Livro sobre poéticas de tradição oral nas redes sociais será lançado na Facape

A pesquisadora e ensaísta, Maria Alice Amorim, acaba de editar o livro Pelejas em Rede, que estuda as relações das poéticas de tradição de oralidade nos meios impressos e na web. A obra sai pela Zanzar Edições, da própria autora, e recebeu incentivo do Funcultura. 

Em Petrolina, o lançamento, com palestra e sessão de autógrafos, acontece no Auditório da Biblioteca da Facape, na próxima segunda-feira (29), às 19h. Com um limite de 85 vagas, a inscrição é gratuita e deve ser feita na Sala do Colegiado de Letras. A participação garante aos inscritos um certificado de 4 horas.

Trata-se de uma obra ensaística em que o mote é a peleja. São as pelejas de cordelistas e repentistas que, há séculos, guardam variados códigos e simultaneamente entrelaçam elementos poéticos em processo de atualização, combinando formas fixas, ritmo, temas, em desafios ao vivo, desafios impressos, desafios mediados pela web. 

O trabalho é resultado de pesquisas sobre as poéticas de tradição oral que Maria Alice Amorim vem desenvolvendo a partir da década 1980. O tema foi, inclusive, aprofundado durante o mestrado e o doutorado, ambos cursados no programa de pós-graduação em Comunicação e Semiótica, na PUC-SP.

O livro contém 320 páginas, ilustradas, e minuciosa bibliografia sobre o assunto, o que deve garantir a sua classificação como obra de referência. Há, ainda, ao final da publicação, uma síntese preparada pela autora e traduzida para o espanhol e inglês, a fim de que o conteúdo da obra possa ser acessado amplamente. A tradução para o espanhol foi realizada pelo professor e tradutor cubano, Ciro Uría. 

A versão em inglês ficou a cargo dos tradutores John Holtappel e Geraldo Maia. A pesquisadora e professora universitária, Mônica Rebecca Ferrari Nunes, escreveu o prefácio. O projeto gráfico e diagramação são assinados por Patrícia Cruz Lima. A impressão foi feita no parque gráfico da Cepe. A capa do livro é uma xilogravura do poeta, editor e gravurista Marcelo Soares.

Conforme a autora, essas redes, de que trata o livro, dizem respeito a recorrências de específico fazer poético, entrelaçam temáticas, modos de versificação, modos de operar poeticamente, e assim deixam vislumbrar os veios da tradição ao mesmo tempo em que exibem vivacidade e agudeza do aqui e agora: “são metáforas do mundo em continuidades e descontinuidades de espaço-tempo, em comunicação poética que, mesmo obedecendo a repertórios temáticos e regras formais, instaura novos modos do fazer poético e, simultaneamente, restabelece memórias seculares acionadas pela memória longa”.

Fonte: Class Comunicação e Marketing
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STJ reduz pena de Lula no caso do tríplex, e ex-presidente poderá deixar prisão em setembro

Por unanimidade, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) votou, na tarde desta terça-feira (23/4), pela redução da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, no caso do tríplex de Guarujá. Os quatro ministros da corte votaram a favor do petista.

O último magistrado a dar o parecer foi Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, fechando o placar em 4 x 0 a favor de Lula.

O STJ alterou pontos da sentença que condenou o político. O código penal prevê que, ao se cumprir um sexto da pena – em casos de crimes comuns –, pode-se progredir para um regime semiaberto. 

Como Lula já cumpriu um ano de prisão, faltaria cerca de cinco meses para que o ex-presidente alcançasse essa condição após redução concedida pelo colegiado do STJ. 

Sendo assim, o ex-presidente pode ter a progressão da pena ainda este ano. No entanto, a ida de Lula para o regime semiaberto, especulada para setembro, está condicionada ao pagamento de uma multa de reparação de danos. No julgamento desta terça, os ministros do STJ votaram por reduzir de R$ 16 milhões para R$ 2,4 milhões. Outra possibilidade é que o ex-mandatário brasileiro vá para prisão domiciliar. 

Votaram a favor do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente os ministros Felix Fischer, relator do caso, Jorge Mussi e Reynaldo Soares da Fonseca, presidente da corte, e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.     

Em um resumo do seu voto, o ministro Fischer rechaçou a questão de ordem da Justiça Eleitoral. Fischer disse que não merece prosperar o pedido de transferência do processo para a Justiça Eleitoral e reafirmou que a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar casos que envolvem a Operação Lava-jato já foi decidida pelo STF. "Não há materialidade alguma sobre supostos crimes eleitorais", afirmou.

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Missa e boas perspectivas marcam início de safra 2019 da Agrovale

O início da 39ª moagem da Agrovale, maior empresa produtora de açúcar, etanol e bioeletricidade da Bahia, foi marcado, na manhã desta terça-feira (23), com boas perspectivas de produção e a celebração de uma missa em ação de graças.

De acordo com a diretoria da empresa, a expectativa para a safra 2019 é de produzir até o próximo dia 20 de novembro, 2,8 milhões de sacos de açúcar com 50 quilos cada, 67 milhões de litros de etanol e gerar 20.000 MW de energia a partir do bagaço da cana.

O ato religioso, celebrado pelo padre Josemar Mota e acompanhado pelo coral Mensageiros da Paz, teve seu momento mais significativo durante o ofertório. Um grupo de funcionários levou até o altar os instrumentos usados no campo, a exemplo do capacete de segurança e o facão canavieiro, além dos resultados do trabalho, simbolizados através do pão, da cana de açúcar e seus derivados.

Segundo o diretor Financeiro e TI da Agrovale, Guilherme Colaço Filho, a celebração campal é um momento de fé no futuro. "Agradecemos à Deus pelas graças alcançadas ao longo destes 47 anos de existência e pedimos bênçãos para o início da moagem e que possamos atingir as nossas metas com segurança e o sucesso pleno de cada um dos nossos colaboradores", concluiu.

Antes das bênçãos finais, o padre Josemar Mota concedeu a palavra e alguns colaboradores lembraram momentos significativos de safras passadas, a evolução dos índices de produção e o envolvimento pessoal de cada um para o cumprimento das metas.
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Senado: Proibição de canudos e sacolas plásticas está na pauta da Comissão Meio Ambiente

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) tem reunião marcada para as 14h desta quarta-feira (24). Na pauta, estão 14 itens, entre eles o PLS 263/2018, que proíbe a comercialização de sacolas plásticas e de utensílios plásticos, como canudos, para o consumo de alimentos e bebidas.

De acordo com o texto, ficam proibidas a fabricação, a importação, a distribuição e a venda de sacolas plásticas para guardar e transportar de mercadorias, além de utensílios plásticos descartáveis para consumo de alimentos e bebidas, como é o caso dos canudos. A exceção é para as sacolas e utensílios descartáveis feitos com material integralmente biodegradável.

No caso dos cosméticos com micropartículas de plástico, valem as mesmas proibições das sacolas e utensílios plásticos, além da proibição de registro. Essas micropartículas são usadas em vários produtos, como maquiagens, protetores solares e esfoliantes e podem se acumular nas águas de oceanos e rios. Além de demorar para se degradar, esses componentes podem entrar na cadeia alimentar de peixes, por exemplo. Por isso, já há ações para a proibição deles em vários países.

O relator é o senador Roberto Rocha (PSDB-PA), que lembrou o fato de o Brasil ser o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, com 11,3 milhões de toneladas por ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.

O projeto é fruto de uma ideia legislativa (SUG 10/2018) apresentada por um cidadão que recebeu o apoio de mais de 24 mil pessoas no Portal e-Cidadania. Com 20 mil apoios, as ideias legislativas são transformadas em sugestões que são analisadas na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Caso aprovadas naquela comissão, são convertidas em projetos de lei.


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Seminário Nacional discute Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil

Seminário Nacional discute Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil. O objetivo do evento que acontecerá entre os dias 08 e 10 de maio deste ano, com atividades Centro Cultural Cais do Sertão e no Paço do Frevo, ambos localizados no coração do Recife Antigo (PE)

Foi sob o Luar do Sertão nordestino que o forró nasceu e, de passo em passo, a partir do talento de ícones como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Anastácia, entre tantos outros, chegou a todos os cantos do Brasil.

 A manifestação cultural conhecida por seus ritmos musicais, danças e instrumentos tradicionais já passa por um intenso processo de mobilização social e será pesquisada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em cooperação com a Associação Respeita Januário a partir do Seminário Forró e Patrimônio Cultural.   

O objetivo do evento que acontecerá entre os dias 08 e 10 de maio deste ano, com atividades Centro Cultural Cais do Sertão e no Paço do Frevo, ambos localizados no coração do Recife Antigo (PE), marca o início do processo de pesquisa que investigará a complexidade das Matrizes Tradicionais do Forró com suas dimensões melódicas, harmônicas, rítmicas e coreográficas, além dos modos de fazer instrumentos musicais, dos contextos sociais e culturais em que a manifestação está inserida, bem como as particularidades dos lugares onde tais referências culturais são mais simbólicas. 

Seminário Forró e Patrimônio CulturalO Seminário Forró e Patrimônio Cultural reunirá forrozeiros, artistas, músicos, artesãos, e dançarinos, além de gestores públicos e culturais, produtores e pesquisadores de todo o Nordeste e de Estados com forte presença nordestina, que há décadas acolhem e ajudam a fortalecer as Matrizes Tradicionais do Forró, como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo.

 O espaço promoverá trocas de experiências sobre o que consideram importante para o reconhecimento e a continuidade dessa forma de expressão tão representativa da cultura brasileira. 

“Esse Seminário é de extrema importância para o forró como forma de expressão por falar de maneira tão profunda a cultura nordestina e que vem se renovando no tempo, mantendo-se como força viva da disseminação pelo Brasil e pelo mundo”, ressalta a presidente do Iphan, Kátia Bogéa. 

Na pauta estão debates importantes para a compreensão do forró como um Patrimônio Cultural a exemplo da valorização e sustentabilidade da manifestação; das ações de preservação; de políticas públicas, dentre outros. A programação buscará também compreender as formas de transmissão dos saberes relacionados, por meio de oficinas e aulas dos mestres sobre os diferentes instrumentos musicais, os ritmos e as danças que constituem as Matrizes do Forró. Haverá também espaços para apresentações e interações musicais entre músicos e dançarinos por meio de palcos abertos e um show de encerramento especial na tradicional casa de forró recifense, Sala de Reboco, que reunirá os participantes do Seminário na noite da sexta-feira, dia 10 de maio e será aberto ao público. 

A pesquisa se estenderá até meados de 2020 e resultará no dossiê de Registro a ser analisado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural que deliberará se o bem receberá o reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil, destaca o diretor do DPI, Hermano Queiroz.  

HISTÓRICO: Em setembro de 2011, a Associação Cultural Balaio do Nordeste encaminhou ao Iphan o pedido de registro das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil. 

Desde então o Instituto buscou, em parceria com a Associação, o Fórum Nacional Forró de Raiz e outras instituições parceiras, incentivar encontros, fóruns e audiências públicas para discutir o processo de reconhecimento, abordando os potenciais, significados e limites da política de Patrimônio Cultural. 

As diretrizes apontadas no Encontro Nacional para Salvaguarda das Matrizes do Forró, ocorrido em João Pessoa (PB) em setembro de 2015 são o fundamento para a pesquisa a ser realizada pela Associação Respeita Januário em cooperação com o Iphan. Confira a entrevista com a presidente da Associação Cultural Balaio do Nordeste, Joana Alves.

Para que um bem seja registrado pelo Iphan é necessário possuir relevância para a memória nacional, continuidade histórica e fazer parte das referências culturais de grupos formadores da sociedade brasileira. Entre os patrimônios imateriais inscritos no Livro do Registro das Formas de Expressão estão as Matrizes do Samba do Rio de Janeiro, o Tambor de Crioula do Maranhão, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e o Frevo. 

Fonte: IPHAN 
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Espaço Cultural Asa Branca de Caruaru fundado pelo pesquisador Luiz Ferreira

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, idealizado pelo diretor e fundador Luiz Ferreira. 

Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga – os gonzagueanos’, como também são conhecidos.

O Espaço Cultural Asa Branca está localizado no bairro Kennedy e é coordenado pelo pesquisador Luiz Ferreira. Nele consta um dos mais organizados acervos culturais voltados 
ao conhecimento e valorização da música brasileira.

Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Eles recebem o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

Luiz Ferreira diz que a iniciativa já deu o "fruto" do interesse de produzir um filme/documentáro que foi realizado pelos alunos do curso de Jornalismo do UNIFAVIP, coordenado pelo professor Jurani Clmentino. Em 2015 foi lançado o livro Gonzagueano-legitimadores de um legado.
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Mapa vai criar zoneamento climático para áreas atingidas pela seca no Nordeste

Mapa vai criar zoneamento climático para áreas atingidas pela seca no Nordeste – Um novo modelo de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a região Nordeste começará a ser elaborado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

O ponto de partida será a reunião técnica do projeto de pesquisa da Embrapa Avaliação de Riscos e Resiliência Agroclimática (Arra), na próxima quarta-feira (24), na sede da Sudene, em Recife.

Na reunião serão debatidos e selecionados os sistemas de produção mais promissores para as áreas de maior vulnerabilidade e escassez de água por falta de chuva. Os sistemas selecionados terão prioridade nas ações do ZARC, destacando suas vantagens para orientar e estimular sua adoção por produtores da região.

As unidades da Embrapa no Nordeste, Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) irão selecionar focos de atuação, sistemas de produção com maior potencial transformador e chances de obterem sucesso, bem como alternativas para geração de renda, emprego e sustentabilidade à agricultura do Nordeste.

Terão maior atenção as práticas agronômicas e alternativas viáveis levando em conta culturas solteiras (dedicadas de forma isolada à agricultura ou à pecuária), sistemas integrados, anuais e ou perenes (permanentes), associados a animais ou não, Integração lavoura, pecuária, floresta (ILPFs) e suas variações.

“Estamos reunindo conhecimento e casos de sucesso que reduzem o risco climático na produção agrícola na região e melhoram a renda do produtor. Precisamos fortalecer os mecanismos que promovam o uso massificado dessas soluções e os programas e políticas do Mapa são fundamentais nesse processo, à medida que podem incentivar os sistemas de produção mais adequados”, disse o coordenador da Rede Zarc-Embrapa, Eduardo Monteiro,

A partir da criação de zoneamento específico para essas áreas ficará mais fácil obter financiamento agrícola e a proteção contra a quebra de safra pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). 
Com isso, o Mapa deve promover uma mudança gradual de culturas locais, muito vulneráveis ao clima, para sistemas de produção agropecuária menos sujeitos à seca e à falta de água.

O Zoneamento de Risco determina a época mais adequada de plantio levando em conta o tipo de cultura, o solo de cada região e a indicação de risco envolvida na produção em cada decêndio (dez dias) para que o produtor faça o plantio no momento mais adequado, minimizando prejuízos pelo risco de problemas climáticos nas lavouras. Mapa vai criar zoneamento climático para áreas atingidas pela seca no Nordeste.

Fonte: Agencia Brasil

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