MORTALIDADE POR COVID-19 EM JUAZEIRO É SUPERIOR A PETROLINA, SEGUNDO PESQUISA DA FACAPE

O colegiado de economia da Facape divulgou no sábado (9), pesquisa  da evolução da Covid-19 no Vale do São Francisco na última semana. Os dados apontam que a cidade de Juazeiro apresenta até então taxa de mortalidade superior a Petrolina, enquanto o município pernambucano apresenta 1,2%, a cidade baiana apresenta 1,8%.

Apesar da inferioridade na taxa de mortalidade, Petrolina ainda supera Juazeiro no número de casos confirmados. Foram 125 novos casos apenas na última semana, totalizando 12.884 casos confirmados sendo 2.401 casos ativos.  Em contrapartida, Juazeiro apresentou apenas 25 novos casos, chegando a um total de 7.825 casos confirmados e 2.150 casos ainda ativos.

Segundo o boletim, a cidade de Juazeiro apresenta estabilidade com relação ao número de novos infectados. Na última média móvel realizada foram 21 novos casos, enquanto 7 dias atrás foram 20. Já Petrolina apresenta aumento, a última média móvel são 99 casos, enquanto 7 dias atrás foram 67 novos casos.

A pesquisa também alerta sobre a necessidade de uma infraestrutura de saúde preparada para um possível aumento de novos casos que precisem de internação em UTI. Após ter o hospital de campanha fechado e alguns leitos desativados, Petrolina conta agora com 53 leitos disponíveis. Dos leitos públicos disponíveis, 20 estão em uso. Em Juazeiro, a nova gestão não informa sobre os leitos da UPA, apenas do Regional e Pro Matre que totalizam 30 leitos, entre estes a Secretaria de Saúde  informou que apenas 2 leitos estão vagos, sendo assim, Juazeiro atinge 93,33% de ocupação.

O estudo observa que na cidade de Juazeiro, onde as atividades comerciais funcionam, mas festas e música ao vivo estão proibidas, a quantidade de novos casos nesta semana está bem abaixo, ao contrário do que vinha acontecendo nos últimos dias. Entretanto em Petrolina, muitos novos casos continuam aparecendo ao longo das semanas. A cidade pernambucana tem a quantidade de novos casos diários muito superior aos números diários da cidade bahiana.

Em relação ao número de testes realizados, Petrolina testa muito mais que Juazeiro, que apesar de apresentar crescimento no número de testes, na última semana o município baiano ficou abaixo das médias diárias de testes. Ambas as cidades quase não realizam testes no fim de semana, porém em Petrolina após a transição de 2020 para 2021, as testagens voltaram a acontecer normalmente. Sobre o índice de isolamento social, as duas cidades têm a menor taxa às sextas-feiras.

Diante das informações apresentadas, a pandemia no Vale do São Francisco ainda gera grandes preocupações. De acordo com o coordenador da pesquisa,  João Ricardo Lima, a quantidade de novos casos cresceu bastante, "a quantidade de casos ativos aumentou e felizmente foi aumentada a quantidade de leitos de UTI públicos disponíveis para a população, depois de um período de redução. Assim, os cuidados precisam ser redobrados e todas as medidas de prevenção devem ser seguidas, como o uso de máscara, álcool gel e distanciamento." Finalizam os pesquisadores. (Assessoria de Comunicação da Facape)

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CASO BEATRIZ: CINCO ANOS E 1 MÊS DE UM CRIME QUE A POLÍCIA NÃO TEM RESPOSTAS

Quem matou a menina Beatriz Angélica? Neste, 10 de janeiro de 2021, completa cinco anos e 1 mês do assassinato brutal da menina de 7 anos, que na noite do crime estava com os pais, acompanhando a festa de formatura da irmã mais velha, em um colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. Desde então, a resposta para a pergunta que inicia esse texto tem sido aguardada pelos familiares, amigos, vizinhos, todos que, de alguma maneira, ficaram espantados com a crueldade com que a vida da criança foi interrompida.

Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva foi encontrada morta, dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, com 42 marcas de facada no corpo. Até o momento, cinco anos e 1 mês, ninguém foi preso e a motivação do crime ainda é desconhecida. Os pais da menina, Lúcia Mota e Sandro Romilton Ferreira da Silva, além da dor de ter perdido a filha, convivem com a falta de respostas que ajudem a solucionar o crime.

“É uma dor que não tem nome. Para mim, o dia 10 de dezembro é todos os dias. Uma ferida que é cutucada todos os dias”, afirma a mãe de Beatriz. “A dor é constante. A gente não ter uma resposta, não saber o que aconteceu, quem são os culpados. A injustiça ela também dói ”, completa o pai da menina.

A busca por justiça se tornou um mote na vida de Lúcia e Sandro. Nesses cinco anos e 1 mês, os pais de Beatriz participaram de várias manifestações em Petrolina, Juazeiro e em Recife. Ano passado, por causa da pandemia da Covid-19, a mãe da menina tem feito lives na rede social, para continuar chamando a atenção da sociedade para o crime. 

“Isso tem dado uma grande repercussão. São cinco anos e 1 mês, todos os dias, todos os meses, a gente gritando, lutando por justiça”.

Em 2018 e ano passado, a mãe de Beatriz concorreu aos cargos de deputada estadual e vereadora de Petrolina, pelo PSOL, mas não foi eleita. Na eleição estadual, ela teve 16.326 votos. No pleito municipal, foram 2.656 votos. Segundo Lúcia Mota, a entrada na política foi uma forma de poder ter mais força para cobrar a resolução de casos como o da filha.

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PAPA ANUNCIA QUE SE VACINARÁ NA PRÓXIMA SEMANA E DENUNCIA NEGAÇÃO SUICÍDA


O papa Francisco anunciou que será vacinado contra a covid-19 "na próxima semana" e denunciou, em uma entrevista televisionada parcialmente transmitida neste sábado (9), o "negacionismo suicida" daqueles que se opõem a este remédio contra a pandemia.

"Na próxima semana começaremos [a vacinação], já tenho minha data", disse ele à rede Canale 5. "Temos que fazê-lo", insistiu o pontífice argentino, para quem "há um negacionismo suicida que não consigo explicar".

"Acredito que do ponto de vista ético todos devem ser vacinados, porque você não só põe em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a dos outros", explicou na entrevista.

"Quando eu era criança, lembro-me da epidemia de poliomielite, por causa da qual muitas crianças ficaram paralisadas e todo o mundo esperava ansiosamente pela vacina (...) Quando a vacina chegou, davam com açúcar", recordou o papa Francisco.

"Aí a gente cresceu na sombra das vacinas, contra o sarampo, contra isso, contra aquilo ... vacinas que davam para crianças".

"Não sei por que alguns dizem 'não, a vacina é perigosa', mas se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom, que não apresenta riscos particulares, por que não fazê-lo?", questionou o pontífice.

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LEI DE POLÍTICA ESTADUAL DE AGROECOLOGIA É SANCIONADA EM PERNAMBUCO

O governador Paulo Câmara sancionou, nesta sexta-feira (8), lei que institui a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica do Estado de Pernambuco, criada por iniciativa do Poder Executivo. Com foco na promoção da agroecologia e fortalecimento do sistema orgânico de produção agropecuária, a lei tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida das populações do campo e da cidade.

Pernambuco é, atualmente, o Estado com maior rede de feiras orgânicas do Nordeste, e o segundo do País, atrás apenas de São Paulo. São 121 espaços agroecológicos em funcionamento, com 1.030 agricultores cadastrados como produtores orgânicos no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com Paulo Câmara, essa nova política vai aumentar a atuação do Estado e destacá-lo ainda mais no cenário nacional.

"Com as ações do Circuito Pernambuco Orgânico, o Recife já é a capital com a maior rede de feiras orgânicas do País e, a partir do Plano Estadual de Agroecologia, vamos atuar intensamente para interiorizar esses espaços de comercialização de alimentos saudáveis e incentivar, cada vez mais, a transição de agricultores e agricultoras da produção tradicional para a produção agroecológica. Por isso, esse é um momento muito importante para o desenvolvimento agrário do Estado", afirmou o governador.

Assim como o Programa Estadual de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PEAAF), criado por iniciativa do Poder Executivo em junho de 2020, a Política Estadual de Agroecologia atende a uma demanda antiga dos movimentos sociais ligados ao campo, à agricultura familiar e à agroecologia. A ação dialoga diretamente com o Programa de Alimentação Saudável do Nordeste (PAS/NE), instituído no último mês de agosto pelo Consórcio Nordeste como forma de valorizar a agricultura familiar e a alimentação saudável, em detrimento da valorização da utilização de agrotóxicos adotada pelo Governo Federal.

A Política Estadual de Agroecologia, construída conjuntamente com os movimentos sociais, será gerida pela Comissão Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, composta paritariamente por representantes da sociedade civil e do Governo do Estado, e coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA). Caberá à comissão elaborar o Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, acompanhar os programa e ações inerentes ao plano e propor as suas prioridades ao governador.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto, o Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica complementa um conjunto de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar de base orgânica. "Com a Política Estadual de Agroecologia passamos a ter uma atuação mais ampla, abrangendo desde a produção à comercialização dos produtos orgânicos", destacou.

As ações desenvolvidas no âmbito da Política Estadual de Agroecologia abrangerão desde a transição da agricultura familiar tradicional para a agricultura de base agroecológica às políticas de crédito rural, fortalecimento dos espaços de comercialização de produtos orgânicos e agroecológicos, desenvolvimento de pesquisas e tratamento tributário diferenciado para os produtos orgânicos e agroecológicos.

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TATO, DO FALAMANSA, DIZ QUE FORRÓ AINDA SOFRE PRECONCEITO NO BRASIL

Tato, vocalista do Falamansa, disse que existe uma leitura errada no Brasil de que o forró é um gênero musical para as classes mais baixas. "Na verdade, ele é feito para todos". A declaração foi dada em entrevista para Faa Morena, no programa Ritmo Brasil, que vai ao ar neste sábado (9), na RedeTV!.

"Quando começamos, esse forró de zabumba, triângulo e sanfona era muito regional, segmentado e até relacionado à classe social, o que é um absurdo. Até hoje, em propaganda política, por exemplo, quando a pessoa vai começar a falar do trabalhador, colocam de fundo um forró. Então, existe uma leitura errônea de que o forró é feito para as classes mais baixas, quando, na verdade, ele é feito para todos!", afirmou. 

O Falamansa surgiu em 1998 e teve grandes sucessos como "Rindo à Toa" e "Xote dos Milagres". Na conversa feita por vídeo com a apresentadora, Tato também falou que a aceitação do forró tem sido cada vez maior em todas a regiões do país, embora o preconceito contra o estilo musical ainda exista. 

"É uma bênção, não só para nós, mas para toda a cultura brasileira", afirmou. A entrevista vai ao ar neste sábado (9), às 19h30, na RedeTV!, e está disponível também na conta do Instagram da apresentadora (@faamorena).

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PERDEMOS TODAS AS VERDADES? DISSE O LOCUTOR!

Enquanto voltava de carro do mercado, escutei o radialista falar: “meu Deus, acho que nem ele mais acredita! Perdemos todas as verdades?”.

A dúvida do locutor era porque alguns ouvintes afirmavam que as mortes por Covid-19 em nossa cidade eram mentira. Outros comentários de ouvintes (obviamente não médicos), dizia o locutor, defendiam que o diagnóstico por Covid-19 era invenção para outros fins e que a nota emitida pelo hospital escondia a “verdadeira verdade”.

O questionamento do locutor não deixa dúvida do seu espanto em relação à opinião dos ouvintes. Concordo com o locutor, e digo mais. Essas opiniões são sinais do nosso tempo! Sobre um pedaço de apocalipse do nosso presente, porque talvez falte um pouco de cuidado quando opinamos sobre a vida ou a morte do outro. Até entendo certos ouvintes, pois alguns políticos e suas fakenews contribuem para essa desordem, pois relativizam o valor do cuidado da vida e a verdade da dor.

Esse estado de descrença é um dos sintomas da desordem moral. Vários filósofos já discutiram isso. Hannah Arendt sobre a desordem causada pelo Nazismo (1975) e Giorgio Agamben sobre a frieza dos governantes durante o Fascismo. Mas, é o filósofo Nietzsche (1900) que melhor analisou essa questão. A dúvida do locutor sobre os comentários de seus ouvintes clarifica a tese desse filósofo de que nós — seres humanos — não suportarmos todas as nossas verdades — e que por isso sabotamos com a mentira algumas pessoas ou situações.

A opinião de alguns ouvintes que relativizaram a morte dos pacientes por Covid-19, é reflexo dessa desordem moral, agora mais evidente nos canais de comunicação que facilitam mais a divulgação de opiniões do que a argumentação que conduziria à possível construção do entendimento e da verdade.

Platão já nos disse: a opinião (doxa) não é a verdade (epistéme) e que, portanto, o uso demasiado de opiniões nos conduz à insegurança, porque brincamos com aqueles valores importantes à cidade, à política e ao bem estar comum.

Como desliguei o rádio, após sair do carro, não ouvi mais o locutor. Mas, ele me deixou pensando sobre a certeza de que estamos regressando, em algum aspecto, ao nível das sociedades mitológicas, do caos, da desordem e da guerra. Thomas Hobbes (1679) alertou que quando optamos pela descrença nos contratos e nos acordos (neste caso simbolizados pela ciência expressa no comunicado da comunidade científica local), corremos o risco de sermos o lobo de nós mesmos.

Perdemos todas as verdades? Talvez estejamos nesse caminho, nobre locutor, principalmente enquanto alguns ouvintes não pensarem um pouquinho mais antes relativizarem a morte ou pouco do apreço pela verdade da vida que ainda nos resta.

*Joel Felipe Guindani é doutor em Comunicação e Informação (UFRGS). Docente Adjunto na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em Ciências da comunicação (UNISINOS). Graduado em Rádio e TV (UNOESC).

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BRASIL CHEGA A 200 MIL MORTES POR COVID-19

Em um momento crítico da pandemia e ainda sem vacinação, o Brasil passou a marca de 200 mil mortes por Covid-19 nesta quinta-feira (7), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa, a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, em um boletim extra. O total de óbitos registrados é de 200.011, com 7.921.803 casos confirmados.

A primeira morte pela doença no país aconteceu em fevereiro do ano passado. Nos meses seguintes, o número de óbitos subiu gradativamente, até que em junho foi atingido um estágio de platô com cerca de 1 mil mortes diárias.

Em 8 de agosto, 100 mil vidas haviam sido perdidas na pandemia. Mas em meados daquele mês, começou a ser observada uma tendência de queda nos números da tragédia. Cidades e estados flexibilizaram restrições à circulação, e muitos hospitais de campanha foram desmontados.

Em novembro, as mortes voltaram a aumentar e, desde o início deste ano, o Amazonas voltou a reviver momentos difíceis da pandemia, com hospitais e cemitérios lotados. Nos últimos dias, Manaus atingiu recorde de novas internações que superaram números vistos em abril e maio, quando houve colapsos no sistema público de saúde e funerário.


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