BAIÃO VIRAMUNDO, LUIZ GONZAGA COMO FILÓSOFO DO SERTÃO NORDESTINO É TEMA DE PALESTRA DIA 08 DE SETEMBRO

Nos dias 8 e 9 de setembro será realizado o VI Sertão Filosófico no campus Petrolina da Universidade de Pernambuco (UPE). O encontro do grupo de pesquisa Sertão Filosófico (CNPq) tem como objetivo fomentar o intercâmbio e ampliar a troca de experiências entre professores e estudantes do IFSertãoPE e UPE, bem como entre outras instituições de ensino e a comunidade.

Os interessados em participar como ouvinte do evento podem se inscrever pelo link. A programação envolve minicursos virtuais e comunicações virtuais e também presenciais.

O Grupo de Pesquisa Sertão Filosófico é cadastrado no CNPQ. Este ano, completa seis anos de existência, período em que vem desenvolvendo pesquisas, realizando eventos científicos itinerantes, publicações e atividades de ensino.

Programação-Dia 8 de setembro

14h Minicursos Virtuais:

Paulo Jorge Barreira Leandro: Cartografias Selvagens – ensinar e aprender a partir do encontro entre Filosofia da Diferença e a cosmologia Huni Kuin

16h Comunicações Presenciais

Mediação: Cristiano Dias da Silva

Francisco Veríssimo de Souza Melo – Por uma filosofia do sertão

Cristiano Dias da Silva – Aspectos comparativos da lava-jato com a inquisição: uma revisitação a obra O nome da rosa

Ivanildo Alves de Almeida – “Baião de Viramundo” – Luiz Gonzaga como filósofo popstar do Sertão nordestino e doutros sertaneses

Luiz Henrique Pereira de Castro – A Corporeidade da existência: o “Dasein” na pedagogia engajada

19h Mesa de Abertura: Educação Política

Prof. Dr. Rafael Lucas de Lima (UPE) – Política e educação: Uma relação necessária

Prof. Dr. André Ricardos Dias Santos (IFSertãoPE) – Identidades

Prof. Dr. Gabriel Kafure da Rocha (IFSertãoPE) – A filosofia política no ensino médio: experiências de ensino

Dia 9 de setembro

14 h – Minicursos Virtuais

Isabela Castro – Exu nas escolas: saberes ancestrais, identidades e memórias

15 h Comunicações Virtuais

Sala 1: Mediação: José Aldo Camurça de Araújo Neto

Victor Fabiam Gomes Xavier – Experiência e Ensino de Filosofia à luz de Gabriel Marcel

Nilton Guimarães da Silva – A experiência primeira como fonte de conhecimento em sala de aula

Breno Augusto da Costa – História da Filosofia Brasileira: experiência isebiana e realidade atual

Pedro Wilson Nogueira Porto – Historia e Filosofia da História (um debate entre a reflexão e a ação)


Sala 2: Mediação: André Ricardo Dias dos Santos

Francisco Santana de Lima – A dignidade da pessoa humana e o dever de cuidar em Foucault

Márcio Santos de Santana – A categoria Estado no Pensamento Político de João Arruda e Miguel Reale

Cristiano Bonneau – Scholem e Benjamin- alegoria de uma amizade

Sala 3:Mediação: Gabriel Kafure da Rocha

Vinícius Gomes Alves – A estética entre a tragédia grega e o Sertão brasileiro

Paulo Jorge Barreira Leandro – O problema da expressão em Henri Bergson

Valdomiro Alves Pereira – Sensibilização e Representatividade: A cultura pop na sala de aula

Bruno Gonçalves da Paixão – Ideologia, política e alienação numa peça musical de Elomar Figueira Mello

Silvio Takeshi Tamura – "Eu sou a mosca que pousou em sua sopa": Música, arte e filosofia social em Raul Seixas.

17h Mesa de Encerramento (Virtual): Democracia

José Aldo Camurça de Araújo Neto (IFSertãoPE) – A crise da democracia: o olhar crítico da filosofia política contemporânea

Thais Santos Moya (UPE) – Apontamentos sobre a ofensiva reacionária no Brasil recente

Debora Maria dos Santos (UFPE/UESPI) – Democracia na sociedade em rede

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FAMÍLIAS AGRICULTORAS DO TERRITÓRIO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO SERÃO CERTIFICADAS COMO PRODUTORAS ORGÂNICAS

Na próxima sexta-feira (2), 111 famílias agricultoras que produzem frutas e hortaliças nos municípios de Juazeiro, Sobradinho, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Sento Sé e Uauá receberão o certificado de conformidade orgânica. O evento de entrega dos certificados acontecerá a partir das 16h30 no espaço da Feira de Orgânicos do Armazém da Caatinga, localizado na Vila Bossa Nova (Orla II), em Juazeiro.

O processo de certificação foi realizado através do Sistema Participativo de Garantia (SPG), isto é, aconteceu de forma coletiva, na qual um núcleo de agricultores/as organizados/as avalia e certifica a produção de outros/as agricultores/as. Este método é mais simplificado e mais barato do que a contratação de auditoria e é igualmente reconhecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Com essa autenticação, as/os agricultoras/es poderão acessar mercados mais especializados e gerar mais confiança para seus clientes. É o que destaca a coordenadora do pré-núcleo Sertão do São Francisco, e também uma das agricultoras que receberá a certificação, Carmem de Oliveira. 

"A gente vendendo nas feiras, a gente vende só com a relação de confiança mesmo. Com o selo, a gente vem agregar valor ao nosso produto e vai ampliar uma relação de confiança diante dos nossos clientes. E outras portas se abrirão, outras fontes de comercialização se abrirão com a certificação. Então, pra nós, enquanto agricultores e agricultoras, é um grande passo".

O agricultor agroecológico Ancelmo Cordeiro, da unidade produtiva Flores da Vargem em Juazeiro, também celebra esse momento de reconhecimento. "Dizendo só de boca que somos orgânicos e agroecológicos, mesmo praticando, muitas vezes as pessoas não acreditam. Esse selo com certeza vai ser uma ferramenta a mais para comercializarmos o nosso produto". O agricultor enfatiza que, além do certificado, tem toda uma consciência ambiental e solidária na prática agroecológica.

"Tem que ter essa visão de que todos tenham acesso ao produto limpo e saudável, temos que pensar nos nossos irmãos. A gente tem que pensar não apenas no certificado, mas numa agricultura ecológica e em uma economia solidária", conclui.

Durante o processo de certificação, os/as agricultores/as participaram ativamente de reuniões para trocas de experiências e para garantirem a qualidade orgânica dos alimentos, bem como fazer o monitoramento mútuo da produção, pois caso ocorra alguma irregularidade todos são penalizados. 

"Destaco a importância da participação dentro do processo, através das reuniões de grupos, de núcleos, as visitas de pares, o olhar externo e da participação das reuniões e do circuito de comercialização junto com toda a Rede de Agroecologia Povos da Mata. Esperamos que seja uma semente que foi plantada e que novos grupos de agricultores [de orgânicos] surjam nesse território", afirma o coordenador do projeto de certificação, Cláudio Lyrio.

Lyrio destaca ainda que a certificação, nesse molde participativo, deve continuar e se expandir a outras áreas produtivas. "É um marco para toda essa região, vamos ter um número de agricultores certificados dentro do escopo vegetal primário. Futuramente vamos trabalhar com os escopos agroindústria e animal".

A ação foi executada pela Associação Povos da Mata, organização contratada pelo Estado da Bahia por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). A iniciativa conta com co-financiamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e apoio do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa); Coopervida e Central da Caatinga. (Texto e foto: Assessoria de imprensa do evento Certificação Orgânica Participativa)

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PROFESSOR DOUTOR ALUÍSIO GOMES LANÇA LIVRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE NO BRASIL NESTA SEGUNDA (29)

O  publicitário e professor Aluísio Gomes lança nesta segunda-feira (29), o livro “Educação ambiental e sustentabilidade no Brasil”, às 19h, no Nobile Suítes Del Rio, situado na Avenida Cardoso de Sá, n° 215, na Orla II de Petrolina. O evento será aberto ao público.

Aluísio Gomes participou este ano da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 3 e 12 de dezembro do ano passado.

Na oportunidade, o publicitário e professor doutor Aluísio Gomes. lançou o livro Educação Ambiental e Sustentabilidade no Brasil-entre o discurso político e as práticas educativas no ensino superior.

De acordo com Aluisio Gomes o livro tem como objetivo fazer conhecer através de representa ações sociais, os eixos relacionados com a Educação Ambiental em professores, alunos, dirigentes de instituições do ensino superior e representantes políticos, bem como as possíveis lacunas entre os respectivos discursos e práticas educacionais. 

Aluisio Gomes é Professor Doutor em Educação, nasceu no sítio Buenos Aires, Fazenda Cacimba das Garças, na divisa dos municípios de Ouricuri e Petrolina, hoje Santa Cruz da Venerada, Pernambuco.

Desde os 16 anos Aluísio Gomes mora em Petrolina. É licenciado em Letras pela Universidade de Pernambuco, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Educação Ambiental, mestrando em Educação na Universidade Europeia Del Atlântico da Espanha, professor na Faculdades de Ciências Sociais e Aplicadas de Petrolina, defendeu sua tese de doutorado em Educação Ambiental e Sustentabilidade na Uncuyo – Universidade Nacional de Cuyo, Mendoza Argentina, Tese da qual gerou este livro.

"Com este livro espero contribuir para a compreensão da relação do ser humano para com a natureza, que o leve à Educação Ambiental com uma abordagem transdisciplinar. O ser humano desde sua origem mais remota é parte da natureza, independentemente do que interpretamos a partir das nossas visões, como o caso do antropocentrismo que considera ohomem como o centro do universo e da natureza como seu objeto", diz Aluisio.

Aluisio cita texto Rosacruz intitulado Ecologia Espiritual: "lembremo-nos de que o planeta Terra é nossa casa comum, o habitat da vida como nós a conhecemos e que ela não nos pertence, mas sim,a toda as espécies que nela tiveram origem e habitam, a grande maioria delas, muito antes que os seres humanos surgissem”.


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NADADORA ALICE ROCHA DESTACA AÇÃO ECOLÓGICA EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO

Uma ação chamou a atenção das pessoas que passeavam na orla de Juazeiro e Ilha do Fogo neste final de semana. Trata-se de um sábado e domingo, de limpeza nas orlas de Juazeiro e Ilha do Fogo. 

O Rio São Francisco vem sofrendo. Por dia, mais de 15 milhões de litros de esgoto são despejados no leito, sem tratamento. Isso sem contar com os resíduos sólidos. 

A nadadora Alice Rocha, em contato com o BLOG NEY VITAL, revela que dezenas de voluntários e parceiros se uniram para preservar o rio, que é essencial para a vida, e por isto a ação para desperta a consciência ecológica.

A atividade fez parte da programação do projeto "Menos Lixo, Mais Vida", promovida pela nadadora Alice Rocha e pela Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaurb). 

A ação teve a colaboração de pescadores e nadadores e empresas parceiras, como a Compare e Codevasf. Diversas crianças participaram ativamente da soltura dos peixinhos. 

LIXO: O ser humano precisa urgentemente rever os seus conceitos. É assustador a quantidade de lixo recolhida de dentro do Rio São Francisco. Muito plástico e garrafas, pneus, um tonel e celulares, que levam metais pesados em componentes e baterias.

Segundo a idealizadora do projeto "Menos Lixo, Mais Vida", a ideia surgiu da necessidade de despertar a colaboração da sociedade. 

"Nós que nadamos todos os dias percebemos que hoje encontramos mais lixo que peixes dentro do rio. Então, com essa iniciativa o principal objetivo é que a gente conscientize o máximo de pessoas possíveis, crianças, adultos, atletas e frequentadores da Orla inteira, para colaborar e não espalhar lixo nas margens do rio", ressaltou a nadadora Alice Rocha.

A ação ecológica também celebrou o Dia Mundial da Limpeza Pública.

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SEBASTIÃO BIANO, MORRE AOS 103 ANOS, MEMBRO DA FORMAÇÃO ORIGINAL DA BANDA DE PÍFANOS DE CARUARU

Morreu na tarde deste sábado (27), aos 103 anos, Sebastião Biano, membro da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru. O eterno "Beatle de Caruaru" estava internado no Hospital São Lucas, em Ribeirão Pires, no estado de São Paulo, há cerca de 10 dias.

Único membro que estava vivo da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru, o músico influenciou movimentos como a Tropicália e o Manguebeat. 'A música veio pronta para mim', afirmava o mestre.

Ainda chamada de Bandinha de Pífano Zabumba Caruaru, o grupo gravou o primeiro disco em 1972. "Música nativa, pura, cristalinamente brasileira, nascida dentro de canudos de mamão ou de bambu, com ritmo batido em couro de cobra. É som de Nordeste, som de Brasil", diz texto assinado por Luiz Queiroga na contra capa do álbum.

Os cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil reconheceram em vários depoimentos a importância da Banda de Pífanos para o surgimento da Tropicália. Foi em Caruaru que Gilberto Gil percebeu que era possível unir o arcaico e o ultramoderno para produzir uma música brasileira de vanguarda.

Conta a história que Gilberto Gil andava muito impressionado com o então recém-lançado single dos Beatles, Strawberry Fields Forever, em 1967, quando foi fazer uma temporada de shows em Pernambuco, em maio daquele ano. 

A sintonia divina com a música, fez com que ele escutasse a banda de pífanos tocar na rádio, por ocasião da transmissão da posse de Miguel Arraes em 1962, e quando soube que Carlos Fernando, um de seus cicerones locais, era caruaruense, pediu que o levasse a Caruaru para conhecer o grupo. Ao assistir à apresentação, Gilberto Gil teve um insight: o timbre dos pífanos se assemelhava às dissonâncias do mellotron, instrumento então de última geração utilizado na introdução do single dos Beatles".

Numa das suas composições, Forrozear, Gilberto Gil cita Sebastião Biano e a harmonia da Bande de Pife.. Uma das canções que impressionou Gilberto Gil naquela visita a Caruaru foi "Pipoca Moderna". A música instrumental de Sebastião Biano abre o disco Expresso 2222, lançado em 1972 e o primeiro após o exílio em Londres.

A contribuição para a música brasileira rendeu prêmios nacionais e internacionais. A Banda de Pífanos de Caruaru venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Grupo Regional de Raiz, com o disco Banda de Pífanos de Caruaru: No Século XXI, em 2004. Um ano depois, com o mesmo álbum, levou o Prêmio TIM de Música de Melhor Grupo na categoria regional.

Filho de uma família retirante da seca, nasceu em Mata Grande, no Sertão de Alagoas, e atravessou o século XX tocando pífano. Nos anos 1970, já com a banda conhecida em todo o país, estabeleceu-se em São Paulo, onde reside atualmente.

O sobrinho de Sebastião Biano, João Biano, informou que o tio estava com dificuldade para respirar e se alimentar. Foi quando a família decidiu levado até uma unidade de saúde. "Entrou água no pulmão e ele foi piorando até o dia de hoje, infelizmente", lamentou.

De acordo com João, o horário do sepultamento não foi definido, mas será na cidade de Suzano, também em São Paulo, no domingo (28). "A banda vai se apresentar e cantar 'Sebastião Biano, Banda de Pífano Agreste Azul...' Foi-se Sebastião Biano, mas ficou Caruaru", ressaltou o sobrinho do "Beatle de Caruaru".

Por meio de nota, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, disse que recebeu, "com profunda tristeza, a notícia do falecimento do mestre pífano, Sebastião Biano, grande homem que tanto representou Carauru e nossa cultura. [...] Toda a equipe da Prefeitura de Caruaru, lamenta, profundamente, a partida deste grande nome da cultura popular. Aos amigos, familiares e colegas, nossos sinceros sentimentos".

OS 100 ANOS: Sebastião Biano, um dos maiores nomes da música brasileira, chegou aos 100 anos em 23 de junho de 2019, véspera de São João. O retorno a Caruaru, cidade no Agreste de Pernambuco onde passou grande parte da vida, aconteceu três anos após receber o título de Cidadão Caruaruense.

Naquele ano, ele foi um dos homenageados do São João 2019 do município e também se apresentou nos festejos juninos. Filho de uma família retirante da seca, nasceu em Mata Grande, no Sertão de Alagoas, e atravessou o século XX tocando pífano. Nos anos 1970, já com a banda conhecida em todo o país, estabeleceu-se em São Paulo.

Sebastião Biano aprendeu a tocar pífano aos cinco anos de idade. Ainda na infância se apresentou para o cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião, cena que não sai da memória do artista.

"Ele chegou com um chapéu de couro na cabeça, armado, com dois 'bisacos' de bala e cartucheiras no 'bucho'. Ele saiu pesado de dentro do mato com os cangaceiros, eles pareciam uns bichos. Lampião mandou tocar o toque dele. Foi o que ele pediu e nós tocamos", relembrou Biano em entrevista à TV Asa Branca em 2015.

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JOQUINHA GONZAGA É ATRAÇÃO DA MOSTRA CARIRI DE CULTURAS EM IGUATU, CEARÁ

Joquinha Gonzaga é uma das atrações deste sábado (27), durante a Mostra Cariri de Culturas. Este ano, o evento acontece no período de 26 a 30 de agosto, com ações em 27 municípios da região do Cariri e na cidade de Iguatu, no Centro-sul do Estado.

Joquinha Gonzaga se apresenta a partir das 20h30,  no teatro Sesc Iguatu, Ceará.

Este ano Joquinha Gonzaga completou, 70 anos  de nascimento. O sanfoneiro, cantor e compositor é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos poucos descendentes vivos da família.

A história conta que Aos 13 anos de idade ganhou um fole de oito baixos, dado pelo tio famoso, Luiz Gonzaga, que achava o sobrinho com cara de sanfoneiro. A partir daí  Joquinha não largou mais a sanfona e tempos depois tornou-se discípulo fiel do Rei do Baião.

No ano de 1970, ingressou na Força Aérea Brasileira na Ilha do Governador no Rio de Janeiro. Cinco anos depois abandonou a carreira militar e entrou de vez no mundo da música, passando a acompanhar Luiz Gonzaga, como sanfoneiro da sua banda de apoio. Joquinha Gonzaga casou a primeira vez em 1979, no Rio de Janeiro, com a Francisca Salustiano com quem teve dois filhos: Pablo Salustiano Maciel e Patrícia Salustiano Maciel.  Do segundo casamento com Maria Pereira dos Santos, conhecida por Nice. Do matrimônio nasceu os filhos Sara Luiza dos Santos Maciel e Luiz Januário dos Santos Maciel.

O primeiro disco de Joquinha Gonzaga foi lançado em 1986, intitulado “Forró, Cheiro e Chamego”. Foi a partir daí que o tio-rei via no sobrinho, o herdeiro de toda uma herançacultural. A composição Amei a Toa, parceria com João Silva, foi gravada na Voz de Luiz Gonzaga.

Após a morte de Luiz Gonzaga, em 1989,  e consequentemente a do primo Gonzaguinha, em 1990, Joquinha mudou-se para o município de Exú,  pernambucano, para cuidar dos interesses do tio e do primo, dando continuidade as atividades de implementação do “Museu do Gonzagão” no Parque “Aza” Branca.

Entre os anos de 1990 e 1993, dedicou-se aos shows regionais procurando manter a tradição do seu mestre Luiz Gonzaga, participando ativamente de grandes eventos culturais do Nordeste.Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga.

Ao lado do tio Luiz Gonzaga, o sanfoneiro Joquinha cantou em dueto a música "Dá licença prá mais um". Joquinha Gonzaga aos 70 anos reside atualmente em Exu, Pernambuco. 

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (tocador de sanfona 8 Baixos) e ainda tem como tios o Mestre da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

Detalhe: Joquinha Gonzaga também é tocador de sanfona de 8 baixos, um instrumento quase em extinção no cenário cultural brasileiro e também por isto um dos aspectos que faz Joquinha merecedor da valorização cultural.

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: (87) 999955829 e watsap: (87)999472323

CLIPE: Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim. Digo num velho baú de prata porque prata é a luz do luar. Este baú é como um museu pessoal, o museu que todos temos, feito de lembranças, quinquilharias e reminiscências que alimentam o nosso presente. Como todos os museus pessoais, o da canção tem qualquer coisa que vai além do eu...é futuro”.

Os versos do cantor e compositor Gilberto Gil pode traduzir o sentimento do clipe gravado pelo sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário, tocador de 8 Baixos, Joquinha Gonzaga, valorizando o patrimônio de Exu Pernambuco. A música é um universo de riquezas culturais.

O clipe mostra a letra da música Espelho das águas do Itamaragy, composta por Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga. No último dia 08 de setembro Exu, Pernambuco, completou 114 anos de Emancipação Política. Exu é privilegiada pela sua diversidade cultural e abraçada pela exuberante beleza da Chapada do Araripe,

Em contato com o BLOG NEY VITAL,  Joquinha Gonzaga, disse que apesar das dificuldades que todos os cantores e músicos enfrentam o momento é de otimismo. 

"Resolvi prestar mais esta declaração de amor juntando voz e imagens da nossa Exu, Pernambuco e assim o Brasil conhece nossas riquezas culturais", disse Joquinha.

Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade". 

MÚSICA - ESPELHO DAS ÁGUAS DO ITAMARAGY:

Quando Gonzaga chegava no Exu

Naquela cadeira abraçava os amigos

Olhando o açude contava histórias

Do espelho das águas do Itamaragy

O sol se deita em cada entardecer

E a lua derrama sua luz de prata

E o verde da mata em volta vem beber

Mulheres, latas, roupas e homens

Meninos, moleques e animais

A vida da minha cidade está toda ali

No espelho das águas do Itamaragy

Meus zamô deixa não, essa história se quebrar

Meus zamô deixa não, esse espelho se quebrar

Deixa não, cuida aí,

Do espelho das águas do Itamaragy

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PESQUISADOR PAULO VANDERLEY FAZ PALESTRA: LUIZ GONZAGA-110 ANOS NASCIMENTO E O PARCEIRO DA ASA BRANCA, HUMBERTO TEIXEIRA

A região do Cariri cearense é reconhecida por ser uma vitrine de costumes e tradições onde a cultura pulsa intensamente. Neste contexto, o Sesc Ceará realiza, há mais de duas décadas, um dos principais encontros culturais do País: a Mostra Cariri de Culturas. 

Este ano, o evento acontece no período de 26 a 30 de agosto, com ações em 28 municípios da região do Cariri e na cidade de Iguatu, no Centro-sul do Estado.

O pesquisador, Paulo Vanderley, vai ministrar uma palestra com o tema os 110 anos de nascimento do cantor e o parceiro da famosa música Asa Branca, Humberto Teixeira. A palestra acontece a partir das 19h, no Teatro Sesc Iguatu, Ceará.

Estruturada em sete linguagens: Música, Artes Cênicas, Literatura, Tradição, Audiovisual, Artes Visuais e Patrimônio, a 24ª edição da Mostra conta com a participação de 190 grupos/artistas, além de 110 grupos de tradição popular da região do Cariri, entre reisados, maracatus, bacamarteiros, cordelistas, repentistas, cocos e bandas cabaçais, entre outras manifestações artístico-culturais.

PAULO VANDERLEY: O livro Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento, de autoria de Paulo Vanderley, ilustração do Mestre Espedito Seleiro, será lançado este ano (2022), já tem a Força da Palavra, do Imaginário e das Realidades vividas por Luiz Gonzaga. 

Espetacular. Emocionante. O livro é um aperto grandioso na Alma. Sentimento maior. É vitamina de tutano que revigora e faz viver! Trabalho de qualidade excelente. É fé vivida na Igreja São João Batista do Araripe, Fazenda Caiçara. O livro de Paulo Vanderley  É conhecimento cientifíco e conversa de meio de feira, com cheiro, sons e troca de saberes do povo. É ronco de chuva, fartura da sanfona dos 8 aos 120 baixos. É cheia do Rio Brígida soprado de vento Cantarino.

Os 110 anos do Nascimento é o livro certo e merecido para homenager o Mestre Lua, Rei do Baião, Xote, Forró, Xaxado e constelações terretres que iluminam a música brasileira e todos os gonzagueanos mundo afora que pesquisam, estudam e admiram Luiz Gonzaga. É um livro dos 110 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, mas representa o mesmo andamento da harmonia, ritmo e melodia: é livro futurista. É livro dos 110, 150, 300 anos de nascimento de Luiz Gonzaga. Será eterno...

De acordo com Paulo Vanderley, o livro é escrito em primeira pessoa, com o próprio Rei do Baião contando sua história, a partir de uma intensa pesquisa em acervos de entrevistas. O projeto também será lançado em formato de áudio, narrado pelo próprio biografado a partir desse material.  Esta obra, o 110º aniversário de Luiz Gonzaga, também se transformará em um podcast e uma websérie, garantindo o caráter multimídia do livro.

"Dessa forma, o público conseguirá ter acesso ao conteúdo de parceiros musicais e os herdeiros de Gonzaga no forró em diversas plataformas".

Paulo Vanderley é pesquisador, criador e mantenedor do mais completo site de Luiz Gonzaga no Brasil www.luizluagonzaga.com.br, estes últimos meses tem dormido pouco. Madruga na busca da chegada da hora de lançar o livro. 

A história conta que o despertar de Paulo Vanderley pela valorização dos costumes da cultura brasileira e especial o Nordeste e sua música começou na infância. Em 1989, na cidade de Exu, Pernambuco, o paraibano de Piancó, de apenas 9 anos, filmou o cortejo de sepultamento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Na época a família de Paulo Vanderley morava em Exu. Paulo tem o privilégio de ter fotos ainda criança ao lado de Luiz Gonzaga.

Adolescente Paulo Vanderley passou a colecionar tudo relacionado à cultura gonzagueana e o melhor da música ao ritmo da sanfona, zabumba e triângulo. Paulo reúne coleção, a exemplo de Jackson do Pandeiro, Marinês, Dominguinhos. O cantor e compositor Gonzaguinha é um capítulo valioso na vida de Paulo.

“Sou da Paraíba, fui criado no sertão. Meu pai era funcionário do Banco do Brasil e, pelas andanças pelo banco, fomos parar em Exu, no Pernambuco, terra do seu Luiz Gonzaga. Ele era cliente do banco e foi assim que ele e meu pai se conheceram e ficaram amigos”, contou Paulo.

O Mestre Luiz Gonzaga e a sua voz em termos de qualidade de pesquisa deve muito a Paulo Vanderley. Na condição de pesquisador e jornalista, ouso em nome da cultura brasileira, e gonzagueana, antecipar um muito obrigado e Gratidão.

O site Luiz Lua Gonzaga foi idealizado e construído pelo colecionador Paulo Vanderley em 2004, carregando entrevistas, discos, digitalização de materiais gráficos e vários outros materiais sobre o legado do Rei do Baião. 

A iniciativa se tornou um dos principais meios de pesquisa sobre o músico de Exu, levando Paulo Vanderley a ser consultor em projetos como o Museu do Cais do Sertão e a cinebiografia de Gonzagão. O site Luiz Lua Gonzaga parte do projeto de seu criador em celebrar os 110 anos de seu ídolo, comemorados em 2022.

O site luizluagonzaga.com.br é sempre abastecido com uma infinidade de materiais que contam a trajetória de Luiz Gonzaga. Desde dezembro o site ganhou nova roupagem. E é um dos mais acessados em todo o Brasil. 

“Para nós, gonzagueanos, que admiramos tudo o que ele foi, é quase que um princípio propagar a vida e a obra dele. Apesar das dificuldades de trabalhar com cultura no Brasil, trazer mais pessoas para admirá-lo é o que nos anima, é o nosso combustível para fazer esse trabalho”, afirma Paulo Vanderley.

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