A obesidade é considerada uma epidemia global pela Organização Mundial de Saúde

O acúmulo excessivo de gordura na região abdominal já é um conhecido indicador de risco para doenças cardiovasculares. A medida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não deve ultrapassar 94 centímetros (cm) nos homens e 90 cm nas mulheres. Um novo estudo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no entanto, identificou que pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura (RCE) próximos ao limite do risco também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no coração.

A obesidade é considerada uma epidemia global pela OMS. Estima-se que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, dos quais 600 milhões estão obesos. No Brasil, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017, do Ministério da Saúde, mostrou que 18,9% dos brasileiros estão obesos. Além disso, mais da metade da população das capitais brasileiras (54%) têm excesso de peso.

O RCE é obtido pela divisão da circunferência da cintura pela estatura. “Até então, os valores acima de 0.5 indicavam alto risco de desenvolver alguma doença cardiovascular ou metabólica. Os valores abaixo de 0.5 indicavam que a pessoa tinha aparentemente menor risco”, explicou Vitor Engrácia Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa. Para o estudo foram selecionados 52 homens saudáveis e fisicamente ativos, com idade entre 18 e 30 anos.

Segundo Valenti, estudos recentes sugerem que a RCE fornece informações mais precisas de riscos cardiovasculares do que o Índice de Massa Corporal (IMC), que avalia a distribuição de gordura pelo corpo. “O resultado que encontramos chama a atenção daquelas pessoas que acham que [estão fora dos grupos de risco] por não ter barriga, mas não fazem atividade física ou mantêm hábito alimentar saudável. Mesmo sem barriga, pode ser um risco”, alertou o professor com base no trabalho.

O estudo, que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi feito em colaboração com a Oxford Brookes University, na Inglaterra, e publicada na revista Scientific Reports.

O pesquisador explicou que este é um estudo inicial, mas com “fortes evidências” da necessidade de rever os valores de referência. “Vamos sugerir agora que ele seja feito em outros países, com outra população, em outras condições. Aqui verificamos na população brasileira. Se pensarmos na população da China, do Japão, que tem cultura diferente, costumes diferentes, não podemos generalizar com base nos resultados apenas dos brasileiros”, advertiu.

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ZÉ NOBRE E O MUSEU FONOGRÁFICO LUIZ GONZAGA DE CAMPINA GRANDE, PARAÍBA

A riqueza da vida cultural de uma cidade, muitas vezes medida apenas pela intensidade de seu show business e pelo sucesso dos seus eventos artísticos, deve ou deveria incluir, também, a sua vida literária, onde, mais que o brilho fugaz, se busca construir a memória e a permanência. 

Destaco aqui o valor do professor e pesquisador José Nobre, nascido em Currais Novos, no Rio Grande do Norte. Zé Nobre tem a trajetória vivida em Campina Grande, Paraíba. Ele é o criador, fundador do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande. Um espaço que privilegia a arte mais bela: a musical. 

José Nobre reuniu ao longo dos últimos 30 anos uma produção constante, uma obra musical múltipla, de expressão e riqueza singulares. 

Zé Nobre conta que o Museu reúne mais de 6 mil discos. No Museu consta monografias, artigos, jornais e mais os 70 livros lançados sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga. São teses de mestrados e doutorados. Os visitantes tem a visão na entrada do museu de 3 estátuas em granito pesando em média 700kg.

O Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande, Paraíba, representa a oportunidade de quem o visita de ampliar as possibilidades educacionais que o fator do conhecimento proporciona.

Campina Grande, diga-se, já foi considerada a cidade onde se realizava os maiores festejos juninos do país, o Maior São João do Mundo. Infelizmente hoje os festejos estão desqualificados, vendidos a industria cultural, no palco já não inclui a boa música na programação.

Mas toda reação tem reação. O tempo dirá aos gestores públicos de Campina Grande Paraíba qual o caminho da cultura e identidade que melhor trará progresso ao município...

Daí, cresce a importância do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande. Afinal, a história conta que Campina Grande sempre dedicou um carinho especial a Luiz Gonzaga, inclusive, o Rei do Baião recebeu o  Título de Cidadão Campinense em 1972, propositura do então vereador Manoel Joaquim Barbosa.

No Museu, Todos os objetos expostos foram adquiridos por José Nobre com recursos próprios. O espaço já foi considerado o maior museu fonográfico a abrigar a obra de Luiz Gonzaga– superando, inclusive, o Museu do Baião instalado em Exu, terra natal do do Rei do Baião.

O mais importante é a união e incentivo a todos os Museus, espaços de saudades, memória, presente e futuro; local de preservação e divulgação do talento dos músicos brasileiros.

A Zé Nobre nossa gratidão...
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Exposição:: a o obra Vidas Secas de Graciliano Ramos ganha adaptação em bonecos e máscaras

No clássico literário "Vidas secas", Graciliano Ramos (1892-1953) descreve um cenário de aridez, miséria e desolação.

Essas imagens, que somente através do texto já geram um forte impacto, ganham forma por meio de bonecos e máscaras na adaptação da companhia ítalo-brasileira Caravan Maschera. O espetáculo, cujo nome é o mesmo do livro, chega à Caixa Cultural Recife em curta temporada. As sessões ocorrem de 17 até 26 de janeiro; quintas e sextas-feiras, às 20h; e aos sábados, às 18h e às 20h. Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).

"O que pretendemos não é apenas recontar essa história que o Graciliano já escreveu de um modo perfeito. Ao decidirmos fazer quase sem palavras, deixamos um espaço muito grande para o público reinterpretar a obra. Retiramos o que existe de mais objetivo no texto e deixamos o público só com a intuição", afirma o ator brasileiro Leonardo Garcia Gonçalves, que forma dupla com a italiana Giorgia Goldoni. 

O drama da família de retirantes é retratado a partir de oito bonecos confeccionados pelos artistas. São marionetes de diferentes tamanhos e tipos de manipulação. A estética é inspirada nas pinturas de Candido Portinari e fotografias de Sebastião Salgado. 

"A paleta de cores vem do Portinari. Usamos os tons que ele coloca nos quadros da série dos retirantes na composição de luz, nos bonecos e na cenografia. Já o Sebastião Salgado entra com a sombra que ele utiliza muito bem nas suas fotos", explica Gonçalves.

Além de viajar o Brasil, a peça já passou por países como França, Itália, Suíça e Eslovênia. Segundo Leonardo, a reação de boa parte do público europeu foi de estabelecer conexões entre a narrativa e a atual situação dos refugiados vindos da Síria e de países da África. 

"'Vidas secas' discute mais do que a seca. A essência da obra é a sensação de impotência que os personagens vivem. Ela vai chegando a questões mais humanas, que envolvem qualquer indivíduo, de todas as regiões e épocas", aponta. 
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Relatório mostra dados que violam à liberdade de expressão ao trabalho da imprensa

O Relatório Mundial de Direitos Humanos traz, no capítulo sobre o Brasil, dados sobre violações relacionadas à liberdade de expressão, com restrição ao trabalho da imprensa, sobretudo, durante as eleições presidenciais, com a intimidação de mais de 140 repórteres.
Aborda também os mais de 1,2 milhão de casos de violência doméstica pendentes nos tribunais; a possibilidade de retorno das terapias de conversão para mudar a orientação sexual ou a identidade de gênero de um indivíduo; os mais de 1.246 casos de trabalho análogo à escravidão registrados entre janeiro e outubro de 2018; o aumento do uso de agrotóxicos no campo; e o enfrentamento dos abusos cometidos durante a ditadura militar no Brasil.
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Demanda por energia elétrica atingiu novo recorde


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou, ontem quarta-feira (16), mais um recorde na demanda por energia elétrica, com a carga atingindo 87.000 megawatts (MW). 

Segundo o ONS, a demanda subiu por causa das altas temperaturas que ocorrem em todo o país. 
   
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou o balanço da Operação Lei Seca no ano de 2018

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou o balanço da Operação Lei Seca no ano de 2018 em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

A operação está em vigor no país desde 2008, com o objetivo de atuar no combate à alcoolemia por parte dos condutores. De acordo com o Inspetor Chefe da PRF, Paulo Lima, ao todo foram quase 16.250 testes de alcoolemia realizados, 567 condutores autuados e 47 presos.

"Nós aumentamos o número de fiscalizações, com o intuito de diminuir aquela quantidade de infrações cometidas pelos condutores que ingerem bebida alcoólica e conduzem veículo automotor. Fizemos uso do equipamento etilômetro e todo condutor abordado pela Polícia Rodoviária Federal na nossa região, nós convidávamos para se submeter ao teste com o equipamento etilômetro".

Atualmente a Lei Seca está mais rígida, inclusive pelo aumento do valor das multas e penalidades. O condutor que for pego pela fiscalização após ingerir bebida alcoólica comete infração gravíssima, com multa no valor R$2934,70 além de perder sete pontos na habilitação.

Desde que o 2º Batalhão Integrado Especializado (BIEsp) foi inaugurado em Petrolina, em julho de 2018, os policiais também atuam no combate à condutores que dirigem depois de ingerir bebida alcoólica.

"Se houver a consciência por parte desses condutores para que eles possam evitar dirigir nessas condições, certamente os casos de acidente vão reduzir. As entradas nos hospitais também serão reduzidase ai a gente vai ter um clima de tranquilidade e paz na nossa cidade. E ai depende muito do comportamento do condutor, então ele tem que ser preventivo em relação a isso", pontuou o Tenente Coronel Bantim.
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II Encontro Regional dos Grupos de Agroecologia acontecerá em Ibimirim

Estão abertas as inscrições para participar da segunda edição do Encontro Regional dos Grupos de Agroecologia. O evento acontece de 14 a 17 de Fevereiro de 2019 na cidade de Ibimirim, no Serviço de Tecnologias Alternativas (SERTA). 

A proposta é reunir movimentos populares, povos ancestrais e grupos e iniciativas de Agroecologia e Economia Solidária do Nordeste para discutir práticas de cuidado com a terra a partir de oficinas, debates, vivências e rodas de conversa.

Além de se inscrever para participar da programação, também é possível propor atividades para a comissão organizadora do evento. O preço das inscrições varia entre agricultores e agricultoras, estudantes e profissionais da área. O valor também pode ser convertido em alimentos. 

Brasil de Fato
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