Pinto do Acordeon segue internado em UTI e filho pede orações: ‘papai é forte’

O músico paraibano Pinto do Acordeon está internado há cerca de 10 dias após problemas renais. A informação foi confirmada pelo filho do músico, o também sanfoneiro Mô Lima. Até a manhã desta segunda-feira (4), Pinto do Acordeon seguia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Pinto do Acordeon foi submetido a uma hemodiálise e precisa passar por um cateterismo. De acordo com Mô Lima, somente após normalizar a situação dos rins é que o músico paraibano poderá passar pelo procedimento no coração.

O músico está internado em um hospital particular no bairro da Torre e sob acompanhamento do médico cardiologista Ítalo Kumamoto.

Em 2015, Pinto do Acordeon teve parte de uma das pernas amputada por conta de complicações causadas por diabetes. Anteriormente, o cantor já havia sido internado e submetido a uma angioplastia.

Francisco Ferreira Lima, o Pinto do Acordeon, nasceu no município de Conceição, no sertão paraibano. Ele se tornou popular a partir de apresentações que realizava junto a trupe de Luiz Gonzaga. Ele gravou cerca de 20 álbuns durante a carreira. ‘Neném Mulher’ é uma das músicas mais conhecidas do repertório.
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Deputados e senadores ignoram eleitor e mantêm privilégios e mordomias

Se na campanha eleitoral a moralização dos atos parlamentares estava na pauta de 10 entre 10 candidatos, o primeiro mês de mandato dos novos deputados e senadores mostrou que o discurso está distante das promessas. As primeiras movimentações explicitaram pouca ou nenhuma iniciativa para acabar com as mordomias no Congresso — e não são poucas, principalmente comparadas aos direitos dos trabalhadores brasileiros.

O Correio listou prerrogativas de parlamentares que não fazem qualquer sentido para o cidadão comum — e que não têm paralelo com países desenvolvidos e com democracia consolidada. Entre as mordomias, está a ajuda de custo para mudanças, o que representa, sem qualquer sentido, dois salários a mais no início e no fim do mandato.

Outro ponto é o uso indiscriminado de carros oficiais pelas autoridades. Apenas no Executivo, mais de 100 pessoas têm direito a um veículo para se deslocar, além do presidente, do vice e dos ministros de Estado. No Legislativo e no Tribunal de Contas da União (TCU), senadores e ministros têm carros à disposição. No Judiciário, se forem considerados todos os tribunais e, mesmo fora do Poder, o Ministério Público, o número sobe de maneira exponencial.

O descalabro no Congresso segue com a aposentadoria especial de parlamentares, 55 assessores, verbas indenizatórias — mesmo com profissionais à disposição na Câmara e no Senado —, apartamentos funcionais e passagens aéreas. Tudo fora do salário de R$ 33,7 mil por mês, em parte do tempo pouco ou nada honrado pelos parlamentares, como ocorreu na semana passada e voltará a se repetir nas próximas quarta, quinta e sexta-feiras.

Reportagem do Correio da última sexta-feira mostrou que parlamentares devem queimar R$ 5,5 milhões pelos seis dias não trabalhados, sem considerar os penduricalhos das verbas de gabinete e os custos funcionais. A próxima sessão deliberativa na Câmara está marcada para o dia 12. Neste um mês de trabalho desde a posse dos políticos no parlamento, a principal comissão, a de Constituição e Justiça (CCJ), sequer foi instalada, fazendo com o que a reforma da Previdência não avançasse uma única casa desde que o texto foi anunciado.

A expectativa é a de que, com a volta do Congresso depois do carnaval, as mudanças nas regras de aposentadoria ganhem ainda mais protagonismo, impedindo qualquer avanço de pautas relacionadas à transparência e ao controle de gastos públicos. “Não existe Estado democrático de direito sem um poder legislativo atuante, mas, para isso, ele não precisa ser gordo, inchado e cheio de privilégios, como é hoje”, diz o senador Reguffe (sem partido-DF), autor dos principais projetos em tramitação para reduzir custos no Congresso.

O orçamento do Senado previsto para este ano é de R$ 4,5 bilhões. A folha de pessoal chega a 84,19% desse bolo. “Desses, 45,66% são com aposentados e pensionistas, isto é, bem próximo da metade do gasto com pessoal, situação semelhante à do Rio Grande do Sul, que gasta hoje 54% da folha com inativos. Se não houver um rigoroso estudo e tomada de decisão que mude o atual rumo perdulário, dentro de poucos anos, o Senado será financeiramente inviável”, emenda Martins.

Para o professor Pablo Holmes, o poder da burocracia brasileira e dos políticos é quase imperial, fortalecendo laços entre eles que passam longe da realidade brasileira.

“Uma coisa é o discurso do palanque, outra é a acomodação dos parlamentares depois de eleitos. Avançamos muito ao longo dos últimos anos em relação a privilégios, mas ainda nos falta muito, apesar da pressão de setores sociais”, diz. O debate fiscal, a partir da falta de recursos, é cada vez mais presente na sociedade. “O sistema político ainda permite essa defesa dos privilégios, que vai sendo minado com o tempo, por mais longo que seja esse processo.”

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirma que a Casa vem economizando nos últimos anos e que tem cortado gastos em todos os setores. “A gente cortou muita coisa. Nos primeiros dois anos depois da aprovação da PEC do Teto, a Câmara dos Deputados foi o poder, do ponto de vista nominal, que cresceu menos as despesas, 2,8% do ponto de vista nominal, e do ponto de vista real foi negativo, já que a inflação foi maior que 2,8. Então, nós devolvemos R$ 700 milhões para o governo federal.”

Maia destaca ainda que, entre todos os gastos, a maior despesa da Casa é com aposentadorias e diz que uma reforma administrativa será realizada para reduzir custos.

 “Agora, estamos começando um trabalho com os recém-eleitos, de reforma administrativa. Vamos fazer a reforma. Precisamos reorganizar em todos os poderes”, frisa.

“Eu comando a Câmara. Se colocar salário e aposentadoria da Câmara, dá quase R$ 4 bilhões. O que custa menos é o deputado. Se você cortar o deputado, ou seja, se não tiver parlamentar na Câmara, ainda teremos uma despesa bilionária. É um dado da realidade. O Executivo é caro, o Judiciário é caro. Foi isso que nós construímos ao longo de 30 anos.” O Correio tentou contato com o presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), mas não teve retorno.

“Não existe Estado democrático de direito sem um poder legislativo atuante, mas, para isso, ele não precisa ser gordo, inchado e cheio de privilégios, como é hoje”

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Com reforma da Previdência, trabalhador rural não poderá se aposentar por idade sem nunca ter contribuído

Se as mudanças propostas pelo governo no sistema previdenciário forem mantidas na negociação com o Congresso, um pequeno produtor ou trabalhador rural não poderá mais se aposentar por idade, sem nunca ter contribuído.

No desenho feito pela equipe econômica, o jovem que entrar hoje no mercado rural ou um pequeno produtor, no regime familiar, terá de contribuir com 20 anos, no mínimo, para conseguir a aposentadoria.

Para o pequeno produtor, a contribuição será de R$ 600 por ano, pelo menos.

"Lembrando que essa contribuição é pelo grupo familiar. Então, uma família que tem pai, mãe e dois filhos, vai precisar de uma contribuição anual de R$ 600, R$ 50 por mês para os quatro", diz o secretário especial da Previdência, Leonardo Rolim. "Então, vai ser feita essa contribuição e ela vai contando até completar 20 anos de contribuição ao longo de toda a vida laboral."

Também pela proposta do governo, a idade mínima para pedir aposentadoria rural permanece a mesma para os homens, de 60 anos. Mas, para as mulheres, a idade pode subir de 55 anos para 60 anos.

Segundo o governo, quem temais mais de 36 anos, não precisará contribuir com a Previdência para conseguir o benefício, basta comprovar que trabalhou 20 anos no campo. Também informou que nada muda para quem já recebe a aposentadoria.

No entanto, para quem tem entre 16 anos e 35 anos, o projeto traz regras de transição, tanto para idade mínima de aposentadoria como para o tempo de contribuição.

O governo federal não disse quanto vai arrecadar só com a proposta para a aposentadoria rural, mas já informou que esse valor não deve cobrir o rombo de mais de R$ 100 bilhões na Previdência do campo.

"O objetivo principal das mudanças em relação à Previdência rural não é levar a uma grande economia, mas separar Previdência de assistência e dar transparência aos subsídios que existem na Previdência rural", afirma Rolim. "Previdência rural é muito importante, a atividade rural é estratégica para o Brasil, não por acaso esse é o regime que está sendo menos afetado na Previdência e vai continuar fortemente subsidiado."


A proposta tem alguns pontos polêmicos, segundo o advogado Wanderson Camargos, especialista em Previdência. O problema maior, de acordo com ele, é que pequenos produtores e trabalhadores tem renda baixa e, portanto, pode ser um difícil garantir uma contribuição contínua para o governo.

"Pode surgir um grande empobrecimento do homem do campo, uma exclusão social, de morrer sem ter direito aos benefícios", diz Camargo. "E pode também ter um grande risco de um grande voltar como aconteceu no passado, um grande êxodo rural."



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Carnaval 2019: União da Ilha vai mostrar o Ceará na visão de poetas Raquel de Queiroz, José de Alencar e destaque para o cordel e sanfona

A Escola de Samba União da Ilha do Governador vai reunir dois expoentes da literatura brasileira na Sapucaí, no carnaval de 2019. Com o enredo “A peleja poética entre Rachel e Alencar no avarandado do céu”, o carnavalesco Severo Luzardo vai mostrar o Ceará retratado por Rachel de Queiroz e José de Alencar em suas obras.

Com a leveza que marca o seu trabalho, Luzardo vai levar para a avenida uma proposta lúdica e prazerosa, que aproxima cultura popular e educação.

“Bordaremos com palavras, versos e memórias, a celebração do encontro entre dois expoentes da literatura brasileira”, diz o carnavalesco na sinopse que foi entregue aos compositores da União da Ilha.

Nas obras desses dois autores sempre há uma visão do povo, da história e da cultura do Ceará, desde os saberes passados de pai para filho e assombrações que povoam o imaginário popular da terra cercada de mar, mas com o chão emoldurado pela seca do sertão. E as demonstrações de fé embalada em oração e festejada ao som da sanfona e do cordel.

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Flávio Leandro contagia o carnaval no circuíto Barra/Ondina em Salvador

A noite do carnaval da Bahia, Circuito Farol da Barra/Ondina, foi contagiante na voz do poeta cantador Flávio Leandro. Os foliões foram atrás do trio-eletrico comandado pela voz e versos de Flávio Leandro e harmonizado ao  ao som da sanfona de Genival do Cedro.

O Bloco dos Vaqueiros agradou os turistas que ficaram "admirando a alegria dos homens de chapéu de couro trazendo a cultura para o carnaval da Bahia". 

Flávio Leandro e seus músicos, entre eles, Cissa Leandro, no triangulo arrastou os foliões atrás do trio. A estudante Iara Togneri contou que a multidão dançou bastante durante a apresentação. "Está bem animado, todo mundo pulando bastante", afirmou.

O som também contagiou quem estava nas varandas. Até quem estava trabalhando, curtiu a folia. "A gente está trabalhando e curtindo ao mesmo tempo. Vamos embora! O carnaval está tocando até quarta-feira de cinzas, até às 6h da manhã", disse um homem que trabalhou dançando em uma lanchonete.

A presença de Flávio Leandro no Carnaval de Salvador reflete mais uma semente que agora produz frutos, visto que nos anos 80, Luiz Gonzaga juntamente com Dominguinhos abriu este caminho com o primeiro forró trio eletrizado.

Luiz Gonzaga e o carnaval. O Rei do Baião, também brilhou na majestade dos festejos momescos Nos anos 80 o Carnaval da Bahia abriu espaço para o carnaval. o Cantor e compositor Gereba conta o circuito Barra-Ondina aplaudiu a sanfona de Luiz Gonzaga acompanhado na época com Dominguinhos. “O primeiro trio do Circuito Barra-Ondina foi nosso. Nós, com Luiz Gonzaga, criamos o Barra-Ondina. Mas o pessoal do axé odeia que a gente diga isso”.

Em 1985, porém, Luiz Gonzaga já mostrava aproximação com os baianos do Carnaval. A convite de Armandinho, Dodô e Osmar, fez uma participação no disco Chame Gente, que saiu pela RCA. Gravou Instrumento Bom, de Moraes Moreira e Fred Góes.

“A participação dele no disco é um grande encontro com meu pai. Ele fala: ‘Ô, Osmar, quer dizer que agora eu tô no seu trio elétrico’. Aí meu pai responde: ‘É isso aí Luiz, bem-vindo ao trio elétrico da Bahia’”, lembra Armandinho, que considera Luiz Gonzaga um carnavalesco na essência. “Luiz Gonzaga é Carnaval. Pela popularidade e pelo ritmo do galope nas músicas”, diz Armando.
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A morte do inocente neto de Lula soltou os monstros do ódio

Sabíamos que no Brasil majoritariamente solidário, sensível à dor alheia e que ama seus pequenos, existiam monstros de ódio. Confesso, no entanto, que ignorava que fossem tantos e com tanta carga de sadismo. Estão sendo revelados pelos comentários sórdidos e até blasfemos, já que invocam a Deus como motivo da morte de Arthur, de sete anos, neto inocente de Lula, condenado e preso por corrupção.

Uma criança ainda não teve tempo de conhecer a que abismos de cegueira tanto a política como a ideologia podem conduzir. E cai sobre nossa consciência de adultos a infâmia de transformar em piadas baratas, em ironia e sarcasmo nas redes sociais a dor de um avô pela perda de seu neto. Lula, mesmo condenado e na cadeia, não perdeu nem sua dignidade de pessoa nem seu pedaço de história positiva que deixa escrita neste país.

Aqueles que se alegram pela perda do neto de Lula, que seria o castigo de Deus por ter apoiado como presidente governos como o da Venezuela que hoje mata de fome suas crianças, como li aqui mesmo neste jornal, estão revelando a que ponto de cegueira e insensibilidade humana pode chegar o soberbo Homo sapiens.

Essa ausência de empatia e decência chegou a infectar até políticos com responsabilidade, como o filho do presidente Bolsonaro, o deputado federal Eduardo, que tudo o que soube escrever na Internet sobre a triste morte do neto de Lula é que este deveria estar "em uma prisão comum, como um prisioneiro comum", sem uma única palavra de piedade ou pelo menos de respeito por seu inimigo político. Como resposta, Fernando Lula Negrão escreveu que as palavras do filho do presidente "eram emblemáticas do caráter, da criação, dos complexos, da falta de misericórdia, dos ódios, das angústias e da falta de amor que é típica dos psicopatas, dos serial killers e dos covardes...” 

Um duro julgamento que, tenho certeza, tem o aplauso dos milhões de brasileiros que não perderam a capacidade de mostrar solidariedade com a dor dos outros.

E também Alexandre Braga, certamente outro dos milhões de brasileiros sãos, não envenenado pela ideologia, lhe respondeu com sensatez: "Perdeu a chance (Eduardo) de ficar calado. Lula já está acabado e preso. Respeite a dor do avô, basta desse ódio malvado e vamos pensar no Brasil".

Tentando lembrar tempos sombrios da História em que o ser humano chegou a se degradar a ponto de não só não respeitar a inocência da infância, como também fazer dela carne da infâmia, só me vieram à memória aqueles campos de concentração nazistas onde as crianças eram queimadas vivas porque "não serviam para trabalhar". Foi em um desses campos que um de seus dirigentes dedicava para a rega das flores de seu jardim a pouca água que havia, deixando as crianças morrerem de sede.

Para aqueles que como eu dedicaram tantos artigos a louvar o positivo da alma brasileira que tanto me ensinou e confortou nos momentos em que não é difícil perder a confiança no ser humano, ler os comentários sem alma, sem empatia, de ódio ou sarcasmo e até mesmo regozijando-se pela morte de um inocente, tão somente por ódio a Lula, seria preferível não ter vivido este dia.

Estou entre os jornalistas que criticaram na época o fato de Lula, que chegou com a esperança de renovar a política, ter acabado se contaminando pelos afagos dos poderosos e pela política fácil da corrupção. 

Hoje, porém, diante desses caminhões de lixo que as redes estão vomitando contra ele e até contra o neto inocente que perdeu, eu me atrevo a lhe pedir perdão em nome dos milhões de brasileiros que ainda não se venderam ao ódio fácil e ainda sabem manter sua dignidade perante o mistério da morte de um inocente.

Houve quem escrevesse que depois dos campos de concentração do nazismo não seria possível continuar acreditando em Deus. E depois desses ódios e insultos imundos despejados contra Lula por causa de sua dor por ter perdido o neto, é possível continuar acreditando no Brasil? 

O Brasil dos esgotos, que hoje manchou gratuitamente a alma de uma criança inocente, passará, como o nazismo passou. O outro Brasil, o anônimo, aquele que hoje ficou horrorizado vendo os monstros soltos desfilando nas redes sociais, o majoritário, acabará — ou será somente a minha esperança? — dominando os monstros que hoje nos assustam para assim abrir caminho aos Anjos da Paz.

Fonte: Juan Arias
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Luiz Gonzaga, sua majestade no reinado do Carnaval

Quando em 2017 Escola de Samba Dragões da Real entrou na avenida fez  o Nordeste brilhar. A escola de samba homenageou o povo nordestino através de um dos seus maiores ícones - a música Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.  

O enredo (Dragões canta Asa Branca) é uma espécie de releitura da música. "De tanto "oiá" o sol "queima" a terra / Feito fogueira de São João / Puxei o fole, embalado me inspirei / Aperreado coração aliviei / De joelhos para o pai, pedi / Com os olhos marejados, senti / Quanta tristeza brota desse chão rachado / Perdi meu gado, "farta" água para danar / "Eta" seca que castiga meu lugar / Vou me embora... seguir meu destino / Sou nordestino arretado, sim "sinhô", diz a letra. 

A Escola Unidos da Tijuca do Rio de Janeiro, ganhou  o título de campeã no Carnaval carioca de 2012, com o samba-enredo O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão. A composição falava da paisagem, solo e vegetação do Sertão. O título fez o nome de Luiz Gonzaga ter destaque  nos meios de comunicação devido os 100 anos de nascimento.

Todavia o tema Luiz Gonzaga deve ser sempre pauta. Na década dos anos 80 Luiz Gonzaga foi homenageado pela Escola de Samba Vermelho e Ouro. No samba-enredo ele participou da gravação cantando e puxando sanfona. Isto tudo chama atenção e lamentamos as porcarias que hoje são produzidas e que as emissoras de Rádio e televisão divulgam colocando-as em primeiro lugar e salientadas como as mais ouvidas, dançadas e cantadas. A maioria possui letras pobres e vazias de arte.

Usando riqueza de ritmo, harmonia e melodia Luiz Gonzaga no início de sua trajetória musical, poucos sabem, divulgou e cantou o ritmo musical Frevo. Em 1946 gravou "Cai no Frevo". Detalhe: usou sua majestosa sanfona. Puxou a sanfona também no Frevo "Quer Ir mais Eu?", este regravado várias vezes até os dias de hoje e executado pelas orquestras de frevos nas ruas e bailes. "Quer ir mais eu vambora, vambora vambora...

Luiz Gonzaga ainda gravou "Bia no Frevo" e "Forrobodó Cigano". Homenageou o genial Capiba-Lourenço Fonseca Barbosa, tocando o frevo "Ao mestre com carinho" , este genial pernambucano criador da canção "Maria Betânia".

Luiz Gonzaga em parceria com João Silva, já no final da carreira,  mistura sanfona e instrumentos metais. Grava "Arrasta Frevo". Ainda Na seara do carnaval o Rei do Baião  participou do primeiro forró trioeletrizado junto com Dôdo e Osmar, Instrumento Bom. Viva a Bahia.

Toda esta trajetória faz Luiz Gonzaga atual...basta ouvir a letra de "Eu quero dinheiro, saúde e mulher. É isto mesmo e vice e versa Mulher Saúde e Dinheiro e o resto é conversa. Eu quero ser deputado, senador, vereador. Eu quero ser um troço qualquer para mais fácil arranjar Dinheiro Saúde e Mulher"...Impressionante ele gravou essa façanha em marcha-frevo no ano de 1947.

Viva Luiz Gonzaga, a Bahia, o frevo, o trio elétrico, Pernambuco. Viva o Carnaval
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