VIII WORKSHOP NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA SERÁ REALIZADO EM JUAZEIRO

VIII Workshop de Educação Contextualizada para o Semiárido inscreve para submissão de trabalhos. Estão abertas as inscrições para participar do VIII Workshop Nacional de Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido, que vai ser realizado entre os dias 3 e 5 de outubro, no Departamento de Ciências Humanas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em Juazeiro-Bahia.

Este ano o tema do Wecsab é “Dimensões Políticas e Pedagógicas da Contextualização”. 

Na programação terão mesas redondas, sessões coordenadas e lançamentos e feira de livros. Os participantes também poderão submeter trabalhos em duas modalidades: Resultado de Pesquisa e Relatos de Experiência e Ensaio. Os modelos de submissão podem ser baixados no site do evento https://wecsab.wixsite.com/2018. 

Os trabalhos devem ser enviados, junto à ficha de inscrição e o comprovante de pagamento para o e-mail referente ao grupo de trabalho ao qual o trabalho se destina.

As inscrições devem ser feitas até o dia 17 de setembro, para quem vai submeter trabalhos, e até o dia 30 do mesmo mês para inscrições como ouvinte. A taxa de inscrição é de R$ 50 para estudantes de graduação, professores e técnicos da educação básica e membros de movimentos sociais; R$ 60 para estudantes de pós-graduação e R$ 70 para profissionais e professores de nível superior.

 Serão reservadas 20 vagas para representantes de movimentos sociais com inscrição gratuita.

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QUINTETO SANFÔNICO, JORNADA CULTURAL BEM BRASIL E FÓRUM ECONÔMICO NA ÁFRICA

Em sua 13ª edição, a Semana do Brasil desembarcou em Luanda, na Angola, trazendo cores, sabores e ritmos brasileiros. Neste ano, a jornada cultural, idealizada para recriar uma atmosfera do lado de lá do Atlântico, tem como tema o “Arraiá Bem Brasil” agregado à sua programação. No período de 8 a 15 de setembro, a capital angolana recebe eventos diversos que farão lembrar música, gastronomia e cinema brasileiros, sem contar com a já tradicional rodada de negócios propiciada pelo Fórum Económico.

Como acontece a cada edição, a Aebran (Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola) promoverá, durante uma semana, uma programação tipicamente brasileira. O Quinteto Sanfônico do Brasil  faz sua segunda turnê fora do Brasil em menos de dois meses.  Targino Gondim, Gel Barbosa, Marquinhos Café, Sebastian Silva e Rennan Mendes integram o quinteto.

Os cinco músicos, foram bastante elogiados em programas de Rádio e Tv, durante a participação de entrevista na Rádio Nacional de Angola, foram valorizados pela versatilidade. Todos são cantores, compositores, instrumentistas que vão do forró, jazz e blues. "Estamos muito felizes por poder representarmos o Brasil, o Nordeste em solo Africano e o melhor levando nosso forró para o mundo, em julho na Europa e agora na África”, diz Targino Gondim.

A participação do Quintento também estimulará um ato solidário que acontece todos os anos contribuindo com uma instituição filantrópica em Luanda que atende crianças, conforme informou a assessoria. As comemorações das tradicionais festas juninas em solo angolano este ano foram transferidas para o mês de setembro.

No primeiro trimestre deste ano o sanfoneiro Targino Gondim foi destaque no Jornal Folha de São Paulo, um dos mais lidos da América Latina. 

Aos 45 anos, pernambucano de Salgueiro e criado em Juazeiro, na Bahia, Targino recebeu do jornalista Thales de Menezes, o destaque pela ousadia e empreendedorismo. Com 28 discos gravados, seu melhor cartão de visitas é a autoria do maior sucesso gravado na voz de Gilberto Gil nos últimos tempos, "Esperando na Janela" (Targino Gondim, Manuca Almeida e Raimundinho do Acordeon). Mas é além de sua música que Targino impressiona. Como empreendedor, é um "poderoso chefão" da sanfona.

Targino é responsável por quatro festivais na Bahia em 2018. Criou, com o parceiro Celso Carvalho, o Festival Internacional da Sanfona. Com a quinta edição programada para novembro, reúne em Juazeiro sanfoneiros do Brasil e de outros países durante uma semana. Esse relacionamento com estrangeiros motiva o músico a mais um projeto, ainda embrionário, de um documentário sobre a sanfona no mundo.

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PARQUE NACIONAL BOQUEIRÃO DA ONÇA: NÃO HÁ PREVISÃO DE AS CHAMAS SEREM CONTIDAS

Já chega a uma área de quase três mil campos de futebol a proporção do território consumido pelas chamas no Parque Nacional Boqueirão da Onça, unidade de conservação que abriga cerca de 350 mil hectares de Caatinga distribuídos nos municípios de Sento Sé, Campo Formoso, Sobradinho, Juazeiro e Umburanas, no semiárido baiano. 

O incêndio destrói há quase uma semana a vegetação de uma área de difícil acesso do parque e, na frente de combate, a operação conta com o reforço de 24 brigadistas dos municípios de Petrolina e Serra Talhada, ambos no Sertão de Pernambuco, contratados pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama. 

A triste notícia é que ainda não há previsão de as chamas serem contidas, uma vez que são muitos os focos de incêndio a serem combatidos na região. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável por gerir essa unidade protegida, disponibilizou duas aeronaves air tractor que, junto a um helicóptero do Ibama, ajudam no lançamento de água e no monitoramento da situação.

De acordo com a coordenadora do Prevfogo Ibama em Pernambuco, Ana Virgínia de Melo, a gravidade do incêndio florestal é intensificada pela geografia da região, repleta de serras, morros e vales, que dificultam o deslocamento das equipes. Apesar de não saber mensurar quantos litros d'água usados desde o último domingo até o momento, ela afirmou que os aviões têm capacidade para lançar 3,5 mil litros e 1,5 mil litros cada. "Ainda assim, não há como dizer precisamente quando o fogo será extinto, de fato. O fogo está avançando muito", relatou.

Embora as causas do fogo ainda sejam desconhecidas, chamas são comuns em período de estiagem, já que vegetação fica seca. E, com o vento, o alastramento das chamas é inevitável. Em comunicado lançado ontem, por meio de sua página eletrônica, o ICMBio afirmou que mais 12 brigadistas do Grupo Ambientalista do Torto (GAT) e um servidor da Coordenação de Prevenção e Combate a Incêndios (Coin) foram acionados pelo instituto. 

No País, esse fragmento de Caatinga serve de refúgio para as últimas populações de onça-pintada, justificativa que motivou o Ministério do Meio Ambiente (MMA) a reconhecer o lugar, em abril deste ano, como unidade de conservação na categoria de parque nacional. Essa classificação de UC, que é de proteção integral, tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e de atividades de educação ambiental, como o ecoturismo. 

O lugar abriga uma rica biodiversidade animal e vegetal. O ICMBio ainda não sabe a proporção dos danos ambientais, mas é grande o prejuízo, principalmente com a queima da vegetação nativa de Caatinga, terceiro ecossistema mais ameaçado, perdendo para o Cerrado e Mata Atlântica.
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SEM PREVISÃO DE CHUVAS BARRAGEM DE SOBRADINHO CHEGARÁ A OUTUBRO COM VOLUME ÚTIL DE 25%

De acordo com Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Modelagem, até o início do período úmido da bacia, previsto para meados de outubro, não há previsão de precipitação considerável no Rio São Francisco.

Ele explicou que período chuvoso se caracteriza com o registro de, pelo menos 3mm (milímetros) de chuva, por no mínimo cinco dias seguidos. “E essa previsão só existe para meados do próximo mês”, ressaltou Seluchi.

Diante do cenário exposto, o Operador Nacional do Sistema Elétrico reforçou que as premissas na bacia do São Francisco são de uma defluência de 267 metros cúbicos por segundo (m³/s) no reservatório de Três Marias, em Minas Gerais, devendo aumentar para 275m³/s no final de setembro e para 285m³/s no final de outubro.

Além disso, o reservatório de Sobradinho, na Bahia, opera com 700m³/s e deverá aumentar para 720m³/s no final de setembro, para manter o nível mínimo de 20% em Itaparica, em Pernambuco, enquanto que a média de Xingó, em Alagoas, permanece em de 598m³/s. Diante dos números, até o dia 1º de outubro, o volume útil de Três Marias deve sair de 38,81% atualmente para 35,34%; em Sobradinho, de 28,55% para 25,57%; e Itaparica, de 21,83 para 20,18%.
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POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL INTENSIFICA FISCALIZAÇÃO NAS BRS DURANTE O FERIADÃO DE 7 DE SETEMBRO

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia hoje a Operação Independência 2018 nas rodovias. A ação segue até o domingo (9) com o objetivo de melhorar a fluidez do trânsito e reduzir acidentes graves, a partir do reforço na fiscalização, nas abordagens educativas e na atividade de policiamento.

Para coibir o excesso de velocidade, a PRF irá fiscalizar com equipamentos de radar portáteis, em horários e locais de maior incidência de acidentes. Já o enfrentamento à embriaguez no trânsito contará com o apoio de equipes da Operação Lei Seca.

 O motorista que estiver sob efeito de álcool estará sujeito a uma multa no valor de R$2.934,70, suspensão do direito de dirigir por 12 meses e poderá ser encaminhado à delegacia de Polícia Civil, de acordo com o índice verificado no bafômetro.
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DIA MUNDIAL DO LIVRO MOBILIZA ESTUDANTES DE PETROLINA

Recital poético, leitura dramatizada, roda de conversa com escritores locais, intervenção literária e arrecadação de livros fazem parte das comemorações ao Dia Municipal do Livro, que ocorre nesta quarta-feira (5), em Petrolina (PE).  Os trabalhos iniciam às 8h e serão realizados de forma simultânea nas escolas públicas do município.

A Universidade de Pernambuco (UPE) está à frente dos eventos, que incluem discussões sobre a vida de 'Antônio Padilha: a trajetória de um escritor petrolinense', 'Dialogando com Mario de Andrade e a obra "Amor, verbo intransitivo"', café com literatura, bate-papo entre alunos e escritores, leituras de fábulas em línguas estrangeiras, dentre outras atrações.

Instituída em agosto de 2017 pela Câmara de Vereadores de Petrolina e idealizada pelo Colegiado de Letras da UPE, a data comemorativa visa promover o hábito da leitura entre os estudantes e a população, além de buscar valorizar escritores e obras literárias locais. Este ano, o Dia Municipal do Livro faz homenagem ao escritor Antônio Padilha, que nasceu em 5 de setembro de 1904.

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MARIA BONITA GANHA BIOGRAFIA COM DETALHES SOBRE VIDA NO CANGAÇO

Maria Bonita era uma mulher transgressora. Naqueles anos 1920, mulheres não podiam votar nem se divorciar. Traições dos maridos eram naturais e esperadas, e contrair doenças venéreas costumava ser visto como símbolo de virilidade. 

Mas ai da mulher que resolvesse ter um amante. Risadas altas eram sinal de vulgaridade e, no código cruel do cangaço, mulher que traía podia ser apedrejada. No entanto, Maria da Déa (no sertão e por todo o Nordeste, era comum o pronome de posse atrelado ao nome da pessoa para indicar a quem "pertencia") não temia o marido, o sapateiro Zé de Neném.

Quando ele trampolinava, ela ficava zangada, se refugiava na casa dos pais e se divertia no forró. Insatisfeita com a vida sexual e com o casamento com Zé de Neném, Maria não hesitava em declarar o fascínio por Lampião, o fora da lei mais temido e procurado do Nordeste brasileiro. Fugiria com ele em um estalo, caso Virgulino Ferreira da Silva quisesse. E um dia, ele quis. Maria deixou então de ser da Déa para se tornar Bonita e virar símbolo de valentia no cangaço. Essa trajetória, a jornalista Adriana Negreiros conta com detalhes em Maria Bonita — Sexo, violência e mulheres no cangaço.

Quando começou a pesquisa para o livro, Adriana não imaginava a dificuldade em reunir informações. A história do cangaço sempre foi contada do ponto de vista masculino, com Lampião como protagonista. "Mas me deparei com uma grande lacuna de informação sobre essas mulheres", diz a autora.

“E decidi contar a história a partir da perspectiva da Maria Bonita e das outras cangaceiras que compuseram o bando. Ao longo da pesquisa, fui percebendo essa questão do silenciamento: essas mulheres tinham suas narrativas constantemente desacreditadas e achei que seria uma boa contar a história dessa maneira”, conta Adriana, que mergulhou em reportagens publicadas em jornais da época, na bibliografia oficial, mas também num sem número de publicações de memorialistas do cangaço guardadas em coleções particulares. Raras vezes as mulheres ganharam voz nessa narrativa, embora algumas, como Dadá (Sérgia Ribeira da Silva) — cujo depoimento foi colhido por vários pesquisadores até sua morte, em 1994 — tenham sido fontes importantes em relação à vida das mulheres no cangaço.

Maria Bonita entrou para o cangaço por vontade própria, mas não foi o caso de boa parte das mulheres cujas vidas acabaram atreladas aos cangaceiros. Muitas eram raptadas, violentadas e sofriam todo tipo de violência. Foi o caso de Dadá, estuprada inúmeras vezes por Corisco, aos 14 anos, quando foi levada da casa dos pais. No entanto, a imagem que se construía delas era outra.

"Eu percebi que essa lógica do silenciamento das mulheres, de não dar voz a essas mulheres, é uma lógica que já vem de muito tempo", conta Adriana, que é nordestina de Mossoró (RN), cresceu em Fortaleza e ouve, desde pequena, as histórias do cangaço. 

"Quando se descobriu que as mulheres começaram a entrar para o cangaço, os jornalistas noticiavam isso, mas não davam grandes cabimentos para essa história. Havia pouca informação sobre as mulheres e, geralmente, essas informações eram fornecidas pela polícia, fonte oficial dos repórteres. Então, há muita informação distorcida sobre essas mulheres, elas são tratadas como bandidas, você tinha uma visão de que eram tão criminosas quanto seus companheiros."

No livro, Adriana narra em detalhes a vida das cangaceiras. Elas não eram admitidas em batalhas, mas acabavam submetidas a um código cruel e implacável, incluindo uma rotina de sexo e violência. Traições eram punidas com morte e gravidez, quando acontecia, também engendrava uma sentença trágica: a criança era deixada com alguma família de coiteiros (que davam abrigo aos bandos) e a morte era uma perspectiva real em um parto sem assistência alguma.

As contextualizações acompanham toda a narrativa de Adriana, e a autora faz questão de pontuar os acontecimentos do livro com os fatos históricos que marcaram aquela década de 1930. Aos 43 anos, ela encara a obra como uma atitude política e feminista.

 "O livro veio no momento em que comecei a me perceber e me assumir como uma feminista. Então pensei: já que vou contar uma história que me interessa tanto, uma história do cangaço, tenho que tomar uma atitude política e contar da perspectiva das mulheres, até para romper um pouco com essa tradição de se contar tudo da perspectiva dos homens", conta. 

Impressionada com a figura de Maria Bonita e com as semelhanças entre a maneira como as mulheres eram tratadas e os dias de hoje, a autora procurou, também, estabelecer um paralelo que diz muito sobre o Brasil de hoje.

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