SERRA TALHADA RECEBE O 14º ENCONTRO NORDESTINO DE XAXADO

O Xaxado vai tomar conta do Sertão do Pajeú. De 6 e 10 de novembro acontece a 14ª edição do Encontro Nordestino de Xaxado, em Serra Talhada. O evento vai ocorrer na Estação do Forró, escolas da rede pública de ensino e nos distritos da Zona Rural. O acesso ao público é gratuito.

O Encontro Nordestino de Xaxado, promovido pela Fundação de Cultura Cabras de Lampião de Serra Talhada, é um dos mais importantes eventos do interior e reúne apresentação de grupos de várias regiões e Estados. O Encontro inclui, além das apresentações do ritmo, outras linguagens, entre elas, oficina de dança, feira de artesanatos, mostra de comedoria sertaneja, shows musicais e passeio turístico e ecológico ao Sitio Passagem das Pedras (onde o cangaceiro Lampião nasceu) e à Fazenda Pedreira (local onde morava o primeiro inimigo de Lampião, o Zé Saturnino).

De acordo com a presidente da Fundação de Cultura Cabras de Lampião, Cleonice Maria, este ano, o Encontro vai ocupar os espaços emblemáticos na batalha cultural de Serra, como: na Estação do Forró, principal polo de apresentações, onde está instalado o Museu do Cangaço; no Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano e na Academia Serra-Talhadense de Letras. 

"O Pátio da Feira Livre tem uma relação íntima com a história do grupo, que foi onde tudo começou, e onde os Cabras de Lapião fizeram sua primeira apresentação. As escolas são lugares que sempre abriram as portas para que pudéssemos ensaiar, nos reunirmos e construir essa história. E no Sítio Passagem das Pedras, expressão de conquista por espaço de qualidade para fruição de produção artística", comemora Cleonice Maria.

Toda programação do 14º do Encontro Nordestino de Xaxado já está disponível no site da Fundação de Cultura Cabras de Lampião, www.cabrasdelampiao.com.br.

O 14º Encontro Nordestino de Xaxado tem o incentivo cultural do Funcultura; Fundarpe; Secretaria Estadual de Cultura e do Governo de Pernambuco.

Serviço: 14º do Encontro Nordestino de Xaxado
Quando: 6 a 10 de novembro
Locais: Estação do Forró, Escolas da rede pública de ensino e nos Distritos da Zona Rural de Serra Talhada
Acesso gratuito

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REVISTA KURUMA´TÁ: MARÍLIA PARENTE-UM PETARDO E UM SOPRO

Outro dia, uma declaração de Milton Nascimento causou espanto em nós os orelhudos da música nacionalística. 

“A música brasileira está uma merda!” ecoou pelas línguas digitais e pelos tímpanos formais da turba atordoada. Eu, membro da patuleia, pensei nas possibilidades miltonianas ao proferir o desabafo. Milton é uma de nossas estacas florais. Mas e talvez nunca tenha ouvido Marília Parente. Aliás poucos a ouviram, pelo menos nos quatro cantos (não confundam com os Quatro Cantos olindenses).

O disco (e eu queria perguntar aos mais agressivos se ainda se pode nominar de disco o edifício musical dos trabalhos dispostos nas plataformas digitais), continuando, o álbum (e repito aquela mesma pergunta) Meu céu, meu ar, meu chão & seus cacos de vidro, disposto nos alfarrábios do Spotify, onde o escuto há dias, repetidamente, foi disponibilizado aos mortais em setembro. Há muito eu gritava como Milton, bombardeado por elementos estranhamente mortíferos. E trombei com Marília.

Lembram daquela mordida que Mike Tyson deu na orelha de Evander Holyfield? Aquela que arrancou um pedaço da cartilagem auricular do fortão dos ringues? Foi assim. A voz, de amplo espectro e poderoso alcance, veio-me do meio do mato caatingueiro, um cardo-petardo. Veio-me também da beira, da terceira margem de algum Riacho do Navio celestial ou do franciscano rio cortando o nordeste em duas metades. Dizem que, no dia seguinte ao da mordida de Mike Tyson, uma empresa de chocolates lançava a orelha de Holyfield em chocolate. Foi assim também comigo.

O grito musical de Marília me fez tremer e me recheou de chocolate, acalmando-me o corpo e a alma. Seus cantos, litúrgicos, benditos, aboios trazem um resumo da música brasileira de primeira. Citações belas, construções inusitadas em melismas, frases tão fortes, instrumentos sertanejos, em cordas e ferros, em céus e praias ensolaradas. Queria que não passasse despercebido, queria que nem passasse, mas se materializasse em shows pelo Brasil e entrasse sem pedir licença na casa de Milton, o nascimento.

Há algo de mantra, há algo de vaqueirama, há algo de urbanidade de inspiração rural. Marília Parente não repete o antigo, nem se mete ao novo, voa pelo céu possível, pelo mar invisível, pelo chão palpável, como o faquir sobre sua cama de vidros ou pregos pontiagudos. Belo caminho aberto entre as pedras que não mais gritam. Nessa situação existencial-política na qual nos metemos e nos meteram, com um diabo-mor de olhar enlouquecido no planalto central do Brasil, ouvir o trabalho dessa pernambucana ousada me fez acreditar na revolução.

Texto: Aderaldo Luciano doutor em Literatura Foto: Renê Porfírio Kuruma’tá é uma revista online de culturas e afetos compartilhados. É conversa do mundo, das coisas. É pra falar de livros, leituras e leitores. Pra falar da música e do cinema que nos encantam. Falar da troca entre as gentes e suas criatividades.
A água que alimenta a Kuruma’tá é narrativa. É o rio de Heráclito, nunca o mesmo. Nesse tem muitas vozes e muitos parceiros, amigos, estranhos solidários, passarão por aqui, conosco, a cantar.
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BARONESAS SERÃO REMOVIDAS DO RIO SÃO SÃO FRANCISCO ATRAVÉS DE MUTIRÃO


Durante toda esta semana, a Prefeitura de Petrolina está fazendo um mutirão de limpeza na Orla de Petrolina. Ao todo, cerca de 1 quilômetro de faixa do rio receberá o programa 'Cidade Mais Limpa'. Estão sendo realizados os serviços de capina, retirada de ervas daninhas e principalmente  a remoção das baronesas na extensão das orlas I e II.

O trabalho está sendo executado por uma equipe composta por 7 pessoas que, manualmente, irão retirar as baronesas de dentro do rio e também com uma máquina motoniveladora. 

"Estamos trabalhando intensamente para retirar as baronesas do local e possibilitar uma área de banho mais agradável e com menos plantas aquáticas. A vazão do rio tinha aumentado na última semana e com a defluência, mais plantas ficaram alojadas no local, estamos acelerando os trabalhos para que, o quanto antes, possamos concluir o trabalho" afirma o secretário executivo de Serviços Públicos, Alisson Oliveira. 

A limpeza é realizada pela Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Serviços Públicos (SEINFRA).

Fonte: Ascom Prefeitura Petrolina

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PRIMEIRA SANTA NASCIDA NO BRASIL É CANONIZADA PELA IGREJA CATÓLICA

Primeira santa nascida no Brasil é canonizada pela Igreja Católica 27 anos depois de sua morte, em 1992. É a terceira santificação mais rápida da história, atrás do Papa João Paulo II e de Madre Teresa de Calcutá, rompendo com os históricos padrões europeus.

O anseio para ver a primeira santificação de uma brasileira chega ao fim hoje, com a canonização de Irmã Dulce na Praça São Pedro, no Vaticano. Apesar de ser considerada santa por muitos desde 1950, não se pode dizer que o processo foi demorado. Santa Dulce dos Pobres teve a terceira canonização mais rápida da história — atrás da santificação do Papa João Paulo II e de Madre Teresa de Calcutá — apenas 27 anos após sua morte, em 1992.

A canonização de Irmã Dulce, iniciada em janeiro de 2000, tem sua conclusão quando Papa Francisco declarou, na madrugada deste domingo (horário de Brasília), que a beata está entre os santos do céu e inscrever o nome de Dulce na lista oficial dos santos da Igreja Católica.


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NO BRASIL DE 2019, ENQUANTO O PAÍS QUEIMA MUSEUS E FLORESTAS, NÓS CONSTRUÍMOS, PROVOCA MARCELO DANTAS

Cânions e paredões rochosos da Serra da Capivara, no Piauí, revelam duas realidades na caatinga. Por um lado, o maior parque arqueológico da América, com mais de 900 sítios pré-históricos espalhados pela região. Por outro, o vilarejo de Coronel José Dias, município com pouco mais de quatro mil habitantes dispersos na área de quase 2 mil km².

No cenário pitoresco, um projeto de 4 mil m² de área construída emerge na paisagem árida tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Trata-se do Museu da Natureza, um complexo cultural high tech que revela e apresenta ao público milhões de anos da história da Terra. Administrado pela Fundação do Homem Americano (Fundham) e comandado pela respeitada arqueóloga francesa Niéde Guidon, o museu conta com 12 salas interativas abrigadas num prédio de 1.700 m² construído em espiral. Quem assina o projeto arquitetônico é a arquiteta Elizabete Buco em parceria com o escritório AD Arquitetura.

Com instalações imersivas, telas interativas e até simulador de voos sobre o parque, a atração explora a existência da vida da criação do universo ao surgimento do ser humano e sua relação com a natureza. No Brasil de 2019, o acervo ganha ainda mais importância. "Enquanto o país queima museus e florestas, nós construímos", provoca Marcello Dantas, curador responsável pelo projeto, em entrevista para a Casa Vogue. "Esse lugar é um dos mais fabulosos e esquecidos do Brasil". 

No terreno de mais de 130 mil hectares, o museu expõe ao público fósseis encontrados na região, reproduções de animais pré-históricos empalhados em tamanho real, como preguiças gigantes e mastodontes, além de um filme sobre o impacto humano no equilíbrio da Terra, narrado pela voz de Maria Bethânia. As atividades ajudam a compreender as mudanças climáticas na Serra da Capivara que, segundo arqueólogos, foi uma mistura de floresta amazônica com mata atlântica há cerca de 9 mil anos. 

"Ele conta a história da Natureza. De quem vive, de quem morre e de quem ainda vai surgir", elucida Dantas. "É a história de tempos antes da própria história da humanidade".
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CONTRA AVANÇO DE MANCHAS DE PETRÓLEO, GOVERNO ANALISA AUMENTAR VAZÃO DE USINAS PARA PROTEGER O RIO SÃO FRANCISCO

Técnicos que monitoram o avanço das manchas de petróleo no Nordeste analisam a possibilidade de aumentar a vazão das usinas hidrelétricas do Rio São Francisco para evitar que o óleo avance ainda mais para dentro do curso de água. O material já foi encontrado na foz do rio, na divisa de Alagoas e Sergipe.


Como a água do mar avança diversos quilômetros rio adentro nos horários de baixa, a ideia é liberar maior volume das hidrelétricas para evitar esse deslocamento.



Representantes de Alagoas e Sergipe apresentam a situação de momento na região da desembocadura do São Francisco atingida pela mancha, além das medidas que são tomadas para minimizar os impactos constatados no Baixo São Francisco. O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG) e chega ao Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, após se estender por, aproximadamente, 2.800 quilômetros, passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.



O Velho Chico é o rio 100% nacional com maior extensão. A bacia drena territórios de 503 cidades e engloba parte do Semiárido, que corresponde a cerca de 58% dessa bacia hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco. Em seu percurso, há 11 barragens de hidrelétricas, sendo a de Sobradinho, Bahia a maior delas, que funciona como um reservatório de regularização de água para as demais.


Foto: Reprodução TV Gazeta Alagoas
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MUCUGÊ: AULAS MÚSICA DE MARQUINHOS CAFÉ E RITMO COM PH LUCAS GARANTEM A VALORIZAÇÃO DO FORRÓ

Valorizar e difundir a produção dos sanfoneiros do Brasil é um dos objetivos do III Festival de Forró da Chapada, realizado entre os dias 10 e 12 de outubro em Mucugê, Bahia.

Durante os três dias do festival estão previstas aulas de dança, sanfona e ritmo, por meio de oficinas gratuitas.

As aulas de sanfona é ministrada pelo cantor e sanfoneiro Marquinhos Café.

 "É lindo aqui em Mucugê no III Festival de Forró da Chapada. Quando assistimo este interesse temos a convicção que forró será protegido a fim de que permaneça vivo para as gerações futuras. A sala cheia de alunos buscando aprender mais e mais sobre nossa sanfona. Bom demais poder dividir e passar a diante um pouco do meu aprendizado com meu Mestre Camarão, onde ele sempre me dizia: Continue a minha história de ensinar e jamais deixe a sanfona morrer...e assim estou fazendo. Obrigado ao Mestre Camarão por tudo que fez por mim. DEUS te cuide Mestre", revela Marquinhos Café.

As aulas de ritmo tem o comando do percussionista Paulo Henrique (PH Lucas), membro da banda de Targino Gondim e um exímio músico. PH é neto e filho de sanfoneiros, o avô Pedro é um dos raros tocadores de sanfona de 8 baixos e o pai Manoel Geraldo, um mestre na sanfona. 

"É gratificante compartilhar e aprender sempre. O forró é o principal ritmo da música brasileira. O festival assim dá oportunidade de disseminar o dialogo com diversos músicos de outras regiões do país", diz PH.

O festival reúne cantores, compositores e sanfoneiros que se apresentam durante os três dias do evento gratuito composto por exposições, oficinas e uma série de shows. Entre os artistas que participam do evento, que tem curadoria do cantor e compositor Targino Gondim, estão nomes expressivos do cenário musical brasileiro, como o Quinteto Sanfônico do Brasil, Gel Barbosa, Marquinhos Café, Rennan Mendes , Nádia Maia, Anastácia, Ivan Greg, Tato, da Banda Falamansa, Kátia Cilene, Eugenio Cerqueira, Mariana Aydar, João Sereno, Nilton Freitas, Mestrinho, Del Feliz, Jurandy da Feira, Carlos Vilela e Jairo Barbosa. 

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