COM A FALTA DE INVESTIMENTO NACIONAL, FARMACÊUTICAS ESTRANGEIRAS LUCRAM COM REMÉDIOS QUE SAEM DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA

Mesmo tendo a maior biodiversidade do planeta, o Brasil fatura muito pouco. As farmacêuticas estrangeiras é que fabricam remédios com moléculas que saem do Brasil. Em toda a história, o país só desenvolveu dois medicamentos 100% nacionais. Um anti-inflamatório e um remédio contra a impotência.

O Fantástico conversou com pesquisadores, que explicaram que as universidades brasileiras não têm condições de pagar a conta do desenvolvimento de um medicamento. E o governo nem financia a indústria nacional nem dá mais dinheiro para as universidades; ao contrário, corta.

O orçamento do CNPq – a principal agência de fomento à pesquisa – que era de R$ 2,7 bilhões em 2014, foi caindo a menos da metade em sete anos. O orçamento de 2021 é de R$ 1,2 bilhão.

Foi da peçonha da jararaca brasileira que saíram dois dos remédios mais vendidos do mundo contra hipertensão e problemas cardíacos, o captopril e o enalapril. A indústria estrangeira que detém a patente deles fatura o equivalente a R$ 55 bilhões por ano. Nove vezes o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para o ano de 2021, que é de pouco mais de R$ 6 bilhões.

O glaucoma, que atinge 65 milhões de pessoas no mundo e pode causar cegueira, é outra doença tratada a partir de uma molécula da biodiversidade brasileira. 

Em 2019, para o Jornal da Usp, o jornalista científico Herton Escobar, apontou que Brasil tem a maior biodiversidade do mundo e assim ganha maior segurança alimentar, energética, hídrica e climática; proteção contra erosão, enchentes, deslizamentos e outros desastres socioambientais; proteção natural contra pragas no campo e doenças nas cidades; potencial para a descoberta de novos fármacos, cosméticos e outros produtos naturais; preservação de culturas, saberes e costumes de populações tradicionais; paisagens belíssimas; incontáveis oportunidades de negócios ligadas ao ecoturismo, lazer e bem-estar social. 

Tá bom, ou quer mais?
Esses são alguns exemplos dos serviços prestados gratuitamente pela natureza à sociedade, descritos no primeiro diagnóstico da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês), divulgado no início deste mês. 

Produzido por um grupo de 85 pesquisadores ao longo de quatro anos, o documento, de quase 200 páginas, traz um resumo contextualizado do melhor conhecimento disponível sobre o patrimônio natural brasileiro e os serviços que ele presta à sociedade, desde o nível de espécies individuais (como as abelhas, que produzem mel e polinizam plantações) até o de ecossistemas inteiros (como as florestas, que produzem chuva e estocam carbono, ou os manguezais, que protegem a costa da erosão e servem de berçário para diversos peixes e crustáceos de importância social e comercial).

Um resumo do estudo, chamado Sumário para Tomadores de Decisão, já havia sido divulgado em novembro de 2018, mas faltava a publicação do diagnóstico completo — com todas as informações e referências científicas que embasam as conclusões dos pesquisadores. A ideia é que o sumário sirva como um guia de consulta rápida, e o relatório, como uma enciclopédia de informações sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos no Brasil. Em ambos os casos, o objetivo final é o mesmo: fornecer embasamento científico para orientar a tomada de decisões econômicas, sociais e políticas sobre o tema.

“O conhecimento está aí, os tomadores de decisão estão aí, e a gente precisa aproximar essas duas coisas. Esse espaço entre existência e aplicação do conhecimento precisa ser preenchido”, diz o ecólogo Jean Paul Metzger, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, um dos 11 editores do relatório. “Se ainda há lacunas de informação que precisam ser preenchidas, certamente não falta conhecimento para a tomada de decisões.”

O diagnóstico deixa claro que o Brasil é um país extremamente privilegiado em termos de biodiversidade e recursos naturais — tem o maior número de espécies de fauna e flora, a maior reserva de água doce, a maior floresta tropical, e por aí vai —, com enorme potencial para o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável. 

“O gigantesco capital natural nacional confere as condições necessárias para transformar a conservação e o uso sustentável dos ativos ambientais brasileiros em oportunidades para um desenvolvimento capaz de enfrentar, no futuro, um clima alterado e, ao mesmo tempo, promover prosperidade socioeconômica”, escrevem os pesquisadores, no resumo executivo. “Essa combinação incomum resulta do fato de que o elevado potencial de produção econômica (presente e futuro) depende da manutenção dos recursos da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados.”

Por outro lado, e ao mesmo tempo, é um país que se aproveita e cuida muito mal desse patrimônio natural único, com taxas elevadas de perda, degradação e fragmentação ambiental. Estudos indicam, por exemplo, que o Brasil poderá perder entre 20% e 25% de sua biodiversidade até 2050, comparado a 1970, “dependendo da trajetória de desenvolvimento considerada”.

“O cenário atual de degradação dos sistemas naturais, sejam eles terrestres ou aquáticos, representa uma séria ameaça à provisão de serviços ecossistêmicos essenciais para a manutenção da qualidade de vida e da saúde da população humana”, diz o relatório. “Isso inclui o suprimento de alimentos, organismos medicinais, experiências físicas e psicológicas, regulação da quantidade e da qualidade da água, controle da qualidade do ar, regulação de ameaças e eventos extremos e de organismos prejudiciais a humanos.”

FASE NEFASTA: O diagnóstico surge num momento especialmente preocupante, de aumento do desmatamento na Amazônia, negação de evidências científicas e fragilização das estruturas de defesa ambiental no Brasil.

“Estamos passando por uma fase nefasta, mas temos que continuar trabalhando na expectativa de que haja uma mudança de comportamento dos nossos governantes”, diz o biólogo Carlos Joly, professor da Universidade Estadual da Campinas (Unicamp) e um dos coordenadores do BPBES.

Uma das principais mensagens do relatório, segundo ele, é que “é muito mais barato conservar do que restaurar”; e que muito do que se perde com a degradação ambiental não pode ser recuperado. “Você pode até recuperar alguns serviços ecossistêmicos, mas não a biodiversidade.”

Os principais vetores de ameaça à biodiversidade, segundo o diagnóstico, são as mudanças climáticas, que alteram a configuração e o funcionamento dos ecossistemas, e as mudanças de uso do solo — em outras palavras: desmatamento, ou qualquer atividade que envolva a conversão de áreas de vegetação nativa para outros usos, como agricultura, pecuária ou mineração.

“Um dos principais desafios do Brasil para os próximos anos é o alinhamento de políticas de desenvolvimento – principalmente a política agrícola – com o uso e a conservação da biodiversidade. A integração entre as políticas ambientais e agrícolas é fundamental para o cumprimento das metas e dos acordos de conservação firmados internacionalmente, bem como para evitar o desaparecimento de espécies nativas de importância ecológica, medicinal e alimentícia e com potencial intrínseco para a agropecuária, a indústria e o desenvolvimento de biotecnologia”, diz o relatório.

DESAFIO: Joly vê com preocupação o recrudescimento de um discurso político considerado ultrapassado, que tende a ver a conservação ambiental como inimiga do desenvolvimento econômico. O diagnóstico deixa claro que a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos — que o Brasil tem em abundância — devem ser vistos como um ativo diferencial de promoção do desenvolvimento, e não como um obstáculo ou um apêndice meramente decorativo.

“O diagnóstico mostra claramente os ativos que o País tem, as oportunidades que isso traz, e como a gente tem feito mau uso disso”, resume o ecólogo Fabio Scarano, da Universidade Federal o Rio de Janeiro (UFRJ), também coordenador do BPBES e coautor do documento. “O que nos preocupa é o discurso que está posto agora, com agravamento dos riscos e a perspectiva de que essas oportunidades continuarão não sendo aproveitadas, ou até mesmo perdidas.”

Além de proteger, é preciso incentivar a pesquisa científica e o uso econômico sustentável desses ativos ambientais, ressaltam os cientistas. Um dos dados mais destacados do relatório é que 40% da cobertura vegetal do País está concentrada em apenas 7% dos municípios, que abrigam 13% da população economicamente mais carente do Brasil. “Historicamente a substituição da vegetação nativa por outras coberturas não tem resultado em um aumento significativo do bem-estar local. A geração de renda a partir da natureza conservada será essencial para conciliar prosperidade socioeconômica com a conservação de recursos naturais”, diz o documento.

“Uma das maiores e mais desafiadoras lacunas é a de transformar a megabiodiversidade do país em soluções para a sociedade brasileira, ou seja, fazer uma inserção abrangente da biodiversidade nas cadeias produtivas”, diz, ainda, o relatório. “Isso requer políticas de fomento à pesquisa em catalogação e prospecção da biodiversidade em diferentes escalas e setores da economia. Apesar de seus 500 anos de exploração, a Amazônia gerou apenas quatro commodities amplamente comercializadas no Brasil e no exterior: a borracha, a castanha-do-pará, o açaí e o guaraná. O potencial de exploração sustentável de outras espécies vegetais – dentre as cerca de 10 mil existentes na região – permanece latente.”

LACUNAS: Muitas lacunas também existem no entendimento dos ecossistemas oceânicos, que são ainda menos conhecidos do que os ecossistemas terrestres — lembrando que o Brasil tem um território marítimo do tamanho da Amazônia, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados, e um quarto de sua população concentrada na zona costeira. 

“Os oceanos são a grande fronteira do conhecimento da humanidade”, destaca o professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da USP, especialista em ecologia marinha e gerenciamento costeiro, e também coautor do relatório. “Sabemos mais sobre a superfície da Lua do que sobre o fundo do mar.”

Para Turra, o relatório “evidencia de forma muito clara a importância da ciência para a tomada de decisão”; não só no que diz respeito à elaboração de políticas públicas, mas também à capacidade de avaliar e monitorar a eficácia dessas políticas. “Para combater a erosão costeira, você precisa de um diagnóstico muito preciso sobre o que está causando essa erosão”, exemplifica ele. “O gestor precisa ter um entendimento mínimo de como esses ecossistemas funcionam para tomar as decisões que oferecem o melhor custo-benefício como solução.”

O relatório foi produzido principalmente com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) — cerca de R$ 1,5 milhão —, principal agência de fomento à ciência do governo federal, que vive sérias restrições orçamentárias e pode ter seus recursos de fomento reduzidos a quase zero em 2020. Com esses recursos, além do Diagnóstico principal, o BPBES já produziu quatro relatórios temáticos (sobre restauração ambiental, água, polinizadores e mudanças climáticas) e tem um quinto a caminho (sobre povos indígenas e comunidades tradicionais).

Uma estratégia que tem se mostrado eficaz para a proteção e uso sustentável da biodiversidade é a criação de áreas protegidas, incluindo terras indígenas e unidades de conservação (UCs) geridas pelo poder público, como os parques nacionais. Segundo os dados compilados pelo diagnóstico, o turismo nessas unidades gera 43 mil empregos e movimenta R$ 4 bilhões por ano – com potencial para crescer muito mais.

Considerando todas as categorias, o Brasil tem cerca de 2,2 mil UCs. Na Amazônia, a área de cobertura chega a 27%; mas nos outros biomas terrestres, não chega a 10%. No bioma marinho, a criação de duas gigantescas áreas de proteção oceânica elevou esse índice, em 2018, para mais de 26%; mas sem elas, a cobertura é de apenas 1,5%.

“O Brasil cumpriu a meta de conservação de áreas marinhas, no que diz respeito ao percentual, graças a essas duas áreas. Mas a conservação efetiva, segundo a própria meta 11 de Aichi, é muito mais que isso”, diz o professor Antonio Carlos Marques, do Instituto de Biociências da USP, também coautor do relatório. 

“Deveríamos ter áreas protegidas que fossem geográfica e ecologicamente diversas, representativas de todos nossos ecossistemas e conectadas genética e ecologicamente, o que não ocorre. Além disso, grande parte dessas UCs permite usos múltiplos, onde a conservação é pouco efetiva e tem fiscalização deficiente ou nula. Elas são o que a literatura chama de parques de papel.”

Alguns dados do relatório podem já estar defasados, por conta do tempo que levou para preparar o documento. Mas o diagnóstico não muda: “Este [relatório] deixa claro que o Brasil tem o potencial de ser líder mundial por meio de um desenvolvimento sustentável. Basta que sejam feitas as escolhas que privilegiem práticas de produção mais ecologicamente sustentáveis”, escrevem os pesquisadores. (Fonte: Jornal da Usp)
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CÂMARAS CONSULTIVAS DO SUBMÉDIO E MÉDIO SÃO FRANCISCO DEVEM REPLICAR EM 2022 EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA

As Câmaras Consultivas Regionais do Submédio e Médio São Francisco deram o primeiro passo para construir as estruturas e alinhamentos necessários para replicar nestas regiões a Expedição do São Francisco, ação que acontece há quatro anos na região do Baixo.

O programa surgiu com o objetivo de bioprospectar, conhecer e divulgar a situação do Baixo Rio São Francisco, observando aspectos sociais das comunidades ribeirinhas, comunidade de pescadores, situação da pesca, além de identificar os impactos e a qualidade da água do rio, ictiofauna, problemas ocasionados pelo represamento, assoreamento, desmatamento, avaliar os poluentes presentes no ambiente aquático e uso de agrotóxicos, os efeitos da cunha salina, que ocorre a partir da redução da vazão de do rio, sobre as comunidades ribeirinhas e o ambiente, e ainda propor ações mitigadoras através de programas de educação ambiental.

A Expedição do Baixo São Francisco entra, neste ano, na sua quarta edição e com os resultados promissores que têm atingido, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, um dos investidores e incentivadores do programa, quer ampliar a ação levando para as demais regiões da bacia.

“O intuito do projeto é alavancar na região, uma nova atividade participativa por intermédio do conhecimento através do monitoramento dos principais indicadores sociais, econômicos e dos impactos ambientais, assegurando a qualidade e segurança alimentar. O enfoque é chamar a atenção para a situação do rio, seus problemas, e divulgar para os principais órgãos de fomento e governantes, propondo ações para mitigar os impactos e degradação da qualidade ambiental. Foi através desta ação que já foram aprovadas diversas iniciativas de pesquisadores que visam a melhoria da qualidade da bacia”, explicou o professor e coordenador da Expedição Científica, Emerson Soares.

De acordo com o coordenador da CCR Submédio, Cláudio Ademar, os trabalhos para replicar o programa se iniciam agora para que, em 2022, a expedição possa ser realizada. “Estamos dando o primeiro passo para que em 2022 a Expedição Científica aconteça.

 O programa tem se mostrado extremamente eficiente gerando dados que possibilitam a realização de ações por qualquer ente. Esse primeiro momento serve para ouvir a experiência das expedições desde o início, o diagnóstico e a evolução. A ideia é conhecer um pouco, reunindo pessoas estratégicas do Médio e Submédio com interesse direto em fazer este programa obter resultados importantes para a bacia”, afirmou.

EXPEDIÇÃO: Avaliando a necessidade de gerar políticas públicas embasadas em dados científicos, as expedições científicas propõem a elaboração de um diagnóstico participativo e multidisciplinar avaliando os impactos da pesca, poluição aquática, desmatamento e assoreamento, patologias e parasitologia de peixes e crustáceos e índices de metais pesados e pesticidas e sua influência na qualidade do pescado, determinando o perfil socioeconômico e a situação da saúde das populações ribeirinhas, adotando medidas de educação ambiental efetivas, e qualificando o efeito das diversas culturas intensivas sobre a qualidade de água, para com isso efetivar um programa de biomonitoramento ambiental da calha principal do rio São Francisco, utilizando tecnologias de ponta para determinação de um padrão ambiental com intuito de propor ações mitigadoras para os ecossistemas existentes na região de estudo.

As Expedições Científicas no Baixo São Francisco iniciaram em 2018, com duração de cinco dias, reunindo aproximadamente 40 pesquisadores de temáticas diversas, entre elas educação ambiental, pesca, socioeconomia, ictiofauna, análise de água e de metais pesados, assoreamento. A Expedição passou por cinco municípios do Baixo São Francisco (Traipu, Porto Real do Colégio, Igreja Nova, Penedo e Piaçabuçu), e como resultado do estudo foi publicado um diagnóstico referente a 2018, e em junho de 2019 a publicação de um artigo científico sobre os dados desta primeira edição.

Em 2019, a II Expedição Científica, realizada em 10 dias, contou com 50 pesquisadores e técnicos de 16 instituições, atuando nos municípios de Piranhas, Pão de Açúcar, Traipu, Porto Real do Colégio, Propriá, Igreja Nova, Penedo, Neopólis, Piaçabuçu e foz do São Francisco. Em 2020 o trabalho foi realizado com 53 pesquisadores em 30 áreas de pesquisa. Neste ano, o programa acontecerá no final de outubro avaliando 35 áreas de pesquisa. “É um processo que demanda muito trabalho, mas que dá muito resultado”, esclareceu o professor Emerson.

O Secretário da CCR Submédio, Abelardo Montenegro, também professor e pesquisador da UFRPE, destacou a importância da mobilização de pesquisadores que possam contribuir com a bacia do São Francisco. “É essencial, neste processo, a mobilização para que os pesquisadores estejam juntos e possamos contribuir aqui na região do Médio e Submédio atingindo resultados tão expressivos e de interesse como já tem acontecido no Baixo”, concluiu. (Fonte: CHBSF)

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AREIA (PARAÍBA): HISTORIADORA LUCIANA BALBINO É DESTAQUE ENTRE AS 100 MULHERES EMPREENDEDORAS

Luciana Balbino é historiadora e consultora de turismo de base comunitária. Seu trabalho como educadora de adultos e jovens do campo vem mudando a realidade de comunidades de seu estado, a Paraíba. Um dos projetos foi a criação do Restaurante Rural Vó Maria, em Areia, que serve pratos de produtos cultivados na própria comunidade e que impacta cerca de 200 famílias. Na linha do turismo criativo também foram criados roteiros, trilhas e atrações, como piqueniques na mata e sessões de relaxamento.

O nome de Luciana é destaque entre as mulheres que têm ocupado espaços importantes na sociedade. No último dia (15), Dia Internacional da Mulher Rural, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1995 com o intuito de elevar a consciência mundial sobre a importância dessa figura feminina como protagonista nas mudanças econômicas, sociais, ambientais e políticas, a Forbes divulgou a sua primeira lista “100 Mulheres Poderosas do Agro”, com nomes que estão transformando diferentes segmentos do setor.

Na lista, a Forbes procurou selecionar representantes do movimento de mudança no campo. Por meio delas, o objetivo é homenagear as demais mulheres que atuam no agronegócio – mesmo que o trabalho seja realizado a partir das cidades.

Para chegar aos 100 nomes, a Forbes pesquisou, perguntou, buscou orientação de lideranças e também resgatou informações de reportagens especiais. 

São mulheres que se destacam em diferentes setores do agronegócio: elas estão presentes na produção de alimentos de origem vegetal e animal, na academia, na pesquisa, nas empresas, em foodtechs, em consultorias, em instituições financeiras, na política, nas entidades e nos grupos de classe e, mais do que nunca, nas redes sociais.

HISTÓRIA: O êxodo rural é um processo intensificado na região do Nordeste, sobretudo, devido à estrutura latifundiária, do sistema de crédito agrícola, comercialização insuficiente, deficiente sistema educacional e da ineficiência das políticas públicas existente nesta localidade. Visando uma melhora social, econômica e ambiental na comunidade rural Chã de Jardim, no município de Areia/PB, a historiadora Luciana Balbino, juntamente, com a ADESCO (Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade da Chã de Jardim) no qual a preside, cria o Restaurante Rural Vó Maria, mesmo sem terem as devidas condições financeiras na época, a fim de evitar os processos migratórios dos moradoresda comunidade em questão. 

O empreendimento foi inaugurado em 25 maio de 2013. Inicialmente existiam cerca de 80 lugares, passando para 200 vagas, mais anexo com 70 lugares. Sendo fonte de renda direta para 62 pessoas e indiretamente para 200.

Além de receber inúmeras premiações como Melhores Turismos da Paraíba, BRAZTOA de sustentabilidade, Selo Referência & Qualidade Empresarial da Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação (ANCEC) prêmio referência nacional de gastronomia. Contudo, o Restaurante Vó Maria aquece de forma considerável a economia local, gerando emprego e renda para dezenas de habitantes da região. Colocando o município de Areia na roda gastronômica nacional, levando em conta as inúmeras premiações que o empreendimento conquistou ao logo de 6 anos de funcionamento.

Tudo começou quando um grupo de jovens decidiu reabrir a fábrica de polpas de frutas produzidas sem agrotóxicos, que estava fechada há 10 anos, e hoje, é sucesso de vendas. As frutas são fornecidas pelos agricultores locais que ganharam uma nova fonte de renda.

Vendo o quão bom era para a comunidade essa nova fonte de renda, surgiu à ideia de associar a fábrica de polpa de frutas, o artesanato local feito com a palha da bananeira, oficinas de artesanato, as trilhas ecológicas realizadas no Parque Estadual Mata do Pau Ferro, o piquenique na mata e o Restaurante Rural Vó Maria.

O Restaurante recebe este nome em homenagem a comida caseira da vó e em especial a vó da idealizadora, Luciana Balbino, que tem o nome Maria. 

Luciana, que também comanda o restaurante Vó Maria, conta que tudo começou com sua vontade de transformar a realidade de Chã de Jardim e continuar morando na comunidade. “Chegou o momento em que os jovens da comunidade tinham que decidir se iriam para São Paulo ou Rio de Janeiro ou se continuavam vivendo em Chã do Jardim. Foi aí que percebi que poderia contribuir com uma mudança positiva e que poderíamos utilizar o turismo como ferramenta de desenvolvimento”, declara a líder comunitária.

A empresária e historiadora ressaltou que tudo começou com a união dos membros da comunidade. “Fizemos tudo com coragem e determinação. Fomos aproveitando todas as possibilidades e talentos da região para criar um trabalho voltado para fomentar o turismo”, comenta.

A comunidade criou uma associação e decidiu investir na cultura, história, culinária e beleza de Chã do Jardim para gerar renda para a região. “Nosso objetivo era desenvolver a comunidade e fazer com quem nos visitasse deixasse dinheiro. Vimos a oportunidade de mostrar como somos capazes de transformar nossa realidade e fizemos isso através do turismo. Unimos forças e talentos com artesãos, cozinheiros e todos os jovens para que cada um desenvolvesse em conjunto suas atividades”, declarou Luciana.

A primeira ideia que Luciana e a comunidade tiveram foi criar um roteiro de trilhas nos cenários serranos e brejeiro de Chã de Jardim. A partir dessas trilhas, novas ideias surgiram e daí foi elaborado o piquenique no meio da mata, sessões de relaxamentos, oficinas de artesanato e vendas de bolos, beijus e frutas típicas da região paraibana.

Na comunidade diversos jovens trabalham ainda em uma fábrica de polpa de frutas. Algumas artesãs usam a folha de bananeira para fazer bolsas e carteiras.

Atualmente a empreendedora conta sua história em cursos e eventos e inspira muitas pessoas a empreenderem e seguir seus objetivos com garra e planejamento.

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PESQUISADORES CONTRIBUEM COM LEVANTAMENTO SOBRE FAUNA E FLORA EM RESERVA ECOLÓGICA DA CAATINGA

Conhecida como a “Capital Mundial da Carne de Sol”, a cidade de Picuí, localizada a cerca de 230km de João Pessoa, capital paraibana, apresenta em seu território uma grande diversidade de fauna e flora que ainda é pouco conhecida, mesmo representada no bioma da Caatinga. 

Apesar da riqueza natural da região, ainda há poucos registros sobre as espécies nativas, tanto vegetais quanto animais. Entretanto, já existem lugares que buscam preservar toda essa diversidade, como é o caso da Reserva Ecológica “Olho D’água das Onças”, localizada na Zona Rural do município.

Para contribuir com o levantamento de dados sobre a Caatinga presente nesta Reserva Ecológica, desde julho de 2021 um grupo de pesquisadores coordenados por Maria Queiroz, mestra em Ciências Agrárias pela UEPB, está desenvolvendo pesquisas afim de contribuir de forma efetiva para um plano de manejo dessa unidade de conservação. 

Segundo ela, a reserva é uma Organização Não Governamental identificada como uma Unidade de Conservação que tem como principal missão proteger e conservar a Caatinga e sua biodiversidade, e foi escolhida por conta do interesse em desenvolver pesquisas em áreas onde predominam a vegetação. A reserva está localizada a 11 km de Picuí e possui uma área de mais de 20 hectares destinada à preservação e conservação ambiental.

“Em julho deste ano comecei a acompanhar algumas expedições científicas como a do Programa de Apoio aos Núcleos de Excelência (PRONEX), Programa de Apoio aos Núcleo de Excelência financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ), na qual vieram pesquisadores de algumas universidades realizar um levantamento da herpetofauna existente”, explicou a pesquisadora.

Como resultados da pesquisa, até o momento já foram identificadas mais de 30 espécies vegetais, dentre as quais estão algumas árvores matrizes, nativas e exóticas. De acordo com a coordenadora da iniciativa, espera-se que ao final da pesquisa possam ser obtidos dados suficientes para realizar uma caracterização da área, com dados sobre a fauna, a flora e o solo.

Apontado por pesquisadores como um bioma rico em biodiversidade, exclusivo do território brasileiro em que maior parte está localizado no nordeste, a Caatinga encontra-se ameaçada pelas mudanças climáticas e o manejo inadequado do solo, que potencializam o processo de desertificação.

A iniciativa conta também com a parceria e colaboração de diversos pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), a exemplo do professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Ethan Barbosa, que junto a uma equipe multidisciplinar ajudou a identificar a área e a traçar um plano de manejo para o local. Para o professor, projetos como a Reserva Ecológica “Olho D’Água das Onças” e pesquisas como a que está sendo desenvolvida atualmente na unidade, são fundamentais para o conhecimento e preservação do bioma Caatinga.

“Ações como essas são muito bem vindas, pois enriquecem não só a região, mas valoram a nossa Caatinga, nos seus aspectos mais ricos e heterogêneos, indo desde o endemismo de plantas e animais, únicos nessa região, como também a bioprospecção de serviços e de produtos nas áreas de fármacos, de cosméticos, alimentícias e dos serviços ecossistemas que áreas desse tipo fornecem para o microclima regional, a conservação dos solos, bem como para a valorização cultural da região”, destacou.

Para preservar o bioma é preciso conhecer suas principais características e peculiaridades, afim de desenvolver ações que efetivamente conservem esse ecossistema e sua diversidade. Alinhada com a agenda 2030 e os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, a UEPB tem atuado buscando apoiar e incentivar iniciativas como essas através de parcerias, que unem desenvolvimento científico e preservação ambiental. (Fonte: UEPB)

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DIA DA ALIMENTAÇÃO ALERTA PARA RELAÇÃO ENTRE FOME E MUDANÇA CLIMÁTICA

Neste sábado (16) é comemorado o Dia Mundial da Alimentação. Organismos internacionais, governos e entidades da sociedade civil realizam atividades com o objetivo de chamar a atenção para o desafio de combater a fome e a insegurança alimentar no mundo e em cada país, como o Brasil.

Neste ano, a mobilização teve como tema Melhor Produção, Melhor Nutrição, Melhor Meio Ambiente e Melhor Qualidade de Vida. Esta edição da iniciativa levanta a questão da relação entre as mudanças climática e a produção de alimentos no mundo.

A Organização das Nações Unidas, por meio de seu braço para agricultura e alimentação (FAO), divulgou mensagens lembrando que ainda há mais de dois bilhões de pessoas no mundo que não conseguem ter acesso a uma alimentação saudável.

O Dia Mundial da Alimentação serve para conscientizar as pessoas sobre a importância de garantir que todos tenham acesso a alimentos suficientes, seguros, diversificados e nutritivos.

As mudanças climáticas se manifestam de diversas formas, pelo aumento da temperatura da Terra, escassez de água e eventos extremos como enchentes e tempestades de areia, como recentemente registradas em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Artigo publicado nesta semana na revista Nature por pesquisadores da Alemanha, Estados Unidos e Suíça apontou que as mudanças climáticas induzidas por seres humanos já impactaram 80% da área e 85% da população da Terra.  

Em setembro, a entidade de pesquisa britânica Chatham House divulgou relatório alertando que as mudanças climáticas podem ser irreversíveis entre 2040 e 2050 se não houver redução das emissões de carbono.

O tema será um dos assuntos centrais da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que ocorrerá entre 31 de outubro e 12 de novembro na cidade de Glasgow, na Escócia.

Segundo o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP, na sigla em inglês), a crise climática ocasionará um aumento exponencial da fome se não houver ações para proteger as comunidades dos choques climáticos.

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FILME FREI DAMIÃO-O SANTO DO NORDESTE SERÁ EXIBIDO EM PETROLINA

Elo Company divulgou, nesta sexta-feira (15), o cartaz e trailers oficiais do filme Frei Damião – O Santo do Nordeste – https://www.youtube.com/watch?v=XI0guRwalWA.

 O aguardado filme, com première como Hors concours no Cine PE, em 2019, teve também a data de estreia nos cinemas confirmada para 4 de novembro de 2021 – um dia antes do aniversário de Frei Damião. O longa foi produzido pela Fábrica Estúdios, com roteiro de Nadezhda Bezerra e direção da cineasta pernambucana Deby Brennand.

O trailer do filme traz imagens de VHS da época de vida de Frei Damião, trechos em depoimentos de personagens que têm história de vida ligada com o capuchinho, personalidades e religiosos, além de um momento da parte do filme que reencena a realidade.  Entre o elenco do longa, está o ator Andrade Junior (in memoriam), brasiliense que interpretou o Frei Damião já idoso, e, infelizmente veio a falecer em maio de 2019. Outro destaque é a atriz pernambucana Nínive Caldas, que vive uma mulher grávida, precisando de ajuda para o parto, quando é surpreendida pela ajuda e presença de Frei Damião.

A arte do cartaz do longa Frei Damião – O Santo do Nordeste, intitulado Hors Concours, foi realizada pelo designer e artista plástico pernambucano Adriano Marcusso. Com referências ao sagrado, a gravação em linóleo buscou representar o imaginário folclórico em torno do frei capuchinho. Um detalhe curioso da obra é que o Frei Damião parece levitar. O fato de ele “andar sem pisar no chão” era um dos dons relatados por diversas pessoas que conviveram com o missionário. Trabalhada em madeira, a obra tem como elemento principal o próprio frei, mas traz também elementos como o sol, o chão seco do sertão, a chuva e as vilas.

As expectativas para a nova fase do filme são excelentes. “Estou muito contente, nosso filme vai finalmente chegar aos cinemas! E estamos chegando numa data super emblemática, que é a semana de aniversário do Frei Damião”, comentou Gerardo Lopes, produtor do filme.  O documentário teve patrocínio do Café Santa Clara, da Petrovia, da CHESF, do BNB, da Kicaldo, da Atiaia Energia e da Loja do Condomínio. 

A Elo Company assina a distribuição, que será em capitais e cidades do interior do Nordeste: Recife (PE), Caruaru (PE), Petrolina (PE), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Guarabira (PB) Natal (RN), Mossoró (RN), Arapiraca (AL) e Maceió (AL). A expectativa é que, em 2022, o filme chegue nas salas de cinema também do Rio de Janeiro e São Paulo.

O objetivo do longa, através das imagens inéditas, entrevistas, depoimentos, testemunhos de milagres e reinterpretação de acontecimentos, é mostrar um ser humano que está acima da religião. Frei Damião ia além. O documentário não foca apenas nos seus adoradores, mas se preocupa em mostrar o legado do capuchinho também para aqueles que não o conhecem e desejam entender o significado dele para uma legião de fiéis.

Festivais: Além de ter sido exibido como Hors Concours no Cine PE, o filme Frei Damião – O Santo do Nordeste vem colecionando prêmios, menções e indicações. Foi super premiado no 14º Comunicurtas, festival de cinema promovido pela Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande. O documentário levou os prêmios de Melhor Fotografia (Breno Cesar), Melhor Som (Pablo Lopes, Paulo Umbelino, Pedrinho Moreira e Moabe Filho) e Melhor Roteiro (Nadezhda Bezerra), dentro da Mostra de Longas-Metragens. 

O documentário foi ainda selecionado para a mostra competitiva do 14ª Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, também da Paraíba. O longa também foi finalista na categoria melhor filme no festival Mirabile Dictu 2020 (Roma), um dos mais prestigiados festivais de cinema católico do mundo.

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AFONSO CONSELHEIRO SERÁ HOMENAGEADO NA 34º ROMARIA DE CANUDOS

 

A histórica Romaria de Canudos representa uma das mais importantes expressões religiosas populares, caracterizada pela força de resistência social, que a cada ano busca unir as experiências de fé e vida, à luz da espiritualidade do beato dos sertões, Antonio Conselheiro.

Com o tema: O grito do Belo Monte em Defesa da Vida, e o lema: “Eis que vou fazer uma obra nova, a qual já surge: não a vedes?” (Is 43,19), devido às restrições ainda impostas pela Pandemia, a 34ª Romaria de Canudos ocorrerá de forma remota, entre os dias 22, 23 e 24 de outubro deste ano de 2021.

A realização da Romaria de Canudos é fruto de um longo e significativo caminho de discursões entre as inúmeras instituições que compõem a Comissão da Romaria, juntamente com o IPMC (Instituto Popular Memorial de Canudos) e a Paróquia Santo Antônio de Canudos. A realização desta 34ª Romaria deseja refletir as realidades opressoras que geram a morte do povo, valorizando a força popular, representada no “grito do Belo Monte”, sinal de resistência, em defesa da vida dos nossos povos e da ecologia integral.    

A programação da 34ª Romaria de Canudos poderá ser acompanhada nas plataformas digitais da Paróquia de Santo Antônio de Canudos (https://www.facebook.com/pascomcanudos/) e do Instituto Popular Memorial de Canudos – IPMC (https://youtube.com/channel/UCUaFefxMHTs1Igp2DkGy79A).

A Comissão realizadora estende o convite a tantos que desejam conhecer e viver a experiência de ser romeiro e romeira do Belo Monte, sob os passos do Conselheiro, com a bandeira da fé e da luta.

Informações para contatos:

Padre Jeferson/ Paróquia de Canudos: (75) 99988-1996

Vanderlei Leite/ IPMC: (75) 99950-9604

Confira a programação:

SEXTA-FEIRA :

19h – Abertura da 34ª Romaria de Canudos

Boas vindas da Paróquia e IPMC

Homenagem à AFONSO CONSELHEIRO- Memória do Tríduo

19:30 – Ato Inter-religioso, um momento de celebração da diversidade religiosa.

SÁBADO :

09h- Exibição de produções audiovisuais sobre Canudos, uma iniciativa de alunos/as das Escolas Públicas de Canudos.

14h – Videoconferência: “Gritos das Juventudes, desafios e esperançar em defesa da vida”. Organização: CPT, CPP, Cáritas e IPMC.

19h – Mesa Redonda: reflexões sobre o tema e lema da Romaria.

Mediação: Floriza Sena – IPMC /Opará UNEB.

Participantes: Marcio L. d’Oliveira –  Faculdade Católica de Feira de Santana; Cebi (Centro Ecumênico de Estudo Bíblicos); Denise Cardoso – COOPERCUC, Luiz Carlos – Articulação Regional das comunidades tradicionais de Fundo de pasto, Antonio Marcos – MST, Patricia Krin Sí Atikum – Movimento Indígena, Projetos Sociais – Diocese de Paulo de Afonso. Cícero Félix – Articulação do Semiárido – ASA. Moacir Santos (IRPAA)

20:30 – Cantoria Popular

DOMINGO:

9h – Celebração Eucarística – 50 anos do Jubileu da Diocese de Paulo Afonso, presidida pelo Bispo Dom Guido Zenbron.

10h:15min Caminhada virtual e Benção final.

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