáculos diários e contam com a solidariedade para enfrentar o isolamento social.

A dona de casa Angélica Santos é avó e diz que está em isolamento social mas é muito difícil cumprir as regras "direitinho". Ela mora no bairro Tabuleiro. "Os meus netos ficam vendo apenas televisão o tempo todo. Não temos internet. Internet é muito cara. Custo de vida muito dificil".

Quem mora no bairro e não tem internet reclama que fica isolado do resto da cidade. O motivo é, justamente, a falta de comunicação. "São poucos os moradores que tem assinatura de rede de internet paga, a maioria tem no mínimo conta móvel de vinte reais mês, que acaba logo, às vezes, fica sem o serviço logo na primeira semana do mês".

Uma dos jovens conta que a oportunidade de trabalhar em home office foi perdida "Não posso pagar uma operadora. É muito complicada a situação aqui”, diz Luzia.

De acordo com Luzia é nesta hora que se percebe o quanto os serviços públicos estão longe das comunidades periféricas, afastadas do centro da cidade. "Imagino que o certo era o bairro ter sinal de uma rede de internet acessível e assim possibilitar comunicação e chance de trabalhar nesse período de pandemia. Trabalha em casa e tem entretenimento via internet aqueles que têm dinheiro e condições de pagar”, conclui Luzia.

O coordenador geral da Comissão do Conselho Popular de Petrolina, Rosalvo Antonio, ressalta que em termos de comunicação a internet passou a ser tão importante no dia a dia da comunidade o quanto ar e água é fundamental para a vida.

"O grande problema é que os moradores, as pessoas que trabalhavam e que agora estão em casa por causa da quarentena, tem enorme  carência, inclusive de  feijão, arroz para o sustento familiar. Mas difícil ainda é ter condições para pagar a internet. o que deveria ser direito assegurado pelo poder público, pelo menos para as comunidades mais carentes", afirma Rosalvo.

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CANTOR E COMPOSITOR JURANDY DA FEIRA CANTA E CONTA HISTÓRIAS NO DIA 05 DE MAIO DURANTE LIVE

"Vai ser um prazer imenso cantar e contar um pouco da minha trajetória como compositor. Vai ser muito bom interagir com vocês nesse momento que todos precisam de todos e muito mais"! Em contato com a reportagem do BLOG NEY VITAL, o cantor e compositor Jurandy da Feira, confirmou para o dia 5 de maio, terça-feira,  às 17hs, Live, a transmissão ao vivo de áudio e vídeo.

Jurandy da Feira é um dos nomes mais valiosos da música brasileira, devido a versatilidade que vai do forró ao samba e a importante contribuição para o repertório gravado, exemplo, Luiz Gonzaga.

Morador do Rio de Janeiro há mais de 40 anos, Jurandy mantém a sua essência e nunca deixa de estar bem perto do Nordeste, ao tomar em consideração suas escolhas estéticas e de repertório. Jurandy é o compositor entre outros sucessos das músicas Frutos da Terra, Nos Cafundó de Bodocó, Canto do Povo e Terra Vida Esperança. Para Jurandy da Feira, a resistência é seu alimento e é o que faz sentido para seguir no meio musical, pois somente o talento não basta. 

A história conta que Luiz Gonzaga costumava acolher em casa compositores, em quem descobrisse afinidades, e acreditasse, obviamente, no talento. Depois de avisar que seriam gravados por ele, vinha o convite para ir ao Rio de Janeiro. Jurandy teve o privilégio de ser um amigo de Luiz Gonzaga.

Jurandy Ferreira Gomes é conhecido como Jurandy da Feira, o “da Feira” foi praticamente imposto por Luiz Gonzaga. Quando começou a aparecer como artista em sua cidade natal, Tucano, no sertão da Bahia, ele era chamado de Jurandy da Viola, por causa do violão, seu instrumento desde a adolescência.

“Quando Luiz Gonzaga gravou a primeira música minha, quando fui olhar no selo do disco. Estava lá Jurandy da Feira. Fui conversar com ele. Disse que aquilo não ia pegar bem na minha cidade, porque iam pensar que eu queria ser de Feira de Santana. Ele disse que não era de Feira de Santana, mas da feira, a feira do povo, do cantador. Acabei concordando, mas até hoje eu tenho que me explicar ao povo de lá”, conta Jurandy.

Jurandy revela que Luiz Gonzaga em vida, sorria e se divertia com esta história e explicava: "Eu botei assim, para lembrar o lado de cantador, de poeta de cordel em feiras livres do Interior". 

Em depoimento o rei do Baião apontava que o "talento de Jurandy é de uma riqueza muito grande, igual ao dia de feira nos sertões brasileiros."

Para o ano de 2020, Jurandy da Feira, está repleto de poesia, mesmo respeitando todas as regras de distanciamento social, motivado pela pandemia, então a forma encontrada é cantar nas plataformas digitais.

O compositor tinha 24 anos quando conheceu o Rei do Baião. Foi levado a ele por José Malta, um jornalista, e produtor dos shows de Gonzagão. 

“Fomos para Exu, para a casa de Luiz Gonzaga. Passei uma semana lá. Mas era aquela coisa. Ninguém chegava a Gonzaga. Ele é que chegava às pessoas. Era fechado, meio cismado. Foi ele que se chegou pra mim, e perguntou sobre o violão que eu havia levado comigo. Se eu tinha um violão, por que não tocava? Quis saber se eu fazia músicas. Pediu para cantar para ele. Depois me disse que queria uma música que falasse de Bodocó”. 

Passou algum tempo e Jurandy mostrou a música Nos cafundó de Bodocó, conta o compositor. O cafundó, foi porque eu achei que a cidade ficava longe de tudo. Naquela época ainda estavam asfaltando as estradas, e fui da Bahia até lá de Karmann-Ghia (carro esportivo, de dois lugares, saído de linha em 1971), a maior poeira, foi um sofrimento a viagem até o sertão pernambucano”.

Luiz Gonzaga gostou da composição e gravou Nos cafundó de Bodocó. Veio o inevitável convite para ir ao Rio de Janeiro. A música foi aprovada pelos produtores de Gonzagão na época, coincidentemente dois pernambucanos, Rildo Hora e Luiz Bandeira. 

Nos cafundó de Bodocó entrou num dos melhores álbuns de Luiz Gonzaga nos anos 70, Capim novo (1976). Lula gravaria mais outras três composições de Jurandy, que sacramentariam uma amizade que durou até o final da vida de Lua.

O baiano Jurandy da Feira, portanto, testemunhou os bons e maus momentos de Luiz Gonzaga em suas duas últimas décadas de vida: “Ele passou uma época em baixa. Várias vezes assisti a apresentações suas numa churrascaria chamada Minuano, na estrada Rio/São Paulo. Era aquele barulho de churrascaria. Mas quando ele dava o boa noite., pra começar a cantar, menino ficava quieto. Os adultos se calavam. Ficava silêncio enquanto ele cantava”.

Foi Luiz Gonzaga que levou Jurandy para gravadora, e ajudou a suas músicas serem gravadas por nomes como Trio Nordestino, Terezinha de Jesus. Atualmente Jurandy da Feira é um dos artistas mais admirados no meio da cultura brasileira e gonzagueana.

“Ele, Luiz Gonzaga, chegou a me prestigiar num show num colégio de padres em Tucano, minha terra natal. Passou a me apelidar de “minha paz”, porque quando chegava sempre desejava a ele: “Uma paz, seu Luiz”, relembra emocionado Jurandy.

Jurandy traz a poesia do ritmo da cultura brasileira na alma. É fartura de dia de Feira. Luiz Gonzaga sabia reconhecer um fiel discípulo.

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GOVERNADOR DA BAHIA DIZ NÃO TER COMO ASSEGURAR QUE NÃO HAVERÁ ATRASO DE SALÁRIO PARA SERVIDORES

O governador Rui Costa afirma que não há como garantir que os salários do funcionalismo público será pago em dia nos próximos meses. A declaração do chefe do Executivo se dá diante do cenário de incertezas em meio à pandemia do coronavírus.

"Hoje, não tem previsão de atrasar salário. Mas não tenho como saber o impacto que isso terá mas adiante. Não posso dar garantia em função da imprevisibilidade dos próximos meses", explicou o governador durante entrevista à rádio Sociedade, Salvador Bahia.

O governador chamou a atenção para o caso de Minas Gerais, onde há a previsão de atraso no pagamento dos salários dos funcionários públicos.

Na última semana, Rui Costa já havia alertado para o caso do funcionalismo público baiano. "Por causa da pandemia, a situação financeira do mundo se complicou. Por isso, oriento aos servidores públicos não contraiam dívidas a longo prazo”, disse.
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DOCUMENTÁRIO CONTA HISTÓRIA DE ZÉ LAURENTINO PARA MANTER VIVA A MEMÓRIA DO POETA

Um documentário produzido durante quatro anos foi lançado em 2020 com o objetivo de disseminar a poesia do paraibano José Laurentino da Silva e manter viva a história e a arte do poeta.  “Zé Laurentino – O Poeta do Povo” está disponível na internet e também vai ser exibido em vários festivais de cinema pelo país.

“Nós disponibilizamos o documentário de forma gratuita na internet para que as pessoas tenham acesso a um conteúdo de qualidade neste tempo de distanciamento social e possam desfrutar da história de Laurentino em suas casas”, disse o jornalista e poeta Rafael Melo. 

O DOC de mais de 20 minutos traz imagens inéditas do poeta poucos meses antes de sua partida. Nas imagens, Zé Laurentino aparece em dois momentos importantes da reta final da vida: o período em que esteve cego e a fase em que voltou a enxergar. Entre recitações e narrativas da própria história, e algumas doses de cachaça brejeira, o artista se emociona e toca o público que o acompanhou por anos.

“São imagens nunca antes exibidas que tivemos o prazer de coletar e de tratar com muito carinho e cuidado durante todo este tempo para trazer ao público de uma forma singela, serena, bonita, assim como tudo o que fazia Zé Laurentino”, disse um dos idealizadores do projeto, Sandro Branco, ativista cultural do estado do Paraná, que se encantou com o poeta no contato que teve com o paraibano em 2015.

As imagens foram captadas durante a realização do projeto “Encontro de Raízes”, nascido da parceria de artistas de Campina Grande, na Paraíba, com ativistas e artistas da associação Caracol, do estado do Paraná. “Os paranaenses perceberam o valor da poesia de Zezinho e voltaram num segundo momento do projeto e aproveitaram para gravar e extrair o máximo dele. Pouco tempo depois nasceu a ideia do documentário”, disse Rafael.

O filme que conta um pouco da história de Zé Laurentino escutou pessoas importantes na vida dele e que também tiveram influência do “poetinha”, como carinhosamente era conhecido. Braulio Tavares, Astier Basílio, Afrânio de Brito, José Laurentino Neto, Aziel Lima, Robson Borracha, Tiago Monteiro, Gabriel Diniz e Rafael Melo são alguns dos entrevistados.

José Laurentino da Silva tem centenas de poemas populares que o elevam à categoria dos grandes poetas da poesia, cabocla do Brasil. Dentre os principais poemas estão “O mal se paga com o bem”; “Existe felicidade”; “Carona de passageiro”; “Eu, a cama e Nobelina”; “Matuto no futebol”. Zé publicou vários livros e cordéis: “Sertão. Humor e poesia”; “Meus versos feitos na roça”; “Carta de matuto”; “Poesia do Sertão”; “Dois poetas, dois cantares”; “Poemas, prosas e glosas”.

José Laurentino  nasceu em 11 de abril de 1943 no sítio Antas, na cidade de Puxinanã, anteriormente poetizada em um poema famoso de Zé da Luz. Zé Laurentino cresceu em uma casa onde sempre eram realizadas cantorias de repentistas violeiros. Na fase adulta foi político (vereador) e ficou bastante conhecido pela poesia nos programas de rádio que apresentava. Zé Laurentino atuou durante muito tempo na Rádio Borborema, Rádio Cidade de Esperança, e apresentou o programa Sala de Reboco na TV Borborema ao lado do poeta Amazan. Ele também foi destaque no programa Som Brasil da Rede Globo.

Nos últimos anos de vida, depois de fazer sucesso inclusive fora do país, Laurentino ficou cego e também passou por uma fase de problemas com a bebida alcoólica. O poeta morreu em 2016 com 73 anos de idade vítima de um câncer de fígado.


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EXPORTAÇÕES DE FRUTAS BRASILEIRAS PELO MODAL AÉREO ESTÃO PRATICAMENTE PARADAS

As exportações de frutas brasileiras pelo modal aéreo estão praticamente paradas. O volume exportado por via aérea não é suficiente para lotar um avião cargueiro, e ia principalmente nos porões dos aviões de passageiros, que estão em terra para cumprir a quarentena no mundo todo. Do total exportado, cerca de 10% das frutas viajavam pelo ar, principalmente mamões, figos e goiabas, e em menor volume, uvas e mangas.
Foi o que informou o gerente técnico e de projetos da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Jorge de Souza, sobre as exportações durante a pandemia.
Segundo Souza, a demanda continua existindo e o fluxo dos embarques por via marítima está próximo da normalidade. Frutas como limões, uvas e mangas e melões seguem viagem de navio, apenas com um tempo de trânsito um pouco maior.
“Na média, a demanda permaneceu inalterada de maneira geral para todos os destinos. O que aconteceu foi que o trânsito, a logística, ficou um pouco prejudicada, pelas dificuldades das linhas marítimas. O tempo normal que era de cerca de 28 dias para o Oriente Médio agora está entre 35 e 38 dias, o que preocupa um pouco em termos de qualidade”, disse.
Souza afirmou que alguns locais como Dubai, por exemplo, são pontos de distribuição por via terrestre para países vizinhos. “Mandamos a fruta para Dubai de navio e o trânsito terrestre para outros países ficou mais demorado também porque tem toda a questão de higienização e cuidado com os funcionários, mas como um resultado geral, comparando com outros setores da economia, eu diria que a fruticultura foi muito pouco afetada”, avaliou.
No primeiro trimestre, o Brasil exportou mais de 234 mil toneladas de frutas, queda de 2% se comparado ao volume do mesmo período do ano anterior. Apesar da redução, algumas frutas apresentaram crescimento significativo, como abacates (126%), maçãs (56%) e limões (46%).
Em receita, as exportações totais somaram US$ 183 milhões, valor 8% menor em comparação aos três primeiros meses de 2019. Entre as principais frutas exportadas, houve queda no embarque de laranjas (58%), uvas (44%), mangas (23%) e melões (8%). Os dados são da Abrafrutas.
“Houve uma redução de volume e valor, caiu um pouco, mas foi por questões mercadológicas, de concorrentes, de condições climáticas – quando fica mais frio, diminui um pouco o consumo. No segundo trimestre conseguiremos avaliar melhor o impacto, mas a demanda continua, as pessoas querem continuar comendo frutas, como tem o aspecto da saúde, das vitaminas, muito importantes nesse momento”, declarou.
Souza afirmou que o novo coronavírus não está sendo uma questão seríssima no setor fruticultor, mas que há uma grande preocupação quanto à saúde do trabalhador rural.
“A exportação depende daquela fruta ser colhida, se tivermos uma questão [de contágio] muito grave no campo, aí podemos ter problema para o mundo todo e para os árabes também. Nas fazendas estamos tomando muito cuidado, no transporte com ônibus higienizados e desinfectados, com lotação de 50%, no campo estamos mantendo o distanciamento e procedimentos de higiene. Estamos tomando os cuidados necessários para isso não acontecer”, disse. (Fonte: Agência de notícias Brasil-Árabe)
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PROFISSIONAIS AUMENTAM JORNADA COM TRABALHO EM CASA USANDO PLATAFORMAS DIGITAIS

O advogado e coordenador-executivo do Procon de Juazeiro, Bahia, Ricardo Penalva recebe mensagens, telefonemas sobre solicitações, consultas, orientações, denúncias de consumidores, ligações de colegas à quase meia noite, hora de almoço e nos domingos. Desde que o distanciamento social foi decretado o trabalho dobrou. "É intenso o trabalho. Não tem dia nem hora", revela Penalva.

Uma web designer cujo quarto serve de escritório precisa acionar um alarme para se lembrar de almoçar durante a jornada de trabalho sem parar. Em outra empresa, uma funcionária com quatro filhos fica logada 13 horas por dia enquanto tenta conciliar a tarefa de cuidar deles e o trabalho.

Após mais de 30 dias experimento de trabalho em casa sem um fim à vista, quaisquer que fossem as fronteiras que restavam entre trabalho e vida pessoal desapareceram quase inteiramente. A cultura de trabalhar a qualquer hora em Juazeiro e Petrolina alcançou novos patamares. A jornada de trabalho das 8h às 12h e de 14h às 18h, ou qualquer coisa parecida, parece relíquia de outra era.

Formalidades como se desculpar por ligar ou enviar e-mails em horários inadequados são coisas do passado. Profissionais de todas as classes e níveis já sentem que têm menos tempo livre, por exemplo, do que quando "perdiam" horas no transporte para ir ao trabalho.

Profissionais se abrigaram em casa no que se pensava ser um hiato temporário. Muitos mapearam planos para preencher o tempo que gastavam no deslocamento para ter novos hobbies, como aprender um idioma, fazer cursos à distância. Parecia o começo de uma revolução do teletrabalho.

A professora, engenheira agrônoma, Candida Beatriz, mestre e doutora em Ciências Agrárias, afirma que já tinha afinidade com a tecnologia, mas não imaginava que a plataforma digital e todas as novas formas tecnológicas agora é lugar oficial de trabalho. "É estranho, sinto falta da interação direta. Mas tenho dito, que esses desafios nos fazem crescer profissionalmente e isto é muito importante, agora e para o futuro. O processo de aprendizagem é constante e temos compromisso com a qualidade do ensino", diz Candida.

O professor e jornalista Josenaldo Rodrigues, montou "o escritório de trabalho em casa". É na garagem agora que ele produz o programa de rádio,  faz contatos, assessora, participa de videoconferências.

 Pesquisas revelam, pessoas que trabalham em casa se conectam três horas, em alguns casos muito mais que 5 horas a mais por dia do que antes dos confinamentos na cidade e no estado, de acordo com dados, que rastreiam quando os usuários se conectam e desconectam do trabalho. Funcionários também voltam a se logar tarde da noite. Provedores observam picos de uso da meia-noite às 3h da madrugada que não estavam presentes antes do surto de COVID-19.
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