PROFESSOR E DIRETORES DE ESCOLA ONDE FOI INSERIDA DISCIPLINA CULTURA GONZAGUEANA VÃO RECEBER MOÇÃO DE APLAUSOS DA CÂMARA LEGISLATIVA DE PETROLINA

O Vereador César Durando deu entrada numa Moção de Aplausos que será votado na próxima terça-feira (8), na Casa Plínio Amorim, em Petrolina, para o professor Maiadson Vieira e diretoras Edmilza Marcelino e Lucélia Lima, da Escola Estadual São Vicente de Paula @esvpeexu, localizada na cidade de Exu, Pernambuco.

O professor Maiadson Vieira, diretoria e alunos ganharam repercussão nacional com a informação que na escola foi inserida na grade curricular a disciplina eletiva Cultura Gonzagueana.

O vereador Cesár Durando fez o requerimento à Mesa Diretora, que após cumprida as formalidades regimentais e Ouvido o plenário,seja consignado por esta Casa Legislativa MOÇÃO DE APLAUSOS ao Professor Maiadson Vieira e as diretoras, Edmilza Marcelino e Lucélia Lima, da Escola Estadual São Vicente de Paula (@esvpexu) na Cidade de Exú-PE. A justificativa de aplausos é para a iniciativa de inserir uma nova disciplina eletiva para os alunos do 1º ano do novo ensino médio, falando da "CULTURA GONZAGUEANA", mostrando uma grande iniciativa cultural e sensibilidade com a preservação dos nossos verdadeiros valores Sertanejos e Nordestinos. Da decisão dessa Casa Legislativa, dê ciência ao professor e as diretoras.

REVEJA REPORTAGEM: Luiz Gonzaga, o mestre da sanfona, um dia deixou o seu pé de serra e embrenhou-se pelos emaranhados da busca de seu sonho. O que foi o começo de uma grande empreitada, tornou-se uma desafiadora lição de vida e das vivências artísticas. Luiz Gonzaga, o maior ícone da cultura popular nordestina, também sonhava com os atos libertários da educação. O professor Maiadson Vieira é um exemplo desses caminhantes da cultura que buscam na educação o desenvolvimento humano e a promoção de um futuro melhor para os seus educandos.

Na Escola Estadual São Vicente de Paula (@esvpexu), o professor leciona a nova disciplina eletiva "Cultura Gonzagueana" para os alunos do 1° ano do Novo Ensino Médio, um fato histórico para a cidade do Gonzagão. 

A disciplina almeja proporcionar aos educandos o conhecimento acerca da cultura e da história local, fundamentando-se na história do maior ícone Exuense, Luiz Gonzaga do Nascimento. 

"Iniciativas como esta eletiva proporcionam a manutenção da cultura e da história local, valorizando as temáticas abordadas na obra do pernambucano do século, gerando assim, o sentimento de pertencimento dos alunos para com a cultura e a história local, promovendo ainda a democratização cultural e uma educação cultural efetiva para os educandos", revela o professor Maiadson. 

Nascido em Exu, Maiadson Vieira é um apaixonado conterrâneo de Luiz Gonzaga. Além disso, é professor há quase 10 anos, produtor cultural e ainda poeta. Graduado em Letras, ministra as disciplinas de Língua Inglesa e Portuguesa, e ainda lhe sobra tempo para falar de cultura e poesia com seus alunos.

Colecionando inúmeros eventos culturais em seu currículo, orgulha-se em dizer que "aprendeu sobre cultura convivendo com mestres e mestras da cultura, e fazedores desta". 

De acordo com Maiadson, "apesar dos tempos difíceis para a cultura, com essa inserção da disciplina eletiva, se realiza um sonho gigante dos artistas, em ter o Luiz Gonzaga sendo ensinado na escola pública como uma disciplina! Apesar de ser uma disciplina eletiva, a mesma quebra os muros da escola e introduz em sala de aula o autêntico poder da cultura popular! Seu Lua não é mais um tema transversal, é o conteúdo principal da minha disciplina". 

O projeto em andamento prevê visitas ao Parque Aza Branca/Museu Gonzagão, museus orgánicos do Cariri Cearense e produções culturais e vivências com os próprios alunos.

"Neste espaço sentimos a energia de Luiz Gonzaga! Os meus alunos recitaram uma produção minha pra começar com o pé direito nesse mundo da cultura e da poesia popular! Apesar dos pesares, seguimos bravamente resistindo! O projeto é um laboratório de edição de vídeo e roteirização, onde juntos, editamos com nossas próprias mãos o orgulho de sermos da terra de Luiz Gonzaga", finaliza  Maiadson Vieira.

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MOÇÃO DE APLAUSOS PARA PROFESSOR E DIRETORES RESPONSÁVEIS EM INSERIR A DISCIPLINA CULTURA GONZAGUEANA EM SALA DE AULA SERÁ VOTADA NA TERÇA (8)

O Vereador César Durando deu entrada numa Moção de Aplausos que será votado na próxima terça-feira (8), na Casa Plínio Amorim, em Petrolina, para o professor Maiadson Vieira e diretoras Edmilza Marcelino e Lucélia Lima, da Escola Estadual São Vicente de Paula @esvpeexu, localizada na cidade de Exu, Pernambuco.

O professor Maiadson Vieira, diretoria e alunos ganharam repercussão nacional com a informação que na escola foi inserida na grade curricular a disciplina eletiva Cultura Gonzagueana.

O vereador Cesár Durando fez o requerimento à Mesa Diretora, que após cumprida as formalidades regimentais e Ouvido o plenário,seja consignado por esta Casa Legislativa MOÇÃO DE APLAUSOS ao Professor Maiadson Vieira e as diretoras, Edmilza Marcelino e Lucélia Lima, da Escola Estadual São Vicente de Paula (@esvpexu) na Cidade de Exú-PE. A justificativa de aplausos é para a iniciativa de inserir uma nova disciplina eletiva para os alunos do 1º ano do novo ensino médio, falando da "CULTURA GONZAGUEANA", mostrando uma grande iniciativa cultural e sensibilidade com a preservação dos nossos verdadeiros valores Sertanejos e Nordestinos. Da decisão dessa Casa Legislativa, dê ciência ao professor e as diretoras.

REVEJA REPORTAGEM: Luiz Gonzaga, o mestre da sanfona, um dia deixou o seu pé de serra e embrenhou-se pelos emaranhados da busca de seu sonho. O que foi o começo de uma grande empreitada, tornou-se uma desafiadora lição de vida e das vivências artísticas. Luiz Gonzaga, o maior ícone da cultura popular nordestina, também sonhava com os atos libertários da educação. O professor Maiadson Vieira é um exemplo desses caminhantes da cultura que buscam na educação o desenvolvimento humano e a promoção de um futuro melhor para os seus educandos.

Na Escola Estadual São Vicente de Paula (@esvpexu), o professor leciona a nova disciplina eletiva "Cultura Gonzagueana" para os alunos do 1° ano do Novo Ensino Médio, um fato histórico para a cidade do Gonzagão. 

A disciplina almeja proporcionar aos educandos o conhecimento acerca da cultura e da história local, fundamentando-se na história do maior ícone Exuense, Luiz Gonzaga do Nascimento. 

"Iniciativas como esta eletiva proporcionam a manutenção da cultura e da história local, valorizando as temáticas abordadas na obra do pernambucano do século, gerando assim, o sentimento de pertencimento dos alunos para com a cultura e a história local, promovendo ainda a democratização cultural e uma educação cultural efetiva para os educandos", revela o professor Maiadson. 

Nascido em Exu, Maiadson Vieira é um apaixonado conterrâneo de Luiz Gonzaga. Além disso, é professor há quase 10 anos, produtor cultural e ainda poeta. Graduado em Letras, ministra as disciplinas de Língua Inglesa e Portuguesa, e ainda lhe sobra tempo para falar de cultura e poesia com seus alunos.

Colecionando inúmeros eventos culturais em seu currículo, orgulha-se em dizer que "aprendeu sobre cultura convivendo com mestres e mestras da cultura, e fazedores desta". 

De acordo com Maiadson, "apesar dos tempos difíceis para a cultura, com essa inserção da disciplina eletiva, se realiza um sonho gigante dos artistas, em ter o Luiz Gonzaga sendo ensinado na escola pública como uma disciplina! Apesar de ser uma disciplina eletiva, a mesma quebra os muros da escola e introduz em sala de aula o autêntico poder da cultura popular! Seu Lua não é mais um tema transversal, é o conteúdo principal da minha disciplina". 

O projeto em andamento prevê visitas ao Parque Aza Branca/Museu Gonzagão, museus orgánicos do Cariri Cearense e produções culturais e vivências com os próprios alunos.

"Neste espaço sentimos a energia de Luiz Gonzaga! Os meus alunos recitaram uma produção minha pra começar com o pé direito nesse mundo da cultura e da poesia popular! Apesar dos pesares, seguimos bravamente resistindo! O projeto é um laboratório de edição de vídeo e roteirização, onde juntos, editamos com nossas próprias mãos o orgulho de sermos da terra de Luiz Gonzaga", finaliza  Maiadson Vieira.


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MÚSICA ASA BRANCA COMPLETA 75 ANOS NESTA QUINTA-FEIRA (3) DE MARÇO

 

A letra da música Asa Branca completa nesta quinta-feira 75 anos da primeira gravação na voz de Luiz Gonzaga. No dia 3 de março de 1947 Luiz Gonzaga gravava pela primeira vez nos estúdios da RCA, no Rio de Janeiro, a canção que ficaria imortalizada como hino dos nordestinos. Uma composição dele com o então advogado Humberto Teixeira. A gravação foi acompanhada pelo grupo de Regional do Canhoto.

Ao fim do trabalho, Canhoto, líder do grupo, olha para Luiz Gonzaga e diz que a "letra era música para cego pedir esmolas". Sai dos estúdios e zomba com um chapéu pedindo esmolas ao som da canção. Mal sabia Canhoto que Asa Branca iria ser um nos maiores sucessos da música brasileira.

A letra Asa Branca, de Humberto Teixeira, recebeu até elogios e uma reflexão do escritor José Lins do Rego: é um dos mais belos versos da literatura brasileira.

O professor e historiador Armando Andrade diz que a identidade do cantor se confunde com a letra de Asa Branca. É nela que se misturam o homem, a música e seu povo. "A partir de Asa Branca o Brasil viu o drama através da voz do próprio nordestino. É dessas coisas que a poesia e a literatura conseguem fazer, transportar através da linguagem as pessoas a vivenciar a dor do outro" diz.

Outra característica marcante de Asa Branca é a saudade do amor perdido com o exílio forçado devido a seca. Se os clássicos traziam as guerras como o motivo da partida do homem e a promessa de volta para o grande amor, em Asa Branca, é a seca que expulsa o homem e a ave, numa metáfora que se estende à condição humana.

"Talvez aí resida a universalidade e aceitação pelo grande público, além de retratar a real condição das famílias nordestinas. A promessa da volta do homem para seu grande amor está presente desde a literatura grega, como a Odisséia. É um tema universal com que todos se identificam", diz Armando Andrade.

A força de Asa Branca pôde ser vista em 2009, quando a Revista Rolling Stone Brasil, publicou uma lista com as 100 maiores músicas da história do país. Um honroso 4º lugar, ficando atrás de clássicos como Carinhoso, Águas de Março e Construção. 

O tempo passou e Asa Branca segue inspirando artistas de outras gerações. Anderson do Pife, que mora em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, diz que enquanto estudante de música, acredita que a letra é parte de um método brasileiro de ensino de música popular. "Essa melodia composta por conjuntos e de fácil execução, traduz o início de uma trajetória musical para quase todos os que iniciam seus estudos com ou sem ajuda de profissionais da área", diz.

Ele disse ainda que a música retrata poesia, cotidiano, paisagem e todo o referencial histórico do Nordeste. "Eis o hino do Nordeste e a primeira música que aprendi a tocar. Essa é a força que representa a Asa Branca em minha vida", finaliza.

O professor doutor em Ciência da Literatura, Aderaldo Luciano, ressalta que o  "Nordeste continua existindo caso Luiz Gonzaga. Tem a mesma paisagem, os mesmos problemas, comporta os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões".

De acordo com o pesquisador mais que ninguém, Luiz Gonzaga brindo com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. 

"Luiz Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores. O seu peito abrigava o canto dolente e retotono dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali, buscando eternidade", finalizou Aderaldo.

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A VOZ DA FLORESTA: AS PLANTAS FALAM, TEM SENTIMENTOS E AJUDAM A SUA COMUNIDADE

Você já ouviu a voz da floresta? As plantas "falam", têm "sentimentos", memória e ajudam a sua comunidade. Algumas delas, como as árvores-mães, até alimentam outras plantas.

Antes que o homem surgisse na Terra, os vegetais já usavam a eletricidade para se comunicar e se defender. A árvore não é imóvel, passiva, como sugere a expressão "estado vegetativo".

A reportagem especial de 41 anos do Globo Rural mostrou toda essa sabedoria que vem da floresta. E um dos diversos exemplos disso é a planta Maria dormideira, que se fecha ao ser tocada em uma de suas folhas.

A repórter Mariana Fontes conta que, em sua infância em Minas Gerais, ficava encantada com essa planta e adorava brincar com ela. Alguém contou na época que a espécie gostava de receber um carinho e, então, dormia.

Mas a ciência já estuda essa reação faz tempo. E não tem nada a ver com preguiça não.

Ao sentir uma ameaça, é como se uma corrente elétrica viajasse pelo corpo dela, levando um ‘aviso de perigo’. A planta então reage. Só que, em vez de músculos para fugir, ela usa um sistema hidráulico e se move deslocando água.

No momento em que o sinal elétrico chega à base da folha da Maria dormideira, ela perde água e murcha, conta o biólogo Gabriel Daneluzzi, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, em Piracicaba, São Paulo.

Celebridade na botânica, a Maria dormideira também é chamada de "sensitiva" ou "Maria fecha a porta".

EXPERIMENTO: Um outro exemplo sobre a inteligência da planta pôde ser observado em um experimento de pesquisadores da Esalq-USP.

Se um vaso da dormideira cai no chão, todas as folhinhas praticamente se fecham com o impacto. Mas os pesquisadores decidiram "ensinar" à planta que essa queda não tem nada a ver com a presença de predadores.

Para isso, eles jogaram vários vasos no chão muitas vezes. Eles sempre assistiam as folhinhas se fecharem, até que em um momento elas pararam com isso.

Os pesquisadores aguardaram cerca de um mês e soltaram os mesmos vasos no chão. A planta continuou aberta e eles concluíram, portanto, que ela se "lembrava" dos experimentos, o que sugere que os vegetais podem dar respostas mais eficientes quando usam um tipo de memória.

As plantas aprendem através de processos bioquímicos que se repetem. Tudo que é presenciado fica registrado e, quando isso é repetido, isso é identificado.

“Elas [as plantas] aprendem através de processos bioquímicos que se repetem. Tudo que é presenciado fica registrado e, quando isso é repetido, isso é identificado”, diz o agrônomo Ricardo Oliveira.

“O que motiva os cientistas, pesquisadores, entusiastas desse mundo a estudar é procurar entender como a vida se manifesta numa planta, e quais são de fato suas capacidades”, acrescenta.

REGENERAÇÃO: A sabedoria da natureza também permite que ela se regenere mesmo após o desmatamento.

Foi o que aconteceu em uma área da Mata Atlântica, localizada perto do Parque Nacional de Itatiaia (divisa de SP, MG e RJ), na Serra da Mantiqueira. Por lá, o vizinho de cerca do repórter Nelson Araújo, Eduardo Campos, contribuiu para a recuperação das plantas.

No meio da década de 1980, ele e mais seis amigos compraram a área, que havia sido desmatada e transformada em uma grande fazenda de gado e lavoura.

A recuperação se deu por estágios. Assim que tiraram o gado e pararam com as roças, uma espécie tomou conta das encostas: a vengala. Também chamada de calafá. Um tipo de um bambuzinho da Mata Atlântica.

Planta pioneira, ela se espalha formando uma estufa a céu aberto, onde a vida estocada no solo desabrocha.

INTERNET DA FLORESTA: Assim como nas sociedades humanas, entre as árvores há muita competição para se conquistar um lugar ao sol. Mas, debaixo do solo, o que acontece é muita colaboração.

E a pesquisadora canadense Suzanne Simard comprovou cientificamente a troca de substâncias que as plantas fazem.

Ela conta que, ainda nos 1990, moléculas de carbono foram marcadas e injetadas em uma árvore. “Em pouco tempo, detectamos que a substância tinha passado para os indivíduos do entorno”, diz ela.

“Conforme avançamos nas pesquisas, descobrimos como a transmissão se dá pelas raízes”, acrescenta.

“Nós fizemos sensoriamento em uma floresta do Pacífico Norte e o que constatamos foi surpreendente. Tudo ali está conectado formando uma extraordinária rede de comunicação. Tão ou mais fantástica que a internet”, acrescenta.

SOBREVIVÊNCIA: As plantas também escolhem e até atraem os seres que garantem a sobrevivência delas. Elas recrutam, por exemplo, quem oferece nutrientes.

A biotecnologista Carol Nishasaka tentou reproduzir essa dinâmica no laboratório, onde ela preparou duas placas: uma onde colocou somente um fungo que causa doença, e outra que, além do fungo, tinha uma bactéria ‘do bem’.

Dias depois, o fungo que ficou sozinho avançou livremente, diferentemente da outra placa. Nesta, a bactéria ficou do lado direito e o fungo do lado esquerdo. A bactéria liberou substâncias que não deixaram o seu rival crescer.

A natureza também conta com a presença das árvores-mães, que alimentam os seus "filhos” e a população vizinha.

“Podia ser árvore-pai ou árvore-mãe. Optamos por árvore-mãe pelo aspecto da nutrição e a importância da mãe com a família”, afirma a pesquisadora canadense Suzanne.

“Vimos que a árvore-mãe não só atende aos seus, mas alimenta também os filhos de suas vizinhas. Em quantidade menor do que para a própria família, mas não deixa de cuidar dos estranhos também”, reforça.

SAGRADO EM TODAS AS FORMAS: Para alguns pode parecer estranho falar em "conversa de plantas", mas muitas culturas antigas consideraram a floresta como parte da família.

É o caso da filosofia indiana Hare Krishna. Os devotos, assim como em muitas culturas milenares, pregam o respeito a todos os seres.

Eles acreditam que o sagrado está em todas as formas de vida. Quem segue essa religião, não come carne, por exemplo, para não causar sofrimento aos animais.

E, quando eles retiram os vegetais da natureza, eles entendem que estão lidando com um ser vivo que tem consciência e até alma.

Na Serra da Mantiqueira, uma comunidade rural de 30 famílias Hare Krishnas, fundada na década de 1970, compartilha mais de 100 hectares e as mesmas crenças.

Gaura Lila, uma das moradoras da fazenda Nova Gokula, cuida das hortas orgânicas, que são fontes de renda e de alimento para as pessoas da comunidade.

Ela conta que a filosofia Hare Krishna mudou a sua relação com as plantas.

“É com essa consciência de que é uma entidade viva que está no seu processo de evolução. E que não é porque eu sou um ser humano que eu posso abusar desse poder e ir pra um caminho de destruição."

A FLORESTA ANDA: O repórter Nelson Araújo diz que quando foi morar na Serra da Mantiqueira não sabia que a floresta "andava", mas que descobriu esse fenômeno por lá.

Antes, o hábito era roçar tudo, mas ele decidiu deixar o mato crescer. Em cima de uma encosta que vinha sofrendo erosão com o pisoteio, por exemplo, havia uma mata de candeia que chegava somente até a linha de um capão de eucalipto.

Mas quando ele suspendeu a roçada e o pastoreio, a candeia desceu naturalmente e avançou mais uns 200 metros. A floresta andou.

AGROFORESTA: A sincronia observada na floresta pode servir de exemplo para a produção de alimentos. Exemplo disso é o modelo de agrofloresta.

Quando o agrônomo Antônio Devide, da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA) ergueu uma, ele colocou primeiro a gliricídia, especialista em se aliar a bactérias que captam o nitrogênio.

Os restos de poda de uma leguminosa viram adubo para a bananeira. Ela, por sua vez, ampara quem precisa de potássio.

Sabendo a aptidão de cada planta, o desejo dela por luz, água, nutrientes, é possível trazer espécies que se complementam. É assim que funciona a agrofloresta.

E o Antônio envolve a comunidade nas pesquisas para mostrar que esse sistema também traz renda para o agricultor.

“A gente precisa viver em redes, estabelecer conexões assim como os fungos, as bactérias e as árvores se comunicam, por que não a sociedade trabalhar nesse sentido?”, diz.

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LUCAS CAMPELO, A VIRTUOSIDADE DO JOVEM MÚSICO. DOMINGUINHOS E VAMOS NÓS

Visita aqui Petrolina/Juazeiro do Mestre Lucas Campelo, jovem licenciado em música, pianista e mestre em Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia. Dissertação de Mestrado, com o título O CAMINHAR MUSICAL DE DOMINGUINHOS: PROCESSOS DE APRENDIZAGEM NA PRÁTICA DA SANFONA, defendida em 2014.

A tese de mestrado se originou livro, Dominguinhos e vamos nós...que nasceu a partir do farto material de pesquisa que Lucas Campelo possui desde que iniciou a investigação para produzir a sua dissertação, com o título O CAMINHAR MUSICAL DE DOMINGUINHOS: PROCESSOS DE APRENDIZAGEM NA PRÁTICA DA SANFONA, defendida em 2014. Prefácio do pesquisador Paulo Vanderley Tomas da Silva

Sanfoneiro extremamente qualificado, sempre inspirado pelo trabalho e pela obra de Dominguinhos, Lucas Campelo integra o quadro de músicos da Orquestra Sanfônica de Aracaju. Instrumentista por formação erudita e por vocação, com um qualificado conhecimento da cultura popular da região Nordeste do Brasil, o sanfoneiro Lucas acompanha periodicamente bandas e trios de forró e desenvolve também os seus próprios shows.

Jorge Carvalho do Nascimento Jornalista, professor, doutor em Educação, membro da Academia Sergipana de Letras e presidente da Academia Sergipana de Educação através de artigo publicado no blog Educação, História e Política descreve a obra de Lucas Campelo:

Além de todas essas atividades, ainda integra o quadro de educadores musicais do Conservatório de Música do Estado de Sergipe, nas cadeiras de Piano e Sanfona. Nos pendores de professor, ele foi estimulado pela sensibilidade da mãe, Iara Campelo, doutora em Educação e aposentada da Universidade Federal de Sergipe, onde foi vice-reitora.

Com o pai, Paulo, ele aprendeu o entusiasmo pelo instrumento que o encanta. Como o próprio Lucas confessa, Paulo foi o primeiro sanfoneiro da família e a primeira pessoa a tocar a sensibilidade dos seus ouvidos com os acordes do instrumento. Com os músicos Toninho Ferragutti e Gabriela Melo descobriu e se apaixonou pelo trabalho de Dominguinhos.

A Paulo Vanderley Tomas da Silva, Lucas Campelo entregou a responsabilidade pelo prefácio do trabalho que tem o design gráfico da competente criadora Ananda Barreto e revisão de Bruno Pinheiro, Jaciara Castro e Judite Aragão. Além disto, Lucas põe em posição destacada 22 músicos e produtores musicais que entrevistou para elaborar o seu estudo sobre Dominguinhos.

Dentre estes, destaco os depoimentos de Camarão, Oswaldinho do Acordeon, Cobra Verde, Mestrinho, Sérgio Rozenblit e Paulo Correa. Mestrinho, atualmente o mais importante sanfoneiro do Brasil, é filho do grande músico da sanfona Arivaldo do Carira, e não obstante ser ainda muito jovem, teve oportunidade de integrar a banda que acompanhava Dominguinhos nos seus últimos shows.

Dividido em quatro capítulos, o livro de Lucas Campelo revela os passos dados por Dominguinhos em sua história de vida, a sua trajetória musical, a carreira artística. Além disto, revela as ferramentas de aprendizagem que o grande sanfoneiro nordestino desenvolveu para dominar com perfeição o seu instrumento.

Lucas nos conta com emoção o último momento em que Dominguinhos subiu ao palco, no dia 17 de dezembro de 2012, quando das celebrações do centenário de Luiz Gonzaga, em Exu, no Estado de Pernambuco. E também toda a agonia sofrida por Dominguinhos, desde que entrou em coma e padeceu no Hospital Santa Joana, em Recife, até a sua morte, no dia 23 de julho de 2013.

Depois de ler o trabalho de Lucas Campelo, admito os editais da Funcaju com a Lei Aldir Blanc ajudaram os artistas aracajuanos em um momento difícil provocado pela pandemia Covid-19 e produziram bons resultados. O livro DOMINGUINHOS... E VAMOS NÓS! é um ótimo exemplo.

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CETEP: PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E ALUNOS NO RITMO DO ENSINO E APRENDIZADO EM PLENO CARNAVAL

"Caminhando e cantando e seguindo a canção somos todos iguais, braços dados ou não/ Nas escolas, nas ruas, campos, construções caminhando e cantando e seguindo a canção/...Vem, vamos embora, que esperar não é saber quem sabe faz a hora, não espera acontecer".

O Trecho acima é uma frase de Geraldo Vandré e simboliza o ato em busca da educação que transforma. Segunda-feira (28) de fevereiro e Terça-feira (01) de março e quarta-feira (02).

No calendário é período de carnaval e quarta-feira de cinzas. Mas no Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco-CETEP, o ritmo foi de aulas. Professores, funcionários e alunos movimentaram manhãs, tarde e noite no caminho entrelaçado do hoje na busca do amanhã, o futuro. A educação e troca de saberes.

Alunos foram para a sala de aula cumprindo o decreto da Secretaria da Educação do Estado (SEC) que publicou uma portaria que considerou os dias 28 de fevereiro, 1° e 2 de março de 2022 como letivos, no Calendário Escolar Padrão do ano letivo de 2022, desse modo, as escolas da rede pública de ensino tiveram aulas na semana em que seria realizado o carnaval.

O aluno do Curso Técnico em Agroecologia, Josielson Araujo dos Santos, avalia o fato que considerou inédito no Estado da Bahia, onde em outros tempos "jamais se pensou em aulas em pleno carnaval".

"É algo inédito complicado até de explicar. Mas pareceu até normal para o momento em que estamos vivendo de pandemia pois o sentimento é que nesses últimos anos tempos as tradições estão sendo transformadas em rotina normal. O momento de assistir aulas neste dias foi e é impar. O importante é estamos adquirindo conhecimento. Somos incentivados, temos objetivos e rumos que só a educação propõe e por isto fomos para a sala de aula, em plena data do carnaval", disse Josielson.

O professor João Tosta com mais de 30 anos de magistério viveu também "um momento histórico":  lecionar em datas que antes era pleno carnaval e principalmente no período da noite. João Tosta é engenheiro agrônomo da Superintendência Regional da Codevasf em Juazeiro, Bahia e esteve presente nesta data considerada inédita no calendário escolar.

A professora e engenheira agrônoma, Janine Souza da Cruz, também esteve lecionando disciplinas. Ela teve um dia repleto de trabalho voltado a prestação de serviços. A rotina no CETEP foi normal. 

As atividades na Rede de Ensino da Bahia começaram com a Jornada Pedagógica dos professores, entre os dias 1º e 4 de fevereiro. Já as aulas de acordo como o calendário devem ocorrer de 7 de fevereiro até 21 de dezembro.  A entrega dos resultados aos estudantes, após a recuperação final e Conselho de Classe, ficou definida para o dia 28 de dezembro.


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EXPOSIÇÃO O SERTÃO VIROU MAR É ATRAÇÃO NO MUSEU CAIS DO SERTÃO

O Museu Cais do Sertão é um dos atrativos turísticos mais imperdíveis do Recife Antigo. Interativo, o espaço traz à luz dos visitantes a importância da obra do saudoso Rei do Baião Luiz Gonzaga e ambiente do Sertão Nordestino. Foi eleito um dos vinte melhores museus da América do Sul, em 2015.

O Cais do Sertão está instalado no antigo Armazém 10 do Porto do Recife. É um local de convivência, diversão e conhecimento sobre o solo rico e generoso da cultura popular desta região do Brasil.

 O museu é bem tecnológico, utiliza de várias ferramentas interativas que neste momento ainda de pandemia estão com certa limitação. Traz à tona o diálogo entre a tradição e a invenção, proporcionando aos visitantes uma experiência de imersão no belo e sofrido universo sertanejo. Vai viajar e precisa reservar hotel? Clique AQUI!

O museu conta com atrações e ambientes como a Sala do Imbalança, o Sertãomundo, a Casa do Transtempo, a Sala de Poesia, o Túnel do Capeta, o Túnel das Origens, cabines de Karaokê, dentre outros. Logo na entrada, o visitante pode observar o Espaço Umbuzeiro, no vão livre. Tem ainda salas de projeção, auditórios.

E quem visitar o Museu por esses dias pode apreciar a exposição “O Sertão Virou Mar”. A mostra conta com série de fotomontagens do cineasta e artista gráfico potiguar Sérgio Azol e estão expostas na sala São Francisco até 19 de março. 

Entre o mar e o sertão, a força transformadora das imagens que unem as narrativas destas duas paisagens. “O Sertão Virou Mar” tem curadoria do jornalista e crítico de arte Marcus de Lontra Costa. O evento é destinado ao público em geral e pode ser visto de quinta a domingo, das 10h às 16h. O “Sertão Virou Mar”  traz 53 imagens e une elementos dramáticos que aludem à metáfora utópica para a criação de um sertão que é o contraponto da sua realidade. 

As fotografias produzidas nos sertões do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia apresentam fragmentos do real que se impregnam de múltiplos significados plurais e transformados pelo apelo que se faz à  imaginação coletiva. A rudeza, a aspereza se complementam à abundância do mar nos ambientes fotografados, que se transformam num mundo repleto de novas realidades.

Serviço: Mostra “O Sertão Virou Mar” .

Data: 19 de janeiro a 19 de março,

Local: Cais do Sertão (Armazen 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n – Recife, PE, 50030-150)

Horário: Quinta a domingo, das 10h às 16h

Ingresso para a entrada no museu: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada)

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