APÓS CHUVAS AGRICULTORES PLANTAM NA ESPERANÇA DA COLHEITA

O chão molhado dá o sinal para o agricultor começar os trabalhos. Agricultores retomam o plantio cheios de esperança. A expectativa do agricultor era que o ano de 2025 começasse com chuva. "Essa Graça foi alcançada", afirma o agricultor Cosme Damião. Por isso, o terreno destinado ao plantio de milho e feijão tem quase um hectare e está praticamente pronto para receber as sementes.

O BLOG NEY VITAL conversou com famílias de agricultores na zona rural de Juazeiro e Petrolina e eles relatam a reportagem sobre os preparativos para o início do plantio.  Com a voz embargada de emoção os agricultores explicam que quando a chuva cai, a natureza responde depressa. O verde tinge a paisagem. Folhas começam a brotar nos galhos secos.  Rios que tinham evaporado voltam a correr.  Açudes acumulam água. E, como por encanto, o cenário se enche de vida.

"A chuva chegou e está trazendo esperança e boas expectativas para os agricultores. Estamos planando feijão, milho. A chuva é sempre uma benção", diz Cosme.

O mês de fevereiro é o mais importante. É quando os agricultores esperam pelas primeiras chuvas. “É muito bonito quando a gente vê as plantas crescendo, tudo verdinho. Com fé em Deus, será um ano bom pra gente do campo”, acredita o agricultor.

“A gente não desiste não porque a gente quer ter uma qualidade de vida. A gente não tem emprego. O emprego daqui é a gente cuidar dos animais, das plantações, plantar milho e feijão, e assim a gente vai vivendo. Minha maior alegria é com a chuva é colocar a enxada no ombro e ir para a roça”, diz a agricultora Nelci Martins.


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PROJETO ARARINHA AZUL: 41 AVES CHEGAM AO SERTÃO DE CURAÇÁ

Nesta quarta-feira, 29 de janeiro de 2025, o Projeto de Reintrodução das Ararinhas-Azuis celebra mais um marco histórico: a chegada de mais 41 ararinhas-azuis da Alemanha ao Brasil. A ação, promovida pela Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), pelo Zoological, Rescue and Rehabilitation Center, da Índia (GZRRC) e pela BlueSky.

De acordo com a assessoria de imprensa "após o sucesso da primeira transferência em março de 2020, o novo grupo de aves contribui para o fortalecimento do projeto, possibilitando futurassolturas e assegurando que a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) permaneça fora do risco de extinção.

Toda a operação de transporte das aves foi realizada em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Agência de Defesa eFiscalização Agropecuária de Pernambuco (ADAGRO) e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), empresa CCR-Aeroporto Petrolina e ICMBio, reforçando os esforços globais para a conservação dessa espécie emblemática.

A chegada das aves simboliza um momento crucial para a preservação da biodiversidade na região de Curaçá, Bahia, habitat natural da espécie, e consolida o compromisso conjunto de diferentes organizações para garantir a sobrevivência da ararinha-azul.

Para celebrar a ocasião, será realizada uma coletiva de imprensa no dia 29 de janeiro, na qual a ACTP, GZRRC e a BlueSky irão atualizar a sociedade sobre os avanços e próximos passos do projeto, além de detalhar a operação de transferência das aves para o Brasil.

Representantes do IBAMA, ICMBio, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, MAPA, ADAGRO, IF Sertão e da empresa CCR também estarão presentes na coletiva, disponíveis para entrevistas e esclarecimentos.

O evento reunirá especialistas, ambientalistas e parceiros do projeto, reforçando a colaboração internacional em prol da sobrevivência da ararinhaazul e da conservação do bioma Caatinga.

Sobre o Projeto de Reintrodução das Ararinhas-Azuis Iniciado em parceria com instituições nacionais e internacionais, o projeto é um exemplo bem-sucedido de colaboração global para salvar uma espécie daextinção. Após ser declarada extinta na natureza, a ararinha-azul retorna gradualmente ao seu habitat natural, um triunfo que reflete o poder da ciência e da união pela vida.

Sobre a BlueSky-A BlueSky é uma empresa comprometida com a restauração ambiental e a conservação da biodiversidade no bioma Caatinga. Com tecnologia e inovação, já recuperou mais de 300 hectares de áreas degradadas e trabalha para atingir a meta ambiciosa de reflorestar 50 mil hectares nos próximos anos.

A empresa também lidera a gestão do Criadouro Científico para Fins Conservacionistas em Curaçá-BA, contribuindo diretamente para o Projeto de Reintrodução das Ararinhas-Azuis.

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FILME LÉGUA TIRANA SERÁ LANÇADO EM JULHO DE 2025

 A história de Luiz Gonzaga, dessa vez focada na infância, inspirou a produção do filme ‘Legua Tirana’. O filme retrata a vida e obra do icônico Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, e mergulha desde a infância e adolescência do artista, explorando suas raízes de retirante do Sertão nordestino, revelando as conexões profundas entre sua música e a rica e complexa cultura que marcou sua obra. Gonzaga é apresentado como símbolo da fusão cultural e da identidade cultural, por ter sido capaz de unir influências históricas, religiosas e étnicas em sua música cativante.

No elenco, estão nomes como Luiz Carlos Vasconcelos, Cláudia Ohana e Tonico Pereira, além de talentos regionais que enriquecem a autenticidade da produção. A O2 Play divulgou na internet o primeiro teaser de "Luiz Gonzaga - Légua Tirana", que acompanhou as exibições de "O Auto da Compadecida 2" nos cinemas.

As filmagens aconteceram em cidades do Sertão do Araripe, principalmente em Exu, Pernambuco, terra onde nasceu o Rei do Baião.

A REDEGN acompanhou as filmagens nas comunidades de Pamonhas, Barro, Tabocas, Brejo de Santo Inácio, Serrinha, Araripe, Gritadeira, Caiçara e Gameleira, todos localizados em Exu, Pernambuco.

O Projeto Légua Tirana  já colhe os frutos com prêmios.  O Filme Légua Tirana venceu o 15º Festival de Cinema de Triunfo em dezembro de 2024. "Légua Tirana" ainda levou os prêmios de Melhor Roteiro, Direção de Arte, Trilha Sonora e Ator, dado para Kayro Oliveira, detalhe, Kairo tem apenas 13 anos. Quem também participa do longa é o sanfoneiro e ator Chambinho do Acordeon, nome que ganhou o cinema nacional em “Gonzaga: de Pai pra Filho”. 

O idealizador do projeto é Marcos Carvalho é na atualidade um dos mais talentosos cineastas brasileiros. Marcos é também o idealizador do Projeto Cinema no Interior e um dos diretores e produtores do longa-metragem “Na quadrada das águas perdidas”, realização da Mont Serrat Filmes e vencedor de mais de 16 prêmios, dentre eles, melhor filme, fotografia e trilha sonora no IV Festival de Cinema de Triunfo.

Marcos Carvalho agora conta a história de Luiz Gonzaga, dessa vez focado na infância do Rei do Baião: ‘Legua Tirana’. O filme Légua Tirana é um mergulho no universo de cores, ritmos e sonoridades de onde Luiz Gonzaga surgiu para revolucionar a música brasileira. O foco seguirá o fluxo de consciência do artista em seu aprendizado de vida infantil na jornada em busca do seu dom e do seu destino.

Foi em Exu e adjacências que Luiz Gonzaga, ainda criança ao lado do pai, Januário, afamado tocador de 8 baixos e acompanhado da mãe Santana que o menino "Lua aprendeu a ouvir a natureza sertaneja que veio a alicerçar o olhar universal da cultura brasileira, a partir de Exu."

Légua Tirana é um mergulho no universo de cores, ritmos e sonoridades de onde Luiz Gonzaga surgiu para revolucionar a música brasileira. seguindo o fluxo de consciência do artista em seu momento final, o filme acompanha o menino Luiz Gonzaga em seu aprendizado de vida. 

O filme mostra a jornada de Luiz Gonzaga, em busca do seu dom e do seu destino, ele aprende a ouvir o mundo escutando músicos, rezadeiras, romeiros, cegos de feira, retirantes e finalmente com a própria natureza. De cada um desses mestres, recolhe o essencial para construir a matriz sonora da sua revolução musical.

O filme estreia em julho de 2025.

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BARRAGEM DE SOBRADINHO DEVE ATINGIR MAIS DE 80% DE SUA CAPACIDADE VOLUME ÚTIL EM FEVEREIRO DE 2025

Atingindo suas melhores marcas de armazenamento em 2022, quando as hidrelétricas da bacia do São Francisco atingiram as cotas máximas de armazenamento, desde 2020 há mais tranquilidade para as populações ribeirinhas quanto à quantidade de água nos reservatórios. Este ano, de acordo com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobrás Chesf) as condições de armazenamento devem garantir um volume seguro para os múltiplos usos na bacia.

Durante reunião de acompanhamento das condições de operação do sistema hídrico do Rio São Francisco, o diretor-presidente da Eletrobrás Chesf, João Henrique de Araujo Franklin Neto, falou sobre as informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que dão conta de que o período úmido na bacia do São Francisco, que compreende os meses de novembro a abril, encontra-se, até o presente momento, com chuvas de intensidade normal a acima do normal.

A reunião aconteceu no último dia 14 e foi coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Na ocasião, o diretor-presidente ainda citou que, segundo as previsões do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o reservatório da hidrelétrica de Sobradinho deve atingir, até o final de fevereiro, mais de 80% do volume útil. “Foram observadas precipitações acima da média nos meses de outubro e novembro de 2024 e janeiro de 2025 e praticamente na média no mês de dezembro de 2024. Considerando a previsão de chuvas para a Bacia do São Francisco e a política operativa vigente, o ONS apresentou, durante a última reunião, a perspectiva de armazenamento para o Reservatório de Sobradinho para o final do mês de fevereiro de 2025, em torno de 82% de seu volume útil”.

Uma nova reunião virtual de acompanhamento está agendada para 04 de fevereiro. Na ocasião, o ONS apresentará as perspectivas de armazenamento para o final do período úmido.

 “Esse valor deve ser superado, levando em consideração a política operativa de reenchimento dos reservatórios”, acrescentou Franklin, lembrando que “a perspectiva de armazenamento, ora apresentada pelo ONS para o Reservatório de Sobradinho, é confortável no que diz respeito ao atendimento energético e aos usos múltiplos da água, haja vista o armazenamento máximo do reservatório nos últimos 10 anos ao final do período úmido”.





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PROFETAS DA CHUVA PREVEEM ALIVIO PARA O SEMIÁRIDO NORDESTINO

Um encontro de sertanejos em Quixadá (CE), reúne os profetas da chuva e a sabedoria popular diz que vai chover no sertão.

Em tempos de mudanças climáticas, o que não se altera é a importância deste encontro de homens e mulheres do campo, em Quixadá (CE).

Janeiro é o início do período de chuva em parte do semiárido nordestino, e eles estão aqui para dizer se vai chover pouco, muito ou se vai ter seca. O anúncio é feito por quem carrega a experiência necessária para ser chamado de "profeta ou profetiza da chuva".

"Ele florou mais tarde. Por isso que só vai melhorar lá para fevereiro e março. Quem plantar agora em fevereiro vai colher em março e abril. Em março é que eu acho que vai chover. Seca não é”, diz a profetiza.

As previsões geram expectativa nos moradores da região.

“É claro que tem divergências até na ciência, na apreciação do clima, mas, efetivamente, tem realmente fundamento e eu tenho acompanhado e tem um índice de acerto muito grande”, comenta José Pontes Medeiros, veterinário.

"Todas as previsões que eu acompanho eles têm acertado, têm uma assertiva muito grande. E isso é muito emocionante, e quando vem esse presságio de chuva só traz alegria pro sertanejo", comenta Iris Freitas, produtora cultural.

"Quem precisa sempre estar de olho no céu para saber se vai ter água para sobrevivência no sertão, aprendeu a observar, nos bichos e nas plantas, sinais que indicam como vão ser os próximos meses. E isso é fundamental para planejar a plantação, o cultivo, as reservas de água e até para regular o humor do sertanejo", complementa.

A Narcisa aprendeu com o pai, um profeta veterano que morreu há três anos, a observar o comportamento das formigas.

“Elas vão em busca de construir suas casas mais distante possível do açude, que vai ter muita chuva que vai encher aquele açude. Elas não querem se afogar", aponta Francisca Narcisa da Silva, profetiza da chuva.

Seu Lino também está feliz, é que a árvore mudou de aparência para receber a chuva.

"Ela tá descascando, que ela tá esperando receber muita chuva, absorver mais água. Vocês estão vendo aí que ela tá quase toda descascada, prontinha, prontinha pra receber água", comenta Renato Lino de Souza, profeta da chuva

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FESTIVAL DA MEMÓRIA CAMPONESA SERÁ REALIZADO EM FEVEREIRO



Celebrar o centenário de Elizabeth Teixeira é mais do que uma homenagem; é um compromisso coletivo com a memória e a história das lutas camponesas no Brasil. Este evento é uma oportunidade de reafirmar os valores da resistência e da dignidade da classe trabalhadora do campo.

De 13 a 15 de fevereiro, em Sapé/PB, será realizado o Festival da Memória Camponesa: Uma celebração ao Centenário de Elizabeth Teixeira - com uma programação cultural e política para honrar a memória e o legado de Elizabeth, que, desde a morte de seu companheiro, João Pedro Teixeira, assassinado a mando dos grandes latifundiários, no dia 02 de abril de 1962, se tornou símbolo de resistência e luta pela terra, justiça social e reforma agrária.

Elizabeth Altina Teixeira, nasceu em 13 de fevereiro de 1925, na comunidade de Antas do Sono, na época, município de Sapé, Paraíba. Filha mais velha de Altina Maria da Costa de origem latifundiária e Manoel Justino da Costa de família de pequenos proprietários de terra. 

Elizabeth enfrentou desde cedo as expectativas impostas pelo pai, que desejava ter um homem como primogênito. Desde jovem, ela demonstrava inconformismo com as injustiças praticadas pelos grandes proprietários de terra contra as famílias camponesas.

Presa várias vezes, perseguida pela ditadura e por jagunços, teve que ir para a clandestinidade após o assassinato do marido. Após a morte de João Pedro, ela assumiu a presidência da Liga Camponesa de Sapé e depois a Liga no Estado, não se curvando às ameaças dos latifundiários e dando continuidade à luta por trabalho digno, reforma agrária e justiça no campo.

Fugindo da perseguição, Elizabeth e os 11 filhos não conseguiram seguir juntos para escapar da morte, indo cada um para um canto diferente do Brasil. Na clandestinidade, adotou um nome falso e ficou escondida por 17 anos. Até hoje, Elizabeth mantém sua convicção na necessidade da reforma agrária e na melhoria de vida do homem e da mulher do campo.


Fonte CPT Arte: Chico Shiko / Design: Diego Rezende
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CARTA ABERTA DE FERNANDA MONTENEGRO: GANHOU A CULTURA BRASILEIRA

A lendária Fernanda Montenegro celebrou a vitória da filha Fernanda Torres na premiação Globo de Ouro 2025. Em carta aberta compartilhada na GloboNews, na tarde desta segunda-feira (6), comemorou a qualidade do trabalho em "Ainda Estou Aqui". "O prêmio da Golden Globe reconhece, pontua, e ilumina essa grande atriz brasileira que é Fernanda Torres. É um fato difícil de se alcançar, eu sei na pele".

Pensando em sua trajetória e na da filha, ela afirma que precisava estar viva para este momento. "Eu nasci no final dos anos 1920. Quis Deus que eu viesse sobrevivendo, que tivesse essa noite de ontem, não porque ganhou um prêmio nos Estados Unidos, mas o que isso representa para a cultura brasileira. (...) Eu vivi para ver isso".

Confira carta aberta na íntegra

"Desde os 12 anos, no grupo O Tablado, de Maria Clara Machado, a Nanda já acontece como ser criativo. Cenicamente, é uma vocacionada desde cedo. No filme Inocência, de 1983, direção de Walter Lima Jr., a atriz se apresenta plenamente. Lembro de algum de seus importantes filmes: 'A Marvada Carne', Andre Coldwell, lembro 'Eu sempre vou te amar', de Arnaldo Jabor, que lhe deu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes de 1986.

Como mãe e filha, ou filha e mãe, fizemos fogo e paixão, Traição, Redenção, direção de Claudio Torres. 'Casa de Areia', direção de Andrucha Waddington, filme de aceitação e premiações internacionais. Tendo como base o teatro, estivemos juntas muitas vezes nos palcos deste país, e em palcos além-fronteiras. Fernanda é comprovadamente escritora e cronista respeitada e lida. Lida. 

O prêmio da Golden Globe reconhece, pontua, e ilumina essa grande atriz brasileira que é Fernanda Torres. É um fato difícil de se alcançar, eu sei na pele. Como artistas criadores, nós somos representantes de uma cultura altamente referencial, mas abaixo da linha do Equador. De vez em quando nós conseguimos atravessar essa linha e temos o reconhecimento internacional do nosso talento amplo e irrestrito. De pé, vi minha filha comovida e agradecida.

Eu aplaudo Fernanda Torres. Bravo, minha filha, bravo. E bravo". 

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